domingo, 31 de maio de 2015

É assim que quero recordar-te


Era o dia da sardinhada na Escola e estávamos felizes. Tu e a Carla lado a lado, risonhos e bem dispostos. A música começou a tomar e vocês foram tomados por um frenesim. Eu estava ao lado e notei. Esperaram pacientemente pela "vossa canção" e, quando veio, saltaram ao terreiro e dançaram os dois uma dança feliz. Eu admirei a vossa espontaneidade e tive pena de nunca ter tido coragem de fazer o mesmo. Naquele momento foram os meus heróis. Fotografei mas o escuro do terreiro foi o culpado da má qualidade da foto. 
Ontem, sem avisar, partiste, mas ficarás para sempre a dançar uma dança de amor alegre com a Carla quando me lembrar de ti.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Ontem, foi assim!


Um lanche carregado de açúcar para festejar. Estava feliz e precisava de sentar-me a uma mesa e partilhar. Podia ter partilhado uma cenoura,ou uma couve mas ... não havia! 
Soube bem! E continuo feliz.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Concordo totalmente

E embora este texto me provoque um aperto no peito é mesmo assim. É assim que eu sinto e é assim que tem de ser! Todos temos o direito de vivermos as nossas vidas, as nossas escolhas, os nossos momentos, as desilusões pelos nossos erros, mas sem a Chata a dizer-lhes: eu bem te avisei que devias andar mais devagar no baloiço! Baloicem-se na vida e sejam muito felizes.


A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria debaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso.
Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autónomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis. Pai e mãe – solidários – criam filhos para serem livres.
Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.

Nota: Embora esse texto apareça na internet com diversas autorias, a autoria mais provável é de Danuza Leão.

Querida menina faz anos


A minha norinha fez anos e eu estava longe! Gostava de ter estado por perto e de ter tido tempo para percorrer lojas imaginando o sorriso franco com um presente que eu escolhesse e tivesse a cara dela. Gostava de lhe poder ter dado um abraço forte que lhe transmitisse tudo aquilo do que gosto nela.
Ainda não foi hoje! Mas vai ser um dia destes. Gosto muito de a ver feliz!

domingo, 24 de maio de 2015

Do almoço de hoje


Com sol, inaugurando a época dos almoços na varanda e com a melhor companhia do mundo.
Comida boa e um café a finalizar.
Mais? Não posso pedir!

Das grandes almoçaradas cá em casa

 A mesa dos miúdos. Ainda tão pequenos!

Tenho tantas saudades! Das listas que começava a fazer com antecedência, das entradas, das mesas que saiam da garagem do inspeccionar e escolher as toalhas, das combinações com tempo para tudo ficasse bonito, do exagero da mesa das sobremesas, da alegria.... tantas saudades!
Geralmente era Verão porque havia sempre um desses almoços no aniversário de Cara metade.
Do barulho dos miúdos, da cozinha em pantanas (deixem estar que eu depois da festa tenho tempo!) e até do arrumar da festa lá pela noite dentro.
A sala cheia de gente, e eu no meio dos pratos, da apresentação, com a sensação boa de tudo pensadinho com muito tempo para que os meus convidados se sentissem felizes.
Ontem, falou-se dum almoço de onde filho mais novo regressou e deu-me uma saudade!
Depois, logo a seguir, fiquei cheia de ideias giras!

sábado, 23 de maio de 2015

Pessoas que admiro


Hoje fui visitar a Nini!  Ou melhor dizendo, voltei à loja da Nini que deve ser das pessoas mais giras e criativas que conheço. Muitas das coisas giras cá de casa saíram das mãos dela e da cabeça dela. Tens uma ideia vaga, falas com ela e sais de lá com tudo pensado e com os tecidos escolhidos e mais não sei quantas ideias giras para pensar futuramente. Tenho guardadas na loja dela umas cadeiras de realizador que se estragaram há mais de 5 anos! Foram para lá para pensar um tecido giro que as transformasse e lhes desse graça. 
Hoje, saíram da prateleira as cadeiras, (ainda lá estavam mesmo com a  loja remodelada) e já têm as novas capas tão, mas tão  lindas! Ficaram ainda mais uns dias para tratar a madeira.
Depois falámos de uns móveis que eu quero lavar e  pintar para aplicar a técnica decapê mas da qual não percebo mesmo nada. A Nini entusiasma-se sempre imenso com as minhas ideias.  Dali passámos para o sofá com estrutura de madeira que com a técnica e uma forra azul e branca vai ficar perfeito na casa de praia. 
Falámos ainda dos filhos, da vida, das mães que nos perdem a memória e  finalizei a visita com o habitual: agora vou ficar por aqui a ver a loja! E  consigo ficar  horas a ver os pormenores, as escolhas, os pormenores desta miúda criativa que tanto me tem ajudado na concretização das minhas ideias malucas de decoração.
Para já, é só necessário levar à loja uma porta do móvel!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Coisas engraçadas


