segunda-feira, 30 de junho de 2014

Pensar no próximo fim de semana


Segunda é um dia difícil. Muito trabalho, A ressaca de me deitar muito tarde e ter de me levantar cedo.
É difícil começar o dia. Nada melhor que pensar e planificar os dias de descanso que se seguirão. Vai ser por aqui. apanhar as ginjas que já devem estar maduras, com cuidado retirar-lhes os caroços, medir o açúcar, acrescentar os paus de canela, mexer com tempo, verificar os pontos do açúcar, deixar arrefecer e deitar nos frascos. Durante anos e anos, participei neste ritual com a mãe e a avó. Doce de ginja será sempre o meu doce preferido! 
 Feito por mim, ainda vai saber melhor!

domingo, 29 de junho de 2014

Como sabiamente diz filho mais velho...


Pensar que se tem controle sobre o que vem a seguir na vida é pura prepotência!
Uma afirmação de quem, aos 26 anos, já viu e sentiu muito e experienciou a precaridade da vida.
Foi o filho de uma jornalista como podia ter sido um jovem qualquer. E, pela notícia, pensamos mais nos gestos de carinho que temos entre nós e  que podem ser os últimos, nos abraços a que podemos deixar de ter direito, no quente da sua pele contra a nossa que pode ser transformado num frio eterno. 
Só de escrever tudo isto, a minha alma inquieta-se e agita-se no medo de os perder. E pedimos encarecidamente que se mantenham as rotinas, os risos, as chatices diárias, os dias mais cinzentos, as barreiras a ultrapassar.
É isto mesmo: que se mantenham as rotinas de que tanto nos queixamos.

Estão a acabar os Santos!


Para finalizar, uma sardinhada digna de príncipes. Ou não fosse um domingo com  sol e, lá longe,  filho mais velho se tenha consagrado 26º melhor maratonista de montanha do mundo! Não é incrível?
Correr 42 Kms no Monte Branco, sempre com chuva e chegar em 26º entre milhares de atletas.
Como eu gostava de lá ter estado!

sábado, 28 de junho de 2014

Petiscos de Verão


Filho mais novo chegava para um almoço tardio. Mesa na varanda e uma limonada fresca que convida à conversa.
Uma piza feita por mim como ele gosta, uns bifes de frango com mel e mostarda, uma salada  de couves de duas cores, cenoura e laranja com salpicos de molho de pepino. Massa  cotovelo com molho de manteiga.
O sol chegou com ele. 
Bom fim de semana.

Paisagens


Filho mais velho passa o fim de semana por aqui. E ao ver a foto, enviada logo pela manhã,  fiquei com pena de não estar lá,  a apoiá-lo na partida da importante corrida e a gritar de emoção na chegada à meta.
Sempre que decorre mais um evento em que ele participa, o meu coração anseia por estar por  perto para poder ver, apreciar e partilhar a emoção. 
Aqui tão longe, sinto-me menos mãe e não gosto!

Coisas nossas


Cara metade perante uma taça de camarões saídos do frigorífico para a mesa do jantar:
-Uau! o que é que estamos a comemorar?
- Nada! Os camarões estavam a 4,5 euros no supermercado!
Mitos que começam a deixar de o ser com as importações do Vietname. O melhor é não pensar nisso e apreciar o repasto.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Só agora

Depois de quase um mês após o regresso, consigo transmitir o que senti.
Eu queria muito ir! Queria estar lá e ver com os meus olhos.
 Cheguei numa manhã fria e com nevoeiro.  A entrada com a célebre inscrição "o trabalho liberta" foi o primeiro murro.
Dali para a frente, a emoção apoderou-se de mim. A guia ia relatando o horror  que ali aconteceu e, ante mim, desfilaram os pedaços da vida de tantos milhões de pessoas. O casaquinho do bebé, o sapatinho comprado  com o maior amor do mundo, os objectos que foram resgatados da intimidade do lar numa saída urgente para um destino de horror, a mala com o nome em letras grandes para que fosse possível, num futuro que nunca chegou, resgatar a identidade e a alma roubada por carrascos desumanos.
Ao entrar na câmara de gás, um silêncio aterrador desceu sobre todos. Ninguém falou, ninguém fotografou, ninguém riu. Estar ali foi transportar aos ombros toda a dor do mundo e a crueldade do ser humano. A 100 metros existia ainda a casa onde viveu o director do campo com toda a sua família. A digna esposa, descreveu num livro, o quanto era belo aquele seu lugar, chegando mesmo a compará-lo ao paraíso!! Dali, com toda a certeza,   ouviam-se os gritos dos que morriam e logo que saísse de casa era impossível não se aperceber do que a rodeava.  Estupidez ou crueldade pura?
De todos os relatos e evidências ressaltou  a crueldade e os requintes de sadismo de quem o perpetuou. Era um ambiente de guerra, obedeciam a ordens (conforme todos justificaram logo que se sentiram ameaçados pelo final da guerra) não havia uma saída que não se pagasse com a própria morte,... e mais desculpas e desculpas.
NADA, absolutamente nada, justifica os requintes de sadismo, de falta de humanidade, de gozo puro perante o sofrimento humano, de zelo maquiavélico para que tudo fosse cumprido e executado.
E este sentimento de incompreensão permanece ainda em mim! 
À saída, por entre os carris, passeava-se uma menina loira com chapéu de flores. Emocionei-me.
70 anos separam a chegada dos prisioneiros a este lugar e o caminhar para o futuro desta menina, avançando decidida num local que foi o fim para tantos inocentes.
Permito-me ficar com esta imagem,não esquecendo nunca que 70 anos é o espaço que separa o sofrimento daquele lugar, da possibilidade que eu tive de entrar, sentir e voltar a sair em liberdade.
70 anos não são nada! 
É necessário estarmos atentos. Muito atentos!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Não! Não podes!


Não vais abrir a aplicação do jogo! Não vão ser só 5 minutos mas 30 e tu necessitas de fazer outras coisas. Não vais cair na tentação deste novo vicio. É mesmo, mesmo viciante. Ontem, foi o serão inteirinho!
Não pode ser! 
Eu não devia ter descarregado para o telemóvel! eu não podia!
Do que falo? Do jogo 2048!Chega a onda agora a Portugal. 
Socorro, estou viciada!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Viver os fins de semana como se fossem férias

Com o bom tempo, a crise, o trabalho, apetecem férias e evasão. Não podendo ser, restam os fins de semana para dar cor à vida.
O truque? Fazer coisas diferentes, sair da rotina, deixar o trabalho de casa para outros fins de dia e desfrutar. Experimentar novas comidas, visitar museus, ir à praia. ver a cidade com olhos de turista, apreciar os pormenores, fotografar o que se vê, percorrer a pé os sítios mais bonitos, frequentar eventos culturais, aproveitar o final do dia numa qualquer esplanada de praia. Aproveitar para descontrair, rir de si próprio,
ver a vida só pelo lado positivo. 
No domingo à noite, está-se pronto para entrar novamente no trabalho árduo mas cheia de boas sensações.Tenho feito isso e tem sido uma boa estratégia para viver este tempo de Verão.

O último fim de semana:

 Passeio por Monsanto junto ao palácio de Fronteira
Novas experiências gastronómicas
                                                   Festa do Japão nos jardins de Belém

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Embalada pelas águas



O passeio de veleiro foi muito bonito! Lisboa, vista do Tejo, tem uma luz diferente que lhe acrescenta beleza.  É realmente uma cidade muito bonita! Cruzar o estuário ao final da tarde, sentir o barulho muito ao longe, e o cheiro a maresia que nos acompanha  faz-nos sentir gratos por tudo aquilo que vivemos. 
Mas do que eu gostei mesmo muito? De ser embalada pela água durante toda a noite. Tão relaxante, tão calmo e a fazer-me tão bem! Devia ser possível viver toda a vida assim!
Voltar ao colo da mãe por umas horas!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O fim de semana que se aproxima...


Vai ser por aqui!
Da serra para o mar! Vai ser uma grande aventura e, para mim, é sair totalmente da minha zona de conforto. 
Mas é assim que se cresce, certo?

terça-feira, 17 de junho de 2014

Ainda a Serra


Não é linda?
Experimentar andar por aqui e ouvir o silêncio deste lugar. Sentir esta  natureza ainda tão pouco tocada pelo Homem. Experienciar a união com tudo o que nos rodeia. 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A minha serra


