quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

O último dos 62

 Veneza - ainda hei-de voltar!

Não quis desperdiçá-lo mas não o consegui totalmente. Um dia não desperdiçado é daqueles em que realizo as coisas de que gosto, em que tenho tempo para pensar em mim e nos meus projetos. 

Talvez com a maturidade já seja mais capaz de ser afirmativa. Nunca o fui e sempre me senti prejudicada na vida por isso. 

O tempo vai-nos tornando mais sábios e mais conhecedores daquilo que somos e do que ainda queremos ser. Sabemos muito melhor o que gostamos, o que amamos de paixão, o que nos enerva, e o que detestamos. É uma vantagem muito grande nos tempos que correm!

Neste acabar de um ano,
fica um pequeno resumo das minhas descobertas sobre mim:

Gosto de:

Diversão, risos francos, festas, almoçaradas, gente com boa onda, cultivar amizades, conversar muito e estar comos meus amigos.

Viajar com boas companhias.  Daquelas que "uma diz mata e outra diz esfola-se". Preparar viagens ao pormenor, conhecer novos lugares.

Pessoas boas e sinceras. Daquelas almas puras que nos procuram para nos trazer a paz e o conseguem. Pessoas de risos lindos que nos acrescentam e nos ensinam sempre algo.

Estar com as minhas netas. Fazer passeios. conversar muito com elas e rir-me imenso do modo como veem o mundo e as coisas. Que candura boa!

Fotografia. Aprender a fotografar almas e sentimentos. Olhar com olho de fotógrafo, conseguir captar momentos e pormenores da paisagem e da vida. 

Preparar festas. Imaginar o que cada um gosta. Fazer mesas bonitas, cultivar o bom gosto e o bem fazer.

Ler muito sobre  assuntos que me interessam: design de interiores, tendências, arquitectura, história, pedagogia e novas abordagens, meditação e bem estar... 

Descobrir oportunidades que possa utilizar e que tenham muito bom preço. É uma mania mas, muitas das vezes, não consigo resistir.

Imaginar o futuro e vê-lo como um mar de novas oportunidades. Sei que não vai ser assim mas fico feliz quando o penso. 

Cuidar-me. Procurar tendências, tratamentos, novos hábitos e novas abordagens.

Sentir que gostam de mim. Que os meus amigos sentem a minha falta e outros, menos íntimos, gostam da minha maneira de ser e de estar.

Não gosto mesmo nada de :

Pessoas falsas, cínicas que se consideram superiores mas, bem lá no fundo delas próprias, são movidas por grandes sentimentos de inferioridade normalmente nascidos na infância. 

Pessoas que têm como costume ter conversas provocatórias de discussões e não cultivam a paz e a concórdia.

Pessoas que não dizem obrigado porque consideram ser merecedoras de tudo o que lhes é oferecido.

Pessoas tóxicas. Já consigo, com a minha idade, sentir a sua toxicidade a léguas de distância.

Imprevistos que me impeçam de realizar o planeado.

Ginásio. Daqueles sítios que frequento porque tem mesmo de ser. 

Conflitos. Não sei lidar com eles. Grande falha na minha educação mas não sei mesmo. Nunca me vem à mente o que dizer na altura certa e, só mais tarde, se faz luz no meu cérebro fazendo-me sempre sofrer imenso.

Injustiças. Detesto sentir-me injustiçada.

Prisão da alma. Quando sabes que necessitas de voar e tudo te prega ao chão e não sais dali.

Traições. Sejam de quem quer que seja. Quando confio, é uma perda muito grande e um grande sofrimento ver que uma situação ou pessoa me traíram a confiança. Nunca mais fica nada igual.


Resumindo: sou uma pessoa muito optimista que gosta de diversão de festa e  de sinceridade. Tenho ainda muitos sonhos para concretizar e quero continuar a ser como sou. Gosto de mim como sou! Não tenho problemas de auto estima. Já há muito incorporei os meus defeitos porque sei que não há  humanos perfeitos e a imperfeição até é sexy!

Venham então os 63!

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