Filhos: não leiam este post! Penso que não vão gostar, mas eu acho tanta piada a  este episódio!
Vocês eram pequenos e nós nunca tivemos por perto família para vos deixar uns tempos, para ficarmos sós de vez em quando, para dizer parvoíces sem nos sentirmos culpados.
Houve um dia em que nos apetecia mesmo namorar sem vocês!  O que fazer?
Passámos pela morgue e vimos que as duas câmaras mortuárias tinham gente!
E inventámos logo ali a necessidade de ter de ir a um velório de um amigo, muito amigo mesmo, que tinha partido. Arriscámos muito, porque por estes lados todos se conhecem mas ninguém perguntou nada e deu resultado.  Lá foram vocês todos contentes para casa da  Madalena passar o serão enquanto nós iríamos ao velório.
Que grande serão e que lua cheia nós contemplámos no miradouro do castelo de almourol, que conversa boa e que bem dispostos chegámos a casa com vocês já adormecidos. 
Nunca chegámos a  saber quem faleceu nesse dia mas obrigada!

Coisas que quero muito e ainda não consigo


Segundo Jiddu Krisnhamurti – um dos maiores filósofos e pensadores do século 20 –  uma pessoa que está próxima de um despertar da consciência, experimenta alguns desses sintomas.

1 - Uma tendência crescente de deixar as coisas acontecerem ao invés de tentar controlá-las;

2 - Ataques frequentes de alegria, sorrisos sem explicação e explosões de risos a qualquer momento;

3 - Sensações de estar intimamente conectado aos outros e à natureza

4 - Episódios frequentes de apreciação e admiração das coisas simples;

5- Uma tendência de pensar e agir espontaneamente com amor, no lugar do medo baseado na experiência passada;

6 - Uma nítida habilidade de viver cada momento;

7 - Uma perda da habilidade de se preocupar;

8 - Uma perda do desejo por conflito;

9 - Uma perda de interesse por tomar as coisas como pessoais;

10 - Uma perda de apetite em julgar o outro;

11 - Uma perda de interesse em julgar-se a si mesmo

12 - Uma inclinação em dar sem esperar nada em troca.

 Estou perto!! Falta-me ainda o número 7, limar o número 9, deixar de lado o número 11, diminuir o número 10 et voilá!!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Coisas engraçadas


Corria o Verão de 1998 e nós passávamos  o Agosto nos Estados Unidos , em casa de tios queridos que nos tinham convidado. Foi o Verão do escândalo Clinton e da sua amante Mónica e os americanos levam estes escândalos muito a sério. Descobri isso na altura! 
Se o caso se passasse por terras lusas, o pessoal  mandava  umas graçolas à volta de umas cervejas geladas e de uns caracois - Ah grande Clinton, isto é que é de homem! Com secretárias assim até dá vontade  de trabalhar e .... e... que isto é um blogue sério e não vou entrar por aí!
Nos Estados Unidos aquilo foi mesmo um drama. Cara metade ainda tentou uma ou outra graça mas foi logo abafado pelo peso do momento. Houve até a necessidade de um comunicado televisivo do próprio Clinton, noticiado com bastante antecedência, explicando à Nação o sucedido, o que lhe tinha passado pela cabeça para tamanho desire. Não me lembro bem se explicou mesmo tudo, mas penso que não. Nesse dia, jantámos mais cedo!
Esta foto regista o momento televisivo da confissão televisiva!! O André, adormeceu! Os adultos ouviram em silêncio total a confissão e demonstraram bastante nervosismo!
A mim, como boa portuguesa foi-me muito difícil conter o riso perante tamanha tragédia! 
Foi giro! Muito giro!

terça-feira, 19 de maio de 2015

Apetece dar-te mimo!

 
«Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
...
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.»
Carlos Drummond de Andrade

Isto até ia a correr bem!

Um envelhecimento com classe, com  algum apagamento, muita serenidade....
Depois, houve um dia em que pensei que aquela não era eu nem era assim que queria envelhecer!!
E tudo, dentro de mim, mudou! Cá fora, continua tudo igual! Ou pior! Talvez até muito pior. Eu? Sinto-me bem!

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Tenho saudades tuas!


Do  teu riso! Tão querido! Da leveza com que levas a vida e as dificuldades! Agora ris de outra maneira mas continuas a dar-me conselhos sábios para ir resolvendo e chutando as pedras do caminho. E resulta sempre!
Tenho saudades tuas. No antes e no agora! 
E sim, tens razão na percentagem a que não podemos dar crédito.
Amanhã será outro dia. Com o sentido de humor que aprendo de ti! Oxalá eu consiga!

domingo, 17 de maio de 2015

Sim! Vamos tomar o nosso chá das 5 neste local tão cosy!

