sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Desperdiçar o tempo


Acordei com esta sensação desagradável de ver passar os dias! Abrem-se as redes sociais e saltam fotos de lugares paradisíacos ao sol escaldante de outras paragens. É moda, dizem! É aproveitar o tempo presente! É viver a vida. 
Cá por casa, prepara-se o novo ano, marcam-se compromissos e aproveita-se o tempo para consultas. 
Neste ano que se aproxima. quero aproveitar melhor o meu tempo, nesta vontade imensa de viver bons momentos. Sem olhar para o lado mas apenas para mim própria e naquilo que quero mesmo concretizar. 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Acabou o Natal


Mesas lindas onde brilham as melhores toalhas. Os pratos são os mais bonitos, tudo cuidado ao pormenor. Chegam os doces que os convivas mais gostam. Aquece-se a casa, compra-se a lenha para a fogueira que sem ela não há noite de Natal. 
Quando tudo está pronto,  o tempo acelera e corre. Casa cheia, casa novamente vazia!!
Já estamos a 26, recomeçam os dias aqui e noutros lados. A calmaria foi-se. Alguma paz também.
Planificam-se de novo outros dias e outros encontros. Até lá, pormenores do dia a dia, coisas chatas a fazer, dormir o mais possível, descansar a mente.
Fazes falta Natal!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Já pode começar

Chegou o pai que subiu com alguma dificuldade as escadas mas sorriu quando chegou à porta e viu os netos. Chegou a mãe, carregada de coisas para a ceia e vontade de ajudar. Chegou a avó e ali permanece à lareira à espera de qualquer coisa. Vê-se que se sente amada porque, de vez em quando, sorri! Habitam todos na casa há muito tempo! Há muitos objectos deles, fotografias, e agora eles! Todos os Natais aparecem  para me consolar! Só a partir da sua chegada, começa verdadeiramente o meu Natal. Hoje, no meio da chuva, dentro do carro, a caminho de uma das tarefas infindáveis, apareceram nos meus sonhos e chorei como quando era criança. Depois, senti que começou o Natal!
O antes e o depois juntos! Talvez seja mesmo isto o Natal. Um tempo em que arrancamos ao passado a força para nos renovarmos e para seguir para o futuro!
Feliz Natal!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Sentei-me a trabalhar às 15.40H

São 20.52H. Acabei agora!
Para os que afirmam a pés juntos que a profissão docente é assim como que uma espécie de pré-reforma, não se enganem se estiverem a pensar entrar na profissão para um merecido descanso!
Antes de me sentar, já tinha aviado duas reuniões de duas horas cada, dado a minha opinião sobre o sucesso dos alunos, emendado avaliações e tratado de uns quantos assuntos pedagógicos necessários para amanhã.
Hoje, dizia cá em casa que continuando deste modo não tenho tempo de ir comprar o bacalhau e demolhá-lo a tempo!! Agenda cheia até segunda. 
Vou fazer o jantar!!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Fim de semana de ir ver a mãe


Devia ser proibido as mães partirem aos pouquinhos, escaparem-se por entre as memórias ainda tão vivas e ficarem assim, olhar mortiço a olhar para mim sem me conhecer. Devia ser proibido sentir como eu sinto naquela sala cheia de vidas a acabarem-se por entre andarilhos, gemidos ou só silêncios consentidos. Devia ser proibido ter uma mãe que já não me acolhe, que já não fica contente com a minha chegada nem se entristece com a minha ida. Devia ser proibido, assistir à decadência de quem tanto admirei, com quem tanto conversei, de quem tanto me exigiu e, talvez por isso, de quem me fez o que sou hoje.
Nas alturas de Natal, custa mais! Sentimos de uma forma brutal a finitude da vida, de tudo isto que consideramos tão importante, das certezas que temos enquanto seres humanos! Basta somente a demência para varrer o orgulho, o saber fazer tudo bem feito, a superioridade com que alguns se passeiam por este mundo. É só uma demência que aparece sorrateira, lenta mas eficaz e nos retira tudo. 
Resta-me o consolo dos seus mimos há muito tempo. Do seu sorriso. Da sua superioridade moral que essa sim é importante!
Querida mãe!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Aproxima-se o Natal!


Mais do que compras, festa e barulho, para mim esta época é feita de recordações! Mal dos que as não têm. Lembra-me o meu pai, lembra-me a minha mãe, os pormenores dos dias, a família grande, as anedotas contadas até fartar, o sentimento de pertença, a neve que quase sempre aparecia, o aconchego da lareira para a qual, nesse dia, o meu pai escolhia o maior tronco. Tardes inteirinhas à mesa, jogando, comendo e rindo, enquanto a mãe acabava a ceia. As filhoses que tinham um sabor especial e agora já não têm! O meu pai sempre à cabeceira da mesa, calmo e duro como uma viga. À sombra dele fomos crescemos todos. Como eu gostava de ser como tu! 
A minha mãe sempre andando de um lado para o outro, sorriso de criança, velando para que nada faltasse. Mãe cuidadora não só para os seus mas para todos os que dela necessitavam. Nesses dias, dividia-se por vários lares para fazer doces com a tia mais velha ou para levar um prato de filhoses aos que nada tinham. Meus avós sempre presentes. Sem eles não havia consoada. Querida avó, luz dos meus olhos durante tantos anos! Ainda és!
Os tios que traziam com eles o brilho e as doçarias da cidade grande. O bolo rei magnífico que nunca tornei a encontrar igual, as rabanadas de chá, os chocolates em forma de decoração natalícia. As anedotas e a boa disposição do tio. Os presentes que eles trocavam entre eles acompanhados por sonoros beijos de agradecimento. Hoje, ao recordar, é super engraçado!
Tudo acabou. É necessário inventar outros Natais. Outras tradições que fiquem, outras luzes, outros brilhos mais reluzentes porque tudo nestes tempos tem de ser intenso. 
Agora, já ao leme, percorro a vida acompanhada pela saudade.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Ando cansada


