terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Foi um dia triste



Sentimentos, humores, ressentimentos, coisas do passado que voltam e envolvem a alma. 

Foi um dia em que não soube lidar, mais uma vez, com o conflito, o não, a injustiça aos meus olhos. Talvez isto da injustiça não seja igual para todos mas fiquei tão triste que tive dificuldade em realizar tarefas rotineiras. 

Um sentimento de pequenez, de nada valer a pena, envolveu-me. E assim continuo.

No entanto, o propósito era honesto e fazia antever bons momentos que se tornaram numa nuvem de tristeza.

Andamos cá tão pouco tempo para isto!!!


Ser do bem

 


Cada vez mais  acredito que na vida temos de ser pessoas que trazem e atraem o bem e não o conflito. Detesto pessoas de conflito grátis, como lhes chamo. Daquelas conversas que do nada aparecem só mesmo para aborrecer quem as ouve e participa sem nada que acrescente.

Andamos tão pouco tempo por cá que, mesmo com razão, eu opto pelo bem. Por trazer paz. Quando não tenho nada de positivo a acrescentar, opto pelo silêncio.

O conflito magoa e não sei lidar com ele. Nos tempos que correm, em que cada um quer ser o melhor, posso passar muitas vezes por ingénua ou  pouco capaz mas prefiro assim. É uma escolha consciente. 

Sou do bem!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

É tão fácil


Já comentei que uma das  muitas aprendizagens que fiz aquando da ruptura  do meu tendão de Aquiles  e a posterior recuperação foi a necessidade de estar mais presente na vida dos amigos quando necessitam e não me deixar ficar por um simples" se precisares de mim, diz".

Agora vou. Telefono, combino encontros, falo, estou presente. Penso que me tem feito melhor a mim do que aos visados.  Tem um sabor de amizade autêntica, de entreajuda, de grupo, de amor. Aprende-se tanto com os outros!

Gosto deste meu modo de ser. A continuar!

Os acessórios - um post fútil!

 


Adoooro acessórios! Diferentes, de boa qualidade, daqueles que não damos a ninguém e avançam pela vida fora connosco. Uma  echarpe de pura lã, uma carteira de boa qualidade, uns sapatos diferentes, uma colar que chama a atenção e nos faz sentir bem vestidas. 

Quando encontro algo assim, é difícil de resistir. A quantidade que se acumula nos meus armários impede que eu queira mais. Depois lembro-me das minhas netas e das histórias que oiço das netas adultas falando dos tesouros que encontram nas casas das avós e chega a motivação. 

Ainda me dói não ter adquirido umas quantas peças na fábrica de burel que visitei. Está agendada uma visita para daqui a uns tempos. Desfazer o engano. Sei lá se quando as netas forem adultas ainda existirá o burel! Poderão, assim,  ter peças de qualidade  procurando e levando dos meus armários que, para elas, estarão sempre abertos.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Ainda sobre o post anterior

 


Quando me casei comprámos um T3  usado, quase sem arrumação, num segundo andar sem elevador. Estivemos a viver lá cerca  de 13 anos. No entretanto, fomos aplicando as nossas poupanças em activos que nos deram retorno financeiro. Não vivíamos com grandes luxos, nem comíamos muitas vezes fora mas tínhamos os filhos em escolas privadas. Nunca comprámos um carro a prestações mas os nosso primeiros carros eram pequeninos à medida das nossas finanças. Se podíamos ter um carro melhor? Claro que sim mas nunca foi opção. 

Tudo isto permitiu que pudéssemos, passados alguns anos, comprar uma casa nova, muito maior,  e já quase livre de encargos porque o primeiro imóvel tinha valorizado e também tínhamos algumas poupanças. 

Passámos uma grande parte dos nossos meses de férias em campismo por essa Europa fora depois de passar a primeira semana, também em campismo, em Aljezur quando ainda não estava descoberta a beleza daquele lugar! Sempre de carro, parando aqui e acolá. Foi cansativo? Muito. Foi o modo que encontrámos de mostrar o mundo aos filhos de uma forma mais económica. Outros verões trocámos a nossa casa de praia com famílias em Londres, Paris, etc, e tivemos férias 5 estrelas em casas muito boas e cómodas. Foram bons tempos. 

Nunca deixei de comprar bens de boa qualidade para os meus filhos, boas roupas e outros mimos mas aproveitando sempre os saldos, os outlets e as boas oportunidades. 

Ter as coisas sem gastar fortunas foi sempre o meu lema. Dá trabalho mas vale a pena. Feito!

O importante é o saldo final

 


Ontem estive a  ler um livro sobre poupanças, PPRs, ETFs  e afins. Necessitava de entrar mais a fundo nesta coisa de aplicar poupanças e ter retorno acima da inflação.

Concluí que adorei o livro e que daria uma boa economista. Por que razão nunca entrou esta hipótese nos meus planos de vida? Ainda por cima com a faculdade de Economia a dois passos de casa? Mistérios que nunca resolverei.

Vem isto a propósito de ter concluído que, de uma maneira geral, aplicámos bem o que ganhámos, segunda as regras do livro e que nunca ninguém consegue fazer tudo certo. Há ganhos e perdas e o necessário é o equilíbrio. Tal como para tudo na vida!

Também tive ali uma ou outra má decisão  de que me arrependo mas siga  em frente que já não há nada a fazer. 

Se estou contente comigo mesmo nesta questão da economia? Muito mesmo! 

Agora é estudar a fundo os depósitos estruturados de acordo com o meu perfil de risco e a minha idade, pesquisar,  pedir um pouco de ajuda a quem sabe mas sabendo bem o que perguntar e tomar decisões certas.

Confiante!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Se eu pudesse escolher

 

A vida seria apenas festa! Preparar, organizar, divertir, aproveitar os dias, ser feliz! 

Depois, temos tudo o resto que faz com que os dias em festa saibam ainda melhor porque são poucos! 

Está dentro de nós, como muitos dizem, mas a vida real não se compadece. Chatices, problemas para resolver, trabalho a realizar,  aquilo que normalmente se chama de vida real. E é mesmo assim. Não há volta a dar-lhe. 

Em dias cinzentos como o de hoje  restam os livros, as tarefas, as obrigações e um pouco de devaneio à mistura.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

A preparar concretização de sonhos

 


É o que gosto de fazer! Pesquisar, imaginar, tornar a baralhar, consultar outras ideias,  fazer surpresas boas, criar momentos para a vida com os que gosto. Ando nisto. Ajudada pelo sol que entra pelas portadas que promete dias felizes lá mais para a frente.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Encontros bons

 


Ao sair da frutaria, encontrei uma antiga colega e amiga há muito na reforma. Costumamos ficar a conversar e hoje não foi excepção. Recorda-me outros tempos da escola pública onde a aprendizagem efectiva era muito importante e a disciplina também. As conversas da sala de professores eram produtivas, havia um verdadeiro espírito de entreajuda e, normalmente, versavam temas pedagógicos e didácticos de grande importância. O que eu, professora com vinte e muitos anos aprendi com estas queridas colegas! Eram exigentes, não se importavam de dizer que estava mal, mas davam dicas para que ficasse melhor. Tinham sempre um sorriso nos lábios e já assumiam, muitas das vezes, o papel da família que a crise não é tão recente como parece. 

Continua com a mesma doçura, o mesmo sorriso, o mesmo saber ser e estar de antigamente.

Acabei a conversa com um " fazes muita falta aos meus dias"! É tão verdade!

Agora ninguém conversa, presos aos computadores, às tarefas burocráticas que, a maioria das vezes, não acrescentam nada. Não há transmissão de experiências, não há piadas, não há histórias boas de sucesso para partilhar. Quando há espaço, aparece unicamente o lamento.

Tenho saudades da outra Escola! Daquela que os meus antigos alunos, agora pais dos meus actuais alunos pensam que ainda existe quando, na recepção do início do ano, me entregam os seus filhos! Eu tento dizer que sim mas não acredito.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

A falta que me fazes

 


Hoje faz dois anos que partiste pela madrugada.