Não gosto de planícies! Nunca gostei! Cansam-me. Gosto de antever um novo vale, o que estará para lá do cume de uma montanha. Gosto de a sentir como uma barreira a ultrapassar. Desde que me conheço, "chegar ao alto" significa chegar ao cimo do monte mas significa também um esforço feito e uma barreira vencida. Sempre a subir, as pernas a doerem mas não havia o "voltar para trás".
Por esse tempo, as estradas eram de terra. Havia a alternativa da calçada romana mas a irregularidade das pedras fazia ainda mais penoso o caminho. 
Depois do alto, era sempre a descer para o vale. Passava-se o cruzeiro e a casa de  abrigo e estávamos lá. Na Senhora de Assedasse, a Senhora dos pastores. Perdida no nada da imensidão do vale, por entre montanhas. Uma imagem serena da Senhora que ali ficava todo o ano à espera da festa da aldeia em que participava. 
Todos os anos, no final de cada ano lectivo,  a minha mãe rumava à Senhora para fazer romaria e agradecer os bons resultados dos filhos na escola. Chegados lá, fazia-se a romaria à volta da capelinha, três voltas, mais precisamente. Depois, agradecia-se, comia-se a merenda e voltava-se para casa com a certeza da comunhão com algo que nos fazia sentir bem. 
Passaram muitos anos em que não fui por aqueles lados. 
No sábado, quando cheguei, já com estrada alcatroada, senti violentamente  a beleza do lugar e vi a minha mãe nova, cheia de vida e de autoridade, fazendo a romaria. Agora, também ali estava mas já como uma sombra pálida daquilo que foi.
 No final da tarde, sem ninguém combinar nada, começámos a fazer a romaria. Ninguém perguntou nada, ninguém  perguntou porquê, ninguém  estranhou. Velhos e novos, alguns ali pela primeira vez, fizeram as voltas à capela em profundo silêncio. 
Um final de dia que calou muito fundo no meu coração.

domingo, 15 de junho de 2014

Momentos felizes


Pic nic com a família na Senhora de Assedasse. 
Quando o ambiente se une ao tempo, à paisagem, às pessoas, aos sentimentos e  transforma um dia numa recordação boa  que guardaremos nas nossas vidas.
O sentimento de pertencer a um sitio e fazer parte da sua alma. Poder passar aos que vêm a seguir estes momentos de pertença e a paz que sentimos quando estamos  aqui.
Contar-lhes as histórias que se ligam aos que amávamos e já partiram. Tantas, mas tantas! Sentir a presença deles pelo que foram e no riso que as suas histórias ainda nos provocam! É nestes momentos que sinto mais a falta deles.
 Pai, haverias de ter gostado muito de estar aqui. Tive pena de não poder ouvir a tua voz! A outra parte de  ti estava lá comigo.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Nova viagem, nova corrida


Nos longínquos tempos da adolescência, vivia numa casa junto à igreja dos Olivais em Coimbra. Em Maio, instalava-se no largo, que já não existe, a feira de Santo António. Carroceis, carros de choque, farturas, muita loiça de barro, tascas de sardinha... enfim, uma arraial a sério. 
Aos sábados e domingos o largo enchia-se de gente vinda de outros lados e as atracções colocavam no mais alto volume as músicas e cantorias que chegavam a minha casa numa mistura estridente. 
Era também o tempo de estudo para os exames, o final do ano lectivo que pedia sempre um pouco mais de mim e me fazia permanecer em casa. 
Talvez por isso, os pregões do carrossel me fizessem sonhar: Nova viagem, nova corrida...
E lá começava novamente a rodar e a ondular trazendo a alegria aos miúdos e graúdos.
Lembrei-me agora de tudo isto!! Talvez porque ultimamente a minha vida seja constituída por viagens e por corridas!
 Hoje, ao final da tarde, partimos!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Coisas que nos aproximam


Filho mais velho partiu hoje para a Finlândia! Ligou antes de entrar no avião e, como não pude atender, entrei em pânico. Eu tenho estes pensamentos queridos, extremamente positivos que me levam a angustias brutais tais como: ai e tal se o avião cai nunca mais vou poder falar com ele e não atendi a sua última chamada! A sério, eu penso imensas vezes deste modo!
Ainda consegui ligar de volta e falar com ele. O coração descansou, vá-se lá saber porquê!
Depois, já do aeroporto de chegada, ligou a dizer que ia para o hotel e agora, antes de dormir, partilha as sandes finlandesas de que ele gosta tanto!
E assim sentimo-nos mais perto. Bons sonhos!

