E nada mais foi igual. Não te vejo mas continuas para lá da curva do caminho, sempre à frente, a marcar o caminho que hei-de trilhar e a dar-me metade da força que irradias. Relembro-te nos pequenos pormenores, nos teus ditos mais comuns que deixaste connosco e essencialmente no amor que dedicavas a todos. Ontem ao beber o café no final do almoço numa chávena grande eu e o teu neto dissemos o que tu dirias logo que visses isso:
- Tenho de tirar a roupa porque parece que vou tomar banho!
Os teus netos contaram histórias tuas passadas e elegeram a mais cómica de todas!
Como vês, continuas cá depois de nove anos, à volta da mesa, como tanto gostavas, mas também nos meus silêncios e na solidão que me assola quando te sinto longe de mim. Ainda me lembro bem da tua voz e do teu olhar meigo quando me fitavas e isso acalma a minha alma.
Já são nove anos! Parece que tem meses a minha orfandade!
Meu querido pai!
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