Bastava estares presente para eu entender que o meu mundo estava mais protegido. Sempre estive contigo e, de todas as vezes que nos separaram, eu gritei, chorei, implorei até que voltei para ti. Não pôde ser assim até ao final mas foi com muita dor que vivi esta separação. Assisti ao teu declínio, à tua memória a ir-se embora até ao dia em que não me conheceste mais. 

Ficaste ansiosa, nervosa, tu que gostavas de ter sempre tudo sob controle. Nessa altura  já não o tinhas e a tua expressão era de aflição. Foi o tempo do Covid para piorar toda a situação. Separadas por um vidro, estendias a mão para a superfície fria e eu, do lado de fora, estendia também a minha mas não existia o calor da pele. Eram só 15 minutos que pareciam 5 e  ias embora e eu a ver-te ir, pensando na vida, na injustiça, na maldita da doença que todos os dias me afastava mais de ti, como eras antes. 

Quando te vi novamente com a tua expressão doce de Mãe, foi no caixão! Coisa estranha que só a morte poderá explicar. 

A falta que me fazes, continua cá nos momentos mais alegres. Nos tristes, é uma falta só para mim porque nunca te iria contar os meus problemas  para não sofreres  por mim. 

Querida mãe! Tanta saudade!

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Está sol. Positivismo precisa-se.

 


Basta só o sol a brilhar! Todos temos problemas, uns maiores e outros mais pequenos. A lente com que os vemos também pode estar ampliada ou pouco relativizada. Todos os dias somos submetidos visualmente, através dos meios de comunicação, a imensas tragédias e perdas que nos fazem arrepiar.

Confrontando a vida que temos com a de muitos que vivem na mesma gaiola chamada Terra, não vendo aqui qualquer tipo de regozijo por estar melhor, temos é de agradecer o que temos, a paz que vivemos, o poder sair à rua sem medo, o ter dinheiro para uma vida confortável, o ter uma rede social, o ter família e saúde. 

O futuro não se adivinha. Quando vier,  se for mau, saber que teremos coragem e força para enfrentar as tempestades.  Só isso.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Estes tempos


Vivemos tempos estranhos em que, de repente, um casal desaparece a tiro, numa casa construída com amor, num qualquer beco de uma aldeia pacata. Parece não serem os únicos e estas situações se repetirem por todo o país. Estavam sozinhos e levaram com eles as motivações ou o desespero que antecederam o desfecho.  Foram eles? Foram outros? Algo se há-de saber futuramente.

Maus relacionamentos sempre houve e haverá. Mas a morte não é a solução. Há tanto caminho divergente que se pode percorrer e, por vezes, no final do trajecto aparece novamente a esperança. 

Que em maus relacionamentos seja só mesmo a esperança a morrer. Tudo o resto tem solução. Viver sozinha(o) também tem os seus encantos e um deles é a liberdade de se poder ser aquilo que se quer em qualquer momento. 

Fiquei triste!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Ama-te



Com o passar dos anos aprendi que o essencial está no amor próprio. Ninguém é feliz sem o ter e a esperar eternamente que o outro lho entregue. 

Com a idade, vamos perdoando os nossos defeitos, vendo-os até com uma certa graça, como a nossa singularidade. As qualidades vão sendo cada vez mais expressas porque já não temos nada a perder. Se sou boa em alguma coisa porque não dizê-lo? 

Ame-se, sinta orgulho naquilo que fez e construiu ao longo de todos estes anos.  Volte mentalmente à sua juventude e veja o caminho lindo que percorreu, de ingénua menina, por vezes até parva, até à mulher interessante em que se tornou.

Só depois deste exercício poderá vir o outro. Porque só uma pessoa que se ama poderá amar e saberá entender  os quês e porquês de quem tem pela frente.

Neste dia que dizem ser especial faça um favor a si própria: pegue numa caneta e escreva todas as coisas boas que encontra em si e que sempre, ou quase sempre desvalorizou. Vai ver que a folha fica cheia num instante. Não é só o corpo que interessa. O ser, o estar, o pensar e a inteligência também entram aqui primordialmente. 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Amor sem hora

 



Fomos só as duas dar uma volta pela natureza. Porque ela quis e eu também. Falei dos líquenes nos troncos dos carvalhos e de como davam beleza à paisagem. Olhámos as diferentes variedades e, como professora de Ciências, não podia deixar de fora as minhas histórias. Os líquenes indicam o grau de poluição dos locais. Quando há muitos isso quer dizer que não há poluição, como ali naqueles montes junto ao Côa.  São uma associação entre  uma alga e um fungo!

