terça-feira, 27 de julho de 2021

O emagrecimento aos 60

 


 


Antes tudo se resumia à estética. Poder vestir roupas diferentes, comprar mais uns quantos acessórios, fazer mais combinações e sentir uma alegria extrema quando cabia na roupa guardada para estas ocasiões.

Todas as mulheres que conheço têm roupas de diferentes tamanhos que vão gerindo conforme as necessidades!!

Aos 60 os prazeres são outros! Torna-se tudo mais consciente e as  profundas alegrias passam por:

 Os pés  não incharem nem um bocadinho esteja calor ou frio,  poder usar sapatos ou sandálias de saltos altos sem me cansar, subir facilmente para cadeiras para chegar  sítios altos sem ser necessário grande esforço,  conseguir andar rápido sem me cansar, fazer muito mais coisas em cada dia, a tensão arterial estar mais controlada, já não sentir arritmias e por aí adiante!

A beleza vem mesmo lá no fundo porque a saúde tornou-se mesmo o mais importante. Estou tão contente!


segunda-feira, 26 de julho de 2021

Dia dos avós

 


Serão todos os dias porque todos os dias penso nelas e me fazem sorrir para dentro e sentir-me mais jovem e cheia de vida! 

É um amor novo, sem sombra de dúvida. Um amor que se derrete em ternura, em voltar a ser criança com as perguntas e as conversas que me enchem de sol:

- Eu ouvi dizer que a lua foi pintada por anjos mas eu penso também que pode ser o sol e gostava de ter a certeza!

Delicias de conversas que me fazem voltar à minha infância, ao meu imaginário, aos sonhos que viviam dentro de mim e se calhar nunca partiram.

Ser avó talvez seja mesmo isto - uma partilha imensa dos sonhos que se foram com os sonhos  que agora são sonhados. Uma partilha de momentos de sonho, um amor transformador, uma mistura de risos enrugados com risos alegres e lisinhos à espera da vida toda que há-de vir!

Tão bom ser avó!

domingo, 18 de julho de 2021

Domingo é o que se quer fazer dele

 


Começa de mansinho e depois a alegria por uma semana nova invade-nos. Listas de tarefas ainda por realizar, outras já quase acabadas  e  coisas boas que quero que aconteçam. 

Ver a mãe! Tenho  tantas saudades  do sorriso dela! Aquele sorriso apaziguador quando a vida lhe mostrou que já tinha cumprido o seu papel! E que papel!!

Também tenho saudades de a ver rir às gargalhadas por ser mais raro!  Era tão bom!

Arranjar um tempinho para o meu coração ficar mais calmo. Conversar muito e ver a vida de outro modo muito menos stressante. Afinal de contas, também  eu  já estou no tempo dos sorrisos apaziguadores reveladores de deveres cumpridos. 

sábado, 19 de junho de 2021

A lista

 


A minha neta mais velha conversa muito comigo sobre a lista que eu ando a escrever com todas as aventuras que quero viver com ela. Às vezes falamos  de como vamos concretizá-las e quando. Ela pergunta sempre se eu tenho escrito mais coisas na lista!

Como o amor intenso que sinto por ela me permite tudo, aluguei uma casa na primeira semana de Agosto, bem pertinho da dela para que possamos partir à aventura. A escola acabou e eu inicio as minhas férias. Vamos então cumprir a lista! Tanto para experimentar e ver. Tanto riso e tantas conversas que ficarão guardadas no meu coração. 

Na última vez que estivemos juntas ela concluiu:

-Depois, no final, rasgas a lista vovó!

-Porquê?

-Para começares a fazer uma nova!!!

E vou fazer com toda a certeza. Quero ficar guardada no coração da tua infância porque só deste modo nos tornamos eternos aos olhos de quem amamos!


quarta-feira, 16 de junho de 2021

Ser professor é ser feito de momentos que fazem uma vida

 


Foi meu aluno três anos. Alguns dias difíceis com ele em que não queria trabalhar. Fazia desenhos em papel quadriculado. Amuado com a vida e com o mundo. Capacidades cognitivas acima da média. Um dia, enviei um recado ao Encarregado de Educação dando conta da situação evidenciando os seus pontos fortes e os pontos que teria de melhorar e tudo melhorou. Começou a trabalhar afincadamente.

