quinta-feira, 25 de abril de 2024

Tive de ir confirmar!

 


Nas redes dizia-se que Marcelo (chamemos-lhe assim) tinha afirmado que o Dr. Luís Montenegro tinha comportamentos rurais, vinha de um país profundo com um estilo de outro tempo e era lento, de uma lentidão diferente da do último primeiro ministro porque esse era lento porque era oriental!!!!!!

Como disse???

Tive de ir verificar! Era mesmo verdade. Foi dito e está gravado numa entrevista com jornalistas estrangeiros!!

Vamos então por partes: não se podem fazer comentários (e considero correcto) sobre pessoas de outras raças ou credos, mas o senhor que pode tudo, pode dizer que os orientais são lentos! O senhor  tem assim tanto conhecimento de orientais para poder afirmar isso ou são apenas os orientais que conhece da linha onde viveu e conviveu toda a sua preenchida vida com os seus amigos influentes e rápidos em tudo o que fazem? Sejam actos lícitos ou nem por isso!!!!!

Vamos então à ruralidade do Luís Montenegro. Ainda bem que é rural e não é como o senhor que se tornou num ser abonecado, cheio de tiques nervosos e entoações de classe alta, nada condizentes com o cargo que ocupa. Estou a vê-lo à noite nos hotéis, sempre que o obrigam a conviver com rurais, a desinfectar-se em litros de álcool. Quero lembrá-lo que também é presidente do tal país profundo que, dada a superfície exígua do pais, não sei bem onde fica!

Lembrar também este senhor que os grandes vultos desta nação não nasceram como o senhor em berço almofadado. Não tem grandeza! Grandeza é não ter as condições para ser grande e ser inteligente o suficiente para as conseguir. Grandeza é conquistar o mundo e conservá-lo na palma da mão. Grandeza não é ter tudo de mão beijada . É traçar rumos e metas e trabalhar árduo para as conseguir alcançar. Grandeza é conhecer a beleza de um nascer do sol num dia de ceifa, a alegria de um almoço no campo depois de uma manhã de trabalho,  o conseguir chegar à escola depois de meia hora a andar no meio da neve no Portugal profundo e fazer-se gente. Grandeza é saber o que é vida porque se cresceu e conviveu com todas as classes sociais e se conhecem as dificuldades da vida.

Grandeza é ser muito inteligente como o meu pai que, mesmo rural, nunca foi lento nem nunca teve o espirito de outros tempos. 

Grandeza é ser um Aquilino, um Torga, um Vergílio Ferreira, um Soeiro Pereira Gomes, um Sobrinho Simões, um Aristides de Sousa Mendes, e por aí fora.

Estes irão ser lembrados ainda por muito tempo. Já o senhor...

Já tinha pensado que o senhor foi a minha maior desilusão dos últimos tempos como pessoa! Ai e tal teve uma nota muito boa na faculdade!! É isso que tem para mostrar? Muito pouco!

O que me entristece  é observar  um lisboeta inchado de si! É o que o senhor é! Não sabe nada da vida!

Uma tristeza!

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Coisas boas

 


Andei a trabalhar num projecto durante estes últimos meses. Estudei, trabalhei, modifiquei, calculei. Estava confiante do resultado ser positivo. Demorou algum tempo a ver resultados. Estava a ficar um pouco desanimada. Hoje chegou o primeiro resultado positivo!

Ninguém consegue imaginar o meu contentamento. Afinal os meus pressupostos estavam certos. É tão bom quando há reforço positivo. Quando nos sentimos realizados naquilo que idealizamos. 

Parabéns a mim e ao meu trabalho!

Estes estranhos tempos

 


Há alturas em que, mesmo que eu não queira sentir-me assim, tenho mesmo de perceber não pertencer a esta geração e não ter pena disso.

Hoje, numa aula de apoio, perguntei a um aluno o nome do pai. Resposta: Sei lá!! Eu chamo-o pai.

Então mas não sabes o nome?

É muito difícil, é qualquer coisa parecido com mar.

Então mas a tua mãe não o costuma chamar pelo nome e tu ouves?

Não. A minha mãe chama-o com aqueles nomes de casal - Ó querido!

Mas não sabes mesmo o nome do teu pai? 

Não, não sei!

Fiquei estarrecida! Pode parecer que não tem importância mas é o pai que vive lá em casa. Não haverá curiosidade em saber o nome?


E onde estavas tu neste dia 24 há 50 anos?

 

Estava ainda a aprender a viver na cidade! Num liceu misto no qual nunca gostei de andar. A minha irmã convenceu a minha mãe que era muito melhor eu frequentar um liceu misto e não ir para  o Liceu D. Maria, na altura o liceu feminino de Coimbra e que era muito mais perto da minha casa!

Vá-se lá saber porquê, a minha mãe concordou. E aí ia eu todos os dias apanhar o eléctrico até à baixa da cidade e depois esperar por um autocarro que me levaria para o outro lado do rio, em frente à quinta das lágrimas. Um liceu frequentado, na sua maioria, por alunos que vinham de fora da cidade porque ficava mais perto da estação de comboio. Perdi os meus amigos do ciclo preparatório e encontrei outros que nunca vieram a ser meus amigos porque entretanto, logo no dia seguinte se deu a revolução e tudo mudou. O liceu D. João III ficou misto e no ano seguinte já fiquei perto de casa. 

Valeu-me a sabedoria da D. Cecília que deixou ir a filha, minha melhor amiga, também para aquela lonjura de liceu.  Sempre éramos duas!!!! 

Só me lembro das atividades extra curriculares onde a minha mãe considerou importante eu frequentar o grupo de danças populares por onde andei perdida e desconectada do grupo durante três meses antes de ter convencido a mãe a desistir porque não gostava e não sabia dançar. Talvez daí a minha aversão actual a ranchos folclóricos!!

Havia ainda a aula de lavoures femininos onde, supostamente as alunas costuravam enxovais para crianças recém nascidas pobres e que depois, por altura do Natal, já as roupas e adereços colocadas em cabazes embrulhados em papel celofane eram entregues em cerimónia solene às mães de sorriso triste que os vinham buscar. Sem acautelar olhares nem exposições mas, pelo contrário, explorando a pobreza de quem nada tinha. Também posso confessar que tendo eu treze anos na altura, não sabia costurar e foi sempre a minha mãe que fez todas as peças que eu entreguei! Eu só fazia de conta que fazia. Será que a professora não via ou era costume e o que interessava era o produto final?

