quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Sentir a grande cidade


As pessoas correm, apressadas para as prateleiras dos supermercados para assegurar a fartura de fim de ano. O velho solitário passa à frente na fila com a urgência da cerveja que carrega na mão. 
Casais de avós compram o possível e o impossivel para  seja possivel os filhos voltarem às suas casas neste final de ano que se quer de festa.
Amigas partilham  as tristezas dos seus Natais entre o que desejavam e o que foi.
Namorados procuram uma esquina isolada para trocarem beijos que sabem a ilusão do amor eterno.
Crianças brincam nas superfícies comerciais, entre corredores e lojas, não conhecendo a alegria de um prado verde a perder de vista como palco das suas brincadeiras. O Pai Natal, com ar de aborrecimento, espera-as por trás da cerca, para a foto da memória dos momentos felizes (?) depois de terem esperado em filas organizadas pelos seguranças dos shopping.
Telemóveis tocam e todos atendem e riem sozinhos na ilusão de estarem acompanhados.
Casais discutem na barafunda das lojas, já não baixando a voz, expondo aos que passam a infelicidade dos seus dias.
Uma mulher permanece imóvel e triste encostada aos expositores da loja enquanto espera que a calma desça ao companheiro que barafusta em altos berros no corredor lá mais à frente. 
A anestesia dos dias e das vidas!

O meu desejo para 2015?


Voltar à rotina dos dias!
Parece estúpido que alguém que tanto anseia por sair dela, venha agora desejar ardentemente e só ... dias o mais rotineiros possivel!
Dias em que acordo com a alegria de ter alguém ao meu lado que me diz  que gosta de mim, todas as manhãs! Mesmo que eu acorde mal disposta e desgrenhada e não me apeteça falar.
Dias de tomar o pequeno almoço juntos com o sol a entrar pela varanda, falando dos alunos, do meu dia de trabalho, do que vamos realizar.
Dias em que volto a casa e oiço o " quem vem lá?" de boas vindas.
Dias de me enrolar no sofá pela noite dentro com um braço à minha volta sentindo que tudo está certo.
Dias de combinar fins de semana e de passear com ele pela cidade porque gostamos ou só porque sim. Dias em que não ficava cansado.
Dias em que sentimos que não aconteceu nada de especial! Mas aconteceu tanto!  
Em 2015?
Só mesmo que volte toda a rotina do mundo e dos meus dias à minha vida.


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Tão bonito!


RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade ANDRADE, C. D. Receita de Ano Novo. Editora Record. 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Feliz Natal


Um tempo de partilha e de sabedoria.
Saber o que é importante  para que os dias sejam menos pesados.
O importante na vida é por vezes invisivel aos olhos dos que nos rodeiam.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Puxa a p... da cadeira e senta-te aqui ao pé de mim

Obrigada. É bom saber que não somos números nem só trabalhadores mas somos pessoas. Com problemas, mas pessoas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O meu mundo que não partilho com ninguém


Os meus pensamentos, as dúvidas, os medos, as angústias que gosto de guardar para mim e em mim.
Admiro aqueles que soltam os pormenores das suas vidas, que fazem deles assunto de conversa, que explanam pormenores que deveriam ficar para sempre recolhidos em nós.
No meu mundo e na minha intimidade cabe muita coisa e, por estes dias, muita angústia que não quero partilhar. Muitos "e se" , muitas saudades do que foi e já não é,  muita raiva pelo que podia ter sido e começa a aparecer alguma resignação.
No meu mundo já não cabem sonhos para concretizar proximamente.
No meu mundo habita uma necessidade feroz de tomar conta do dia a dia, não me deixar vencer e ter capacidade de estar à altura do que esperam de mim.
No meu mundo habita o essencial que me mantem à tona por estes dias.
Transparece apenas alguma irritação pela insensibilidade de alguns e pelo egoismo de outros.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mudar ou ficar no mesmo sitio