 Mas avó, aqui não há mar para haver algas!!

 Pois não, mas estes seres necessitam deste tipo de algas para viverem. 

Posso levar alguns para a escola para explicar e mostrar?

Claro que sim!

Então avó guarda no teu bolso para não se estragarem. É giro isto dos líquenes, não é avó?

Claro que sim. Assim como a história de amor contigo que me enternece até às lágrimas. O teu riso enche-me a alma e a tua vozinha faz voar borboletas no ar puro da serra. Foste a primeira, aquela que me ensinou este amor diferente que perdura no tempo e se foi estendendo a todas as queridas netas. E preciso tanto  destes amores na minha vida!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

O último dos 62

 Veneza - ainda hei-de voltar!

Não quis desperdiçá-lo mas não o consegui totalmente. Um dia não desperdiçado é daqueles em que realizo as coisas de que gosto, em que tenho tempo para pensar em mim e nos meus projetos. 

Talvez com a maturidade já seja mais capaz de ser afirmativa. Nunca o fui e sempre me senti prejudicada na vida por isso. 

O tempo vai-nos tornando mais sábios e mais conhecedores daquilo que somos e do que ainda queremos ser. Sabemos muito melhor o que gostamos, o que amamos de paixão, o que nos enerva, e o que detestamos. É uma vantagem muito grande nos tempos que correm!

Neste acabar de um ano,
fica um pequeno resumo das minhas descobertas sobre mim:

Gosto de:

Diversão, risos francos, festas, almoçaradas, gente com boa onda, cultivar amizades, conversar muito e estar comos meus amigos.

Viajar com boas companhias.  Daquelas que "uma diz mata e outra diz esfola-se". Preparar viagens ao pormenor, conhecer novos lugares.

Pessoas boas e sinceras. Daquelas almas puras que nos procuram para nos trazer a paz e o conseguem. Pessoas de risos lindos que nos acrescentam e nos ensinam sempre algo.

Estar com as minhas netas. Fazer passeios. conversar muito com elas e rir-me imenso do modo como veem o mundo e as coisas. Que candura boa!

Fotografia. Aprender a fotografar almas e sentimentos. Olhar com olho de fotógrafo, conseguir captar momentos e pormenores da paisagem e da vida. 

Preparar festas. Imaginar o que cada um gosta. Fazer mesas bonitas, cultivar o bom gosto e o bem fazer.

Ler muito sobre  assuntos que me interessam: design de interiores, tendências, arquitectura, história, pedagogia e novas abordagens, meditação e bem estar... 

Descobrir oportunidades que possa utilizar e que tenham muito bom preço. É uma mania mas, muitas das vezes, não consigo resistir.

Imaginar o futuro e vê-lo como um mar de novas oportunidades. Sei que não vai ser assim mas fico feliz quando o penso. 

Cuidar-me. Procurar tendências, tratamentos, novos hábitos e novas abordagens.

Sentir que gostam de mim. Que os meus amigos sentem a minha falta e outros, menos íntimos, gostam da minha maneira de ser e de estar.

Não gosto mesmo nada de :

Pessoas falsas, cínicas que se consideram superiores mas, bem lá no fundo delas próprias, são movidas por grandes sentimentos de inferioridade normalmente nascidos na infância. 

Pessoas que têm como costume ter conversas provocatórias de discussões e não cultivam a paz e a concórdia.

Pessoas que não dizem obrigado porque consideram ser merecedoras de tudo o que lhes é oferecido.

Pessoas tóxicas. Já consigo, com a minha idade, sentir a sua toxicidade a léguas de distância.

Imprevistos que me impeçam de realizar o planeado.

Ginásio. Daqueles sítios que frequento porque tem mesmo de ser. 

Conflitos. Não sei lidar com eles. Grande falha na minha educação mas não sei mesmo. Nunca me vem à mente o que dizer na altura certa e, só mais tarde, se faz luz no meu cérebro fazendo-me sempre sofrer imenso.