Coisas que ficam!

Hoje a minha neta mais velha perguntou se eu alguma vez tinha trazido orelhas de burro para casa! Respondi que as orelhas de burro eram para ser colocadas na escola aos que não aprendiam com tanta facilidade e que na minha escola não havia esse adereço mas uma régua de madeira com que batiam a quem menos precisava de levar porque a vida já era dura que bastasse. 

E depois a graça da neta do meio: e orelhas de vaca? Também tinhas?

Ainda me estava a rir depois do telefonema!

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Vive e deixa viver

 


Não costumo, por personalidade, meter-me ou dar conselhos na vida de ninguém. Acredito, por experiência própria, que viver é aprender e que as aprendizagens têm de ser feitas pelos próprios para se tornarem empoderados e certos das suas capacidades. Pode ser entendido como distanciamento mas não o é. 

Também não sou queixinhas. Aguento bem as dificuldades, as dores,  as incapacidades e o desânimo. Faz parte dos dias. 

Pela minha maneira de ser, tenho alguma dificuldade em ver perturbada ou criticada a minha intimidade ou o meu modo de viver a vida. Já tenho tantos condicionantes que tudo o que possa ajudar é bem vindo e mesmo só o que possa ajudar. Juízos de valor dispenso-os e não me fazem mossa. Já fizeram em tempos lá muito atrás. 

Agora faço o que a vida me vai permitindo com o propósito de me sentir melhor e de me testar todos os dias. Se vou, se fico em casa, se posso ou não posso, só a mim diz respeito. Não controlo a opinião dos outros. Apenas controlo o modo como essa opinião me afecta. Neste momento, é mesmo zero por cento. 

Já passei por muito, já vivi muito, já precisei muito e foram sempre os mesmos que estiveram. Esses sim, são importantes. 

Boa semana!

domingo, 21 de abril de 2024

As amigas de longa data

 


Tenho um grande carinho por elas e pelo que acrescentaram à minha vida.  Não estivemos sempre juntas mas perguntávamos umas pelas outras, ía sabendo das suas vitórias e dos dias menos bons. Há pouco tempo, uma dessas amigas muito especial ficou viúva. Tentei, de longe, escrever-lhe todos os dias um texto de esperança que a fizesse sair da escuridão a que uma morte repentina nos leva. 

Chegou a altura de voltar aos velhos tempos, às nossas conversas e às nossas recordações. 

Nunca me esqueço de quem me fez bem! Estando a  minha Mãe para ser operada, quando eu tinha cerca de 20 anos, fui levá-la à clinica onde a deixei triste como a noite. Despediu-se de mim quase a chorar,  numa enfermaria de seis pessoas quase já na penumbra do final do dia. Fui tomar café à noite com ela no pensamento. e esta amiga, médica de profissão, disse: anda daí, vamos lá. E fomos. Eram 11da noite e quase todas dormiam. Menos a minha mãe que quando me viu ao lado dela deu um sorriso de que ainda hoje me lembro.  

O outro dia contei-lhe este episódio de que já não se lembrava. Disse-me que sempre foi o lema dela ajudar. Acredito que sim. Um coração de ouro  e uma maneira de ser que sempre me agradou. Jogámos muitos jogos de ténis juntas, pelo calor tórrido da tarde nos campos de terra de Coimbra. 

Já está reformada e o poder estar com ela está a fazer-me bem. É com estas nossas pessoas que contamos sempre mesmo que os anos e a distância tenham encurtado o contacto, os sentimentos continuam bem presentes. 

Até já!

sábado, 20 de abril de 2024

Coisas boas das cidades pequenas


 Ir ao mercado local pela manhã e comprar legumes do produtor. Mais pequenos, menos vistosos mas muito melhores em sabor. Passar sempre pelo mesma banca de peixe onde há sempre desconto para uns bons robalos  ou douradas de mar que não têm nada a ver com os de viveiro.

A banca dos queijos é a perdição total. Muitos tipos de queijos frescos, requeijões especiais, enchidos alentejanos  que apetece sempre experimentar. 

Há ainda a vantagem do estacionamento. Há  sempre lugar, perto de tudo e mesmo nas grandes superfícies a maioria dos lugares está vazia a certas horas do dia.  Se tenho mesmo de realizar qualquer tarefa, o tempo gasto em deslocações é mínimo e sobra tempo para um café ou uma volta às novidades. 

Antes, nunca considerava estas vantagens. Depois de passar muitos fins de semana em Lisboa e de ter perdido imenso tempo no trânsito e a procurar lugares de estacionamento considero um mimo viver aqui. 

Saí de casa às 11.00h . Fui ao mercado, a dois supermercados e às13.00h estava em casa com as compras da semana todas efectuadas. 

As coisas más prendem-se com a pouca variedade na oferta cultural mas Leiria, Tomar e Santarém  ficam  perto e pode-se aceder a muita coisa. 

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Ainda sobre o passar do tempo


 Há uma regra que tem de ser cumprida- conviver, conviver, conviver.

Ouvir os outros, ter uma boa rede social, ajudar quando é necessário, ter a consciência de que fazemos parte de uma comunidade e que não estamos sozinhos.

Ter actividades em grupo, rir junto, marcar almoços, jantares, lanches,  caminhadas ou apenas sentarmo-nos num banco de jardim
e trocar pontos de vista e opiniões diferentes. Faz tão bem à alma!

Paralelamente,  ajuda a a relativizar os nossos "enormes" problemas porque sentimos que são transversais.

Os que vivem sozinhos encerrados nas suas conchas, tornam-se egoístas, maníacos, reféns dos seus próprios pensamentos que não relativizam com ninguém. Andamos cá tão pouco tempo que temos obrigação de o tornar o mais leve e alegre possível. Mesmo com dificuldades, será sempre mais fácil fazer a "caminhada" em grupo.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Sobre a auto-estima

 


Quando se chega à minha idade, podem ter acontecido duas coisas: ou nos deixámos ir na onda do envelhecimento, não o contrariando, não fazendo nada para nos mantermos atentos, aprendizes da vida e do mundo ou, pelo contrário, batalhámos o suficiente para sabermos o nosso valor,  mesmo reconhecendo os pontos fracos mas pondo sempre o foco nos pontos fortes. 