Há um ano, por imperativos profissionais, mudei o meu local de trabalho, imutável há 26 anos! Grande mudança!
Deixei o que conhecia muito bem para começar a estranhar e depois a entranhar novos espaços e novas pessoas.
Dei tempo ao tempo. Tateei, observei, ouvi com muita atenção, inferi, arrisquei, mas, acima de tudo, fui eu própria, sabendo que só com a verdade se conquistam corações.
Não foi fácil! A estranheza, o sentir-me a mais, os modos diferentes de fazer as coisas, acompanharam-me por alguns meses. Tudo me fazia desejar voltar ao conhecido, ao meu segundo lar, às pessoas que me acolheram com 26 anos.
Depois, houve dias em que senti que o que eu dizia fazia sentido, houve sorrisos de alunos e de pais, houve palavras meigas dos novos colegas. Pouco a pouco, apareceu a cumplicidade profissional quando sentes que caminhas com eles rumo  a uma escola  com que sonhas. Deixámos de nos tratar com cerimónia e os "Tu" deslizaram por entre as palavras nas conversas de corredor. Comecei a sentir-me parte da nova casa sem nunca esquecer as colegas que me viram amadurecer. Voltar à antiga escola é como voltar a casa e rever a família  em dias de festa. Já não sei os pormenores do dia a dia mas partilho as grandes decisões e acompanho em silêncio o amadurecimento dos alunos. 
Na nova escola, finalmente, sinto-me em casa! Demorou um ano e meio a reconhecer os cheiros dos corredores, a viver os ruídos alegres dos intervalos, a conhecer os passos dos colegas, a falar com o coração aos colegas que de mim necessitam. Fiz, sinto-o com certeza, novos amigos para a vida que comungam  uma visão do mundo e da escola que há-de chegar um dia.
No balanço deste tempo de partilha é importante dizer que valeu a pena. Como sempre valem a pena os grandes desafios que a vida nos coloca para nos mostrar que somo maiores que os nossos medos e que no fundo da nossa alma sabemos que não há obstáculos maiores que a nossa vontade.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Ideias giras para fazer mesas encantadoras com pouco dinheiro

Adorei!


Coisas que gosto


Esta casa é uma tentação! Apetece trazer tudo porque fica bem com o que já temos, porque é adequado às diferentes épocas do ano, porque faz mesas lindas e diferentes, ou simplesmente porque me perco com tudo o que diz respeito a mesas, receber em casa, apresentar pratos de forma irrepreensivel porque os olhos também comem.
Se o tempo esticasse, este seria o meu modo aos fins de semana e principalmente no Verão. Não sendo assim, reservo estas peças para momentos especiais.
Esta jarra comprei-a no Verão em conjunto com uma saladeira linda da mesma cor. Pensei-a para mesas de calor e de praia e sangrias geladas. Não aconteceu. 
Fez parte de um almoço especial! Comentaram-lhe a cor, o peso e principalmente o "bico"!
Continuo a gostar muito dela. Tem a minha cara!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Saudades


A procurar umas fotos antigas dei de caras com esta. Passeios pela serra até ficarem com a língua de fora. Destemidos, sempre mais longe e mais além, o pai sempre com eles. A subir, sempre a subir!
Chegar a casa ao final do dia onde a lareira acesa convidava ao convívio. Na casa apagou-se a lareira. Os avós, tal como os conheceram, já não estão lá.
As montanhas são outras mas a amizade e a entre ajuda continuam firmes entre eles.

Este ano não há Natal no meu coração


Não me sinto criança, não consigo ver a vida com a ligeireza da infância nem sonho com o Natal Branco da minha meninice. 
Não quero preparar nada, as lojas cheias de gente irritam-me, fujo do brilho das luzes, não retirei das caixas  as decorações para a casa e não comprei presentes.
Este ano, a antecipação do Natal não é nada que sinta dentro de mim.
Só mais um dia e só mais uma noite.

A Perfect life!



Bom dia!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Fascinada


Numa tarde de pesquisa em livrarias, trouxe-o comigo. Não encontrei nada do que procurava mas encontrei palavras que me tocaram quando o folheei. Uma abordagem de Deus que faz sentido. Temas que calavam cá dentro sem resposta. Questões e dúvidas exploradas por um escritor fantástico e muito culto.
Ler devagar e saborear porque  "... as perguntas que trazemos valem mais do que as respostas provisórias que encontramos".

sábado, 6 de dezembro de 2014

7 características dos infelizes crónicos


Para os quais eu não tenho a mínima paciência!!!! Daqui.
 O sublinhado é meu!