E vamos desfrutar muito a andar a pé. E a conversar.  E a descobrir na realidade tudo aquilo que estou a arquivar.
Isto tudo para que posssas sonhar um pouco e esqueceres o exame de amanhã!

Depois de 20 anos... vamos voltar!


Eu muito menos "angie", mais madura, mais céptica e ainda mais entusiasta e tu com muito mais independência, muito mais experiência e muito mais piada para seres um companheiro de viagem ideal. Os locais onde vamos ficar... bem, foi muito esmero da minha parte!
MAL POSSO ESPERAR!
Tudo marcado! Para que nada falhe. Nem sequer temos nada a ver com a TAP! Só para prevenir!

Grécia - recordações para sempre


Hei-de voltar um dia! Voltar a entrar naquelas águas e ver tudo aquilo que ainda ficou por ver! 
Hoje, não sei porquê, ou talvez saiba e não queira partilhar, apeteceu-me partilhar dias de pura magia.
O Miguel tinha o cabelo muito comprido e  não quis arriscar um cabeleireiro grego, mas agora também tem e já não faz diferença publicar as fotos!!
Eu tinha o cabelo cheio de  caracois, maluqueiras de quem detesta o cabelo liso e foi uma trabalheira conseguir colocá-lo decente em todas as manhãs.
Estava um calor infernal e a Grécia preparava-se para os jogos olimpicos com as obras infernais em Atenas. Também, desta vez, encontrámos pessoas fantásticas que nos contaram histórias fantásticas. 
E a viagem de barco, BRINDISI - PATRAS com passagem  pela mítica ÍTACA, em plena madrugada iluminada só com a luz das estrelas,  ficará para um novo post.
Também para outro post ficarão os clandestinos que saíram debaixo dos camiões que vinham no porão do barco e correrram rua abaixo, com um olhar de medo que ainda hoje recordo.
Nem tudo é belo, mesmo em férias! Acredito é que tudo tenha  sido uma grande aprendizagem.

sábado, 16 de maio de 2015

As pessoas, por vezes, têm graça!

Esta foto tem uma história engraçada. Enquanto esperávamos o internamento do pai no hospital S. José tivemos sempre este cartaz arrepiante na nossa frente! Outros tempos!

O hospital engalanado  em tempo de Natal. Por aqui estivemos  uma tarde inteira, sentados, à  espera das notícias.

Nunca me queixo! Pelo menos em público! Aguento tudo de preferência com um sorriso nos lábios. Ninguém necessita saber da minha vontade de chorar, da minha dor no peito, dos meus medos, do meu trabalho em demasia que me dá vontade de vomitar, daquela sensação de "já nada mais  interessa, vou sentar-me aqui nesta cadeira e esperar que a vida passe"!
Tive muitos e muitos momentos destes nestes últimos meses. Desde o dia, em novembro, em que o rebentamento de uma variz esófágica do meu marido com a consequente hemorragia  me apanhou sozinha com ele numa qualquer área de serviço da A8. Pensei que me morria e eu ia morrendo com ele. Valeram-me os meus filhos pelo telefone que chamaram a equipa médica do INEM, (eu não conseguia!) que me acalmaram, que me sussurraram que ia tudo correr bem . Eu, só me lembrava da morte do meu avô paterno contada pela minha mãe. Tal e qual assim! Num mar de sangue! 
Lembro-me ainda de ir a conduzir a alta velocidade atrás da ambulância com uma  sensação pura de perda e de solidão. Chegaram os meus filhos e aqueles abraços fortes, já noite,  na frente de um qualquer hospital enquanto lá dentro lhe  paravam a hemorragia fizeram parar a solidão. Pelo menos essa que a aflição ficou lá na mesma. Bastava olhar para os olhos de filho mais velho, dividido entre toda a ciência que tem dentro e a vida do pai que corria perigo.
Depois, passaram-se mais 15 dias internado, eu a ir e vir, a trabalhar, a dar o meu melhor e a passar os fins de tarde no hospital  a 100kms do local de trabalho.  No dia 23 de dezembro foi novamente internado. O fígado tinha piorado, o cansaço era enorme e a cor era verde. Vamos estabilizá-lo, diziam. Mas não conseguiram. Em 21 de janeiro foi sujeito a um tranplante de fígado que lhe salvou a vida já presa por um fio. Foram dias e dias a continuar a trabalhar, a viver sozinha aqui por casa, a ter esperança, a não ter esperança nenhuma, a regressar a casa todas as noites a dar murros no volante e perguntar porquê a mim, porquê a nós e a chorar!  Alto, muito alto, porque ninguém ouvia na solidão da auto estrada.
O Natal foi no hospital e a noite de ano novo também. O meu aniversário passei-o sozinha aqui em casa
 a desejar que para o ano fosse melhor e mais participado. No dia seguinte, estava na escola. No meu posto de trabalho, com o meu melhor sorriso. Nada de misturar deveres profissionais com desesperos pessoais.
Depois, houve um dia em que regressou a casa com mil e uma recomendações que eu chamei a mim. Conciliei, mais uma vez, as horas do almoço com os banhos, com os medicamentos, com o trabalho que nunca acaba, com as dúvidas e com os dias menos bons. 
O tempo foi passando. Agora tudo está mais fácil mas ainda não normal.
Ontem, marquei uma reunião da parte da tarde. Encontrei à minha espera um grupo com alguns elementos mesmo muito aborrecidos porque era 6ª feira e tinham esperado duas horas pela dita. Não podia ter sido marcada antes porque alguns deles estavam ocupados com o seu horário. Levei  com má cara, com má vontade e com muita indelicadeza. Levei a coisa a brincar mas doeu-me bastante. Melhor: Muito.
Acabou a reunião que foi rápida, e ainda por lá fiquei a reviver aquilo de que me lembro dos espaços que me acolheram durante tantos e tantos anos.
Por que razão estou aqui a queixar-me publicamente? Porque  a injustiça me magoa como sempre me magoou. Porque ninguém me perguntou aqui há uns tempos quantas horas eu tinha esperado para cumprir bem o meu trabalho, para estar em todas, para dar apoio e para atender a todas as solicitações dos colegas. Nunca ninguém me perguntou quantas horas andei eu de autocarro todas as semanas cá e lá para estar no meu trabalho às 9. Nunca ninguém me perguntou quantas horas de  esforço para não cair,  para afirmar que estava tudo bem, quando não estava, quanta coragem para sorrir quando encontrava alguém que sabia que necessitava de mim.
Direitos? Todos temos!  Compaixão, nem todos. 
E como já passei para lá dos 50, todas estas atitudes de gente cheia de si e com imensos direitos dá-me vontade de rir. Têm graça! Porque basta só uma valente dor de barriga! Só uma dor de barriga e estamos lixados!