É claro que tudo se torna mais difícil e mais demorado. Sair de casa demora mais tempo, organizar uma saída implica uma maior motivação, o número de cuidados aumenta mas tudo se faz em função da saúde mental e física que se quer preservar. 

Há pessoas que se deixam ir na onda da desgraça e, para essas, a vida não traz segunda chance. Chega um dia em que já não há volta atrás. É uma questão de amor próprio de perseverança e de saber que vale a pena andarmos cá, com saúde e alegria. 

Sou muito grata à vida. Talvez porque nunca parei  muito tempo a desejar muita coisa. Fui andando e fazendo à medida que era necessário. Uns dias mais folgada outros dias com uma carga mais pesada do que eu mas sempre sabendo que valia a pena o esforço. 

Já muito pouca coisa me atinge, desde críticas até  comportamentos que considero pouco recomendáveis. 

Sei do que sou capaz. Sei dos que me amam e me apoiam e sei  o que valho.

Bendita idade que tanto ensinas!

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Voltámos à noite

 


Soube muito bem. Aquela casa tem o condão de me fazer bem à alma. Ao final da tarde ainda tivemos a visita de grandes amigos com quem se está em casa. 

Depois, foi arrumar o pouco que levámos e, noite dentro, voltar à casa do trabalho. 

Estiveram dias lindos com um azul de céu que só naquele sítio existe.

No próximo fim de semana voltamos. 

sábado, 13 de abril de 2024

Vamos à praia

 

Com este tempo  apetece mesmo estar perto do mar. Ouvir o barulho das ondas  e passear na areia. São só dois dias mas vão valer por sete. 

Quase tudo preparado. Pouca roupa e muitos projectos. Casa limpa à nossa espera. Valorizar aquilo que temos e que conseguimos com algum sacrifício e muita imaginação.


quinta-feira, 11 de abril de 2024

Antes da Maria de Lurdes

Reserva Natural do Estuário do Tejo

Sem sombra de dúvidas, a pior ministra da educação foi a D. Maria de Lurdes Rodrigues!  Tive a oportunidade de a ouvir falar presencialmente e era tal o ódio aos professores que até o olhar da senhora se toldava. Acredito que tenha andado numa escola muito má e tenha sido muito mal tratada talvez até pelo seu mau feitio e modo de estar arrogante e de mal com a vida. Se a vejo em qualquer canal, mudo imediatamente.

O que é certo é que depois dela nunca mais nada foi igual. Não falo de dinheiro, de escalões, ou outro qualquer aspecto mais prático. Falo sobre a desvirtualização que, uma senhora e os seus acólitos, conseguiram fazer a uma classe até aí considerada por todos. Nunca me revi no modo como a senhora falava do nosso trabalho e como sempre dava a entender que os directores teriam que tratar os professores de rédea curta e pingalim na garupa. Eu ouvi de viva voz, não me contaram! E também ouvi os aplausos de alguns directores aos dislates da senhora. 

O que me choca ainda mais é o reconhecimento que a senhora teve após o ministério e os cargos que ocupou e ainda ocupa sempre ligados à educação de que pouco sabe. Até fico irritada quando falo nisto. 

A partir desta senhora, tudo mudou. Para pior, claro!

Todos os anos, antes deste descalabro, organizavam-se  encontros de Educação Ambiental sempre em capitais de distrito diferentes. Os professores pagavam uma parte, como a estadia e a  inscrição e  as câmaras municipais organizavam o programa, sempre muito rico e preenchido,  transversal a todas as áreas do saber.  Tínhamos experiências fantásticas que depois se reproduziam em sala de aula e davam ao professor uma grande bagagem em diferentes temas. Conheci, deste modo, aspectos do país que nunca conheceria,  empresas de renome que nos abriam as portas para visitas guiadas, áreas protegidas que, em visitas guiadas, nos mostravam a biodiversidade deste país tão rico. Em sala de aula todos estes conhecimentos eram aproveitados e trabalhados e os alunos ainda hoje falam dessas aulas com alguma saudade.

Era uma semana riquíssima em aquisição de saberes. Tudo acabou!

O investimento em educação de qualidade deixou de existir e a força moral e ministerial que os professores necessitam também. 

Muita pena. 

Ainda me alegro com alguns alunos que vou encontrando na escola com sorriso doce, boa educação e boa conversa.  Há, no entanto,
muitas situações que nunca deveriam existir ou ser permitidas. Obrigada D. Maria de Lurdes. 


segunda-feira, 8 de abril de 2024

Chegar a casa de rastos


 Este ano, em trabalhos moderados, tenho imensas horas a acompanhar alunos com muitas dificuldades a Matemática. Entram uns e saem outros mas os problemas são quase sempre os mesmos: uma falta de concentração e de atenção fora do normal, um desinteresse por mudar nem que seja por 50 minutos e uma falta de bases alarmante.

Seis vezes seis?

300? Não distinguem a multiplicação da divisão e sem calculadora ficam completamente perdidos. 

Eu consumo-me nestas horas. Podia não o fazer, mas penso ser a minha obrigação. Dou dicas, zango-me quando não me ouvem,  parto sempre do mais simples para o mais complicado, ensino-os a tirar notas, a fazer registos e a resolver problemas com técnicas fáceis de colocar em prática. Tento facilitar as suas aquisições em todas estas horas para depois ser mais fácil dentro de aula e diminuírem, deste modo, as suas dificuldades. 

A maior inquietude deles? Quanto tempo falta para a aula terminar! 

Hei-de  chegar lá! Sei que sim!

Uma semana novinha em folha

 


A lista de tarefas alinhada.

Os alunos a apoiar organizados em folhas excel.

Tarefas com marcação, já marcadas e colocadas na agenda.

Falta ir lavar o carro. Malditas poeiras do deserto!