Este ano teve ainda algumas recaídas. Nunca me permitiu grande confiança! 

Hoje foi a última aula destes três grandes anos. Deixou-se ficar para o fim. quando já só estávamos os dois, olhou-me nos olhos e declarou:

. Vou ter muitas saudades suas!

Saí da sala realizada!

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Recomeços

 


Hoje, em reunião de colegas,  partilhei o modo como tinha iniciado este espaço. Há muitos anos atrás numa das primeiras formações sobre ferramentas digitais. Olhando para trás, muita coisa mudou desde então. 

Envelheci, desiludi-me com muita coisa que foi acontecendo  e com muitas pessoas, fiquei mais lúcida e  com maior facilidade em aceitar o que acontece de menos bom, percebi que já não tenho todo o tempo do mundo e há que aproveitar melhor o passar dos dias. Centrei-me em mim e naquilo que gosto mesmo de fazer. 

Acredito que tudo tem uma solução e que não vale a pena desesperar. amanhã será outro dia e tudo parecerá mais fácil de resolver. Se não tiver remédio...remediado está, como dizia a avó.

Durante estes últimos tempos tenho andado escondida, metida para dentro de mim, pensando a vida e as coisas. Poucas coisas me apeteceram e aquelas que realmente adoraria realizar não posso, por enquanto.

Não estou deprimida, mas senti que necessitava de pensar muita coisa na minha vida. Mais lúcida neste momento,vou voltando por aqui a ritmo lento. 

sábado, 20 de março de 2021

Mais uns tempos de pulseira electrónica

 

Desta feita é a Semana Santa! O calvário que nos dá tempo para interiorizarmos o que andamos a fazer por nós e pelos outros.

Sinto-me presa dentro de mim e dentro de casa. Tudo me custa mais. Tudo se agudiza. Os problemas avolumam-se até toldarem a claridade do céu que continua azul. 

A poupar intensamente porque sim. Porque também consigo viver sem mordomias e com pouca coisa.

A verdade mesmo? Não me sinto nada bem!

A liberdade dos passos e dos projectos  faz.me muita falta!

Tudo me parece tão artificial que me é difícil nadar no mar da normalidade. 

 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Envelhecer é deixar de sonhar

 


Tenho pensado muito nisto nestes tempos em casa em que me sinto quase com pulseira electrónica seja lá isso o que for que nunca experimentei!

No entanto, olhando a paisagem sentada à minha secretária continuo a pensar em melhores dias e em tudo o que me espera depois desta travessia quase a chegar  ao deserto. Fazem-me falta coisas comezinhas como um café no bar da escola trocando ideias com os colegas/amigos mais próximos que me acompanham há tantos anos. Fazem-me falta os ditos engraçados de algumas amigas que estão doentes e que não posso visitar. Faz-me falta a conversa risonha e fútil dos amigos. Faz-me imensa falta a minha família que não posso ver. E as minhas netas? Os risos que eu tenho perdido, o amor que não tenho dado, o tempo com elas que não voltará nunca mais!  Tudo tem sentido mas custa muito ver passar o tempo e sentir que não volta. 

Coisas que se davam por certas deixaram de o ser. Já não há festas de anos, não há convívios à volta da mesa, nem planos para encontros. Os fins de semana sucedem-se sem nada que os assinale.

Esta última semana foi uma benção porque pude usufruir de companhia de gente jovem que sabe sonhar e concretiza os seu sonhos.

Aprendi com eles que tenho de continuar a sonhar. Alto, baixinho, de qualquer maneira. Pelo sonho é que vamos e é mesmo isso! Sonhar faz com que o meu coração se alegre e que tudo valha a pena. Se ninguém quiser sonhar comigo, sonho sozinha! 