Manhãs luminosas

Por acasos estranhos hoje tomámos o pequeno almoço em Óbidos! Entrar nesta vila é regressar a tempos de grandeza carregados de história e de uma beleza contagiante. 
Iniciar o dia da melhor forma possível. Apreciar estes momentos em que o único ruído é o canto dos pássaros. Tão distraídos andamos que, muitas das vezes, estes momentos não são suficientemente valorizados.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Lanches regados a sol e a calor

Gosto destes fins de tarde  em esplanadas apinhadas de gente que regressa da praia. Petiscos que sabem bem em grupo. Eu preferi uma bifana! Não consigo apreciar estes bichinhos!
Um copo de vinho branco bem gelado e a boa disposição instala-se. Devia ser obrigatório beber todas as tardes um copo de vinho! Branco e bem gelado.
A vida seria muito mais fácil!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A MÃE faz anos


Quase nunca se lembra! Falamos ao telefone e ela divaga para outros assuntos "bengala" que o cérebro ainda recorda para que consiga disfarçar a névoa que lhe rouba os pormenores dos dias. Não sabe o que comeu ao almoço, nem se houve sobremesa ou bolo de aniversário. Riu-se comigo e imaginei o seu ar infantil que ultimamente acompanha todos os seus actos erráticos sem saber onde está.
Perguntou muita coisa e as minhas respostas perderam-se imediatamente no labirinto cerebral de quem já não consegue reter o tempo ou o espaço.
Vamo-nos habituando, se alguma vez alguém se conseguir habituar a esta perda progressiva, lenta e dolorosa que nos levará a mãe para um limbo de onde não sairá. 
Está bonita, elegante como ela sempre desejou estar e nota-se que isso a deixa contente. De vez em quando um lampejo de lucidez alegra-nos o coração! Parece que voltou, que é a mãe que conhecemos, que vai  argumentar, perguntar,  conversar. Mas não! Rapidamente volta a confusão do "onde estamos?" e a tristeza volta.
Tempos difíceis que há que aceitar.
Parabéns minha mãe!

Faz-me tanta falta!


Este tempo de qualidade com a minha amiga em frente de um chá! Conversar sem balizas, pôr os assuntos em dia, contar tudo o que aconteceu entretanto, no tempo que passámos separadas por circunstâncias da vida. Rever-me nela, no modo como pensa e sente.  Perceber-me melhor enquanto lhe vou  explicando o que vou sentindo. Ouvir-lhe a opinião e saber que faz sentido. Como sempre!
Fazes-me falta!

Vai ser aqui


A festa do próximo fim de semana. Família toda reunida, mesa farta, concertinas, danças alegres, e a certeza de pertencer a esta gente e a estes lugares.
Mal podemos esperar! Vai ser tão bom!

domingo, 8 de junho de 2014

Agora a sério


É demais preocupar-me com o comentário de um dos meus filhos quando encarou comigo hoje à tarde?
-Ó mãe pareces mesmo um estrumpfe!!! Saíste assim para a rua?

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Ainda um post sobre tentações...


Vitrines de chocolates lindos e saborosos. Pirâmides de cores vibrantes, barras de chocolates de diferentes cores. Um mundo de tentações. De, "por favor, são 500g de bombons!"
 Não são lindos?



Porque hoje é sexta!


E as Memórias da História voltaram à cidade para um fim de semana de animação. E porque consegui despachar quase todo o trabalho programado para estes dias e porque há sempre algo para esperar e sonhar.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Algumas das asneiras


Comida típica, tempo para me sentar e conviver em praças cheias de gente e em restaurantes típicos.
Outras ervas, outros temperos e outros sabores.
Pães de sementes divinais que se comem sem nada só porque se adora o sabor do pão. Apetecia trazer uns quantos. 
Dias de asneiras mas que souberam muito bem! Paciência!

Intervalos


Tenho andado arredada daqui! Chegar a casa ainda meio estonteada, muitas tarefas em atraso, muitos projectos a concretizar e ainda muito cansaço acumulado. Acordo como se tivesse levado uma sova e só me apetece ficar muito mais tempo a dormitar. 
Roupas para arrumar, mudanças a concretizar e  uma grande falta de paciência.
Voltar à comida saudável que estes últimos dias foram carregados de asneiras dietéticas. Desculpa-se pela falta de comida saudável, por estar fora de casa e por querer experimentar os pratos típicos. A cerveja também era muito boa!! Fica a consolação dos kms andados  que conseguiram aliviar o sentimento de culpa. Agora é voltar à dieta! Ias tão bem!!!
Ainda  emocionalmente perturbada pelo que vi e vivi nesta viagem!!
Vou partilhando!