A minha mãe queria muito um forno a lenha. Um dia, o meu pai mandou construir um para ela. Em todos os almoços e jantares de festa, o forno era o rei. Aquecia-o logo pela manhã com bastante lenha. Quando o tijolo estivesse esbranquiçado era tempo de puxar as brasas, lavar o forno da cinza e colocar lá dentro os melhores petiscos. Depois de cozinhados, ainda lá colocava uma panela com feijão ou grão, com muita água, que cozia lentamente até à noite sem ser necessário vigiar. Sempre fomos ajudantes destes lautos almoços e aprendemos com ela todas as técnicas e truques.
Vamos continuar a tradição. Nesses dias, ela fica mais presente! A mãe fazia assim, a mãe deixava o forno meio aberto, a mãe batia o pão com a mão para ver se estava cozido, a mãe cortava a carne de certo modo para as bolas de carne... e assim vamos treinando a arte.
Saudades de te ter por perto quando, nessas alturas, todos pensávamos que eras eterna!
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