Fazer as compras da semana.

Elaborar menus.

Ir buscar a roupa à lavandaria.

Começar a investigar e a programar as férias de Verão. O que eu adoro fazer isso!

Ir à missa dia 10, por alma do meu pai que fazia anos nesse dia.

Marcar as aulas de natação.

Decidir uns quantos assuntos quanto à minha saúde.

Pedir um atestado médico (verdadeiro) que diga que não posso frequentar o ginásio porque piora o pé para poder deixar de pagar mensalidades. 

Ganhar coragem para iniciar novas rotinas conducentes à melhoria da minha condição física e psicológica.

Por agora é tudo para esta semana. Tudo isto nos intervalos do trabalho de que saio, quase todos os dias, às 17.05h

domingo, 7 de abril de 2024

É um crime comprar mais um peça de vestuário


 E não vou fazê-lo. Dei-me conta do exagero a que chegaram os meus armários! É certo que tenho peças de há mais de vinte anos mas estão actuais, em bom estado e eu gosto delas.  É só pensar novas combinações, novos acessórios, juntar um pouco de cor e já está. Houve tempos de alguma frustração e tristeza em que a roupa foi a minha salvação. Esse tempo ficou para trás.

 Empregar o dinheiro que poupo noutros projectos mais interessantes e que me façam igualmente feliz. Com a idade, concluímos que vivemos com muito pouco de tudo. Os momentos bons passam a ser o nosso objectivo e as pequenas conquistas fazem-nos felizes.

Apreciamos as boas companhias, os risos à volta de uma mesa e manjares nunca antes saboreados. A vida encurta e é necessário ainda ter tempo para tanto que ainda não se viveu e não se sentiu.

Sair da zona de conforto e sentir que se conseguiu ir em frente. Colocar todos os dias um desafio e chegar à noite e pensar - consegui!


Esforça-te

 


Sai da letargia onde estás. Toma banho, coloca uma cor no rosto, veste uma roupa bonita  e sai para  a rua. Encontra gente boa, que ri e diz coisas felizes. Não procrastines. Começa já. Alinha as tarefas.

Compra os ingredientes para  um bom almoço. Põe uma mesa bonita porque tu mereces. 

Nunca te contentes com pouco. Tu mereces tudo!

sábado, 6 de abril de 2024

Sempre a aprender

 


Desta vez com filho mais novo.

Sempre  que programa uma viagem de comboio com alguma antecedência pode comprar bilhetes em promoção.  Com um grande desconto !

Se comprar online, os bilhetes em promoção aparecem com uma estrela. Foi o que fiz. Com o desconto optei por viajar em primeira classe. Mais calmo e mais confortável. 

Ida e volta até Lisboa, 23 euros em 1ª classe. Nada mal. 

Tive em tempos uma familiar que, nas minhas costas, me apelidava de "pechincheira"! Queria ela dizer com isto, que tinha grande pena de não conseguir adquirir bens de boa qualidade por módicos preços, como eu sempre fiz. Nesta sociedade de consumo, dá trabalho e necessita de tempo  mas gosto muito desta minha característica.

Talvez


 Seja a altura de voltar aqui! As circunstâncias serão totalmente diferentes, mas é a vida  a ensinar que, de repente, tudo pode mudar!

Aproveitar os momentos, os minutos,  os segundos, tudo a que temos direito. 

Pode parecer mas não vivo no passado!

 


Gosto de voltar atrás e sentir que tenho raízes muito fortes mas adoro viver o presente e ser como sou. Tenho o mês de Abril e de Maio cheio de projectos  bons e gosto muito disso. 

Hoje comecei o dia a vender objectos de que já não necessito. É bom quando outras pessoas valorizam o que já não nos faz falta e o utilizam de forma criativa. 

Acabar de construir todos os documentos necessários para o grande projecto deste Verão. 

Em Maio, um desafio espera-me. O início de Junho é pautado pela vinda de querido primo. Embora a estadia seja breve, vale sempre a pena. 

O mais importante disto tudo? As minhas netas a crescerem, a dizerem coisas que me fazem rir às gargalhadas, o riso lindo, o amor que lhes tenho. Fico sempre mais nova e confiante depois de um tempo com elas. Tantas coisas giras que quero fazer com elas quando crescerem. Tantas canções que vamos cantar, tantas histórias que vamos contar. Tanto que vou ouvir e tanto que vou transmitir. Já tenho um grande espólio de memórias mas será sempre um espólio a aumentar e a enriquecer.

Cheiros de infância

 


Ontem estive na Serra. Questões logísticas imperavam. Tudo resolvido. Passagem rápida pela casa dos pais, agora tão silenciosa e arrumada porque vive quase sempre apenas nos corações de quem lá viveu. 

No quintal, os lilases começaram a florir, assim como as japoneiras que anunciavam sempre o final do Inverno.  Um cheiro bom enchia o ar, como sempre encheu. Faltava o cheiro da terra revolta que antecedia o início das plantações da horta. A mãe tomava conta dela como se de um quarto filho se tratasse. 

Quando chegava de Coimbra, muitas vezes, ia encontrá-la lá entre os morangos e os espinafres e a frescura dos dias de Primavera. Nada disto volta, mas naquele ambiente é impossível não os sentir mais presentes e querer agarrar as memórias, as falas, os risos, o ruído de uma casa vivida por uma família  unida e querida. 

Trouxe os lilases para estarem comigo e me emocionarem cada vez que sinto o seu perfume. 

Queridos pais!

terça-feira, 2 de abril de 2024

Projectos a concretizar

 


Com este tempo todo em casa apoderou-se de mim algum medo de partir por aí fora. Sinto-me mais confortável perto de casa, com viagens curtas e pouca aventura.

Esta maneira de pensar vai totalmente contra a minha personalidade e preocupa-me há já algum tempo . Hoje marquei uma aventura nova. Deu-me dor de cabeça e medo. E se... não sei muito bem o quê mas não quero continuar a reduzir o meu perímetro de conforto. Quero aumentá-lo como antes do pé ter problemas e antes do tendão de aquiles ter partido. 

Agora é confiar e partir. Focar nas descobertas, nas paisagens e em tudo o que gosto de fazer.