De planear, de muito trabalhar, de organizar, de ter ideias novas, de pensar no futuro, de não querer pensar no futuro, de não fazer o que me apetece, de não ter tempo para mim e para os meus desejos, de mau estar, de ter os próximos dias cheios de chatices e de problemas para resolver, de não concretizar o que desejo, de deixar passar o tempo só por inércia, desta sensação de fragilidade que por vezes me assola, de já não ter 20 anos e a vida toda pela frente, de ver e sentir e não poder partilhar, de não me reconhecer naquilo que penso e sou, de palavras duras, de não me apetecer programar o que quer que seja, da falta de alegria, da desilusão sobre a vida e sobre as pessoas.
Ando mesmo cansada disto tudo!

sábado, 7 de dezembro de 2019

Coisas de sábado


Supermercado ao meio dia para fugir às filas. Consegui!
Chegar a casa muito tarde porque ainda fomos à aldeia que vende as melhores laranjas do mundo e vim carregada com licores vários!! A pensar no frio está claro! O de tangerina é divinal!
Fazer almoço muito leve porque amanhã tenho dia de jejum e nem sempre é fácil! 
Tenho que reconhecer que ainda não estamos no amanhã e já estou cheia de fome! Já trabalhei imenso, deve ser disso!
Com uma grande virose em cima torna-se mais complicado raciocinar e preparar as avaliações dos alunos. Quando já não se tem 20 anos é uma chatice alargada!
Ainda não me apeteceu comprar o bacalhau! Lembra-me  querido pai e  o seu ritual da compra do bacalhau. Tudo tão especial e tão preparado que me impede de chegar ao supermercado pegar num qualquer e é este! Tem de haver ritual! Fazes muita falta pai! 
Tudo se vai da minha vida  a pouco e pouco! Este tempo de Dezembro começa a ser o tempo de recordar o que foi e nunca mais será. Reinventar é a palavra de ordem mas é tão difícil esquecer a gente querida da minha família grande e feliz! Saudades imensas da alegria pura de que era acometida por estes dias! Saudades das certezas do tempo que era meu!
Dificuldades de quem cresceu assim  rodeada de gente boa, alegre e que me amava muito!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Pensar encontros


Gosto de ter tempo para os pensar! Ler, ver revistas, tirar ideias daqui e dali, conhecer as tendências para as poder adaptar. Ando nisto semanas! Pouco a pouco, o que quero concretizar, alinha-se! Passo então para a fase de comprar o que é necessário e ver o que tenho para poder aproveitar. Uma vela aqui, um ramo ali, um castiçal noutro lado. A imaginação a mil, visualizando já o produto final. 
Muito perto, já com tudo imaginado, é só elaborar o produto final.
É assim que gosto de funcionar e preparar festas que hão-de chegar. Parecem saídas do nada, mas habitam em mim durante semanas e semanas.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Uma presença boa na minha vida


Amanhã filho mais novo faz anos! Embora longe, em férias, permanece sempre bem perto do meu coração.
Sê feliz meu filho! Aproveita a vida! Viaja muito e tira partido de todas as novidades. Saber-te feliz é o meu melhor presente.
Fazes falta aos meus dias, aos meus risos e à leveza da minha alma.
Um dia super feliz são os desejos da mãe!

Um dia havemos de ir as duas


Um dia, daqui por uns tempos, havemos de ir as duas explorar o património, calcorrear a cidade, o campo, os castelos, os museus, as igrejas. Contar-te-ei mil histórias que agora aprendo para ti. Algumas já sei, outras descubro sozinha para te ensinar depois. Vai ser um tempo tão bom! No final, paramos num sítio com alma para lanchar porque eu só te ensinarei os sítios com alma. 
Minha querida neta, que tempos tão bons eu sonho para nós!

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Educar tendo por base a vontade dos alunos

Há famílias e famílias. Casos difíceis de resolver. Paradigmas impossíveis de modificar. Os pais já têm uma idade em que é difícil mudar neles atitudes, valores e modos de educar.
Tenho pela frente alunos que é necessário levar para a frente com uma estrada larga que conduza ao sucesso.
Ontem iniciei uma nova estratégia: centrada no que é importante para eles, apesar dos outros, apesar dos problemas familiares, apesar das dificuldades, apesar dos que pensam diferente. O importante é o que eles querem e o que são capazes de fazer com a ajuda dos professores. Foram 50 minutos muito produtivos. Muita argumentação, muita conversa, muitas dúvidas e muita incerteza. 
Eu acredito neles e nas suas capacidades para irem mais além! Não posso deixar que o fracasso tome conta deles. 
Com muita esperança nestes próximos tempos!

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Há dias assim!

Ainda bem que não são todos. Em que pões tudo, mas mesmo tudo, em causa. O que fizeste, o que construíste, o que te deste, o amor que passaste aos outros, e se tudo valeu a pena nesta roda gigante que é a vida!
Dias de chuva em que chove fora e dentro de ti. Dias em que queres afastar ideias e sentimentos e não consegues. Dias em que qualquer coisinha te põe a lágrima ao canto do olho porque tudo o que era, de um momento para o outro, e sem que tu desses conta, se modificou.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Coisas que me emocionam



Cara-metade tosse com frequência enquanto dorme porque um vírus ou outra coisa qualquer se instalou. Não tem temperatura elevada de modo que se espera que recupere totalmente. A tosse passa com chá de carqueja muito quente com uma colher de mel de carqueja. Sempre foi assim durante toda a minha infância em que a minha mãe se munia de sacos de pano cheios com flor de carqueja colhida sempre que íamos à Serra.
O mel que há cá em casa é sempre de carqueja, mais negro e ácido, muito diferente dos outros. 
Esta madrugada, amparada ao balcão da cozinha à espera que a água fervesse, senti a presença da minha mãe! Pensei em toda a dedicação que ela teve com o meu pai, levantando-se todas as noites para lhe fazer chá, para lhe acalmar as dores, mais emocionais que físicas, que a escuridão trazia consigo. Ali estava eu, sonolenta, ansiosa, como ela! Pensei então que tinha de procurar a garrafa termo que ultimamente a minha mãe usava nestas ocasiões.
Tudo se repete. Não de um modo anárquico mas como aprendemos e sentimos. Os nossos gestos não são mais que o ressoar do amor dos nossos pais.

domingo, 24 de novembro de 2019

Venha lá então a segunda!



Começar logo de manhã por assistir com os alunos a uma masterclass e demonstrações práticas sobre Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Esta ação faz parte do STEM - Talent Girl, um programa ibérico de responsabilidade social que celebra a importância das STEM no feminino. Especificamente pensada para escolas e instituições surge de um esforço em fomentar a integração de mulheres em áreas STEM. Pretende contribuir para uma sociedade que encabece uma quarta revolução tecnológica e uma próxima geração de mulheres que esteja inspirada, educada e capacitada nestas áreas do conhecimento. Com grande expectativa! 
Atender pais no final da manhã. Casos difíceis  para resolver. 
Tarde para preparar novas estratégias e procurar novos materiais que ajudem à motivação dos alunos. 
Colocar alguns materiais online à disposição dos alunos. 
3ªfeira é dia de elaborar umas questões de aula para avaliar os conhecimentos adquiridos pelos alunos nestas últimas aulas. 
4ª feira é dia de reunião para preparação da avaliação de final de período. Concentração necessita-se. Muitos procedimentos novos, no que toca à internet, ainda não cimentados que é necessário dominar. 
5ª feira é dia de preparar umas quantas refeições e de encher o frigorífico para que nada falte. 
6ª feira é dia de rumar a outras paragens.
Tudo preparado dentro de uma certa rotina propiciadora de trabalho fértil.
Boa semana!

Coisas que me preocupam como profissional


A democracia na Escola pública está a desaparecer!! Caminhamos a passos largos para a Escola de outros tempos onde só os mais ricos e mais capazes conseguiam obter a liberdade de chegarem onde queriam.
Tenho este discurso com os meus alunos actuais e eles percebem muito bem o que eu quero dizer!
Éramos 30 na sala da minha 4ª classe. Algumas já tinham ficado pelo caminho porque, embora a escolaridade fosse obrigatória até à 4ª classe, quando a família precisava de mais braços para  o trabalho, os professores fechavam os olhos, davam-lhes tempo para arrumarem os seus pertences e lá iam! Guardo estes momentos na minha memória com um sentimento forte de injustiça e até de raiva.
Destas 30, uma pequena minoria chegou ao ensino superior. Era a vida!
Olho agora para os meus alunos, sentados desordeiramente na minha frente e interrogo-me quantos destes vão ter a liberdade de escolher o seu caminho académico e quantos destes, a quem lhes é dito que tudo é possível,  serão atirados para ruelas da vida sem retorno. 
As assimetrias sociais intensificam-se.
Tenho alunos cujos pais continuam a apostar na qualidade do ensino, vêm à Escola, velam para que as aprendizagens não sejam descuradas, preocupam-se, exigem aos filhos o que lhes foi exigido a eles, sabem muito bem que a Escola faz a diferença. Nestes alunos há sempre dúvidas, vontade de fazer melhor, preocupação em seguir regras e um respeito pela figura do professor como co-mentor dos seus destinos.
Tenho depois os alunos cujos pais ensaiam "novos trilhos educativos" que deem menos trabalho e menos aborrecimento. Escudam-se através de graças sem risos, de vidas que sonharam e não têm, de preguiça de ralhar, educar, dizer não quando é necessário. Tudo os aborrece e em tudo encalham. Não gostam de se aborrecer, muito menos com os filhos. O que é aflitivo é que têm consciência que com estas atitudes não contribuem para o sucesso dos filhos que têm debaixo de tecto. Logo se vê, dizem resignados. Estes alunos andam perdidos entre o não te rales de casa e as regras a cumprir  da escola. Revoltam-se contra esta última porque sabem que duas ou três mentiras em casa resolvem o problema de quem não se quer aborrecer. Por agora!
 E depois? Daqui por uns anos? Onde estarão estes dois grupos de alunos? Não será função de uma Escola Democrática levar uma geração a bom porto? Seguro o bastante para que, mesmo balançando, não os despeje borda fora? O que será feito, daqui a uns anos,  destes alunos que passam dias e dias sem aprender quase nada, a quem o mundo nada lhes diz, alienados por jogos de computador até às tantas da madrugada e nos intervalos entre as aulas quando deviam trocar ideias e aprender a viver com os outros? Conseguirão eles encontrar o seu caminho, mesmo sem as ferramentas essenciais que a Escola dá? Será o caminho encontrado o caminho sonhado? 
É por eles que continuo a lutar. Os meus alunos sabem que ninguém sai das minhas aulas. Tenho cumprido o prometido, muitas das vezes com algumas elevações da tensão arterial e muito respirar fundo. Tenho continuado a lutar por mudanças significativas com os pais, quando é possível, ou sem eles quando não colaboram.
Continuo a acreditar numa Escola para todos, feita por todos. Sei que exijo, mas nada que a sociedade não faça também e muitas vezes de uma forma muito cruel. Nunca exigi nada que eu não fizesse primeiro ou não fizesse. Educar pelo exemplo, sempre.
Igualdade nas oportunidades que não dependa dos outros mas só de nós! Continuo a acreditar!

sábado, 23 de novembro de 2019

E por falar em arte...


Ajuda muito ter produtos de alta qualidade. Já não posso passar sem este!
Um ar de quem saiu da praia há pouco tempo e uma textura sem defeito. Tem vários tons e quando comprarem vejam bem as instruções da caixa negra onde vem embalado. Tem instruções de aplicação que fazem toda a diferença.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Arte


Para quem pensa que andar de cara bonita não é sinónimo de tempo e de sabedoria, basta só olhar para a foto do post. 
Uma boa maquilhagem, daquelas que nem se notam mas irradiam beleza e luz, faz-se com muito talento, muito tempo e muita sabedoria. 
Vou aprendendo aqui e ali mas ainda muito longe do nível ideal. Uma motivação a melhorar.