Já faço isso desde que nasci!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Estas últimas semanas

 

Tanta coisa a acontecer e tão pouca vontade de partilhar.

Confinamento rima com amortecimento... dos sentidos no meu caso. Instalam-se umas rotinas tramadas de aulas online, tarefas, telefonemas, olhar pelas janelas para a pouca vida que se passa lá fora.

Olhar pelos nossos e sonhar.


Assente na experiência negativa do primeiro confinamento tenho andado muito. Aplicação no telemóvel que me vai dizendo os kms andados e pasmem já andei uma maratona!! Não foi toda num dia mas é uma vitória. Agora caminho para chegar aos 100kms. De vez em quando a aplicação apita  e envia frases de reforço. Muito bom! Está a funcionar não fora uma lesão num músculo que me faz olhar os táxis de uma forma apetecível no regresso a casa. Tenho resistido à tentação.

Os alunos estão a colaborar nas novas estratégias e penso que está a correr bem o E@D.

Neste entretanto fiz 60 anos! Uns dizem que é bom sinal porque muitos dos que conhecemos não chegaram a esta idade. Concordo mas mesmo assim foi um dia agridoce. É muita idade para uma cabeça que ainda se sente muito jovem. Ou pelo menos tenta todos os dias. 

Depois há os momentos de tristeza pura que guardamos no âmago do nosso coração e que sabemos que nunca mais de lá sairão. Fazem parte da vida mas custam a aceitar!


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

A minha mãe

 


É dura como aço. Viveu dando-se sempre aos outros em primeiro lugar. Ela vinha em último se alguma vez chegou a vir. Tratou dos seus velhos, não como um fardo mas com a certeza do que é, sem receios ou medos que a impedissem.

Para nós tinha uma missão primordial: estudar, saber, tirar um curso. Nunca deixou que se questionasse este futuro. Por ser tão certo, aconteceu! Não me lembro de grandes festas de licenciaturas, de grandes abraços efusivos por estar a acontecer. Era o teu destino. Ponto! Cumpriu-se!

A ternura da minha mãe media-se em gestos e em acções. Nada de frases piegas, nada de mimimis. Amo-te, faço tudo por ti e tu sabes porque quando me pedes algo, eu fecho os olhos e deixo que aconteça. Por vezes, acompanho-te e vivo também os teus sonhos.

Implacável com o saber ser! Uma série de adjectivos saídos em rajada faziam qualquer um de nós voltar à linha. Que relice, dizia ela. E nós queríamos acabar com a relice dela.

Gostava de flores mas no jardim. Nada de ramalhetes como eu gostava de distribuir por toda a casa. As flores são para crescer e não para definhar em jarras por cima da lareira. E todos os domingos as regava para que permanecessem viçosas.

É dura a minha mãe. Já não há mães como ela! Toda a força com que empurramos a vida vem dali! Choramos de vez em quando, aliviamos as dores mas continuamos dando aos nossos o que aprendemos com ela.

Criou cimento entre nós sem saber dos livros como se faz. Vivemos tanta coisa juntos, envolveu-nos tanto nos seus dias que ainda hoje, em tudo o que fazemos, ela está ainda lá connosco.

Foi mulher de trabalho. Árduo, duro mas sempre com sentido.

Foi mulher de saudades que lhe partiam o coração mas que escondia só para ela.

Quando o meu pai partiu penso que desistiu de resistir! Abandonou-se!

Os seus velhos tinham partido todos e agora o seu companheiro de uma vida, a sua paz fora do corpo, tinha ido também.

Começou aí o seu desinteresse pela vida e chegou até hoje. Em confinamento, num lar onde não há visitas. A demência apagou memórias mas lá no fundo dela própria sabe quem é!

Apagou-se o seu olhar inquisidor de outros tempos. Aquele olhar ao qual nada se podia esconder. Ficou  a mansidão de um olhar triste, sem interrogações, porque já não há nada que queira saber.

Ainda nos reunimos os três, de vez em quando, à lareira da casa de sempre. Numa das últimas vezes entre conversas de memórias que só nós conhecemos, eu juro que a vi lá à mesa com o pai e a vi a rir das graças que se diziam. Devia ter prá aí 60 anos.

Na véspera dos meus 60 anos, este texto sobre a mãe andava a borbulhar no meu coração.

Será o teu exemplo que me conduzirá nesta nova década.

 Mãe! Já não há mães coragem como tu!

Devo-te tudo!

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Confinamento e solidão

 


Hoje acordei assim. Uma solidão cinzenta tomou conta de mim! Tanto trabalho ainda para realizar e tão pouca vontade. 

Os últimos tempos têm sido muito duros. Aulas e casa. Casa e aulas. Não havia mais nada. Agora deixou de haver aulas. Ficou só a casa. 

Na escola, deixámos de conviver como nos ensinaram ao longo destes anos todos. Distância física e distância emocional. Soube, quase depois de um mês, que o pai de uma grande amiga estava internado!

Não sei de ninguém nem ninguém sabe de mim! Ontem, fui dar uma volta a pé pela cidade! Encontrei cerca de três pessoas. Cidade deserta com as luzes amareladas a refletirem a escuridão.

Sim, posso tratar de mim, fazer máscaras exfoliantes, colocar cremes, fazer tudo aquilo para que se necessita tempo. Falta apenas a vontade.

O melhor programa neste momento seria ficar na cama todo o dia entre lençóis fofos e com a cabeça vazia sem pensar em absolutamente nada que me perturbe a alma.

Não há uma notícia boa, não há um sorriso sincero, não há abraços. 

Há solidão! Muito farta disto tudo!

Não tenho razão? Talvez não!

Tenho uma vida boa e comida em casa? É verdade que sim.

Hoje é um dia mau!


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Hoje, depois de saírem da aula, vi-os ao fundo do corredor e tive saudades deles

 


Última aula presencial já depois de saber que amanhã já não estaremos juntos. Metade dos alunos não estava presente. Os pais consideraram mais seguro deixá-los em casa. Nada contra. 

Falámos do que nos esperava. Estavam alegres. Eram só 15 dias.

Saíram e em passos apressados chegaram ao fundo do corredor. Vi-os desaparecer na curva e o corredor ficou vazio.

Tive saudades antecipadas deles! Até quando continuaremos separados?

Tenho por eles grande carinho pelo que são, pelo que conseguem expressar, pelas suas vidas algo difíceis e que constroem com dificuldade mas sempre com um sorriso e pelos três anos de convívio e de aprendizagem.

A Escola são os alunos. Ponto!

domingo, 17 de janeiro de 2021

A melhor coisa que me podem oferecer?

 


Uma vídeochamada com a minha neta Maria. Quando dou por mim estou a rir sem saber porquê! Pelo serão adiante vou-me lembrando das conversas e continuo a rir sozinha.

-Sabes a história da Branca de neve e dos sete anões?

-Sei vovó.

.Mas sabes que agora já são só seis porque o atchim está em isolamento profiláctico!

- Mas vovó ele pode tomar a vacina e depois já fica bom!

-Pois mas até ficar bom são só seis anões!

- Pois é vovó!

E eu a rir sem saber porquê, olhando para aquelas bochechinhas coradas e para aquela carinha tão meiguinha a dizer: eu ainda não sei escrever muito! 

-Claro que não minha querida! Tens 4 anos! Tens é de ser feliz e esperar que o tempo passe. Devagarinho para eu continuar a amar esse coração tão puro e tão lindo!


O melhor da Escola são mesmo os alunos

 


Este ano tenho pelo terceiro ano os mesmos alunos. Sinto como se já me pertencessem um pouco. O ambiente de aula é muito agradável e, pouco a pouco, vamos entrando na vida uns dos outros, confidência aqui, confidência ali, vamos conhecendo o  dia a dia, os  hábitos e como vivemos. Ficam por vezes comigo na sala de aula no intervalo em conversas engraçadas. 