Nota: É claro que houve gente boa. Muito boa! Nunca me esquecerei Vicente (apesar da tua pouca idade) da tua insistência para que fosse jantar contigo no dia do meu aniversário. Terás sempre um lugarzinho no meu coração. Gente que me fez sentir amada. Gente que esteve sempre disponível para mim. Obrigada a todos por serem como são.


sábado, 9 de maio de 2015

Sensações

 Grécia

Hoje, estou tão feliz, mas tão feliz, no meu papel de mãe que nada me vai poder alterar este estado de alma.
Coisas boas acontecem, eles estão bem e eu sinto que ao longo destes anos fui contribuindo um bocadinho para que chegassem aqui. O esforço e as capacidades são  deles, sem sombra de dúvida, mas alguns dos ensinamentos serão meus.
Tão feliz!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Deixar-me encantar pelos alunos


Foi meu aluno há já alguns anos. riso maroto, inteligente, arguto com imensa piada. Gostava muito dele!
Sabia, já com 10, 11 anos, ver o lado positivo da vida e rir-se de si próprio. 
Fui acompanhando o seu percurso. Encontrei-o agora no meu novo local de trabalho. Transformou-se num rapaz bonito, educado, cheio de charme e, ainda por cima, toca guitarra como poucos.  
Ontem, a Gala do Agrupamento foi apresentada por ele. Que delícia! Um humor  giro, sem cair na vulgaridade mas dizendo o que é necessário ser dito.
Encheu-me a noite. No final, fui dar-lhe dois beijinhos e lembrar-lhe que pessoas como ele têm o mundo como limite.
Obrigada Hugo.

sábado, 2 de maio de 2015

Dia da mãe


Queria ir sozinho  - "depois vais saber porquê"! A mim, apetecia-me sair com ele!
Fomos os dois. Lembrei-me depois que o motivo da saída seria a compra de um presente para o dia de amanhã. Não compres nada, a sério! Quando eu desejar muito alguma coisa, digo.  Nessa altura oferecem-me. Pode ser? 
E foi assim. Sentámo-nos num local bonito, pedimos uns doces divinais e conversámos muito sobre a vida, as pessoas, os sonhos, as desilusões, as ilusões do futuro que há-de vir, as mudanças na vida dele já tão próximas. Lembrei-me de como eu era com a idade dele. Tão menos preparada para vida do que ele está. Tão rústica, comparada com o homem feito que está sentado à minha  frente.
Deambulámos ainda pela FNAC, folheando os livros como sempre fazemos.

Foi uma conversa boa. Muito boa! Com este companheiro para a vida tão parecido comigo, com tanta coisa minha no modo como vê o mundo, e os outros.
Um presente tão gratificante que nenhum embrulho conseguiria  igualar.
Feliz dia das mães!