A Rotina não basta ao coração do Homem


A rotina começa por ser um esforço de regularidade nos vários planos da existência, esforço que, temos de dizer, é em si positivo. A vida seria impossível se o eliminássemos de todo. As rotinas têm um efeito saudável: tornando o quotidiano um encadeado de situações expectáveis, permitem-nos habitar com confiança o tempo. Mas o que começa por ser bom esconde também um perigo. De repente, a rotina substitui-se à própria vida. Quando tudo se torna óbvio e regulado, deixa de haver lugar para a surpresa. Cada dia é simplesmente igual ao anterior. A nossa viagem passa para as mãos de um piloto automático, que só tem de aplicar, do modo mais maquinal que for capaz, as regras previamente estabelecidas. Os sentidos adormecem. Bem podem os dias ser novos a cada manhã ou o instante abrir-se como um limiar inédito, que nunca os cruzaremos assim. Os nossos olhos sonolentos veem tudo como repetido. E, sem nos darmos conta, acontece-nos o que o salmo bíblico descreve a propósito dos ídolos: «Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem./ Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram./ Têm mãos, mas não palpam» (SI 115,5-7). Podemos equivocadamente pensar que nos é possível viver assim. Mas chega a estação, como recorda o livro do Eclesiastes, em que «a vista não se sacia com o que vê, nem o ouvido se contenta com o que ouve» (Ecl 1,8).
 A rotina não basta ao coração do homem. O grande desafio é, em cada dia, voltar a olhar tudo pela primeira vez, deslumbrando-se com a surpresa dos dias. É reconhecer que este instante que passa é a porta por onde entra a alegria. Mas para isso teremos de recuperar a sensibilidade à vida, à sua desconcertante simplicidade, ao seu canto frágil, às suas travessias. A vida que nos havíamos habituado já a consumir no relâmpago que dura um fósforo, sem ouvi-la verdadeiramente, sem conspirar para a sua plenitude. Para responder à pergunta sobre o sentido que a dada altura nos assalta («a vida que levo que sentido tem?») é indispensável uma pedagogia de reativação dos sentidos.

José Tolentino Mendonça, in 'A Mística do Instante'

terça-feira, 19 de novembro de 2019

A Forma de não Desistir


Parece um verbo idiota, este contrabalançar. Não seria mais correto pensar que as coisas simplesmente são ou não são e deveriam aspirar por todos os meios a essa clareza, ponto final? Contrabalançar dá a ideia de ficar a meio caminho, abdicando daquela inteireza que, contra ventos e marés, objetiva a nossa verdade. Soa a uma prática de equilibrismo existencial, um pé aqui e outro ali, o balanço de lá e de cá. É como se, em vez de lutar por uma unidade imediata, aceitássemos a divisão como ponto de partida ou como processo, condescendendo com a disparidade que nos coube e enredando-nos num jogo de compensações. É como se assumíssemos a nossa trajetória biográfica como alguma coisa que está e não está completamente nas nossas mãos, alguma coisa cindida que, ao mesmo tempo, dominamos e nos ultrapassa, determinando que viver seja, dessa maneira, uma incessante e dolorosa iniciação à arte do possível, sem passar disso.
Estranho verbo este, contrabalançar, que se diria esconder dentro de si a nossa capitulação. E, contudo, em muitas etapas da vida, contrabalançar é precisamente o contrário: é um necessário e desassombrado exercício de sobrevivência. É a única forma de não desistir de escutar e de dar legitimidade, nas condições reais que nos coube experienciar, não apenas àquilo que nos atinge exteriormente, mas também àquilo que emana de dentro de nós, a essa vida soterrada mas que nos pertence mais do que qualquer outra, porque é a expressão singular da nossa alma.

José Tolentino Mendonça, in 'O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas'

sábado, 16 de novembro de 2019

Sobre a diversão


Não há idade para acabar! Gosto de me divertir embora ultimamente, por questões que não são para ser expressas, a vontade seja mesmo muito pouca. 
No entanto, sei que mais dia menos dia, há-de voltar a  menina alegre que me faz rir por tudo e por nada e de quem eu já tenho mensas saudades. Não hão-de ser os anos a apagar de mim a vontade de sair, de ir por aí, encontrando lugares novos, aprendendo com quem sabe, rindo só porque me apetece.
Esta foto foi tirada numa dessas saídas que incluía jantar. Não comemos um grande manjar mas rimos muito. 
Sei que necessito de voltar, de vez em quando, a este registo!

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Vivemos num mundo consumista



Ao final da tarde, depois de uma viagem, foi o tempo de seleccionar as roupas de Inverno, retirar as capas dos casacos mais quentes, retirar as botas dos sacos e colocar tudo pronto para o frio que se anuncia. 
Foi visível a quantidade excessiva de roupa que nós os dois temos!
Quanto a mim, tenho andado a evitar comprar o que quer que seja. Há sempre alguma vontade de ter uma peça nova para conjugar com outras que já tenho mas tenho de acabar com esta atitude.
O meu serão foi dedicado, isso sim, a fazer novas combinações, a descobrir novos modos de usar o que tenho e a incorporar outras peças que estão novas porque ainda não viram a sua oportunidade.
Se dedicar mais umas horas a esta tarefa durante este  fim de semana, ficarei com uma série de looks novos sem gastar um tostão!
Gosto disso!

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Dia mundial da gentileza


É tão fácil ser gentil! E tão triste quando encontramos indelicados(as) e rudes pela frente! Tanto mais rudes quanto mais afirmam  -"eu cá digo logo tudo o que penso"! Não se amofinem!! Por vezes não será necessário sabermos  o que pensam. 
Só um único gesto pode fazer a diferença no dia a dia de cada um de nós. Um elogio, um agradecimento, um sorriso, um bom dia mais caloroso. 
Vivemos cada vez mais encerrados nas nossas conchas, pensando que não necessitamos uns dos outros e precisamos de todos. Quanto mais fragilizados, mais pobres de afectos nos sentimos. 
Vamos lá cultivar este dom  da gentileza, fazendo aos outros o que gostaríamos que nos fizessem a nós. Não deixemos para amanhã a tal visita, o tal abraço, a tal palavra carinhosa, o tal reconhecimento. 
Amanhã pode ser tarde.

Mais um procedimento médico marcado!


A aproximação da velhice tem destas coisas! Se é agradável? NADA! 
Serve só para dizer que podia ser pior e não ter sítio nem condições para tal! A saúde é um bem precioso e é necessário conservá-la a qualquer preço. Desvalorizar o azedume, centrar a mente e aí vamos nós. Depois será o tempo de dizer ufa, já está!!

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Mês difícil este!