1 - Por defeito, acham sempre que a vida é difícil
As pessoas felizes tendem a ultrapassar os maus momentos sem se vitimizarem. Assumem a responsabilidade de se terem deixado envolver em situações complexas e focam-se em sair delas o mais rapidamente possível, ao invés de se queixarem das circunstâncias.
Por sua vez, uma pessoa menos feliz vê-se como vítima da vida e fica presa na atitude do "vês o que me aconteceu" em detrimento de procurar um caminho para ultrapassar a situação.

2 - Acreditam que não se pode confiar na maioria das pessoas
Há o discernimento saudável e há... a desconfiança crónica. Se a maioria das pessoas felizes consegue um equilibrio entre uma certa cautela perante o desconhecido e a confiança, as pessoas menos felizes desconfiam de quase todos e assumem à partida que os desconhecidos não são de confiança, o que, com frequência, fecha a porta a qualquer ligação fora de um determinado círculo e bloqueia qualquer hipótese de fazer novas amizades.

3 - Concentram-se no que está mal no mundo 
Há muita coisa errada neste mundo, sem dúvida. No entanto as pessoas menos felizes tendem a ficar cegas para o que há de bom, optando por se focarem apenas no que está mal. São fáceis de identificar: São aqueles que se queixam e respondem aos inputs positivos do mundo com um "sim, mas...".
As pessoas felizes estão alerta para os problemas globais, mas equilibram essas preocupações com a visão do que também está bem. 

4 - Comparam-se com outros e alimentam a inveja
Pessoas menos felizes acreditam que alguém lhes retirou a "boa sorte" que lhes pertencia. Acreditam que o bem que existe não é suficiente e comparam de forma constante o que têm com o que os outros possuem, incentivando sentimentos de inveja e ressentimento.
Já as pessoas felizes acreditam que transportam com elas uma impressão digital que não pode ser duplicada ou retirada por quem quer que seja. Acreditam em possibilidades ilimitadas e não se deixam ir abaixo ou pensar sequer que a "boa sorte" de outro interfere com a deles.

5 - Lutam para controlar a sua vida
Existe uma diferença entre controlar e lutar para alcançar os nossos objetivos. Pessoas felizes dão diariamente passos no sentido de alcançar os seus interesses. No entanto, no final percebem que o controlo que detêm sobre as coisas que lhes surgem na vida é muito reduzido.
Pessoas menos felizes tendem a controlar tudo até ao mínimo detalhe, caindo numa espécie de drama quando a vida lhes atira algo que não estava nos planos iniciais. Do outro lado, as pessoas felizes são apenas focadas, mantendo a habilidade de se deixarem ir com a corrente e não se esconderem quando a vida apresenta um caminho mais sinuoso. Ir ao sabor da corrente é, aliás, o que as pessoas felizes têm como plano B.

6 - Encaram o futuro com medo e preocupação
As pessoas menos felizes ocupam os seus pensamentos com "o que pode acontecer de errado" ao invés de pensarem "no que pode dar certo".
Pessoas felizes permitem-se  sonhar com o que gostariam que a vida lhes reservasse, enquanto as menos felizes preenchem esse espaço com medo e preocupação constantes.
Claro que medo e preocupação fazem também parte da vida das pessoas felizes, mas estas fazem uma distinção importante entre o sentir o medo e a preocupação e vivê-los de facto. 

7 - Preenchem as suas conversas com queixas e 'mexericos'
Pessoas menos felizes tendem a viver no passado. O que lhes aconteceu e as agruras da vida são as suas escolhas como tópicos de conversa. Quando não têm mais o que dizer viram-se para a vida das outras pessoas e seguem a via dos 'mexericos'.
Ao invés, pessoas felizes vivem no presente e sonham com o futuro. Consegue sentir-se a sua energia positiva do outro lado da sala. Sentem-se empolgados com algo em que estão a trabalhar, agradecidos pelo que têm e a sonhar com as diversas possibil
idades que têm na vida.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Do que vou mesmo ter saudades


Dos meus dias de sábado na cidade do Porto?
Mesmo , mesmo?
Dos almoços! Sítios bons e companhia 5 estrelas.

PS:Confesso que também gostei muito do que aprendi! Mas estes sentimentos devem ser parasitas!!!

Coisas que me alegram imenso


O sorriso rasgado com que as alunas entraram no gabinete com os seus azulejos saídos do forno. A alegria pura pela qualidade do trabalho. As caixas pintadas e os azulejos prontos para colar na tampa. Um presente lindo feito por elas.
Tem sido uma experiência única ter estas alunas comigo. Tão motivadas, tão serenas e tão alegres com as pequenas coisas. A vontade de saber, a partilha, a  Ciência em histórias que as encantam.
O riso franco, a ingenuidade com que vêem o mundo e as coisas. 
Tem sido uma viagem maravilhosa!

Futilidades do fim de semana


É novo e bonito. Trouxe-o comigo depois de uma voltinha pelo lojas para acalmar irritações de final de dia.
Cheira muito bem!
As compras  sempre tiveram um efeito calmante em mim! E os calmantes estão tão caros e fazem tão mal! Sempre ficou mais barato o perfumezito!
C'est ma vie!

Leituras do serão


Chegou hoje, depois de uma grande viagem! O que me está a preocupar? A vontade com que estou de me sentar a lê-lo e escrever imensas notas à margem.
Deve ser do cansaço! Só pode!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Coisas que me emocionam

 
Recebido por email, vindo de uma pessoa que admiro e adoro. Um texto sublime!
 
Para ti , acerca da  AMIZADE. 

“A amizade não se alimenta de encontros episódicos ou de feitos extraordinários. A amizade é um contínuo. Tem sabor a vida quotidiana, a espaços domésticos, a pão repartido, a horas vulgares, a intimidade, a conversas lentas, a tempo gasto com detalhes, a risos e a lágrimas, à exposição confiada, a peripécias à volta de uma viagem ou de um dia de pesca. A amizade tem sabor a hospitalidade, a corridas atarefadas e a tempo investido na escuta.”
                                                                                             José  Tolentino de  Mendonça

Toca a todos


Hoje, pelas 5 da manhã, o Miguel partiu para uma corrida até Lisboa, do Cabo de S. Vicente. Chegará no sábado, feliz como ele é, e com a paisagem maravilhosa que ele tão bem conhece ainda nos olhos.
Este modo de ser e de estar no mundo de filho mais velho comove-me todos os dias!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Coisas que me alegram


sim, eu sei que não sou eu que escolho! Mas deu-me para pesquisar bolos e bolos e recolher tudo numa pasta para arquivo. 
E pronto! Estamos a recolher ideias para partilhar.
Hã?? Sim sim tinha imenso que fazer à hora de almoço! Mas não me apeteceu fazer mais nada. Só mesmo pesquisar bolos de casamento!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Coisas que gostaria de fazer até final de Dezembro


Não sei se vou conseguir! As noites são longas mas a preguiça é muita depois de um dia de trabalho intenso. 
Comprar duas cómodas para o nosso quarto e arrumar toda a roupa interior de novo.
Retirar a roupa de Inverno do topo do armário (eu sei que já devia ter sido feito! Eu sei! Mas sou eu que ando a passar frio e ainda não me queixei!)
Arrumar os armários do escritório. Eu já sabia que estavam mal mas ontem, com o comentário de irmã querida -  Ainda pensava eu que os meus estavam desorganizados... !!!!- chegou a um ponto de rutura este adiar constante. Muito papel que tem de ir fora.
Fazer umas decorações de Natal! Gosto de as fazer mas, retirar tudo no dia de Reis, quando já estou a trabalhar, faz-me pensar que afinal enfeitar a casa não será assim muito importante. 
Pensar numas prendinhas giras e originais. Tirar umas horas para me inspirar. Gosto de surpreender quem as recebe!
Passar a ferro! A roupa para passar, cá em casa, nasce de todo o lado e acumula-se sem eu dar conta. 
Organizar umas mudanças na casa de Lisboa. Tão, mas tão necessárias!
E é isto! 
Um bom Dezembro!

