sexta-feira, 22 de julho de 2016

Viver em sítios pequenos


Tem imensas vantagens!! Esqueces completamente a hora da depilação e és chamada por telefone! Sais a correr e consegues no último minuto preparar o corpo para o sol. Esqueces o cabeleireiro e a cabeleireira telefona e sugere nova hora! Esqueces metade da roupa na lavandaria e a senhora telefoan a dizer que ainda lá estão as calças que já procuravas há três dias! A  senhora da papelaria guarda-te religiosamente as revistas que compras.
No supermercado há sempre alguém conhecido que te facilita a vida, te vai buscar o que necessitas sempre com um sorriso nos lábios.
Conheces sempre alguém que passa roupa, que faz pequenos arranjos, que tira os buracos das camisolas de lã!
A senhora que vem cá a casa é quase da família. Tem a chave da minha casa e muitas das vezes vem ao fim de semana limpar a casa quando eu não estou. Tão bom chegar a casa com tudo tão limpo e arrumado.
Viver em sítios pequenos está cheio de tempo de qualidade, de espaços vazios para estacionar no supermercado, de falta de filas gigantescas para tudo, de trânsito rápido e sem paragens. Tempo para mim!
Podia viver de outro modo? Podia. Mas não tinha esta qualidade de vi
da que eu adoro!

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Sobre o encontro da família

A Prima Maria João com quem partilhei a infância e já não via há mais de 30 anos!!!
A prima Zézé 90 e alguns anos e uma lucidez que faz inveja. Uma lutadora. Um exemplo.
  Os decanos da família!
 Não estamos todos na foto! Foi o possível!

Gostei tanto de o organizar!!! Rever primos que já não via há anos. Estamos iguais! Por dentro, claro! E no sorriso e nas recordações! A comida estava deliciosa, o lugar era lindo e foi muito bom que os mais velhos tivessem estado lá misturados com os seguidores desta família grande e tão diversificada.
Há anos que sonhava em nos unir. Foi no dia 9, na nossa aldeia, de onde viemos todos, onde permanecerão os nossos corações. Um dia de conversa, risos e muita animação. Um relembrar dos que já partiram, uma saudade grande do meu pai e uma pena imensa  de a minha mãe já não ter capacidade para estar presente e tirar partido disso. É a vida e há que aceitar.
A repetir um dia! No futuro!


Sobre o optimismo


Esperar que tudo aconteça de bom mesmo sabendo que pode não ser verdade e algo pode correr mal. Como já tantas vezes aconteceu!  Nessas alturas, soubemos resolver o que tinha solução e soubemos discernir e aceitar tudo o que tinha mesmo de ser assim. Tudo isto e todas estas vivências trazem-me uma postura na vida de optimismo. Sei que mesmo nas piores alturas vou conseguir superar e alterar tudo o que possa ser alterado e aceitar com paciência as agruras. 
Não tenho medos infundados, não vivo amargurada com o futuro porque considero que todos e cada um de nós tem a liberdade suprema de viver a sua vida e escolher o que é  melhor  para ele. Mesmo que não seja para mim. Somos todos diferentes nisto das escolhas e dos estilos de vida. 
Aceito com alguma facilidade a mudança depois dos primeiros minutos de pavor. A minha mente habitua-se e adapta-se à novidade e acolhe com alegria todos os acontecimentos novos que me possam trazer sabedoria  e momentos de convívio e de paz.
Sou alegre, muito alegre por dentro. Por fora, por vezes, não se vê. 
Abomino gente destrutiva, pessimista, que antecipa desgraças que nunca vão acontecer, que vive para infernizar a vida e os momentos de prazer dos outros. A sério! No meio de tanta coisa que se ouve e se sente, estas pessoas não se colocam, não se medem, não se integram e não realizam a sorte que os dias lhes trazem.
GRRRRRRRRRR!!!!!

terça-feira, 19 de julho de 2016

Ainda não tive coragem de lá ir!


Eu, que fechei a porta da minha primeira casa sem me custar nada, que sempre disse que não me ligo a lugares, ando a sofrer horrores com a destruição da minha escola! E digo minha porque sempre a senti assim. Não consigo ir lá. 
O dia que for, vou sentar-me ao cimo das escadas e ficar ainda pior do que já ando! Desta vez, está a custar muito! Não tirei fotos! Fico-me com as memórias, os risos o barulho dos alunos, os professores a darem as suas aulas, o som dos pátios interiores, o cheiro da flor das laranjeiras, eu a entrar naqueles corredores, naqueles gestos sempre iguais que pensamos que vão durar para sempre.
De repente percebes que nunca mais vais dar aulas naquelas salas, nunca mais vais entrar ali, nunca mais, nunca mais.

Já quase sem forças


Levantas o corpo da cama mas a alma fica lá. Não sabes muito bem onde estás nem o que tens de fazer a seguir. Segues-te a ti própria pelo corredor adiante pensando ainda que o serão de ontem foi pura ficção.  Acreditas ainda que és uma boa pessoa e esse acreditar faz a alma voltar para  o teu corpo. Começar com dificuldade o dia que começa a aquecer.
Está calor e o trabalho espera por mim. Não há problema de maior porque eu gosto de trabalhar!!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Este é um post de saudade


Sei que o trabalho não é tudo na vida mas o facto de ter vivido estes últimos 30 anos no mesmo espaço fez com que me afeiçoasse a estas paredes, ao amarelo dos pilares, às escadas, às salas de aulas, às arrecadações que tantas vezes arrumei, aos laboratórios e à biblioteca que sonhei em tantas noites e  ajudei a construir num espaço novo e com uma função nova. Tanto projecto, tantos  serões de trabalho, tantas gargalhas entre aquelas paredes e algumas lágrimas  disfarçadas porque não se chora no local de trabalho. Dias negros como aquele em que para aquele  menino  acabaram os sonhos e a vida. Dias alegres e felizes, em que sentíamos que tudo caminhava para a frente e que juntos seríamos capazes de tudo e de levar para a frente as novas gerações.
Tantas recordações!! Tantas turmas!! Tantos meninos ávidos de vida e de saber que se sentaram naquelas cadeiras!
30 Setembros de recomeço em que o meu discurso começava sempre da mesma maneira. Trabalho acima de tudo! 
30 Primaveras em que o amor renascia e os professores  faziam de conta que não viam que os olhos brilhavam e as aulas corriam melhor.
 30 outonos em que as saídas já se faziam de noite à luz dos candeeiros dos corredores.
30 anos de amizades fortes, de conhecimento, de desencontros, de amuos, de reconhecimento, de pedidos de desculpa, de desilusões, de fins de amizades que nunca o foram.
 30 anos de convívio com mulheres fortes, capazes, com colegas 5 estrelas. 
30 anos de aprendizagem e, porque não dizê-lo, de envelhecimento. Sou outra pessoa agora. 
Sei mais da vida é certo mas estou mais desiludida, menos fácil de convencer. Mais cínica. A vida ensinou-me  que nem sempre se pode dizer o que se pensa.
Hoje fui lá! Tinha começado a demolição! Não fui capaz de subir as escadas. Paralisei! 
Deixei-me ficar no gabinete que me acolheu nos últimos anos. Olhei de soslaio e uma onda de saudade de tudo o que fui e de tudo aquilo em que acreditei nestes 30 anos da minha vida  invadiu-me.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Apetece-me tanta coisa!


Apetecia-me ter vibrado ao som do fantástico Rod Stewart, ter cantado com ele, ter voltado aos meus tempos de adulta jovem em que tudo era ainda possível, até sonhar!
Apetece-me programar coisas que sei que nunca irão acontecer, dias que nunca amanhecerão como eu os sonho e gestos que nunca o serão. 
Sinto-me ainda viva e desejava viver estes últimos anos capazes de uma forma intensa em que os segundos são todos importantes.
Depois, há as obrigações, o trabalho, esta p. de vida que não me deixa arrancar os pés do chão, que me arrasta para a monotonia, para a chatice, para o riso solitário de quem pensa que  a vida é para ser gozada, sorvida, vivida, ambicionada e depois disto tudo, adormecer pro fim em paz porque se viveu tudo, se experimentou tudo e se conseguiu. Sem reservas! Sem medos!
Queria sentir de outro modo. Queria muito. Mas não consigo!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Sítios


Há locais em Portugal que são mágicos e me fazem entender melhor a razão da taxa de turismo a subir. Locais  que aliam a beleza da paisagem a um serviço 5 estrelas e nos fazem sentir, por umas horas donos de uma realeza já inexistente.
Foi assim este fim de semana. Uma escolha pensada mas que superou todas as minhas expectativas.

sábado, 2 de julho de 2016

Coisas que sinto


O sol entra pela casa dentro e o meu coração aquieta-se. O silêncio invade a casa e apaga, pouco a pouco, tudo o que quero esquecer.  A vida e os dias a ensinarem-ne que os sonhos quase nada têm a ver com a realidade.
Bom fim de semana.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

E porque hoje é sexta


E se aproxima a hora de partir para outro lado, de apanhar sol e de me deliciar no meu jardim privado, eis que amanhece com um frio e vento gelado o céu encoberto e poucas hipóteses de concretização do que eu queria mesmo fazer para relaxar!
Sendo assim.... vamos lá então trabalhar e enfrentar todos os problemas que ainda tenho para resolver.
Há gente que tem um karma tramado!!!