Muita ideia negativa, muito lixo emocional, muito pouca vontade de fazer acontecer!
Hibernar, deitar a cabeça na almofada e dormir à  espera de melhores dias que ainda acredito que chegarão. 
Muita coisa em que pensar e nenhuma vontade de fazer. Há épocas assim. 
É só esperar! Deixar passar e acreditar!

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Bulling


Primeira questão: Não haverá uma palavra portuguesa para o termo? Qualquer coisa como  "ameaça emocional ou física", "sofrimento moral ou físico",  "os nossos medos a virarem-se contra os outros"?
Depois de tantos anos no ambiente escolar percebo perfeitamente quando um aluno se sente vítima de qualquer coisa. Normalmente, os pais também percebem e, em conjunto, com alguma rapidez como tem de ser, a coisa resolve-se. Da minha experiência, sentimo-nos ameaçados quanto mais frágeis somos ou quando o ataque vai direito aos nossos pontos fracos. Não quero de modo algum desculpar o agressor. Se alguém muito querido fosse vítima, com toda a certeza o agressor se sentaria nos bancos do tribunal e teria muito que dizer à polícia.
Muitas vezes esquecemo-nos que somos cidadãos com direitos e que nem só a Escola tem de resolver estes crimes que vão acontecendo como foi hoje notícia nas televisões. 
Conheço de cor a lei 51/2012 mais conhecido como  Estatuto do Aluno e Ética Escolar, que considero estar muito mal elaborado e muito pouco adaptado à escola actual. Todas as medidas disciplinares correctivas ou disciplinares sancionatórias não são suficientes para estes casos. A tutela vai fechando os olhos e só os vai abrindo quando são notícia nos telejornais. Foi engraçado perceber nos diferentes debates que juristas não conhecem esta lei e a resumiram à retenção do aluno como castigo?? Retenção? Aonde? Como? A medida máxima é a expulsão do estabelecimento de ensino e, aí sim, a tutela é célere em colocar o aluno noutro estabelecimento de ensino onde continuará com os mesmos comportamentos!
Muito a fazer no mundo da educação!! Muito pouca vontade por parte de quem faz as leis em gabinetes forrados a seda, de conhecer a realidade e, a partir daí, elaborar leis diferentes da que temos  que  quando aplicada só resulta mesmo em trabalho para os professores e resmas de papel escritas
. Tudo o resto continua igual à espera que os agora alunos agressores cresçam e a vida os ensine (ou não!) e as vítimas daqui por uns anos frequentem os consultórios dos psicanalistas para verbalizar medos e terrores começados nos corredores da escola que não as soube ou não conseguiu defender!

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Sobre saber ser professor



Nem todos  sabem! Somos fotógrafos de almas, exploradores de emoções, guias nas horas amargas, palhaços nos tempos de fazer rir, sérios e profissionais para ensinar e amigos para a vida quando as almas se tocam!
Somos tanto e não somos nada! Trabalhamos ao som de uma campaínha que nos dita o tempo. Queremos escutar com o coração mas a campaínha manda que chegam os ouvidos e tudo fica para depois. 
Os alunos têm vidas difíceis. Muito difíceis. Para muitos deles, chegar a casa é  o começo do  tempo da arrelia. Juntar estas vidas e baralhá-las com os dias na escola em que é necessário  saber, tornar-se gente, ter competências que lhes permitam um futuro, um percurso rumo à vida adulta não é mesmo uma tarefa fácil. 
Ajudar, abraçar, castigar, ensinar, ralhar, perdoar, compreender, são verbos que actualmente os professores baralham e dão com grande cansaço emocional. Consertar o que está menos bem para criar o tal espaço, ou caminho que os leve para a frente. 
Grande profissão! Difícil mas muito gratificante!

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Chegou o mau tempo


Está frio cá em casa, dentro e fora de mim. Muitas coisas a resolver, a aprender e a pensar.
Mais uns exames médicos um  pouco chatos de que ando a tentar esquecer-me. Penso só de véspera e não sofro tanto. com a idade vamos habituando a nossa mente a criar defesas contra tudo o que nos magoa. Funciona tão bem! 
Talvez se perca um pouco a alegria de viver mas os dias enchem-se de uma serenidade que não troco por nada. Imunidade ao sofrimento. Estamos nesta onda boa!

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O meu menino mais velho fez anos


Um dia importante! Um Homem lindo por dentro e por fora. Um coração do tamanho do mundo onde tudo cabe e todos acolhem abrigo. Uma certeza na vida de cada um de nós. Um sorriso lindo e uma visão da vida que me ensina todos o dias. Um pai que me enternece. A rocha que necessito para me amparar quando vacilo.
Obrigada por seres assim! 

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Não gosto do halloween


Conceitos importados que tiram toda a importância às nossas tradições tão bonitas e tão antigas. Para mim é o dia dos fieis defuntos ou o dia de todos os santos. É dia de recolhimento, de pensar nos nossos que já não estão e no que deixaram em nós. 
Não gosto de abóboras, de bruxas, de símbolos que não me dizem nada.
Deixar cair as nossas tradições e importar as dos outros não me parece grande ideia. 

terça-feira, 29 de outubro de 2019

What Is Home? ·


Campanha da Cáritas que aborda o tema das migrações e dos refugiados. 
Hoje foi dia de motivação para que os meus alunos participem e façam um filme em que, depois de pensarem, digam o que é para eles a casa.
A conversa permitiu que também eu desse o meu contributo e fui desafiada a dizer o que é para mim a casa. Não tive tempo para responder.
Aqui fica a resposta:
Casa para mim, é começar a subir o monte e chegar a um sítio em que me conhecem pelo meu nome de menina pequena que mais ninguém conhece. É o cheiro a lareira. É o silêncio dos grandes espaços. É o frio gélido que vem da montanha e lambe as ruas e as esquinas. É  segurança que a família nos traz. É sentir que tudo está certo mesmo que não esteja. São as recordações. É o aconchego. É conhecer tudo e todos como se sempre tivessem estado ali. É ninho fofo e quente onde as noites me abraçam e protegem.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Estes serões sem fim


Em que já se está farta da noite e ainda são só 20 horas! Já jantei, e continuo a trabalhar porque tem de ser feito e já agora adianta-se o trabalho. 
Muito contente com as minhas novas pestanas: grandes e  bonitas como eu gosto!
Nestes dias cinzentos temos de arranjar algo que nos não deixe levar na corrente do descontentamento. É tão fácil! 
Amanhã tenho consulta médica pela noite dentro. Espero não me esquecer!!
Tenho de arranjar tempo para comprar todas as flores para os fieis defuntos e ainda mandar fazer o arranjo floral para a campa do pai. Um coração branco que me lembra melhor o amor que lhe tenho.
Temos um carro emprestado porque o nosso foi para a garagem. Um camião bateu na traseira e tem de ser arranjado. O cómico da situação é que nunca sei qual é o carro nem sequer a marca. Guio-me pela cor, aciono o comando e entro naquele que abre as portas. Espero que a situação não se arraste!
E é isto!

domingo, 27 de outubro de 2019

Coisas que não se falam


A roupa interior! Sou fã de roupa interior de grande qualidade e muito  bonita. Adoro pijamas diferentes de tecidos leves e confortáveis. Não é por envelhecer que deixo de fazer as minhas encomendas online e ter o que gosto à distância de um click. 
Compro normalmente nos mesmos sites porque já sei os tamanhos e não há surpresas. 
Se a roupa interior for de qualidade e bonita sentimo-nos mais felizes e auto-confiantes.
Manias? Talvez!

Envelhecer bem


A cada mês que passa mais sinto que o tempo que tenho de dedicar à minha pessoa se torna mais extenso! Há o ginásio, as caminhadas, o dormir o suficiente, as consultas médicas que não podem esquecer, os exames a realizar e por aí fora.
Paralelamente, para se ter um aspecto cuidado, já nada é gratuito e simples. Cada vez mais, há que recorrer a quem sabe, para unhas, hidratações, máscaras, cabelos,  etc,etc. Um nunca acabar de idas e vindas. 
Penso que fazem a diferença e por isso gasto tempo a cuidar de mim embora cada vez seja necessário mais tempo! Compreendo muito bem quem desiste a meio e se deixa ir, logo se vê no que isso dá! Eu ainda vou tendo paciência e alguma curiosidade em ver como faz a diferença! Mantém a vaidade e o bem estar femininos que considero importantes para quem trabalha sempre com pessoas e para pessoas. Ninguém gosta de ter um ser abandalhado pela frente todos os dias da semana.
Gosto desta motivação. Amanhã conto novidades do novo tratamento!

Fim de semana


Dias para fazer coisas diferentes e para relaxar o espírito. Fazer coisas de que gostamos muito. Acordar tarde e devagar. Ter tempo para almoços mais elaborados e para enfeitar a mesa como eu gosto. Quando tenho visitas, normalmente inicio este processo de véspera. Seleciono os pratos, os adereços, a toalha que melhor combina, os copos que vão dar cor e os arranjos e velas que nunca faltam. Gosto de criar cenários e ultimamente ando com ideias muito interessantes e megalómanas  a concretizar brevemente.
No entanto, um almoço a dois também pode ser temático. 
Gosto de mesas. Gosto de imaginar. Gosto de concretizar. Faltam-me ainda muitos adereços mas os saldos são óptimas alturas para  comprar a melhor preço, os pratos diferentes, os talheres com design ou simplesmente uns copos exóticos. Não é necessariamente caro montar mesas bonitas. A cor é fundamental, uma certa opulência também mas podem ser apenas ramos de oliveira cortados de determinado modo e colocados estrategicamente à mistura com velas de diferentes tamanhos e alturas. Tudo é possível. 
Boa segunda feira!

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Pormenores


Sei quando estou em baixo quando visto a primeira peça que me aparece e depois vou adicionando outras que combinam, assim assim e lá vou eu sem grandes preocupações estéticas.
Quando animo, gosto de me produzir, do pormenor que faz a diferença  e que nem sequer necessita de ser caro. Hoje em dia, temos à nossa disposição peças bonitas e actuais  em lojas baratas que bem combinadas fazem a diferença. Uns brincos, uma bandolete, uma echarpe com a tal cor que faltava, um colar bonito que combina com as cores do camiseiro que já está há muito no roupeiro, umas meias diferentes que espreitam por baixo de umas calças antigas. Tudo isto é possível com pouco dinheiro o que democratiza a moda e o bem estar de cada um. 
Não fujo é aos básicos de qualidade mas é  para isso que servem os saldos: uns bons sapatos ou botas e uma boa carteira. 
Uma grande dose de imaginação, alguma prática, muita experiência aliada a muitos anos disto, algum bom gosto e  estamos prontas a enfrentar a nova estação.

domingo, 20 de outubro de 2019

Só para recordar o passar do tempo!


Desfocada mas estão, ainda assim, presentes a alegria e a juventude! Belos tempos!

Os Domingos também servem para aprofundar temas que me interessam.


Una condición esencial para implementar la Co enseñanza es que los docentes implicados comprendan su significado, estén convencidos de sus beneficios, desarrollen relaciones de confianza y una comunicación efectiva que les permita llevar este enfoque a la práctica. Para alcanzar este propósito es necesario a la vez, que los centros educativos generen las condiciones que posibiliten una gestión centrada en la colaboración durante las distintas fases del proceso educativo: planificación curricular, implementación del proceso de enseñanza, monitoreo y evaluación de los aprendizajes.
L. Cook (2004) distingue seis modalidades de Co enseñanza. La opción más pertinente dependerá de la naturaleza de la clase planificada y los objetivos que se persigan para facilitar el aprendizaje de la totalidad del grupo, estas son:
1. Uno enseña y el otro observa: Los docentes acuerdan previamente lo que desean observar y a través de qué método lo llevaran a cabo. Mientras uno imparte la clase el otro observa, posteriormente analizan y utilizan la información registrada para optimizar sus prácticas.
2. Uno enseña el otro ofrece apoyo: Uno de los docentes desarrolla el contenido principal de la clase y el otro circula monitoreando el aprendizaje y proporcionado apoyo a los estudiantes que lo requieren. Luego cambian de roles.
3. Enseñanza paralela: Se divide la clase en dos grupos heterogéneos y cada docente se encarga de la enseñanza de un grupo en forma simultánea. Se facilita el aprendizaje al ampliar las oportunidades de participación de los estudiantes y tener mayor control del progreso.
4. Enseñanza por estaciones: Se asignan contenidos y actividades por áreas entre los docentes y se organiza el aula en dos o tres estaciones. Los estudiantes se distribuyen en cada estación a cargo de un docente y luego rotan a la segunda estación siendo atendidos por ambos docentes. Puede organizarse una tercera estación destinada a que los estudiantes realicenun trabajo en forma independiente.
5. Enseñanza alternativa: Uno de los docentes se encarga de la enseñanza del gran grupo, mientras que el otro trabaja en forma simultánea con un grupo pequeño reforzando o profundizando determinados contenidos y destrezas en función de las particulares necesidades de aprendizaje del subgrupo. Se pueden reagrupar los estudiantes e intercambiar roles.
6. Enseñanza en equipo: Ambos docentes imparten el contenido de manera colaborativa a la clase entera. Se intercambian para manejar al grupo en las distintas actividades e intervienen durante su desarrollo según hayan planificado previamente.
Un aspecto clave para el éxito es que las instituciones educativas hagan de la planificación colaborativa una prioridad, generando los espacios y tiempos para que el trabajo conjunto se lleve a cabo de manera sistemática. Asimismo, es deseable que se realice un seguimiento de las experiencias derillo Co enseñanza, de manera de valorar su impacto tanto en el aprendizaje de los estudiantes como en el desempeño de los co-docentes.

in La Co enseñanza como estrategia de respuesta a la diversidad en el aula de Cynthia Duk y F. Javier Murillo

sábado, 19 de outubro de 2019

Mudanças lentas mas eficazes


Para trás vão ficando as longas tardes de compras que deixaram de me interessar, os passeios no meio de multidões, os jantares em restaurantes em voga, a correria dos dias de fim de semana  que tanto gostava de preparar e inventariar durante toda  semana, as pesquisas e algumas concretizações em sítios 5 estrelas em que era tratada  muito bem, as viagens com tudo o que representavam de arrumações, fazer malas à pressa porque era pouco tempo e não podia faltar nada. Houve um tempo em que tudo isto fazia sentido e me fazia feliz!
Daqui para a frente necessito apenas de  cabanas de madeira no meio de montanhas, muitos trilhos entre árvores, poucas pessoas pelo meio, roupas super confortáveis, comida do mais simples que existir, pouca conversa, espaço para as minhas meditações e conclusões, vontade de sentir os elementos, seja chuva, vento ou tempestades. Viver os ciclos das estações com o mínimo possível.
A grande cidade começou a deixar de fazer sentido.
Sinto como um retorno ao ninho, um retorno ao mundo que me viu nascer. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Mais um fim de semana

Tinha 23 anos e uma sede de viver que ainda não morreu em mim!

Coladinho ao que há pouco acabou! Sinal de velhice, eu sei! 
No entanto, trabalhei imenso e concretizei tudo o que tinha programado mas o tempo passou a correr, como agora passa sempre, sem deixar nada dele! Nem recordações, nem momentos inesquecíveis. Passou apenas de mansinho não transformando nada. Deixou só, mais friamente, esta sede imensa de viver muito bem
os dias do futuro!

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Este Outono que me mata


Tanto trabalho dentro e fora de casa e também algumas preocupações. Outras tantas inseguranças e pensamentos menos positivos. 
Tempo de voltar à tona! Sinto-o com todas as fibras do meu corpo. Tempo para  uma certa leveza de espírito e para voltar a ver a vida como um circo. Há  situações que conseguem colocar, trapezistas, (neste caso sociais) misturados com palhaços pobres e ricos,  contorcionistas, animais amestrados e por aí adiante! E tudo isto que, até certo ponto me irrita, tem de começar a fazer-me rir.
Para que não me estrangule, não me mace, nem me apoquente. 
Necessito de estar em paz na sala de aula. Necessito de ser eu, com o meu lado cómico, alegre, de piada fácil. Para tal, tenho de "destralhar" emoções que continuam a fazer-me mal. 
Nada como não saber nada, nem ver nada, para se ser feliz!

domingo, 13 de outubro de 2019

Pouco a pouco


Vais deixando de te importar! Se a porta está aberta, encostada ou com duas voltas de fechadura é indiferente. Pouco a pouco começas a escolher o que te faz bem, o que gostas realmente e o que te dizem, deixa de entrar na tua alma. Pouco a pouco, começas a sentir uma certa leveza e libertas a culpa que te puseram sem razão. Pouco a pouco, começas a ver claro. Pouco a pouco, encontras sentido para tudo o que sentes e pouco a pouco reforças a armadura que começaste a construir para que nada te fira e para que nada te faça sofrer sem razão. Pouco a pouco, amadureces. Pouco a pouco, começas a sentir o teu coração e tudo o que te quer contar. Pouco a pouco, muito devarinho, a criança feliz que habitava em ti começa a florir.
E é tão bom!

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Coisas fúteis mas que me fazem falta


No meio deste caos de trabalho que não pára e com uma dose de invenção que eu nem sabia que tinha, tempo para priorizar os meus gostos, aquilo que quero mesmo fazer e me dará prazer. Não necessito de gastar muito dinheiro para ser feliz! Ainda bem!
Vamos lá então fazer a lista:
1 - Ver o sorriso da minha neta quando amanhã aparecer com o novo presente dela! Mal posso esperar!
2 - Sentir tudo o resto a esbater-se à volta e ficar só ela como foco da minha felicidade.
3 -Ver o filme Downton Abbey 
4 - Ir ver umas camas ao IKEA para mudar um quarto cá em casa.
5 - Comprar uns lençóis  e uns edredons novos para que cheguem para todos os que estiverem estarem quentes no Inverno que se aproxima.
6 - Procurar uma bijuteria  linda que procuro há imenso tempo e não encontro. Qualquer dia páro alguém na rua e pergunto onde comprou!!
7- Prometer a mim própria arranjar pés e mãos mais vezes e marcar cabelos todas as semanas. 
8 - Continuar a dedicar-me à fotografia.
9 - Tomar a iniciativa de juntar amigos mesmo que dê trabalho porque o resultado é sempre fantástico.
10 - Continuar a importar-me ou importar-me ainda muito mais com quem verdadeiramente quer saber de mim. Esquecer todos os outros um bocadinho em cada dia que passa.
11 - Ser mais atenta ao que me rodeia. Rir mais e ser menos metida comigo mesma. Conviver mais!
12 - Perdoar! Pode parecer estranho mas as mágoas fazem rugas e eu quero viver leve. As pessoas são como são e ninguém é obrigado a gostar de mim! Ah mas podiam ter um tipo diferente de atitude... Podiam mas não têm, problema deles!

