Quando tinha 13 ou 14 anos vi um filme do Ingmar Bergman com este título que me impressionou imenso na minha incompreensão do mundo. Um homem e uma mulher, a viver isolados numa ilha, não dormiam durante uma parte da noite, 3 às 5 da manhã, para que os seus medos ficassem sob controle e não se encontrassem com os seus fantasmas pessoais que, àquela hora, costumavam atormentar-lhes o pensamento. Tudo era negro e tudo era angústia àquelas horas da madrugada. Vagueavam pela casa para não se encontrarem com a "Hora do lobo".
Este filme vem-me à memória vezes sem conta porque só muito mais tarde na minha vida me encontrei com a "Hora do lobo". Tenho verdadeiro pavor em acordar na noite e tudo me parecer negro, sem solução e todas as tragédias do mundo me caírem em cima sem remissão. Tento, desesperadamente, voltar a adormecer e, quando a manhã chega, as soluções encaixaram novamente nos problemas e tudo fica claro e luminoso.
Este filme vem-me à memória vezes sem conta porque só muito mais tarde na minha vida me encontrei com a "Hora do lobo". Tenho verdadeiro pavor em acordar na noite e tudo me parecer negro, sem solução e todas as tragédias do mundo me caírem em cima sem remissão. Tento, desesperadamente, voltar a adormecer e, quando a manhã chega, as soluções encaixaram novamente nos problemas e tudo fica claro e luminoso.
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