domingo, 30 de novembro de 2014

Um dia muito bom


Com as pessoas que nos são queridas. Novamente a minha mãe cá em casa. Uma manhã para finalizar pormenores antes da chegada dos convidados. Filhos queridos que chegaram juntos e alegres. A descoberta de um assador de leitões que me deixou cliente. Umas batatas fritas divinais.
O crepitar das chamas na lareira que acompanhou uma tarde de conversas muito agradáveis. Recordações da Lena do tempo em que os meus filhos foram de tal maneira  amados por ela e pelo Quim  que criaram laços  tão fortes que nenhuma distância separará. Foi muito bom tê-la connosco e vê-la tão bem do alto dos seus 80 anos bem escondidos. A certeza de que o amor não necessita dos laços de  sangue para nascer.
Um  nascer de novos laços com uma nova família que me emociona. A alegria de ter a minha irmã comigo neste dia. O bom humor dela faz-me ver a vida de uma forma mais leve.
Um bocadinho do serão com os meus filhos. Os silêncios e os sorrisos, os abraços. Olhar para eles e sentir que já não posso amá-los mais do que os amo! Um amor profundo que me alimenta a alma.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sossegadita


Mas com a cabeça a mil. Sim, já sei que devia estar a ler livros de estudo, a relacionar factos científicos e a aprofundar os meus conhecimentos em ciências sociais.
Nada disso! Estou  contente e alegre a fazer listas de compras e a escrever todos os pormenores da festa de domingo. Bolo de anos encomendado. Leitão pronto a sair do forno às 12h. Convites feitos!
Por vezes, até me emociona esta minha organização!!
Há ainda os pormenores de acender a lareira logo pela manhã, programar umas entradas divinais  e organizar o tabuleiro para o café.
Eu gosto é disto!

Porque hoje é sexta!


E me aguarda um serão cheio de trabalho!! 
Depois, lá pela madrugada partir para mais uma viagem. Regressar no sábado pela tarde dentro. Comemorar mais um aniversário muito importante. Conviver à volta de uma mesa com iguarias ainda não pensadas. Esta parte boa irá acompanhar os intervalos do meu dia e fazer-me feliz.
Bom fim de semana.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Coisas que me irritam violentamente


« L’euthanasie peut être un bon choix pour les pauvres, qui en raison de leur pauvreté n’ont pas accès à l’aide médicale », telle est la « solution » du problème des patients démunis proposée par le nouveau Ministre de la Santé de Lituanie Rimante Šalaševičiūtė, entrée en fonctions début juin. Elle a immédiatement engagé une discussion sur la légalisation de l’euthanasie en Lituanie, et a déclaré dans une interview que la Lituanie n’étant pas un Etat social, les soins palliatifs n’étaient pas accessibles à tous. C’est pourquoi l’euthanasie peut être un bon choix pour des gens qui « ne veulent pas infliger à leurs proches le spectacle de leurs souffrances ».

Há notícias que. pelo seu absurdo, me levam a pensar se terão sido tiradas de um site cómico ou se será hoje dia 1 de abril!
A estupidez humana tem este efeito irritante em mim!
Sem comentários!


A dificuldade da língua portuguesa


Ontem:
Um aluno irado contra o professor.
- Porque ele disse que me enterrava e que eu é que abria  a cova para me enterrar.
- O professor disse isso?  (Já bastante intrigada com estas declarações em pessoa pouco levada a perder a calma e a dizer coisas a despropósito).

O professor que vem explicar o que aconteceu:
- O J. não queria limpar o que tinha sujado e eu disse-lhe - estás a cavar a tua sepultura com estas atitudes!

Hoje, chamei o aluno:
- Nunca ouviste a expressão - estás a cavar a tua sepultura?
- Eu não!
- Quer dizer que estás a tomar atitudes  que não te são favoráveis!
- Ai é? Quer dizer isso?
- Claro! foi o que te disse o professor ontem.
 -Pois foi! Fiquei mesmo muito irritado. Se soubesse o que queria dizer não me tinha enervado!

A importância da luz


Pensamentos procrastinantes ameaçavam o meu serão que queria de muito trabalho. Lembrei-me então de colocar um bonito candeeiro na minha mesa de trabalho, talvez me sentisse mais motivada!
Candeeiro rosa, novo,  bonito, mesmo ao meu lado.
E não é que deu resultado?
Um serão inteirinho de trabalho e menos problemas de consciência logo pela manhã.
Hoje, há mais!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Meu querido SNS


A foto não lembra doença! É só cara metade a apanhar sol na nossa praia deserta como ele adora!