Cuida de ti!


Tem sido este o conselho mais repetido ultimamente. Acredito que não seja só fisicamente mas também emocionalmente. Sei disfarçar muito bem mas sei também muito bem que este conselho sábio de quem me conhece de olhos fechados tem razão de ser. 
Tenho dedicado mais tempo a viver entre as coisas que gosto de fazer. Tenho dado espaço aos tempos sem nada dentro mas que servem para retemperar. Tenho-me mimado sem remorsos. Falta agora o equilíbrio emocional, o ser eu como era, sem grandes angústias e sem grandes pensamentos filosóficos e intoxicantes.  Ir buscar uma certa leveza que trazia comigo e fui perdendo e tanta falta me faz! 
Continuar a procura, chutando para o lado  "o que poderá ser"  " o que tem de ser"  "o que acontecerá a seguir" e vivendo cada dia como se fosse o último. Rir muito mais, se for necessário e urgente, rir sozinha das coisas a que acho graça.
Leve, muito leve!

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Hoje faleceu um aluno meu


Que tristeza quando sabemos! Imagino-o ainda ali sentado na cadeira da escola velha. Inteligente como poucos, com uma cultura geral muitíssimo acima da média. Viajava muito porque acompanhava sempre os pais. Trazia sempre novas histórias e novas curiosidades que por vezes contava. O caderno dele era diferente: duas argolas que prendiam imensas folhas! Ele entendia-se naquele caos que não o era. 
Quero lá saber agora do caderno! Quero lembrar-lhe a inteligência e a postura. 
Não é natural morrer-se com 27 anos! 
Descansa em paz. Vais fazer muita falta ao mundo! Tenho a certeza!

E assim foi!


Com montanhas de trabalho de casa para realizar, mais a ata, mais todos os documentos a preencher que ainda estão em gatafunhos num caderno normal. 
Acabou a horas porque havia outros compromissos mas ficou ainda tanto para decidir!
Chegar a casa, fazer o jantar e continuar o trabalho.
Calmaria nos meus dias! No final do ano tudo estará feito!!

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Nova corrida, nova reunião


Há imenso tempo a prepará-la e com a sensação de que falta ainda alguma coisa! Nós somos os nossos próprios inimigos! Cada vez tenho mais a certeza disso. Com a duração de uma hora, o que poderei eu dizer, deixar dizer, diagnosticar, planificar, articular, etc, etc? A parte mais importante de colocar em  cima da mesa os problemas dos alunos ficará no cantinho do "temos outra reunião, temos de sair, depois envia por email..."
De maneira que, depois de preparar durante tanto tempo este curto espaço, concluo que me estou a martirizar por situações criadas por legislações idiotas que não imaginam o que se passa nas escolas e o que será essa coisa da relação professor aluno e se fará, ou não, a diferença no seu sucesso educativo. 
Continuo a acreditar que sim e a falta de tempo útil para esse cultivo emocional anda a deitar-me ao chão. Devagarinho, cedendo aqui e ali, hei-de conseguir!

domingo, 6 de outubro de 2019

O que me apetecia mesmo nesta altura da minha vida


Temos alturas em que tudo nos farta, nos aborrece, nos transcende. Tudo enerva, tudo é montanha a ultrapassar e nós sem forças para andar quanto mais para subir montanhas.
Resta-nos a arte da fuga. 
O que me apetecia mesmo, mesmo? Pegar numa mala vazia, meter lá dentro umas quantas mudas de roupa e partir. Começaria talvez por uma visita aos meus tios com quem falei hoje e me trouxeram uma saudade imensa de outros tempos e a certeza de ser muito difícil voltar a vê-los. Sentada no meu sofá, olhando o sol que entrava perguntei-me, em silêncio, o que me faz fazer sempre o que esperam de mim. Porque não parto, porque não vou fazer o que o coração me grita?
A vida será mesmo só o que fazemos por impulso e para acalmar o nosso coração. Tudo o resto são dias que passam sem história. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Coisa boa: vem aí mais um fim de semana


Eu ainda a ultimar o que hei-de fazer entender a um aluno especial. São as aulas mais difíceis de preparar mas é muito bom quando ele consegue e se motiva. Ainda em fase de diagnóstico para depois escolher caminhos e definir as metas. 
Ideias mil a fervilhar numa cabeça cansada mas que quer fazer rápido e bem.
O pensamento sempre  a fugir para uma carinha linda que tem uma vozinha que me enche o coração. O amor é assim!
Tantas e tantas histórias, ditos e sorrisos que chegam para encher todos os buraquinhos negros da minha alma. Obrigada querida neta.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Tanto papel!

E tanta tarefa para realizar e que eu ainda não sei fazer!
Isto quer dizer que não sou autónoma e tenho de pedir ajuda e isso aflige os meus dias. Não porque tenha algum tipo de complexo mas porque condiciona o tempo que eu tenho para realizar as tarefas. É necessário esperar pelo tempo livre de quem sabe, reorganizar o meu tempo, e adaptá-lo ao que ainda tenho para fazer.
Esta situação deixa-me fora da minha zona de conforto! Gosto de ter tudo debaixo de olho, de fazer com tempo, de saber para onde caminho.
A mudança é boa (acho eu!) mas tem de ser com calma e alguma repetição. Atirar aos bichos e para ontem mil e uma tarefas parece-me pouco motivante. Perde-se a vontade de fazer bem feito, a vontade de aprender para sempre  (se calhar não vale a pena aprender para sempre porque isto muda com grande frequência!)  e bem!
Agora vou ali iniciar umas tarefas já antigas e menos urgentes e esperar calmamente pelo tempo de quem me há-de ensinar!! 
Paciência! Muita paciência!