Tenho um grande carinho por elas e pelo que acrescentaram à minha vida. Não estivemos sempre juntas mas perguntávamos umas pelas outras, ía sabendo das suas vitórias e dos dias menos bons. Há pouco tempo, uma dessas amigas muito especial ficou viúva. Tentei, de longe, escrever-lhe todos os dias um texto de esperança que a fizesse sair da escuridão a que uma morte repentina nos leva.
Chegou a altura de voltar aos velhos tempos, às nossas conversas e às nossas recordações.
Nunca me esqueço de quem me fez bem! Estando a minha Mãe para ser operada, quando eu tinha cerca de 20 anos, fui levá-la à clinica onde a deixei triste como a noite. Despediu-se de mim quase a chorar, numa enfermaria de seis pessoas quase já na penumbra do final do dia. Fui tomar café à noite com ela no pensamento. e esta amiga, médica de profissão, disse: anda daí, vamos lá. E fomos. Eram 11da noite e quase todas dormiam. