sábado, 30 de março de 2019

Coisas que me aborrecem


Detesto levantar-me cedo! Tenho um péssimo acordar. Este ano por fatalidades do destino tenho todos os dias que estar no trabalho às 8.30H. Como demoro algum tempo até que o meu cérebro fique a 100%, tenho de acordar meia hora mais cedo para deambular pela casa e fazer coisas rotineiras para que consiga estar em frente de uma turma  que não é bem a mesma coisa que estar sozinha em trabalho individual.
Posto isto, a manhã de sábado afigura-se sempre como o oásis da semana. Ah! poder dormir sem despertador!!!
E todos os sábados a mesma coisa: 6.50H da manhã e aí estou eu acordadinha e fresca sem conseguir voltar a adormecer!!

sexta-feira, 29 de março de 2019

Minuto a minuto


Quando não quero stressar com algo, vivo unicamente o momento presente e o que tenho a fazer logo de seguida. Acompanho com uns miminhos como um perfume novo, qualquer produto de beleza, ou outra coisa qualquer. Por vezes, compro um suspiro de que gosto tanto mas hoje não pode ser!
Aproxima-se uma semana tramada e não quero pensar nela. Vou então pensar só naquilo que vou fazer hoje e nas coisas boas de amanhã. Esta forma de pensar tem-me ajudado imenso. Quando chegar a segunda feira com todas as chatices associadas passa-se por ela e pronto. Terça feira ainda vai ser pior, mas quarta feira espero estar a começar de suspirar de alívio. Não será o alívio total mas um interregno para poder respirar. Coisas dos 50's.
E é isto. 

terça-feira, 26 de março de 2019

Prometo e tenho de cumprir


Daqui em diante vou passar todos os fins de semana que possa na minha casa de praia  para poder descansar, comer peixe fresco e dourar ao sol. Nada de preguiças, nada de desculpas com trabalho acumulado e nada de ficar em casa. durante a semana há muito tempo para fazer isso tudo. Muito sol, muito sal, muitos passeios e poucas chatices.
Prometido!

Coisas de que não gosto


Não gosto que transmitam a  opinião que têm sobre o modo como eu actuo com os meus alunos ou noutra esfera qualquer. Eu nunca o faria a ninguém e detesto que o façam comigo. Género: eu acho que tu deverias...
Olha e eu acho que não, porque eu tenho de actuar sempre de acordo com as minhas crenças e convicções que de certeza são diferentes das tuas!! Nem melhores nem piores. apenas diferentes. 
E, como tudo nesta vida, tens de respeitar outros pontos de vista e outras abordagens!! 
Assalta-me uma azedume difícil de ultrapassar, uma vontade de dizer umas verdades nuas e cruas, mas depois penso que dentro de 30 anos tudo isto deixou de fazer sentido e deixa de me interessar.
Sabe-se lá se até muito antes desta data!
Vou ali marcar as férias de Verão e já volto!! 

segunda-feira, 25 de março de 2019

Também não vos apetece escrever quando estão tristes?


Por aqui foi sempre assim!
Nos meus cadernos, que escrevo desde os meus dez anos, consigo relembrar todos os episódios menos bons da minha vida pelo silêncio que se instaurava neles. Depois ficava tudo bem e continuava a escrever regularmente.
Parece que, mesmo antes de se imaginar que haveria internet, já o meu cérebro só gostava de partilhar o bom!
O mau é para nós. é para remoer, dar a volta, se possível, relativizar e seguir em frente.
Ninguém tem nada com isso. Ninguém tem de saber.

domingo, 24 de março de 2019

Estou viciada


Detesto cortar legumes. Gosto deles em pedacinhos pequenos fazendo parte de acompanhamentos saudáveis a uma boa carne ou peixe.
Desde que descobri estes não quero outra coisa. Vou alternado mas estou mesmo viciada. Em 10 minutos tenho o acompanhamento perfeito e super saboroso. 
Não gosto de fazer publicidade mas esta tem de ser feita. Uma grande aliada de uma alimentação saudável!
Hoje tenho de ir comprar mais!

Um conselho importante


Para quem tem filhos que ainda vivem com os pais. 
Sempre abominei aqueles hábitos de passar o fim de semana a limpar casas meticulosamente,  como se disso dependesse a felicidade terrena.
 Nunca deixei de sair no fim da semana com os meus filhos por qualquer tarefa doméstica que teria de ser realizada. Primeiro as saídas e o divertimento e as tarefas iam-se fazendo nem que fosse aos serões quando eles já dormiam. 
Quando eu morrer, a casa fica cá, os móveis encher-se-ão de pó e tudo deixará de fazer sentido porque as coisas só fazem sentido agarradas às recordações de quem as viveu. Para os outros são meras coisas sem sentido. Basta dar uma olhadela aos inúmeros blogues que fotografam casas abandonadas ou visitar uma casa de venda de velharias. Ali estão vidas, objectos de culto para alguns, que agora têm apenas colada uma etiqueta com um preço. Adivinho que foram limpos meticulosamente em muitos sábados tristes e escondidos de netos turbulentos em rápidas visitas à casa mãe.  Quase se consegue perceber que as vidas a que pertenceram estes objectos não foram totalmente aproveitadas.
As coisas deixam-nos e morrem connosco. As recordações que deixamos, o que fazemos juntos, farão a nossa história.
Por tudo isto, mesmo que a casa esteja um caos, mesmo que a roupa suja se acumule, mesmo que a tábua de passar a ferro nos chame, ignorem e saiam com os vossos filhos. Joguem à bola, façam piqueniques, construam um mundo só vosso, riam e divirtam-se, aventurem-se, criem memórias. 
Isto é o mais importante! Tudo o resto é só conversa, tradições falhadas e falta de imaginação.
Ah! Mais uma coisa: Viajem muito! Metam-se no carro sem destino. Aventurem-se. Visitem muitos monumentos, muitos museus, aprendam muito de arte, de história, de ambiente, de geologia e biologia, de qualquer coisa. Parece que não fica lá nada, mas fica tanta coisa! Mais que não seja a vontade de replicar estes comportamentos com a nova geração. 

sábado, 23 de março de 2019

Ter as coisas como certas


Ontem a senhora que me ajudava nas limpezas e arrumações  cá de casa  disse que já não podia continuar a vir. As complicações da vida, a idade que avança, os netos que necessitam dela, a mãe que também está mais dependente impediram a continuação da sua vinda. estava triste e eu fiquei também. Há muitos anos que convivíamos e ela sabia exactamente  o que fazer em cada semana. A casa estava bem, e as conversas que tínhamos faziam-nos bem. Nunca fui patroa nem ela empregada. Sempre fomos amigas. Duas mulheres nos 50's com tanto em comum para desabafar!
Trazia-me flores para colocar nas jarras e outros mimos. Sempre bem disposta e bem educada.
Ontem, no abraço forte que demos à despedida fiquei mais pobre. 
Damos a vida como certa, mas, de repente, tudo se altera e tudo se modifica. 
Vou tentar não perder o contacto e ir telefonando para saber dos seus dias. Obrigada por tudo.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Ouvido de passagem...


A "Setoura" é mesmo...ai como é que se diz? Quero, posso e mando!!!

Os casamentos dos meus filhos


Casar um filho é qualquer coisa em grande que nos comove a alma até aos ossos se a alma os tiver. É um acontecimento que só vivendo-o, só estando, só engolindo em seco muitas vezes com medo que algo corra menos bem, só sentindo o amor a fluir, só abrindo muito os olhos para captar todos os pormenores lindos que nos alimentarão  os dias e só sentindo aquela emoção tão boa! 
É o dia em que os sentimos realmente crescidos, apesar de eles já o serem. Capazes de construírem um ninho só para eles e estarem e serem  tão felizes que só de os ver assim o nosso coração explode.
Casou-se o mais novo. Numa capela linda, arranjada por uma senhora linda, que por coincidência é madrinha de uma amiga minha. Esta semana a minha amiga confidenciou que a madrinha tinha adorado a cerimónia e que ainda hoje anda emocionada com a postura dos convidados, a beleza da celebração que aliada a uma singeleza nobre a que ela nunca assistira naquele local, fez deste casamento um momento único. Fiquei feliz.
Ontem, numa reunião de trabalho, uma colega diz-me que esteve com uma das senhoras que faz parte do grupo que cantou no casamento de filho mais velho e que ela me enviava muitos beijinhos. Falaram do casamento e  disse a senhora ter aquela cerimónia no coração por ter gostado tanto de participar nela e por ter sido uma cerimónia muito emocionante em todos os aspectos. 
Como é que eu fico? Feliz. Muito feliz!

quarta-feira, 20 de março de 2019

Coisas urgentes


Fala-se tanto em dignificação do trabalho docente! Por vezes, até em demasia. No mau sentido, quanto a mim.
Há anos que tento implementar medidas que vão ao encontro dessa necessidade. 
O trabalho principal de um professor é ensinar. Durante toda uma vida ele entra dentro da sala de aula e dá o seu melhor. ensina, faz aprender, conta histórias, relaciona factos, ri com os alunos, repreende-os, grita com eles quando passam as marcas. Um dia apercebem-se que será  o último em que entram e em que estão. No dia seguinte ficam em casa. Entraram na reforma!
 Nos primeiros tempos aparecem pela sala dos professores mas, quando toca a campainha, os colegas regressam à sala de aula e eles por ali ficam, meio abandonados, até que deixam de ir. Uma ou duas vezes por ano, regressam para o jantar de Natal, a ceia dos reformados e pouco mais.
Tenho o sonho de ainda implementar, nos próximos anos, uma última aula aberta  para cada professor que se reforma! Uma aula em que cada um deles, para uma vasta  plateia e com grande solenidade,  conte um pouco do que foram tantos anos naquele ofício, tantas vidas a passar-lhe por entre os dedos, tantos episódios dignos de um romance, tantas emoções, tantos triunfos e alguns desgostos. Uma aula magistral, uma saída pela porta grande mostrando ao mundo que sai da sala de aula, palco dos seus dias,  mas continua válido e sapiente. Uma aula digna e dignificante em que se valoriza quem ensina e quem está. Para que nunca se  esqueça. Para que nunca o esqueçam!
Ainda tenho esperança!

terça-feira, 19 de março de 2019

Boas surpresas


Tinha agendada para hoje uma reunião com um pai de um aluno. O F. tinha mostrado interesse em que o pai fosse o seu encarregado de educação e disse-o com um brilho nos olhos que captei e conclui ser, talvez, uma ajuda à tristeza escondida no fundo dos seus olhos. 
O pai é ainda jovem e começou a conversa dizendo:
-Sabe, eu fui seu aluno. Foi minha diretora de turma e professora de Ciências há cerca de 25 anos! A professora está na mesma!!!! (Era bom, não era?)
De repente, eu vi-o! Pequeno e franzino como o filho, bem comportado, até o nome me veio à cabeça.
-Pois foste! Eu lembro-me bem de ti!
E a partir deste momento foi impossível manter o papel de diretora de turma e de pai do meu aluno!! O "tu" entrou ali rapidamente e o "ó professora" dele parecia uma dúvida de aula saída de outros tempos. Por momentos, pareceu que ia colocar uma questão da aula!
Ficou então combinado que ele vai ser o encarregado de educação! Fiquei contente e intui que com aquele pai a tomar conta dele, o F. vai motivar-se e trabalhar mais. 
E à saída:
- Está mesmo na mesma professora!!!
(Era bom, não era???) Mas quando fui tomar um café ainda conservava um breve sorriso de quem queria acreditar! 

Saber envelhecer


Fui uma adolescente muito insegura. Sei agora, que sem razão. Na altura, não sabia! Metade daqueles anos foram desperdiçados. Salva-se tudo o que aprendi culturalmente, todos os bailados que vi, todos os filmes de grandes realizadores, todos os concertos a que assisti. Amigos da minha idade tive poucos. Os tempos livres passava-os com os amigos dos meus irmãos, porque dava mais jeito, era mais fácil sair de casa, a protecção também era maior e eu gostava de me sentir segura.
Não me lembro muito bem dos meus colegas de turma no liceu, convivi pouco com os meus colegas de faculdade, aí já devido a uma grande paixão que me consumiu os dias e as noites e se foi apagando  com os anos como acontece com todas as grandes paixões. 
Quando dei por mim, estava no mercado de trabalho e vivia sozinha na Figueira da Foz, aproveitando ao máximo a praia da claridade. Foi um glorioso ano! 
No final do ano, um concurso para efectiva obrigou-me a partir para longe do mar. Chorei muito, percorri mil e uma vez as ruas familiares dentro do meu 127 beige, que me iria acompanhar ainda alguns anos, tentando absorver os cheiros, a luz e tudo o resto do que teria saudades. Foi muito difícil despedir-me do grupo de amigos divertido, alegre e bonito como só gente de vinte e tal anos sabe ser. 
A partir daí, começou uma nova fase na minha vida! 
Casei-me. Construí a minha  família e deixei de pensar em mim só porque o tempo era pouco para tanto que tinha para fazer. Mudei de casa e de cidade e parei num local onde não conhecia ninguém e onde nenhuma mão se estendia quando precisava. Éramos só nós e a nossa condição. Vivo por aqui há 31 anos! 
Começa a tomar conta de mim uma vontade enorme de partir! É bom sinal! O bom envelhecer traz clarividência e eu sei muito bem o que me faz feliz e o que quero para mim! 
Todas as noites avança mais um pouco este sonho dourado que trago comigo!
Vamos ver!

Ufa! Acabei o trabalho de hoje


Dizem que os professores não trabalham! Que têm três meses de férias(!!!!!!!) . Nunca tive nem conheço ninguém que tenha! Durante muitos anos, mais precisamente os últimos 9 anos da minha vida, tive simplesmente quinze dias.
Hoje comecei às 8.30H com aulas até às 12.30H. Atendi uma mãe até às 13.30H. Vim a correr a casa almoçar e tive uma reunião com assessores que eu coordenava desde as 14.30H até às 16.00H. Entrei para a reunião de conselho pedagógico até cerca das 19.00h. Cheguei a casa, jantei e comecei a elaboração dos testes de avaliação. Uns para a maioria dos alunos e outros adaptados às dificuldades de outros. São 23.50H. Estou cansada mas com o trabalho todo feito. Amanhã começo novamente às 8.30H.
Durmam bem!
Ah! antes de continuarem a dizer que os professores não trabalham, reflictam um pouco!

segunda-feira, 18 de março de 2019

Bom dia segunda feira


Sabem aquelas vezes em que tu descobres e vês com toda a clareza coisas, relações, intrigas e factos que aconteceram há imenso tempo, assim de um momento para o outro, passado muito tempo de terem acontecido?
E pensas: eh lá, mas como é que eu não vi isto? Como é que eu vejo isto agora tão bem e não o vi na altura?
Parece que o tempo põe no sítio as situações, as pessoas e o nosso cérebro. Tinha dado muito jeito ter tido esta clarividência na altura em que se passou pelos acontecimentos, lá isso tinha!
Mas mais vale tarde que nunca!

sábado, 16 de março de 2019

Coisas feitas e ainda por fazer


Já feito: pesquisas sobre um novo projecto para desenvolver com os alunos; roupa lavada e seca; compras feitas; reunião de segunda feira preparada; documentos estudados; testes feitos; aulas preparadas.
Ainda por fazer: roupa passada; comida feita para a semana; um abraço especial, especial; mil beijinhos.
Deixo a frase que ando a tentar interiorizar para aumentar os meus níveis de bem estar: não se devem ter expectativas. Aceitar e usufruir o que  se tem.
Difícil, muito difícil! Tentar todos os dias!