Penso que haverá muito mais confiança em mim no regresso. Não tenho idade para acomodações mentais. A vida não se compadece e  é necessário lutar contra os medos e o desânimo.

Tudo marcado.

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Mais uma Páscoa longe de mim

 


Da minha essência, do que sou e do que fui. O cheiro da flor das giestas que enchia o ar, as tradições religiosas, as procissões solenes e silenciosas. As passadas curtas e silenciosas das pessoas de idade que todas as sextas feiras santas percorriam a rua da procissão em silêncio, orando " Lá iremos, lá iremos às portas do paraíso, abertas as acharemos, as do inferno fechadas parecem casas queimadas ...". Sei  toda esta oração do tempo em que dormia com a avó e ela me ensinava todas estas tradições. Saudade.

Começava o sábado de Aleluia e o sino tocava toda a noite. Um martírio para quem queria dormir!

O que eu gostava mesmo? Da Visita Pascal com todo o cerimonial que se fazia lá por casa. A primeira coisa era saber por que lado da freguesia começava o padre a visita naquele ano. Vivendo nós numa das pontas da aldeia, fazia toda a diferença porque ou era manhã cedo ou já ao cair do sol. Perguntas aos vizinhos, ao sacristão e lá se concluía a trajectória. 

Sentia-se ao longe a aproximação do cortejo pelo sino que o acompanhava. Meu pai, vinha para  porta, com o seu ar mais solene e todos ficávamos dentro da sala, perfilados, à espera. Meu pai beijava a cruz enfeitada com flores e convidava todos a entrar. Chegava a nossa vez! Rezávamos todos uma oração, alguma das crianças comia uma amêndoa e lá partiam para mais uma casa não sem antes  o padre benzer a família e a casa. 

Coisas que me lembram porque estão cravadas neste coração e nesta alma de que sou feita. 

quarta-feira, 27 de março de 2024

Conversas com alunos

 


Conhece o meu avô?

Acho que não. Como se chama?

É o padre João!😃

Não, não conheço.

Ele já morreu mas deixou lá em casa montes de bíblias e outros livros que eu ando a ler!

terça-feira, 26 de março de 2024

Por que razão eu gosto tanto desta casa

 


Da casa da praia dos longos verões e da família reunida. Houve alturas em que o quintal se enchia e os filhos pequenos brincavam na rua sem grande problema. À noite dormiam como anjos depois de saltos na areia, correrias e  corridas de bicicleta. A praia era mesmo ali e montes de areia entravam por toda a casa.

Os adultos, por vezes, entravam em modo maluqueira como aquele dia em que apenas comemos marisco, ao lanche assámos chouriços no álcool numa praia qualquer acompanhados de um bom champanhe e acabámos a noite num bailarico de aldeia. 

A vida foi mudando. Cada uma das crianças de então já tem a sua família mas é tão bom quando se juntam todos novamente com as suas crianças e se vê a vida a evoluir no seu ritmo certo.

Saudades do Amaro que era, muitas vezes, a alma desta animação. Saudades dos risos felizes da minha mãe à porta da cozinha vendo a família toda reunida!

segunda-feira, 25 de março de 2024

Está sol. Ponto positivo.

 


O mundo tem sempre duas lentes pelas quais pode ser observado. Tendo sempre a observar pela lente do optimismo mas há dias em que é muito difícil. 

O meu pé, este fim de semana piorou. Doeu-me e comecei a antecipar cenários desastrosos. Vejo a vida a passar sem poder entrar no comboio, ou por isto ou por aquilo, continuo numa letargia que dá cabo de mim. Tanto projecto que não se concretiza e tanto medo de os imaginar e quando chegar o tempo certo já não ser capaz. 

Começar a segunda feira com a ideia fixa de que tenho de me poupar seja lá isso o que for. Tanto a mente como o corpo. 

Algumas conversas aborrecem-me e deprimem-me. Necessito a leveza de outros dias e a alegria que ficou pelo caminho. Muito pouco já me é familiar.

 Sair da letargia e colocar um belo pedaço de carne a assar no forno com os temperos habituais da mãe. Talvez seja o melhor modo de começar. 

Melhores dias virão.

domingo, 24 de março de 2024

O silêncio é de ouro


 O passar dos anos traz com ele uma sabedoria que temos de saber usar a nosso favor.

Quando acontece algo, ou há situações que eu absorbo totalmente e com clareza, prefiro fazer-me de morta! Que é como quem diz, percebi, mas é melhor estar calada. 

Não interessa que pensem que não alcancei, que pensem que não percebi, que pensem que sou um pouco tapada! 

Vejo e sinto com muita facilidade. Possuo uma intuição acima da média  e umas antenas emocionais sempre atentas. 

Para a minha paz de espírito, o silêncio é a melhor arma. 

Se me sentirem muito calada, nunca representará alheamento. Apenas mágoa, tristeza e sentimentos de injustiça. 

Normalmente sou alegre, faladora, risonha e nada complicada. Nunca me passam pela cabeça jogos emocionais estranhos que dificultem a vida aos outros. Sou do bem! 

Quem me conhece bem, sabe que sim! Só que perdi a paciência e o riso em situações que me são enormemente adversas. Desvio-me e deixo passar sem que nada me perturbe. Este jogo é difícil mas estou quase lá.

sexta-feira, 22 de março de 2024

Jantares especiais

 


Uma refeição deve começar sempre por uma boas entradas  e um bom vinho de modo a soltar a conversa  e  a criar ambiente para o prato principal. 

É sempre a parte em que a minha criatividade se centra. 

Deixo uma das entradas do jantar de ontem que ficou deliciosa.

Numa travessa plana coloca-se burrata desfeita de modo a cobrir o fundo. Caramelizam-se fatias de pêra até ficarem douradas e colocam-se por cima da burrata. Acrescenta-se presunto fatiado muito fininho e folhas de rúcula. Rega-se com azeite. Se quiserem substituir o azeite por mel penso que também ficará bem. 

Fácil e bonito. 

Uma tábua de  queijos com doce e frutas é sempre uma boa escolha. Também fiz.

Um bom pão, de preferência rústico. Um bom vinho.