Injustiças. Detesto sentir-me injustiçada.

Prisão da alma. Quando sabes que necessitas de voar e tudo te prega ao chão e não sais dali.

Traições. Sejam de quem quer que seja. Quando confio, é uma perda muito grande e um grande sofrimento ver que uma situação ou pessoa me traíram a confiança. Nunca mais fica nada igual.


Resumindo: sou uma pessoa muito optimista que gosta de diversão de festa e  de sinceridade. Tenho ainda muitos sonhos para concretizar e quero continuar a ser como sou. Gosto de mim como sou! Não tenho problemas de auto estima. Já há muito incorporei os meus defeitos porque sei que não há  humanos perfeitos e a imperfeição até é sexy!

Venham então os 63!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Família boa

Praia do baleal - a verem os netos a surfar as ondas
 

Com o tempo, as conversas com os meus irmãos, a morte dos meus pais e todas as recordações que deixaram, que agora são mais valiosas, apercebo-me de que tive uma família 5 estrelas! Talvez nunca pensasse tanto nisto como presentemente. 

Tanto o pai como a mãe, souberam estar e, quando foi necessário e o tempo certo, deixaram que partíssemos, que fôssemos à procura da nossa verdade e da nossa felicidade entendendo que não estava ali ao lado deles. Ao mesmo tempo, foram amparando, inquirindo mesmo que só com o olhar, guardando para si as críticas que nós já sabíamos existirem. Mas deixaram que aprendêssemos com os erros, que nos tornássemos adultos de mão cheia, responsáveis pelos nossos actos e decisões. 

Riam com as nossas conquistas mas desesperavam sempre que algo nos acontecia de mau a nós ou aos netos. Por vezes, sabia pela mãe como o pai reagia e pelo pai o que a mãe tinha dito ou feito em determinada situação.  

Criaram laços fortes com os netos que ainda perduram. Olho para um dos meus filhos e ali está o avô! Até tem expressões iguais!! O entorno é totalmente diferente mas o modo de estar na vida, de a apreciar, de a sorver é exactamente o mesmo! Olho para o  outro e vejo a candura da avó, os traços tão parecidos, o modo de fazer e de pensar a vida tão igual!

E se fosse hoje o último?


 Ao chegar a casa, ouvi ao longe os cumprimentos entre duas pessoas:

- Então como está?

- Cá se vai andando,  à espera que os dias passem!!

E se for este o último dia daquela pessoa? O que gostaria de ter feito ou dito a cada um dos que a rodeiam? Será que continuaria com a ideia " esperar  que o dia passe"?

Cada dia é único! Tem de estar cheio de nós e do que representamos para os outros.  Cuidar, amar e viver. 

Rotinas, mas também estar e sentir com os outros, com aqueles que fazem ou já fizeram a diferença nas nossas vidas. E são tantos!

Deixar o sol entrar e encher a nossa cabeça de sonhos ainda por concretizar. Depois, arrancar e fazer algo hoje para que esses sonhos se tornem mais palpáveis. Mesmo que não se transformem em realidade, já valeram o dia que pode  ser o último. Nada é garantido. Apesar de muitos que conheço pensarem que sim! Triste ilusão!

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Dias sem planos

 

Acabam por ser mais stressantes do que outros mais organizados. A fazer o que tem de ser feito mas com pouca motivação.  Esperando o amanhã para saber a decisão quanto ao meu futuro. 

Parece que tenho a vida parada. Vou lendo os meus livros preferidos, aprendendo,  cozinhando, vendo as minhas séries de eleição e pouco mais. 

Se estou feliz?  Também não! São dias mortos mas o que é certo é que é menos um dia a contar para a morte. Temos a obrigação de os viver intensamente desde que acordamos até que acabam.

Amanhã será um novo dia! 

sábado, 3 de fevereiro de 2024

E chega mais um fim de semana

 


Manhãs de calma mas com a certeza de que as tardes irão ser muito produtivas. Muito trabalho a realizar.