Sempre afirmei que a maior perda que nos poderia trazer a crise seria o fim do Serviço Nacional de saúde tal como o conhecemos!
Ontem, tive um dia de hospitais em exames e mais exames com  cara metade. Como passei muito tempo nas salas de espera, primeiro num hospital público e depois num hospital privado, tive tempo para reflectir sobre a importância de ter confiança nos médicos que nos atendem, na certeza de que estamos nas melhores mãos quando estamos doentes. Nunca gostei de hospitais privados! Talvez tenha sido influenciada pelas ideias da minha mãe quando falava sobre as então "casas de saúde" onde se tudo corresse bem seriam óptimas mas, quando pudesse correr mal, o melhor era não ter tanta mordomia e ter a certeza que, mesmo nas  camas menos simpáticas dos hospitais públicos, haveria sempre médicos e máquinas mais competentes para nos salvarem a vida.
 Ao longo do tempo,  asssiti a muitas passagens dos meus pais pelo hospital de Coimbra. Sempre foram muito bem tratados. O meu pai entrava mal e saía bem disposto depois de uns dias de estabilização. Lidei com muitos profissionais de saúde para quem o doente tinha um nome e uma personalidade. Rimos juntos em algumas noites que passei pelo hospital pediátrrico quando filho mais velho ficava internado com asma. Aprendi a respeitar a grandeza e talvez alguma dureza com que viam a vida, a morte e os sentimentos. 
Tenho um profundo respeito por estes profissionais que todos os dias lidam com o que de mais frágil tem o ser humano, cada vez com menos condições para exercerem a sua profissão.
Ontem, chegámos ao hospital público às sete da manhã. Salas cheias de velhos debilitados tristes e solitários. A senhora que os atendia tratava-os pelo nome próprio e eles lá iam rindo da doença, da falta de equilibrio e de destreza que os anos lhes iam roubando. Entravam sisudos e saíam mais alegres na sua solidão e com um até breve.
No hospital privado nada faz lembrar doença. As senhoras da recepção têm fatos azuis a condizer com o lenço do pescoço e cheiram bem. Retira-se a senha que dá direito a ser atendido de acordo com o plim que cai no visor do monitor. Atenção redobrada para que não passe o nosso número e fiquemos perdidos porque ali ninguém conhece ninguém e somos simplesmente uma letra seguida do número que o monitor nos indica. Muitas máquinas novas, muita gente e pouca humanidade.  O que a máquina dá será o que o doente terá sem uma observação carinhosa, um gesto meigo, uma mão no ombro.
Olhando para outros países, como por exemplo os Estados Unidos, onde a  recuperação da saúde tem a ver com a nossa capacidade financeira, tenho muito medo que, um dia, no nosso país, tal venha acontecer.
Saber que se ficar doente e  entrar num Hospital Público  terei acesso a tudo o que de melhor existe e a médicos dos mais competentes do mundo é um luxo  de que quero continuar a usufruir.
Figas!

Coisas de mim que me irritam solenemente


Sei que tenho 15 dias para fazer um trabalho. Sei que o trabalho é moroso para ser bem feito. Sei que tenho de ler muito e pensar no que li. Sei que tenho de articular, tirar notas, organizar-me, começar a escrever, fazer esquemas de tudo o que tenho para registar.
Hoje é 3ª feira. Não tenho nada feito. Todas as noites luto com a minha inconsciência mas nada de pegar a sério em toda a bibliografia que me espera mesmo ao meu lado. Tarefas fúteis tomam o lugar de horas de esforço intelectual e todas as desculpas são boas para adiar  por mais um serão!
Não te emendes que não vale a pena! Sábado é o último dia e perspectivam-se umas madrugadas interessantes!

domingo, 23 de novembro de 2014

Selfies


Não resisto. Um espelho e aí vou eu! São fotos diferentes, que nos vão mostrando os nossos reflexos em diferentes locais e com diferentes sentimentos.
 Ontem, foi num lugar lindo, a preparar uma festa muito importante.

Um dia


Hei-de viver num país frio com mercados de Natal por onde me perderei todos os dias.
Um dia, hei-de passar Natais brancos e frios e poderei frequentar estes espaços com os que amo bebendo vinho quente e rindo alegremente.
Visitámos Colmar há muitos anos nas férias de Verão. Era lindo!  Eu e os meninos, ainda pequenos, tirámos imensas fotos entre ruas floridas e casas que pareciam de filme.
Hoje leio que tem um dos mais bonitos mercados de Natal!
 Quero ir!!!!