Uma mesa bonita com toques de irreverência onde nada parece combinar mas fica bonita.

Gosto de cuidar!

quarta-feira, 20 de março de 2024

Começar de novo


Esta semana tem sido uma aventura! Nunca tinha estado em trabalhos moderados com grupos de alunos. A turma exclui a individualidade porque o tempo escasseia e o ritmo da aula não o  permite na totalidade. Em pequeno grupo sabem-se e conhecem-se em pormenor modos de aprender, pontos fracos, pontos fortes, pontos a melhorar, sendo muito mais fácil chegar ao aluno.
O comportamento melhora porque é impossível comportarem-se mal num grupo de três ou quatro. O tempo útil de aula aumenta substancialmente e a consciência daa aprendizagem também. 
A continuar!

segunda-feira, 18 de março de 2024

O dia do pai é quando a filha quiser


 Meu querido pai! A falta que tu fazes aos meus dias! O teu olhar bastava para me sentir amada e acolhida. Éramos duas gotas de água e agora estou só eu.

 Sem grandes gestos de ternura mas com uma sensibilidade, um acolhimento, uma grandeza de carácter que todos os dias me fazem falta. 

Tinhas medo da morte e eu tinha muito medo de te perder. Até que partiste quase sem dar conta! Na véspera, ainda tentaste falar comigo mas eu não percebi e ainda  hoje tenho pena de não ter percebido!

Ensinaste-me tanta coisa da vida mas a mais importante talvez fosse a de me rir de mim própria como tu te rias das desgraças tentando fintá-las e continuar em frente. Conseguias sempre!

Ensinaste-me a viver o presente quando se nos apresenta. Não é o momento certo? Não importa. Vamos viver. Aprendi contigo a felicidade das pequenas extravagâncias. 

Ensinaste-me o valor do esforço, o valor do trabalho e a força de uma família. 

Ensinaste-me a dedicação  com que sempre te vi tratar a mãe  no início da sua doença.

Ensinaste-me que não vale a pena olhar para trás porque a vida segue em frente e o futuro nos espera. Podia ter sido de outro modo o passado mas já se foi e todos tomámos más decisões na vida e o que interessa é o saldo final ser positivo.

Ensinaste-me o riso, ou por outra, o sorriso contido quando nos tinhas todos por perto.

Ensinaste-me que a inteligência é uma boa lente para dela se ver a vida! E tu eras tão inteligente!

Ensinaste-me o valor dos bons momentos juntos, os almoços, os passeios, a torrada e o galão na pastelaria da esquina. São cimento na minha relação eterna contigo.

Ensinaste-me a educar. Austero no que valia a pena e benevolente na banalidade das coisas diárias como quando te entregava as folhas dos gastos da casa de Coimbra que tu sabias serem falsos e forjados na véspera.  

Vida dura a tua, pai! Tanto que te devo! Tanto que nem merecia!

Acredito que donde estás me guias os passos, me acompanhas e, muitas vezes, hás-de ter abanado a cabeça em sinal de discordância com os meus actos. Fazes- me falta para te confidenciar assuntos que me atormentam e eu sei que tu resolverias num instante com a tua sabedoria,  no teu falar pausado e mestre.

Tenho saudades dos abraços que não te dei! Dos beijos que ficaram na intenção. Dos elogios que não saíram do pensamento. Agora já sabes PAI  o quanto eu te amei em todos os dias da minha vida.

Homens e mulheres da Serra que vivem como granito escondendo a ternura que, sentem, os torna fracos!


O coelho madrugada

 


Hoje fui  aos correios enviar este livro às minhas netas mais velhas. Tinha falado nesta história da última vez que estivemos juntas e a Maria perguntou ontem se eu lhe tinha levado o livro. Como me tinha esquecido, foi hoje pelo correio. 

É uma história que li imensas vezes aos meus filhos quando tinham a idade delas e ainda se mantém actual. Fala de honestidade, bondade,  integridade, amor pelos outros e simpatia. Demonstra que não importa só o exterior, o ser veloz, esperto, bonito, para se ser maior mas que há outras qualidades menos visíveis mas muito mais importantes e que são reconhecidas por quem realmente interessa. 

A Maria disse que ia ler para a irmã! É a vida a repetir-se, provando que o que é realmente importante nunca sai de moda nem fica antiquado.

Boas leituras meninas. 

Nova etapa

 


Hoje começo novamente a ir à Escola! Depois de algum tempo com dores, penso já poder voltar a estar com alunos o que me enche de alegria e de algum nervosismo. 

Afinal foram 40 anos a ensinar, a tentar mudar vidas e a ajudar a ver a luz no fundo do túnel. São outros tempos e novas mentalidades. A parentalidade, de um modo geral,  está diferente, exigente, individualista, não sabe esperar e amparar. 

É necessário tempo! Muito tempo! Deixar amadurecer o que ainda é embrião mas ensinando, dando o exemplo e acreditando que tudo é possível. 

O tempo não está fácil. A volatilidade do mundo não ajuda mas continuo a acreditar numa série de princípios que continuam a estar actuais. É nesses que todos temos de nos focar.

Ao trabalho!

sábado, 16 de março de 2024

Coisas de que realmente gosto

 


Se fosse por mim e o orçamento o permitisse, todas as sextas feiras eu rumava a hotéis de charme por esse país fora. Tantos que nós temos!

Gosto de hotéis com história, antigos conventos transformados em hotéis de cinco estrelas, pousadas,  espaços de design contemporâneo tudo isto acompanhado por muito conforto e muitas mordomias. 

Almoços e jantares prolongados, tempo de não fazer nada, aproveitando os mimos de massagens e SPAs com tudo a que tenho direito.

De cada vez que vou, sou transportada para outra dimensão, para o sentimento do belo e do bem feito. 

Vou tentar ir mais vezes!

Voltar para casa é sempre a pior parte!

Por esta altura da minha vida


 Eu era a mulher mais insegura que eu conheci! Tinha 19 anos, um monte amigos, estava de férias em casa de uma delas em Albufeira mas ainda hoje me lembro do meu complexo de inferioridade face a tudo e a todos e de como me sentia nesses tempos.