Centrar-me em mim e no que me apetece fazer, dizer e pensar. Deixar de lado tudo o que me aborrece, entristece ou me arrelia. Afastar-me do que me faz mal.

Pesquisar na net  temas que me interessam. Aprender. Preparar a segunda feira. 

Parar e pensar , mais uma vez, que muitas vezes as coisas mais simples de fazer para sermos felizes e mantermos a calma em situações adversas, só necessitam de um conselho de grandes amigas especialistas nisto das relações humanas. A praticar, com toda a certeza.  

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Que saudades

 

Andorra


Já não consigo andar estes Kms todos,  principalmente devido ao meu problema no pé. Já não tenho os meus filhos por perto. Não sei traçar as rotas. O tempo destas caminhadas  de Agosto, os quatro em conversas sem fim, acabaram. Foram tempos tão bons, que o único que me lembra neste momento é que devia tê-los vivido de forma ainda mais intensa porque eram precários. Ficaram no meu coração!

Eu não sabia ainda!

O que é isso de ser velho?

 


Perto de mais um aniversário, depois de ouvir repetidamente na TV e outros locais " um idoso de 60 anos..." começa a pesar em mim este epíteto de ser velho sem saber bem o que significa. 

Tenho vida própria, sonhos, desejos, uma profissão, amigos, vontade e necessidade de aprender coisas novas e me manter actualizada em muitas áreas,  tenho hobbies, cultivo o bem fazer, rio-me de mim própria, aceito a vida tal como é,  estou sempre disposta a  mudar as "lentes" com que vejo a vida e as pessoas quando as sinto tóxicas.  Adoro arranjar-me sempre procurando o que há de novo, tenho verdadeiro prazer em ser avó e ver crescer as minhas netas, gosto de ajudar, gosto de estar e conversar com os amigos,  gosto de viajar para locais distantes, embora ultimamente não o tenha feio, tenho confiança e espero muito do futuro.

Todos os dias acordo com novos planos, novas ideias e vontade de as concretizar. 

Será isto ser velha? 

Se é, eu gosto muito de o ser. Aprendi muito nestes anos todos que vivi! Já pouca coisa me atormenta e percebi que tudo é relativo. Umas vezes parece certo e dá errado e outras vezes parece tudo errado e dá certo.  Mudar alguém deixou de ser importante. O principal é mudar eu o modo como enxergo o que me rodeia.  "Deixar andar" e "há-de ser o que for" são expressões que fazem todo o sentido. Faço o meu melhor. O dos outros é só deles e do que consideram importante na vida deles desde que não colida com o meu bem estar. 

Acredito ser esta fase uma das melhores que já vivi!! Venha lá então mais um ano!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Tradições que se querem preservar

 






A minha mãe queria muito um forno a lenha. Um dia, o meu pai mandou construir um para ela. Em todos os almoços e jantares de festa, o forno era o rei. Aquecia-o logo pela manhã com bastante lenha. Quando o tijolo estivesse esbranquiçado era tempo de puxar as brasas, lavar o forno da cinza e colocar lá dentro os melhores petiscos. Depois de cozinhados, ainda lá colocava uma panela com feijão ou grão, com muita água, que cozia lentamente até  à noite sem ser necessário vigiar.  Sempre fomos ajudantes destes lautos almoços e aprendemos com ela todas as técnicas e truques. 

Vamos continuar a tradição. Nesses dias, ela fica mais presente! A mãe fazia assim, a mãe deixava o forno meio aberto, a mãe batia  o pão com a mão para ver se estava cozido, a mãe cortava a carne de certo modo para as bolas de carne... e assim vamos treinando a arte. 

Saudades de te ter por perto quando, nessas alturas, todos pensávamos que eras eterna!

Dia da Senhora das Candeias


 Nossa Senhora das Candeias. Paróquia de Monserrate. Viana do Castelo. Foto: Cidalia Viana de Matos.

Diz o povo que:

" Em dia da Senhora das Candeias, se estiver o Céu a rir, está Inverno p´ra vir, se estiver a chorar, está o Inverno a passar!..."

Amanhã é o dia! Com este calor parece que vai estar a sorrir! Teremos muito Inverno pela frente! Se o povo tiver razão!