quarta-feira, 17 de abril de 2024

Sobre a auto-estima

 


Quando se chega à minha idade, podem ter acontecido duas coisas: ou nos deixámos ir na onda do envelhecimento, não o contrariando, não fazendo nada para nos mantermos atentos, aprendizes da vida e do mundo ou, pelo contrário, batalhámos o suficiente para sabermos o nosso valor,  mesmo reconhecendo os pontos fracos mas pondo sempre o foco nos pontos fortes. 

É claro que tudo se torna mais difícil e mais demorado. Sair de casa demora mais tempo, organizar uma saída implica uma maior motivação, o número de cuidados aumenta mas tudo se faz em função da saúde mental e física que se quer preservar. 

Há pessoas que se deixam ir na onda da desgraça e, para essas, a vida não traz segunda chance. Chega um dia em que já não há volta atrás. É uma questão de amor próprio de perseverança e de saber que vale a pena andarmos cá, com saúde e alegria. 

Sou muito grata à vida. Talvez porque nunca parei  muito tempo a desejar muita coisa. Fui andando e fazendo à medida que era necessário. Uns dias mais folgada outros dias com uma carga mais pesada do que eu mas sempre sabendo que valia a pena o esforço. 

Já muito pouca coisa me atinge, desde críticas até  comportamentos que considero pouco recomendáveis. 

Sei do que sou capaz. Sei dos que me amam e me apoiam e sei  o que valho.

Bendita idade que tanto ensinas!

Nenhum comentário: