terça-feira, 27 de agosto de 2019

Raios e coriscos


Hoje comi mal! Mesmo muito mal! Já é meio caminho andado ter consciência disso mas também sei que só isso não me leva a lado nenhum. 
Quanto mais nervoso miudinho mais açúcar me apetece. Recompensas estúpidas que deitam os meus planos por terra. 
Quanto mais enredada em problemas, menos me apetece planear refeições de comida saudável. Os meus dias entram num caos difícil de modificar. 
E a ideia é: ao menos tenho algo que me sabe bem! 
Mas o que sabe bem vai atrasar os resultados pelos quais espero! 
Isto não é um pensamento estúpido?? Bolas! Que irracionalidade imbecil se apodera de mim de vez em quando!
Fim de férias! Só pode!
Amanhã será outro dia!

sábado, 24 de agosto de 2019

Agora que começa um novo ano escolar...


Tenho andado às voltas com o que fazer e como fazer de modo a sentir-me melhor profissionalmente e a pensar que estou efectivamente a contribuir para o sucesso das novas gerações.
 Dentro das salas de aula, não tenho dúvidas. Educo pelo exemplo, tornando as aulas um espaço de boas relações emocionais porque só deste modo se aprende. Não peço aos alunos nada que eu não faça ou pense. Quanto mais velha mais valor dou às suas vidas lá fora, aos seus problemas, às pequenas vitórias na conquista das suas almas tão carregadas de problemas bem maiores do que aqueles que alguma vez vivi. Ali sentados, sinto muitas vezes que o seu coração não está lá e é necessário fazê-lo regressar, transformando a escola no balão de oxigénio de boas memórias e de boas aprendizagens que necessitam de levar com eles para a vida.
O problema está fora dos muros da sala de aula. No chamado trabalho colaborativo, articulação, tempos em comum, o que lhe quiserem chamar. Sinto que são necessárias mudanças drásticas, motivadoras, enriquecedoras que envolvam transversalidade e construam uma espírito unificador de ideias e de procedimentos. Prende-se também com a burocracia que a nada conduz, com a quantidade de papel a preencher que não faz a diferença na vida de ninguém. Poderia dar aqui dezenas de exemplos mas ultimamente, para poupar o meu sistema nervoso, digo a tudo que sim e emendo o que dizem estar mal. Se não se pode substituir numa ata de 13 páginas a palavra número pela abreviatura "nº" eu emendo, deito a outra ata fora e sigo em frente. 
Esta desilusão que me assola vem destas agregações de escolas que viviam em equilíbrio ideológico e de práticas com bons resultados demonstrados e que de repente se viram confrontadas com a obrigatoriedade de trabalhar em conjunto e de pôr em prática técnicas e procedimentos que não lhes dizem absolutamente nada. Muitas das  vezes traduzem-se em violência ideológica que não é conducente ao sucesso das mesmas. Estar ao leme destas dificuldades é penoso porque deixei de acreditar na sua resolução. Elevam-me a tensão arterial, introduzem algum sofrimento emocional e, com a minha  idade, é conveniente sanar esta situação.
Bom começo de ano. 


sábado, 17 de agosto de 2019

Já é tarde, estou com sono mas apetece-me


Falar sobre estas duas companheiras de viagem que me arrancam gargalhadas todos os dias. Mil e uma histórias, mil e uma experiências para ficarem para os netos, uma diz vamos e as outras dizem já lá estamos. Sempre com a organização impecável da Ana as tentativas da tia (eu) e o bom senso da mana que não vai em cantigas mas tem um grande sentido de aventura. Resmunga muito mas também vê o que os nossos olhos não enxergam e como sabemos que gosta muito de nós e é a primeira a rir das asneiras que fazemos, somos um trio imbatível nesta coisa das viagens e das aventuras por terras longínquas. 
Meninas, onde vai ser a próxima?

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Próximos passeios


Tão perto de nós! Família, quem se quer juntar? La Alberca e Mogarraz. Duas aldeias a escassos 70 km de Ciudad Rodrigo e com uma beleza ímpar.
Mais informação aqui .
Passseios de Outono!

Sobre o que dizer aos outros


Balanço sempre quando me apetece responder assertivamente ao que me vão dizendo, muitas das vezes de forma mal dizente e com intenções pouco cristãs. Tudo sinto, tudo vejo, mas sempre tive muita dificuldade em responder no mesmo tom, muitas das vezes jocoso, tentando sempre esconder sentimentos menos amáveis. 
No calor da situação nunca me lembro da resposta certa, do sarcasmo merecido, da necessidade de colocar as pessoas no sítio a que pertencem.  Erros de educação, não tenho dúvida. A mãe optava sempre pelo silêncio, embora, por vezes, a visse sofrer, logo de seguida.  Exemplos que fui arquivando e me têm trazido muitas batalhas interiores. Paralelamente, tenho um sentido apurado para ler muito para além daquilo que é dito o que aumenta o meu sofrimento interior.
O meu maior problema é o depois. Normalmente quem provoca não quer saber de nós.  Fica tudo igual e, se for necessário,  a conversa continua onde se deixou muito lá atrás. Eu não consigo. Travo comigo mesma uma guerra surda, instala-se um rancor e um azedume que é difícil e moroso de finalizar. 
Hoje li, não sei aonde que sempre que não digo o que penso ganho sofrimento interior e é mesmo verdade.
Agora já vou dizendo o que penso e relativizando, dando um pouco o beneficio da dúvida e das motivações que provocam estas atitudes nas pessoas, mas mesmo assim, prefiro o não confronto,  o não entrar na situação.
Péssimo exemplo que dou. A melhorar para que todos melhorem comigo!