Olhando agora para a foto, não vejo nada disso mas foi o que foi e o que senti! Talvez escreva agora para que se percepcione a importância de educar a auto estima das crianças e  jovens,  transmitindo-lhes por palavras e acções  os seus pontos fortes e de tudo aquilo de que serão capazes. 

Foi uma aprendizagem a duras penas aquela que fui fazendo ao longo da vida.  Tornei-me numa rocha, bem consciente daquilo que valho mas doeu muito e o caminho foi todo trilhado sozinha. 

O quanto esta inferioridade influenciou a minha vida, deixo para mim.  De onde ela veio, não sei dizer. 

Fui uma criança alegre, viva e mimada.  Na adolescência, os meios sociais em que vivi não contribuíram muito para a auto afirmação e o meio universitário muito menos. Alie-se a isto tudo uma paixão avassaladora, não correspondida e não entendida que se arrastou por tempo a mais. 

A vida no seu melhor! 

quinta-feira, 14 de março de 2024

Voltou o nevoeiro


 Se estou bem? Não. 

Muitas questões em mente. Muitas dúvidas. Muita amargura. 

Há dias assim em que nada parece valer a pena. A única coisa que me move é pensar que estes dias ainda poderão vir a ser percecionados como dias felizes daqui a alguns anos.

Nada é sempre igual e, por vezes, tudo muda para pior.

Por vezes, questiono-me se ainda serei capaz de resolver todos os meus assuntos pendentes.  Vou tentando todos os dias mas com uma imperfeição intolerante. Tudo demora mais tempo, a impaciência cresce e a solidão também. 

Necessita-se ânimo e vontade de seguir.

terça-feira, 12 de março de 2024

Dias longos

 


Dias em que não se pode perder o foco. Estive a trabalhar no Canva toda a tarde e como já não utilizava há já algum tempo tive de experimentar de novo vários procedimentos. Foi uma tarde produtiva .Construí uma pasta turística sobre a região de Peniche com vários subtemas: " places to eat", places to visit" , etc. 

Pesquisei alguns pormenores mas outros já os sei de cor e salteado.  Falta só construir a pasta com um design bonito e colocar à disposição. Parece que não dá trabalho mas não é verdade. 

Coisas bem feitas e com resultados vivem de marketing e de estratégia. 

segunda-feira, 11 de março de 2024

Novos ventos

 


Na praia é impossível ter objectos com ferro. A churrasqueira de cimento que estava no jardim caiu, só porque o ferro que estava dentro dos tijolos foi corroído e os tijolos foram caindo. A cassete que suportava a grelha e era de metal foi substituída três vezes porque ia desaparecendo, literalmente. Tudo isto é caro e nunca está bem.

Optei por uma churrasqueira móvel. No Inverno vai para dentro de casa e diminui a corrosão.  Nova experiência. Vamos ver se tenho o resultado esperado. 

domingo, 10 de março de 2024

Dias transformadores

 


Ontem foi dia de remodelações na casa da praia. Claro que não fui eu.  Estive lá, no meio de um temporal  medonho a dar as dicas de como queria que se alterassem uma série de pormenores.  Muito produtivo mas cheguei à noite super cansada do sobe e desce escadas, um degrau de cada vez para não cair. 

Dever cumprido. Falta acabar a remodelação das casas de banho, depois limpeza geral da Primavera e tudo pronto para a época do calor. 

Dizem que ter projectos é um modo eficaz de nos mantermos vivos e não envelhecermos. Se for verdade, vou envelhecer muito lentamente. A minha cabeça não pára. 

Gosto disto.

sexta-feira, 8 de março de 2024

Dia da mulher

 


O meu pensamento está na força das mulheres!

Para as que  combatem em cenário de guerra ao lado dos homens. Para todas as  que continuam a viver em casas destruídas por bombas  que persistem em chamar lar.

 Para as que vivem em campos  de refugiados e continuam a acarinhar os filhos e família porque sabem que é o antídoto para a morte, a procurar comida e bens, a ter força todos os dias para seguir em frente.

Para as que vivem sem paz, encurraladas em relações tóxicas onde são maltratadas e diminuídas todos os dias, muitas vezes, acabando em morte.

Para as que sofrem doenças que não têm fim e perderam a esperança em dias melhores,  com risos e alegria, e todos os dias sentem uma espada em cima da sua cabeça.

Para as que têm filhos com problemas e, mesmo assim, continuam a lutar por eles sempre e sempre, fazendo da tristeza força e sabendo que será até ao fim.

Para as que sofrem demência porque o cérebro lhes roubou a vida e a família, ficando apenas o corpo mirrado que persiste.

Para as que acordam todos os dias pensando que vai começar um pesadelo seja por que razão for. 

Para as que não dormem para não acordarem para o pesadelo.

Para as que não têm dias de paz e todos são dias de "guerra".

Para as que perderam a esperança e não  conseguem encontrar o sentido para a vida.

Para as solitárias que, sem família, se arrastam pelas ruas ao final da tarde, para não voltarem para casa.

Para todas nós, estes seres que parecem frágeis, mas são a força que move todo o mundo!!


quinta-feira, 7 de março de 2024

Limitações irritantes

 


Pois, mas esqueça o ténis para sempre. Pode romper o tendão de Aquiles do outro pé! Já pensou nisso? De agora em diante será a natação o seu desporto. Palavras sábias de quem sabe!!

Fiquei gelada! Agora que eu tinha redescoberto o prazer do ténis, depois de imensos anos sem jogar, que tinha comprado uma nova raquete, que tinha um grupo super simpático que fazia com que o cair da noite fosse mais leve e engraçado....pumba! Esqueça e ponha-se a fazer piscinas e a pensar na vida enquanto nada!

Esta coisa do avançar na idade é tramada! 

quarta-feira, 6 de março de 2024

Acasos muito bons




 Há já alguns anos, filho mais velho ofereceu-nos um fim de semana numa casa senhorial em Vouzela. 

Aconteceu que éramos os únicos hóspedes no solar o que permitiu que, de um modo muito especial, nos sentíssemos os donos daquilo tudo!! Foi tão engraçado passear pelo quintal, ladear a piscina, sentarmo-nos a admirar os salões majestosos e ouvir o chilrear dos pássaros no arvoredo. A senhora que nos veio receber avisou que ficávamos por nossa conta. Só apareceu no dia seguinte para servir o pequeno almoço. 

Foi mesmo um fim de semana bom que ficou na memória!! 

Coisas que me vêm à cabeça

 


Hoje estava a pensar que a nossa vida deveria ser ao contrário como a do filme Benjamin Button! Passar da sabedoria, aceitação do eu, auto estima em alta, conhecimento profundo do eu que o envelhecimento nos dá,  para, pouco a pouco, ir ficando com mais força e vigor para viver a vida à medida que se rejuvenesce mas sabendo o que valemos, o que somos, do que somos capazes, dos nossos pontos fortes e limitando todas as inseguranças porque já sabemos que não valem nada.

Viver deste modo teria sido tão, mas tão mais interessante!

Vivi os meus  melhores tempos acreditando que muito do que me aparecia pela frente não o merecia. Havia sempre alguém que eu considerava  melhor mesmo que agora, olhando para trás, me ria de mim própria e dos meus pensamentos parvos. Vivia angustiada, incrédula  quando alguém me dizia o quanto me considerava e eu pensando sempre que zombava de mim! 

Não usei calças durante toda a minha juventude porque achava que tinha um rabo muito gordo!!!! Não tenho, nem nunca tive! Nunca valorizei os meus olhos verdes porque os considerava banais! Não são!

E por aí em diante! Tão triste ter limitado a minha vida  sem razão aparente!

 

terça-feira, 5 de março de 2024

Arrisca

 

Inspiração via pinterest

Inspiração via pinterest

A minha pesquisa. A mais barata e mais bonita que encontrei.

Quando pensas que necessitas adquirir algo mas é uma extravagância e talvez não seja tão necessário como pensas e ficas ali dois ou três dias a pensar no assunto.

Se duvidares, compra.  Passado dois ou três anos não se notou nada e realizaste um gosto e sentiste uma grande satisfação pelo resultado. 

Vivo assim. Idealizando ambientes e mudanças que desejo. Não sei bem ainda como concretizá-las mas, pouco a pouco, tudo vai ficando mais claro e grandes descobertas vão sendo realizadas. É necessário procurar, ir aos sítios certos, telefonar, questionar, pesquisar na internet, ver o que há de novo,  perguntar a quem sabe e tudo vai ficando decidido.

Arriscar. Ontem, contratei pelo telefone uma empresa de limpeza. Gostei da conversa da gerente. Se não der e não for do meu agrado, logo se muda. A relação preço/qualidade é muito boa, não sabendo bem o que quererá dizer!! Terei de verificar e estar presente nas primeiras limpezas mas o risco tem destas coisas. 

Viver no presente. Mesmo limitada nas saídas, manter o dia a dia cheio de pensamentos e de ideias. Só assim se continua a viver.

A pressa, para mim, não é inimiga da perfeição. É uma grande amiga dos meus dias e do meu poder criativo. 

segunda-feira, 4 de março de 2024

Manhãs produtivas


Estive sempre em casa mas resolvi imensos assuntos pendentes. O telefone é um grande aliado. Reconheço que a vida e o dia a dia, se vão tornando cada vez mais fáceis neste campo do digital. Faz-se  qualquer operação financeira através de um telefonema porque, sendo gravado, serve como prova de que foi dada essa ordem. É claro que anteriormente já tinha assinado a autorização mas não tenho de tornar a ir. Muito bom!

Combinam-se datas para trabalhos a realizar na casa da praia e fazem-se balanços de obras, tudo através de um simples telefonema. Escolhem-se móveis online e combina-se a entrega num curto espaço de tempo.

Rentabilizar está na ordem do dia.  

Procuram-se novos produtos bancários e novas taxas de juro telefonando e tendo no computador os PDFs já organizados que cada banco põe ao dispor dos clientes. 

Nestes tempos de mudança temos de equacionar a idade e o perfil de risco que temos e associá-los à tendência de descida das taxas de juro.

Gosto destes jogos matemáticos que obrigam a decisões rápidas para poder fintar a inflação.  

domingo, 3 de março de 2024

Transformar

 


Móveis e adereços de casa que estão colocados a um canto por já não terem vida poderão sempre ser recuperados desde que se tenha gosto e paciência. Tenho anotado recuperações fantásticas de móveis que eu nunca compraria e depois, no lugar certo, fazem toda a diferença. 

Este móvel fotografei-o  num club house de um empreendimento em Troia. Estava no sítio certo e acrescentava muito ao espaço. Claro que quem o colocou lá sabia o que fazia mas eu também posso ir aprendendo alguma coisa. 

Tenho esperança de poder ainda transformar espaços e lugares em espaços que convidem a ficar e que  sejam  a minha cara e o meu estilo. 

Ao trabalho!

sábado, 2 de março de 2024

A polémica bimby

 


Ouvi de tudo: que era só para quem não sabia cozinhar, que fazia pouca quantidade, que as sopas eram magníficas, que era um investimento que usavas nos primeiros 15 dias e depois nunca mais, blá, blá.

Neste tempo em que estive mais parada comprei uma. Quase todos os dias a utilizo e ainda não me arrependi da compra. 

Utilizo-a sempre que quero boas sopas porque ficam mesmo boas e saborosas e é fenomenal para massas. 

Hoje experimentei uma trança com muito pouco açúcar, que além de bonita está super saborosa. Eu nunca teria paciência para bater esta massa e a bimby fez por mim em segundos. Depois, foi só deixar levedar, construir a trança, pincelar com gema de ovo e meter no forno. Sem esforço. 


Ser entusiasta

 


Neste momento da minha vida há muitas coisas que não posso realizar mas nada me proíbe que as sonhe. Preparo mentalmente as mudanças, pesquiso no Pinterest, arquivo, contacto quem me pode realizar os sonhos que tenho para aquele lugar.

Já começaram algumas obras mas ainda faltam pormenores e outros  procedimentos para lá dos pormenores. Estou ainda na fase aprimorar pesquisas e  fazer pastas de fotos com o que me agrada. 

Imaginar, preparar, concretizar. O que eu adoro andar neste ambiente!