As actuais prendem-se com o exercício físico:

-Ó professora não pode só dizer que é preciso fazer exercício físico para nos mantermos saudáveis! Tem de dar o exemplo!

- Ainda não a vi no campo de paddle e disse que ia começar!

-Professora não é necessário ir todos os dias. Comece devagarinho. Olhe pode até começar a jogar com o meu pai que é viciado e está lá sempre.

-Professora tem mesmo de começar não basta ter a raquete e as bolas em casa!

Não me bastava um filho pelo telefone, agora tenho os alunos com o mesmo discurso.

E tem de ser mesmo! Agora os campos fecharam. Trilhos na serra são a solução aos fins de semana. Ar puro e caminho a direito. 

Queridos alunos. Vou ter saudades deles!


sábado, 16 de janeiro de 2021

Detesto pessoas que são do contra!

 


Aquele género de pessoas que mal se abre a boca salta imediatamente para dizer que não é nada disso que está tudo errado, que são todos uns ignorantes, que não pensam, blá, blá, blá.

Deste modo o diálogo ou a conversa alargada acaba logo ali. Para quê dialogar com quem está de mal com o mundo tal como ele é, com coisas mesmo muito boas que é necessário aproveitar e com coisas algo más que é necessário diminuir, relativizar, sorrir e seguir em frente.

Com a minha idade, azedumes contra a vida e os Homens, já não são a minha praia! 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

O que fica de nós quando nos vamos

 


Hoje falou-se no meu pai. No que ele era e como está cada vez mais presente nas nossas vidas e nas nossas mentes. O que eu admirava mesmo nele? Aquilo que eu também sou!

Gostava dos bons momentos da vida. De desfrutar  do que gostava como um bom almoço num restaurante do seu agrado, de tudo o que era novo e que adquiria mesmo que, algumas das vezes, o fizesse com algum sacrifício. Logo que apareceu a televisão a cores ele comprou. Lembro-me das tias velhas que vieram lá a casa ver a novidade e uma delas ter afirmado categórica: parece-me que gostava mais da de preto e branco!!

Quando resolvemos ir viver para Coimbra, minha mãe queria comprar uma casa velha para remodelar. Meu pai passou um fim de semana com ela a ver casas a precisarem de grandes reformas, em sítios pouco simpáticos. Ao terceiro dia declarou: acabou-se. Quero uma casa nova.

Comprou-a e foi uma festa a sua estreia. Estava feliz. E eu com ele. Tão bom ter uma casa novinha a estrear em 1972. Foram bons tempos aqueles!

E foi mesmo o que ficou dele: o gostar de festejar, a alma inquieta perante as novidades, o riso franco quando tudo parecia ir mal, a inteligência superior perante a vida e as situações.

Continuo a conversar muito com ele em pensamento e adivinho o que me diria a alguns dos meus dilemas atuais. Tudo isto, preferencialmente à frente de um belo polvo à lagareiro, seu prato preferido, num dos seus restaurantes preferidos.

Querido Pai!



terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Os dias que são feitos com bocadinhos do meu coração


Começou com a voz de filho mais velho e continuou com um pedacinho encolhido  pela minha neta Clarinha. Continuou com mensagens e telefonemas que oram apertavam, ora alargavam o meu órgão vital. 

Acabou no médico, lá pelo final da tarde, porque uma ferida, provavelmente iniciada com um saco de água quente numa noite de serra, resolveu infectar. Não mexeu com o meu coração porque tenho este órgão reservado apenas para as alegrias e para as tristezas mais puras. 

Amanhã será outro dia, cheio de oportunidades, de alegrias, adaptações, resoluções e acima de tudo... aceitação. Porque a vida nem sempre é o que imaginamos. Temos é de adaptar o que imaginámos ao que temos e dar-lhe todo o sentido do mundo. 

Até amanhã.

domingo, 3 de janeiro de 2021

Coisas que nos inspiram

 


Quando se gosta da VIDA...

gosta-se do passado, porque  ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana.

Marguerite Yourcenar