sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Um Santo Natal


Acreditar ou voltar a acreditar. Nas pessoas, na amizade e no amor!
É difícil depois de levar tanto empurrão e tanta desilusão na vida mas, continuar a acreditar que nem sempre será negativo, é a melhor forma de dar valor a esta quadra.
Este ano, concentrei-me nos que me amam de verdade. Deixei de lado as conveniências sociais, as faltas de autenticidade e assumi que só está na minha vida quem quer estar.
 Pouco a pouco uma grande paz começa a invadir-me.
Trata-se unicamente de expurgar a alma.
Que o Menino, com o Seu exemplo, nos encha de alegria por tudo o que somos e por tudo o que conseguimos transmitir.
FELIZ NATAL!!🎄

Esta vida de professor que ninguém entende


Quando alguém que não tem a minha profissão me pergunta o que fazemos nestes dias sem alunos não teria, há uns bons anos atrás, dificuldade em responder! Olha, falamos dos alunos, dos seus problemas, de como cada um põe em prática as suas estratégias para combater a indisciplina ou o insucesso, de como o director de turma resolve os problemas, das piadas dos alunos e das suas necessidades. Definimos estratégias para o próximo período que depois vamos afinando em longas conversas ao longo do mês  de Janeiro e por aí adiante. Há muitos  anos ainda fui entregar cabazes de Natal aos meus alunos que sabia mais carenciados.
Descrevendo  o meu dia de hoje profissional começou às 8.30h com a reunião da minha direção de turma. A  ata preencheu 13 páginas e, para a escrever, recebi 19 emails com informações dos diferentes intervenientes. Saliente-se que os alunos não tiveram insucesso e que o trabalho que os docentes fizeram ao longo do período em sala de aula contribuiu para que os alunos estabelecessem  muito bom relacionamento com todos eles. 
Vive-se naquela turma um bom ambiente, uma vontade de progressão e um caminho ainda a percorrer que antevejo de sucesso. Adoro aqueles miudos e ao fim de três meses já consegui conquistá-los. Este é realmente o trabalho que gosto de fazer!
Depois, outra reunião que começa. Logo a seguir, acabar de redigir e assinar os documentos, imprimir pautas e entregar tudo o que é pedido.
Correr a comer uma sopa e voltar para saber da verificação de um documento que diz no final "depois de lida e aprovada vai ser assinada..." . Em lado nenhum diz: "depois de lida e  passada a pente fino, vai ser aprovada...."!
Emendar o que está incorrecto: onde está "nº" deve ficar "número", os alunos dos apoios mesmo que tenham entrado ao longo do período deveriam ter ficado em ata como se frequentassem desde o princípio porque ficava menos confuso e no final a conclusão: "a tua ata está cheia de assuntos que são  palha!" Como disse? No final de ter passado dois dias a fazer o referido documento com todas as indicações que foram dadas? Afinal não era para ser levado a sério?  Porque não avisou o colega, na segunda feira, sobre este assunto os incautos como eu?
Saí da escola já de noite com um nó na garganta! Não pelas emendas! Tudo se faz! Somente por não me identificar com este modo de exercer a profissão. Para mim, continuarão a ser os alunos, como pessoas, o mais importante que existe nas escolas. É com eles que faço a diferença e é com os pais deles que conjuntamente mudamos o que está menos bem. 
Estarei eu, no meio de tanto papel, tanta flexibilidade, tanta confusão operacional, a perder os meus pontos fortes de profissional centrados na sala de aula, na motivação, no incentivo à descoberta e à procura do conhecimento dos meus alunos? 
Chama-se a isto tudo "dar tiros nos pés"! Penso que a escola actual o está a fazer arduamente e convictamente. É pena!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Entre o bolo rei e uma vida saudável


Há anos assim! Em que te rendes à evidência que os doces só te amargarão os dias e aumentarão as preocupações no futuro, por melhor que saibam no presente. 
Adoro bolo rei! Sou daquelas que compra os sacos de tostas de bolo rei que os supermercados fazem após o Natal para se verem livres dos restos! Este ano, não há doces para mim. Nem sequer qualquer tipo de hidrato de carbono. Acrescente-se a falta de sal em toda a comida e aí temos um Natal gastronómico super fantástico!! 
Mas o que tem de ser tem muita força! A vida, os acontecimentos, o envelhecimento, a ansiedade trouxeram-me até aqui. É obrigação minha sair de onde estou e alcançar mais saúde e menos preocupações. 
Foco! Trata-se apenas disso! 