quarta-feira, 13 de março de 2019

As minhas aulas e o conhecimento do mundo


Nunca consegui ensinar ciências sem as articular com o mundo em que vivemos! Com os problemas reais do país real. Os alunos gostam e aprendem. De qualquer pormenor chega uma história, uma crónica, um artigo científico. Com os sismos chegou a descoberta de uma nova zona de subducção a sul de Sagres, com os riscos sísmicos apareceu a possibilidade da destruição de uma qualquer central nuclear e os riscos que daí viriam. Falámos depois de Chernobyl, de como está hoje a situação, o que aconteceu, (alguns não sabiam) do projecto "Verão azul" que há já vários anos  traz jovens dessa zona para Portugal  para casas de famílias para que possam passar férias longe do ambiente radioactivo de Chernobyl e, deste modo, aumentar a sua esperança de vida. Alguns disseram que vão pesquisar na net.
Ainda falámos das minas de urânio, que começaram por explorar rádio,  exploradas por companhias inglesas na zona da Urgeiriça e dos resíduos radioactivos que por lá ficaram a céu aberto e que, posteriormente, foram incorporados num monte de terra, agora relvado  e bonito, ao lado de uma estrada. O que é certo é que as radiações não são travadas pela terra!! Não consegui cumprir o plano de aula mas estiveram interessados, fizeram perguntas, aprenderam sobre o seu país. 
Amanhã há outra aula. 

segunda-feira, 11 de março de 2019

Devemos e temos obrigação de acreditar SEMPRE nos alunos


No meio de um orçamento participativo que apresentámos, eu e a minha direção de turma, descobri na sexta feira que hoje seria o dia de apresentação do  projecto às turmas da escola! Não tínhamos o power point feito mas tivemos o auxilio do responsável pelo projeto. Procurei um grupo de alunos que já tinha almoçado e, todos juntos, fizeram a apresentação. 
Hoje descobri que afinal a apresentação e a divulgação não seria turma a turma mas num auditório que comportava cinco turmas do 3º ciclo  em cada sessão!
Pensei que não iriam conseguir. Que com tanta gente eles se atrapalhariam e não conseguiriam defender o seu projecto . Ainda por cima o projecto concorrente era de uma turma do 8º ano.  Fiquei nervosa. Falei com eles, mudei aluns dos  oradores mas vi muito entusiasmo nos olhos deles. 
E não é que correu muito bem! Felizes! Com a sua auto estima do tamanho de uma montanha.
Acreditar! Fazê-los apropriarem-se das ideias e depois deixar fluir. Eles conseguem sempre. 

A começar

Uma semana de trabalho em que até tens receio de te esquecer de algo importante.
A vida profissional de um professor tem tantas nuances, tantas tarefas de diferente natureza, desde as administrativas até às pedagógicas, que requerem uma atenção redobrada a tudo o que é importante para que nada falhe. 
Cheguei a um tempo em que as tarefas têm de ser escalonadas por prioridades e timings para que se consiga chegar a toda o lado sem grande stress. Apenas a ideia frustante de que muito do que se faz nunca fará a diferença na vida dos alunos e que o tempo falta para outras longas conversas com  eles, para ensaios pedagógicos, para pensar mudanças necessárias e adequadas ao tempo presente, para o verdadeiro trabalho em equipa que havia antigamente, para projectos pensados e colaborativos e não aqueles que têm de se desenvolver à pressa, depois de conversas no corredor sem tempo para mais, e dos quais os alunos pouco se apropriam.
Boa semana. 
 

