sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Ser optimista não se explica

Das mais belas esculturas que vi. Porto de Vigo. A partida do emigrante!

Sempre o fui. Sempre intuí coisas boas, surpresas agradáveis e, perante duas hipóteses, sabia que iria acontecer a melhor. Sabia do nada, só porque sim. Vivia alegremente esperando o dia em que iria saber que o que eu desejava se realizaria. Normalmente acontecia. 
Continua a acontecer. Mesmo que demore mais tempo, mesmo que por vezes duvides, há um dia em que tens a certeza da tua intuição estar certa. Reforças, mais uma vez, que vale a pena ser feliz na espera, na antecipação, na procura da luz que há-de vir.
Meu pai dizia que eu tinha nascido com sorte! Não sei se teria razão! A sorte vai-se construindo com trabalho, com vontade e com bonomia sobre a vida e sobre quem nos rodeia. 
A vida só vale a pena se for assim! 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

O stress pode matar


Lenta e eficazmente vai trazendo transtornos que te consomem. Começas a sentir que algo está mal contigo e perdes a vitalidade. Não te apetece fazer nada de diferente, não te apetece sair de casa, não te apetece nada e concluis que deve ser da idade. Não dormes bem, acordas de noite com a cabeça a mil e não descansas. Um dia, sentes que o coração bate desreguladamente e corres para o médico. Mais um sinal. Exames e mais exames. tudo te enerva, tudo te faz confusão e só te apetece meter a cabeça na areia e deixar passar. Qualquer contrariedade é uma montanha a ultrapassar. Pensas para ti própria o que é que te está a acontecer! Arrastas os dias sem grande entusiasmo.
E um dia acordas e pensas que tens de dar a volta a este sentir. E pouco a pouco, com algum esforço, tudo começa a voltar ao normal. O teu entusiasmo renasce do nada, começas novamente a ter projectos de que tanto gostas, começas a ter gosto em viver, a realizar coisas, a transformar os dias.
Sentes que estás no bom caminho!! Aleluia!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Deu para relaxar


Quando percebes que metade dos teus problemas de saúde resultam do stress acumulado, concluis que tudo está na tua mente e há que ter tempo para ti e para os teus hobbies. 
Estes dias serviram para fazer coisas de que gosto, para me rir por tudo e por nada, para imprimir uma certa leveza ao tempo que passa e para relativizar o que me andava a toldar a mente.
Voltei renovada. Amanhã recomeço com novos projectos e ideias peregrinas.
Melhor que tudo isto é a nova saída já daqui a três dias. 
Viver intensamente pode ser mesmo o remédio para os meus males! 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Preocupações


Deito-me e acordo logo depois porque a mente não descansa. Emoções e preocupações atormentam-me. Sentimentos que não sei arrumar, medos que não sei domar, sensações que pouco a pouco se vão instalando e trazendo algumas ansiedades com elas. 
Será velhice? Alguma insegurança? Medo de perder a saúde e a fibra de que sou feita? 
Sei apenas que ultimamente penso duas vezes antes de realizar alguma coisa e que a vontade de programar eventos futuros esbarra sempre na possibilidade de não os poder concretizar e tolhe-me os dias e a vontade.
Algo concreto? Nada de importante mas muita coisinha junta que me deixou estas marcas que vão custar a retirar.
Todos os dias me acalmo e todas as manhãs acordo assim!
Este último dos cinquenta está a deixar marcas!!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

A calma necessária aos meus dias


Cada dia que passa sinto que a ansiedade, o nervosismo, o que não se diz, o que se ouve e não se quer ouvir, o trabalho em espera, os dias cheios e a falta de tempo para fazer o que gosto, o não ter tempo para mim e para os meus hobbies, o viver permanentemente preocupada com os outros, estão a deixar marcas muito fundas no meu corpo e na minha mente.
O corpo ressente-se dando sinais de que algo não vai bem. É necessário ouvi-lo.
Tenho a certeza que o único caminho é abrandar e sentir de outro modo mas tem sido muito difícil de realizar nestes últimos tempos. 
Cada manhã traço objectivos que ficam pelo caminho logo que o trabalho e as preocupações aparecem. 
Mudança efectiva necessita-se.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Dias que me lembram



Estávamos no início dos anos setenta. A família tinha-se mudado para Coimbra e tinha estreado há pouco tempo uma casa novinha em folha que meu pai comprou e apresentou à família. 
Foi o tempo de eu me habituar a novos ambientes frequentando outras casa de outras famílias que pouco a pouco foram fazendo parte do meu ADN. Comecei a frequentar festas de aniversários coisa nova para mim, vinda da aldeia onde estes festejos não existiam. Aprendi depressa que cada família tinha o seu bolo preferido e fiquei encantada com um de amêndoa coberto com ovos moles que eu considerava super chic porque não levava farinha. Os meus olhos de menina absorviam a decoração bonita da mesa, os copos diferentes, os lustres acesos por ser dia de festa, a groselha em jarra altas, os presentes em embrulhos brilhantes.
Um ano, decidi que também queria ter uma festa de anos! Minha mãe disse que sim! Convidei um grupo de amigas.
Minha mãe nunca tinha estado em festas de anos de crianças da cidade. Arranjou para o lanche tudo o que ela tinha de melhor que incluiu  uma travessa gigante de enchidos variados, feitos por ela com todo o amor do mundo. 
Quando cheguei pronta  para o lanche quase me enterrei de vergonha. Enchidos? E o bolo chic de amêndoa? E os rituais? 
Penso que as minhas amigas gostaram da diferença. Só eu não apreciei, de todo, a festa de anos!
Coisas de crianças a crescer em ambientes que não faziam parte delas. Ficou-me para sempre esta recordação e  um certo remorso pelo que senti naquele dia. Não ter tido a maturidade  suficiente para valorizar as minhas raízes e me sentir orgulhosa delas deixa-me envergonhada até hoje.
O que eu daria para ter uma travessa cheia de enchidos fritos pela minha querida mãe neste próximo aniversário. O que eu daria!

Organização a top


Festa de aniversário no domingo. Convites feitos. Comida encomendada. Bolo escolhido e encomendado. Lista de compras feita e organizados os tempos para tudo. Falta pensar na decoração da mesa,  pensar uns pormenores e confeccionar as sobremesas.
Vai ser muito bom.

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Chegou Fevereiro cheio de incertezas



Muito trabalho e muito pouca vontade de o realizar. 
Preocupações imensas em noites muito longas e de insónia.
Sei que são fases e que o melhor é marcar uma viagem depois de tudo isto para poder descontrair e sentir-me leve.
Hoje foi dia de descanso depois de um dia de chuva dentro de uma barragem de outros tempos. Gosto sempre destas saídas onde é possível antever os alunos de um outro modo e com outras facetas. A sala de aula é muito castradora no que concerne às teias emocionais que se querem tecer.
A chuva continua. A força de quem sou, nem por isso.
Bom domingo.