sábado, 15 de dezembro de 2018

Eu sei que se aproxima o Natal quando...


começas a não ter tempo para tudo e fazes listas e listas de tarefas com as prioritárias sublinhadas. Sabes que há uma data limite para isto tudo e que, até lá, te vais virar para que tudo esteja perfeito, inclusivé tu própria mesmo que isso represente mais umas marcações de unhas, cabelo impecável e depilação feita para poderes usar aqueles collants maravilhosos que compraste para o dia!
Quando a isto tudo se junta uma data especialíssima na primeira semana de Janeiro, a tua mente começa a fervilhar. Menos mal que o outfit está já decidido. Falta unicamente marcar cabeleireiro.  Maquilhadora já agendada via perfumaria habitualíssima. 
Faltam ainda alguns presentes especiais. Cada vez mais, os meus presentes são sensações e não coisas. Algo que faça lembrar quem ofereceu e torne a vida dos que amo mais glamorosa. 
Quanto ao trabalho, devia ser proibido avaliar alunos nestas altura do ano! Temos tendência a relativizar todas as más respostas, todos os esquecimentos, tudo aquilo que deviam ter realizado e não apresentaram. Imaginamos a tristeza dos pais em véspera de Natal e desejamos que as notas que lhe atribuímos contribuam para a paz familiar e não o contrário. Quando isto não pode acontecer sentimos que estamos a despir o nosso fato de mãe Natal!! 
E é isto!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Coisas que me emocionam


Se o meu pai fosse vivo e a minha mãe pudesse entender, acredito que este Natal seria mesmo muito feliz para eles. 
A  Serra espera por nós e a casa dos pais, embora já sem eles, abre-nos os braços e convida-nos a sentarmos à mesa tudo o que aprendemos, tudo o que vivemos e tudo o que amámos com eles. Vamos estar todos porque o Natal é só mesmo isso misturado com a saudade e o sentimento de perda  que não se se vai. A família cresce e nós os filhos, vamos envelhecendo tendo como missão ensinar aos que se seguem que o amor familiar é a melhor arma para prosseguir na vida e que, nestes momentos juntos, guardamos forças e motivação  só porque nos sentimos amados e muito amparados.
Passou para a nossa matriarca, irmã mais velha, dona de todas as tradições,  a responsabilidade da escolha do bacalhau. Ritual muito difícil cumprido pelo pai, sempre acompanhado pela mãe para dar também a sua opinião,  logo que Dezembro batia à porta. As sobremesas aprendidas da mãe vão ser as mesmas agora feitas por mim: as filhoses beirãs e o arroz doce cremoso. Para o irmão do meio a responsabilidade de escolher e comprar, nas melhores confeitarias do Porto, o melhor dos bolos rei. Aqueles que sempre tivémos a presidir a mesa durante toda a nossa infância e juventude.
A maior presença vai ser o amor que eles nos transmitiram e o orgulho que tinham em nos ter como filhos! 
Este Natal é o vosso queridos pais!


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

domingo, 9 de dezembro de 2018

Alma inquieta


Há tempos assim. Em que é necessário parar, pensar muito, acertar agulhas para poder continuar a viver com sentido. 
Gosto de novidades, de desafios, de fazer coisas novas, de imaginar, de criar, de ver acontecer. Nada disto se está a passar neste momento. Para além disto tudo, deixei de acreditar, nas pessoas e nos projectos.  Muitos foram os acontecimentos que me trouxeram até aqui. Todos eles muito reais e muito vividos. Um desencanto muito grande. Um querer uma coisa e ser outra. 
Muitos vão ser os motivos que me vão fazer mudar a vida. De certeza muito mais centrada em mim, naquilo que gosto, naquilo que me faz falta e  naquilo que me faz mais feliz.
Não faz sentido dizer, quando nos perguntam a idade, quantos anos já se passaram! Esses já foram vividos e já não modificam nada, Faz sentido sim dizer os anos que temos até fecharmos os olhos. Esses sim vão fazer a diferença. Se tudo correr bem, eu tenho cerca de 20 anos! Estou na flor da idade!
Mudar tudo aquilo que tem de ser mudado. Eu sei que consigo!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Que comece o fim de semana


Para já, vou ali à praia e já volto. Pelo meio, vamos pondo a conversa em dia e rir da nossa neta e das suas graças. Somos viciados nela! Disso não tenho dúvidas.
Esquecer umas quantas coisas que me preocupam e viver estes dois dias bem, sabendo que a semana que aí vem vai ser a loucura total. Necessário ser assim?
Penso que não, mas vai ser com toda a certeza. Adaptar a mente para levar tudo com calma e racionalizar sabendo que no dia de Natal tudo estará concluído. Precisa-se de calmaria nos dias!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Foi um dia importante