domingo, 10 de março de 2019

Culturas de Escola


Talvez seja mesmo a característica que mais dificulta a homogeneização dos mega agrupamentos.
Quando se juntam administrativamente  duas ou mais escolas com os mesmos ciclos de ensino e uma história longa que criou uma cultura própria em cada uma delas, é necessário um muito maior esforço e muito maior arte para fundir estas diferentes culturas. 
Como afirmam João Formosinho e Joaquim Machado, cabe ao diretor comprometer-se com uma concepção de escola enquanto organização aprendente e criar condições para que os membros das estruturas intermédias, juntamente com as suas lideranças, concebam, planifiquem e organizem o processo de ensino/aprendizagem dos alunos. (...).
Esta missão do director é uma oportunidade para aprofundar o conhecimento da cultura da escola e para colocar sempre os alunos como principal objectivo, para compartilhar o poder e para valorizar os seus professores, para promover a colaboração (que não a cooptação) e para fomentar um clima e atitude propícios à investigação-acção e à partilha na tomada de decisões, para compreender a cultura da escola e para facilitar meios, para dedicar tempo à interacção com os professores e os alunos e para fomentar o crescimento profissional e a melhoria dos processos de ensino (Fullan &Hargreaves, 2001).
Esta missão do diretor implica que ele se descentre da estrutura e utilize a burocracia como elemento facilitador e não como elemento bloqueador, se oriente para o ensino e a aprendizagem e para as culturas de colaboração e apoio e não para  o controlo e verificação da conformidade burocrática.
Esta missão do director exige-lhe que aprenda a influenciar e a coordenar um processo de mudança não linear e dinamicamente complexo.
Não sendo fácil, torna-se aliciante este desafio de contribuir para o apoderamento, pelos professores, de uma autoridade que se baseia na internalização de ideais, normas e práticas profissionais  comprometidas com a melhoria dos processos de organização do ensino e a responsabilidade colectiva pela aprendizagem dos alunos.

in Equipas Educativas - Para uma nova organização da escola de João Formosinho e Joaquim Machado

sábado, 9 de março de 2019

Sábados de sol


Que fazer? Tudo é possível. Ou, pelo menos, parece!!
Ficar em casa, arrumar todo o trabalho em atraso, adiantar a semana que aí vem? Preparar as férias da Páscoa, fazer pesquisas de que tanto gosto mesmo que não cheguem a lado nenhum? Continuar as minhas pesquisas gastronómicas para experimentar proximamente? Sair e caminhar num parque frondoso de um local próximo porque por estes lados não há nada apetecível? Desfazer o monte de roupa para passar que se acumula há já algum tempo? Ir até Leiria ver um filme de qualidade já que por aqui é sempre o eterno cartaz que não me interessa? 
O mais importante mesmo? Pintar o cabelo! Mas não me apetece mesmo nada!
Tanta coisa e tantos desejos só podem ser sinal de que continuo viva e com ideias. 
Bom sábado!

sexta-feira, 8 de março de 2019

Novos tempos


Há algum tempo que sigo o trabalho da nutricionista Mariana Abecasis. Os livros da sua autoria revelam bom senso, as receitas são fáceis e saborosas e fazem sentido num processo de emagrecimento  proteico com redução quase total dos hidratos.
Descoberto o instagram da autora, abriu-se um novo mundo. As fotos que publica são muito boas, as receitas bem explicadas e com  um grau de  simplicidade fácil de seguir.
Faltava apenas comprar uns quantos ingredientes que ainda faziam falta mas fáceis de encontrar em qualquer supermercado.
Foi o meu lanche. Muito boas e super saciantes. Estou fã!

Panquecas:
1 ovo
2 colheres rasas de aveia
2 colheres de sopa de iogurte de coco triplo zero (uma boa descoberta)

Bater os ingredientes, colocar numa frigideira antiaderente e servir com o resto do iogurte como top.
A repetir muitas vezes!