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Começar com calma o dia da Assunção da Virgem


A Catequese teve um papel importante na minha vida de criança! Não havia programa a cumprir, não andávamos tantos anos por lá, não tínhamos programas culturais mas posso, ainda hoje, contar mil e uma histórias daquelas tardes de Verão quando as sessões eram diárias para aproveitar o Estio e a falta das aulas. Custava? Se custava! Começava às três da tarde logo a seguir ao tempo da sesta e chegar à igreja debaixo de um sol abrasador não era tarefa fácil. Já lá dentro, o ambiente alegre de crianças de várias idades dispersas pelos seus grupos de aprendizagem fazia esquecer tudo o resto.
Foi na catequese que aprendi a diferença entre Assunção e Ascenção e ainda hoje sei. 
A importância das histórias na aprendizagem!

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Vamos lá


Atacar (é mesmo este o verbo certo) o monte de roupa para passar a ferro que se acumulou, vá-se lá saber como! Necessito de ordem  para conseguir fazer novas malas com outras necessidades e ter todas as hipóteses em aberto.
Sou estranha, eu sei! Gosto de fazer malas com toilettes prontas sabendo que nada fica esquecido que me possa fazer falta fora de casa. E se, no meio do monte de roupa, estiver a peça que fará a diferença? 
E só com esta motivação conseguirei dar cabo do monte!
Até já! Ou até logo!

Pausas


Arrumar, limpar, deitar fora, ver dos desperdícios da garagem (ai, a garagem!) reciclar tudo o que já não se usa, procurar tudo o que andava perdido, dar nova vida a objectos que já não faziam sentido. 
Novas ideias surgem para ir concretizando ao longo do Inverno.
Depois disto tudo nova viagem para recordar e aprender. 

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

E um aniversário cheio de significado


Costuma dizer-se que quando passamos por problemas de saúde damos mais valor ao passar do tempo, aos dias especiais, ao facto de podermos continuar a usufruir da vida.
Hoje cara-metade faz anos. E só isso faz-nos dar graças a Deus por podermos festejar, por podermos estar juntos e podermos ter a sua companhia. 
O tempo mau passou e agora é tempo de festejar. 
Fátima espera por nós hoje à noite. Porque gosto de agradecer. Muito mais do que pedir!

Faz hoje nove anos que me deixaste órfã.


E nada mais foi igual. Não te vejo mas continuas para lá da curva do caminho, sempre à frente, a marcar o caminho que hei-de trilhar e a dar-me metade da força que irradias. Relembro-te nos pequenos pormenores,  nos teus ditos mais comuns que deixaste connosco e essencialmente no amor que dedicavas a todos. Ontem ao beber o café no final do almoço  numa chávena grande eu e o teu neto dissemos o que tu dirias logo que visses isso:
- Tenho de tirar a roupa porque parece que vou tomar banho!
Os teus netos contaram histórias tuas passadas e elegeram a mais cómica de todas!
Como vês, continuas cá depois de nove anos, à volta da mesa, como tanto gostavas, mas também nos meus silêncios e na solidão que me assola quando te sinto longe de mim. Ainda me lembro bem da tua voz e do teu olhar meigo quando me fitavas e isso acalma a minha alma. 
Já são nove anos! Parece que tem meses a minha orfandade!
Meu querido pai!

O verdadeiro luxo?


Ter uma manhã em que pura e simplesmente não me apetece fazer nada e, sem complexos de culpa, não fazer mesmo. 
Muitas tarefas me esperam mas, este tempo de qualidade, neste momento, está a ser importantíssimo para mim. Necessito de absorver informação, pensar sobre sentimentos que me assolam, colocar hipóteses, voltar atrás, pensar novamente sobre o mesmo assunto, decidir muitas coisas, fazer outras tantas, mas a manhã vai ser assim. De tarde acelero e penso estar em melhores condições para tomar decisões.

sábado, 3 de agosto de 2019

Corria o Verão de 2003


Rumámos à Grécia. Um calor de morrer! Em Portugal estava pior segundo notícias vindas por telefone. 
Do que tenho mais saudades? Da água! Quente, boa para nadar durante horas e horas. Do romantismo daquele mar azul, verde, calmo  e transparente. Acordar e entrar no mar antes de tudo.
Da paisagem, das gentes e da comida! Tenho ainda na memória um dos jantares mágicos que por lá aconteceram.
Dos vestígios históricos espalhados por todo o lado. Atenas é um livro aberto. Foi muito bom encontrar ao vivo tudo o que tinha estudado.Torna-se ate um pouco mágico!
Se voltava? Agora mesmo!