Por aqui


Um espaço lindo e um catering que promete. Festa marcada. Pensamentos muito bons no regresso a casa. Antever o futuro e tudo aquilo que gostávamos de concretizar.
 Assim Deus nos ajude.

sábado, 22 de novembro de 2014

28 anos!


Faz hoje 28 anos que prometemos um ao outro sermos fieis e estarmos presentes na saúde e na doença. 
Naquela altura não sabia o peso destas palavras.
Agora sei! Sei também que estarei ao teu lado SEMPRE!
Hoje, por ironia do destino, vamos preparar uma nova festa! Tanto ou mais importante que a de há 28 anos!
E a vida renova-se transforma-se e transforma-nos numa roda constante que continua a surpreender-me.


E sim! Foi um dia bonito! As rosas na cabeça foi uma paixão pelo meu lado romântico que nunca veio totalmente ao de cima. Pelo meu lado infantil e meigo que a vida foi apagando. O vestido saiu da minha cabeça e foi concretizado pela minha modista da altura. Senti-me linda!
Bom fim de semana.


Hoje, porque é um dia especial

Lembrei-me de Veneza!
Do quanto gostei de tudo o que por lá vivi. Apesar da chuva, havia sol dentro de mim!

Tempo que passa


Há uns dias chegámos à Serra por volta do meio dia para passar o fim de semana. Referir que naquela casa não há rede nem há televisão! Almoçámos, fizémos as camas, arrumámos os pertences para um fim de semana relaxante.
Saímos para um passeio pela montanha. Visitámos os soitos, apanhámos algumas castanhas, voltámos, fomos à mercearia, fizémos sopa para o jantar, voltámos a sair para o bar ali ao dobrar da esquina, tomámos café e demos dois dedos de conversa com quem lá estava, revemos primos que entretanto chegaram, soubemos de outros que já não vemos há muito tempo e voltámos para casa.
Mas nunca mais anoitece? Só 5 horas da tarde?  O que se passa? O tempo não passa?
De vez em quando é preciso parar, desligar e pensar no imenso  tempo  que passamos em frente das máquinas. Do tempo que podia ser aproveitado de forma mais saudável e mais participada.
A reter!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Dias em que o trabalho nos corta a alma


Ontem foi um deles. Casos de alunos e de famílias que nos absorvem completamente. Sentimentos avassaladores. Vontade de trazer connosco para casa todos estes meninos perdidos deles e do mundo. 
Sentimentos que se colam a nós e nos perseguem durante todas as horas do dia e da noite. Vontade de ser Deus. De poder dispor da vida destes meninos, dar-lhes um futuro, acalmar-lhes o sofrimento.
Famílias em crise. Mulheres sofredoras que se abrem comigo já a noite desceu há muito tempo. Mulheres que se culpam da culpa que não têm. Como gostava de lhes dar a calma de que necessitam para construírem um futuro para os seus filhos!
Coisas más. Coisas menos más. Vontade de continuar a lutar por eles. 
Sei que vou conseguir.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Coisas boas


O André esteve por casa uma noite e um dia durante a semana. E é tão bom tê-lo em casa!
O humor dele acompanha o meu pequeno almoço e faz-me rir baixinho no local de trabalho. Regressar a casa para o almoço tem uma nova luz. Ir ao supermercado e trazer todos os mimos de que gosta para que se sinta querido. Voltar a casa no final do dia para cozinhar e encher o saco de tudo aquilo que ele precisará nos próximos dias e o fará lembrar da mãe.
Levá-lo ao comboio e perceber, no regresso a casa, que a noite ficou muito mais escura.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Gosto de bons hoteis!


Ninguém é perfeito e confesso a minha necessidade de sair de casa e poder usufruir de sítios diferentes e luxuosos onde somos mimados e nos sentimos muito bem.
Ultimamente, tenho sentido falta de partir, porque a vida não tem permitido essa leveza de espírito que nos impele à aventura. Há  raízes e âncoras que nos prendem em casa e nos retiram o prazer da aventura.
Aguardam-se novos tempos! Fiquem com alguns dos locais que me fizeram sonhar.