quinta-feira, 7 de março de 2019

Coisas de outros tempos


Ao telefone com a minha irmã recordámos uma história que a minha avó nos contava amiúde sempre com novos pormenores. Mesmo depois de tantos anos, mais propriamente 35 ou mais, ainda conseguimos lembrar toda a história que rezava assim:
Um pai tinha duas filhas mas uma delas, a mais  velha,  já não tinha mãe. A mais nova  era filha da atual esposa. Havia assim uma enteada que era obrigada a trabalhar duramente durante todo o dia e a quem o pai chamava  "Maria alta madruga" querendo com isto dizer que a rapariga se levantava de madrugada para fazer todo o trabalho em casa e na quinta. A mais nova, não fazia nada porque a mãe a poupava. O pai chamava-lhe a "Maria mija e vai-te deitar" porque a mãe, logo que ela ceava, lhe dava esta ordem indo a menina para o vale dos lençóis enquanto a outra continuava a trabalhar noite dentro. 
O tempo passou, as crianças cresceram e ambas se casaram e foram viver para longe indo de vez em quando visitar o pai. A "Maria alta madruga" enriqueceu pelo trabalho, construiu uma boa casa e criou uma bela família. A "Maria mija e vai-te deitar" como não sabia trabalhar nem fazer nada, nunca conseguiu "subir " na vida. 
O pai quando as via ao longe dizia sempre: Lá vem a minha filha "Maria alta madruga" a cavalo na sua bela mula e lá vem a minha filha "Maria mija e vai-te deitar" descalcinha e rota pelos tojos a passear!!
Era gira esta história que enaltecia o trabalho como fórmula para o sucesso, para a construção de algo útil, para a motivação e para a felicidade futura. A minha mãe continuou este discurso, por parábolas, e  essencialmente pelo próprio exemplo que sempre nos deu.
Hoje em dia, talvez o final da história não fosse este. Nestes tempos perturbados, cheios de nuances, artimanhas, aldrabices e corrupção a "Maria mija" arranjaria artimanhas e teria muito mais tempo para desenvolver artes que lhe permitiriam vencer na vida com maior facilidade e eficácia. Pelo meio, ainda teria tempo para se rir na cara da "Maria alta madruga" que cheia de trabalho não teve tempo para gozar a vida nem para olhar para o lado e aprender outros métodos menos penosos de subir as escadas da vida.
Avó: obrigada pela história, tanta vezes contada e sempre enriquecida em pormenores, mas que hoje desconfiamos que já perdeu a validade!

Hoje sonhei contigo


Que num evento importante onde estava sozinha apareceste do nada e te transformaste no meu sol. Havia muita gente importante, o local era imenso mas tu eras o mais importante. Acordei com esta sensação de estares perto e seres tão importante e tão luminoso aos meus olhos naquela imensa  sala. 
E depois realizei que, mesmo longe, conjuntamente com o teu irmão, continuarão a ser durante toda a minha vida e talvez para lá dela,  a mais linda luz que ilumina o meu coração.

Depois da pausa...


Custa sempre mais voltar às rotinas. Ontem queixava-me do quanto é chato andar a pé nesta cidade onde vivo, com passeios estreitos e sempre com medo de que um carro venha parar em cima de mim. Das subidas, do barulho constante e da necessidade imperiosa de existir uma zona verde bastante grande que permita o contacto com a natureza e, ao mesmo tempo, o exercício de meia hora recomendado. 
Fiz a viagem triste depois de dias de passeios em terrenos amplos com o som do mar por companhia. Tão simples como fechar a porta de casa e começar a andar sem destino porque qualquer sentido era bom. 
Depois deste desencanto, já com novas ideias forjadas e uma necessidade imperiosa  de renovação, iniciei uma nova fase na minha alimentação e preparei umas quantas receitas. Levei hoje o meu almoço para a a escola e vai continuar a ser assim porque o entusiasmo é coisa que não falta.
A época das novas consultas médicas aproxima-se e não gosto mesmo nada  de dar desculpas esfarrapadas.
 Por mim, pela renovação a que tenho direito e pela minha saúde.
Vou postando por aqui alguns dos pratos num futuro próximo.

sexta-feira, 1 de março de 2019

E pronto! Estamos em pausa!


Até aqui muitos serões a ver testes, a lançar notas no programa informático, a avisar pais de que poderão, a partir de amanhã, ter acesso a toda a informação, a preparar as reuniões a realizar logo a seguir ao Carnaval. A pausa compõe-se ainda de umas tardes de trabalho no Regulamento Interno.
Chamam-se pausas porque podemos fazer o trabalho sem o som da campaínha e fora do local de trabalho, decidir trabalhar pela noite dentro e aproveitar as tardes para passeios à beira mar. 
No entanto, na 5ª feira o trabalho tem de estar adiantado.
Bom fim de semana!