Um dia em que tive o coração fora do peito a partir da tarde porque sempre que algum dos filhos tem algo importante para realizar, o meu coração obedece e vai ter com eles. Seja onde for. 
Estava aqui, mas sempre lá. Porque sempre foi assim e não sei ser de outro modo.
Parabéns. A hora é de festejar. Mais uma etapa ultrapassada com sucesso. Muito bom!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Compras na net


Começo a ficar fã! Sem stress e sem filas para pagar nestas alturas consumistas. O único problema é não poder experimentar mas sempre posso devolver. Comprei uns sapatos lindos, lindos! Aguardo ansiosamente a sua chegada porque já tenho pensados uns quantos looks para eles. Ficaram ainda escolhidos outros muito diferentes e um pouco mais caros mas acho que ainda cá vão chegar a casa! 
Há ainda a necessidade de deitar fora uns quantos pares já de anos que já não uso mas aos quais dediquei uma grande afeição pelo que vivi com eles. A realidade impõe-se. Principalmente por falta de espaço!!!!

domingo, 2 de dezembro de 2018

E para hoje...

Um dia que começa cheio de trabalho. Ontem, foi tempo para descansar e para pensar a sério no que ainda me falta concretizar para momentos únicos que se aproximam. 
Para hoje ficou a preparação das aulas,  a articulação de uma reunião importante e a preparação dos documentos de avaliação dos alunos. Tenho ainda de afastar da minha mente alguns assuntos que me preocupam e me perturbam a concentração. Acordei assim!
Lá mais para a tarde tiro folga para ser fútil por uma hora ou duas.  Gosto da futilidade do Domingo!!

sábado, 1 de dezembro de 2018

Coisas do pai


Meu pai dizia sempre que eu tinha nascido com muita sorte! Dizia isto muitas vezes, ou porque apanhava uma promoção no último ano em que era atribuída, ou porque conseguia algo que desejava ou sonhava, ou porque conseguia quase sempre concretizar aquilo em que me metia. 
Eu ria-me sempre que ele, a sorrir, me dizia - A menina Eulália (como ele me chamava carinhosamente) nasceu com a sorte do seu lado!
Pelo contrário, considero que a sorte tem estado sempre do meu lado, não quando entro mas sempre que saio de qualquer projecto ou cargo no momento certo. Tem-me acontecido frequentemente ao longo da vida! Olhando para trás, congratulo-me pelas saídas antes de tudo se complicar ou alterar de modo a que eu não gostasse mesmo nada de estar ali. Poderia dar imensos exemplos mas fico muito feliz sempre que olho para trás e revejo as saídas airosas em tempo útil. 
Tenho ganho anos de vida! A sorte está mesmo aqui!! Neste pormenor!

Semana que vem, cheia de desafios!


Uns meus, outros dos que amo. Hei-de ultrapassar todos e festejar um em especial! Porque a vida e os acontecimentos só ficarão gravados se forem comemorados e vividos com aqueles que amamos. 
Muito trabalho pela frente nestes momentos em que não sabemos bem se estamos a fazer o que nos é pedido e se o que nos é pedido é realmente aquilo em que acreditamos. 
Há dois caminhos: ou fazer sem pensar, como é mandado, ou então começar a pensar fora da caixa, a justificar as nossas acções e comportamentos, tendo por  base a teoria estudada e interiorizada e a prática de tantos anos, a contrapor pessoas que digerem legislação ao pequeno almoço e continuam pelo dia fora e apenas isso. Para mim, a legislação necessita de interpretação e de adaptação áquilo que realmente a Escola necessita e quer. Tudo é possível desde que consiga ser bem explicado tendo por base princípios sólidos de Pedagogia. Como transcreve Matias Alves no seu blogue "Terrear" :

"A escola tem sido descaracterizada  por ser um mero terminal cumpridor de normas e circulares do Ministério da Educação. Assim não pode ser. A escola tem que ter uma vida própria, uma autonomia própria, tem de ser capaz de formular o seu projeto, capaz de se afirmar num contexto e numa  comunidade."
Retirado de uma entrevista ao ministro Roberto Carneiro ao Jornal de Notícias em 28/9/1988


E num cadinho tão recheado de experiência como o é a Escola onde trabalho é só necessário orquestrar e direcionar o trabalho para que dele surja a Escola que todos desejamos. Acredito muito nesta ideia.