Dia de trabalho


Receber novo mobiliário para embelezar um dos espaços mais queridos. Vai ficar lindo! Tudo escolhido para que integre o que já lá existe. Estou ansiosa para ver o produto final!
 Cá por casa continua a arrumação e o deita fora ou vai pertencer a outras pessoas. Armários muito mais vazios. Andava por aqui um caos já insuportável. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Coisas que não sendo cómicas me fazem rir


-Olá professora  ainda se lembra de mim? 
-Claro que sim. que é feito de ti?
- Já tenho dois filhos. Não me diga que não me viu na televisão!!!
- Não, não vi!
-Estive em dois programas, no do Hernâni Carvalho e nas tardes da Júlia.
-Ah! Sabes nessas alturas costumo estar a trabalhar!!
- Mas ainda é professora?
-Claro que sim, até à reforma. Mas o que foste dizer à televisão?
- Falar sobre violência doméstica. Já não estou com ele há seis anos  mas teve de ser.
E um sorriso orgulhoso por estar na televisão iluminou-lhe o rosto.
- Foi pena a professora não me ter visto!

Da primeira semana de férias


Um Algarve diferente com cheiro a Alentejo. Um espaço 5 estrelas que tudo faz para que os hóspedes se sintam mesmo bem. 
O hotel só oferece suítes constituídas por um quarto, uma sala com bancada de cozinha, uma varanda e dois Wcs. Um pequeno almoço super, um plano de atividades para todos os dias que incluía desde caminhadas até pilates ou yoga, um SPA  muito bom, uma piscina interior aquecida e duas exteriores, vários restaurantes com ofertas diferentes e um bar onde passámos a última noite e nos rimos muito!!
Estacionamento coberto e um bar de piscina com refeições ligeiras muito agradáveis. Ao jantar descobrimos boas recomendações da gastronomia de Monchique. 
Foi talvez o hotel com melhores condições em que estive até hoje. 
Recomenda-se vivamente.

Daquele algarve


Iniciavam-se os anos 80 e o Algarve era ainda um local calmo com muito espaço na areia e a água muito mais quente. Pelo menos é do que me lembro. O alojamento não era luxuoso mas também servia apenas para dormir umas poucas horas. 
Naqueles tempos, quanto mais bronzeada melhor de modo que se passava o dia na praia e se saía à noite até às tantas. 
Tinha 20 anos e a vida toda pela frente!
Saudades desse Algarve e principalmente de mim nessas férias sem fim à vista.

Sobre a minha viagem a Florença


Ainda não tinha escrito por aqui as impressões com que fiquei daqueles dias por terras de Itália. Talvez o calor que senti me tivesse roubado a vontade de escrever logo que cheguei. 
Fui fazer um curso de formação com duas amigas maravilhosas que tornaram os dias muito mais alegres. 
Sobre o curso: aprende-se sempre imenso para lá do que está escrito como objectivo. Basta apenas estar num grupo constituído por professores de diferentes nacionalidades e poder trocar impressões sobre o modo de funcionamento de cada uma das escolas. Uma aprendizagem rica, feita de pormenores, mas que fica para podermos experimentar nos próximos anos. O formador era muito profissional e os horários foram cumpridos na íntegra. Muita informação para digerir, muita tarefa, algum calor mas ficou muito para estudar e explorar. Em Setembro faremos uma sessão de três horas para os professores da escola e assim se vai disseminando a informação. Gostei imenso. 
Depois do curso, chegar à rua era sufocante. O calor apertava mas estávamos em Florença, perto de Piza, e não era o calor que nos iria deter. Andámos quilómetros debaixo de um sol abrasador mas percorremos tudo. Fomos de comboio a Piza e a Livorno, conhecemos Siena e  San Gimignano   e claro, comemos gelados! 
As manifestações artísticas são avassaladoras e os nossos sentidos ficam embutidos tal é a beleza que nos rodeia. As galerias  Uffizi,  o palácio vecchio e o museu galileo são três locais a não perder em Florença.
Aprendi imenso, em diferentes domínios, e isso é o mais importante.

Arrumar faz bem ao cérebro


Hoje continuaram os trabalhos de deitar fora tudo o que não interessa, separar o que é para dar e manter apenas o essencial. Ficou tudo mais livre, mais limpo e a minha alma agradeceu. 
Pelos corredores espalham-se sacos cheios mas já com destino marcado. 
Ainda tempo de ir às compras porque o frigorífico estava a ficar vazio. Comprei peixe para fazer tal  qual como a mãe fazia nos dias compridos de Verão! 
Tantas coisas que descobri e que já não via há algum tempo! Tanta inutilidade, tanta coisa armazenada sem já fazer sentido.
Ah! Encontrei a primeira caixinha de música dos meus bebés. Lavei-a com todo o cuidado, puxei algumas vezes o fio para voltar a ouvir a música, emocionei-me (como não podia deixar de ser) e guardei-a dentro de um saquinho para não apanhar pó. Acho que ainda vai voltar a servir!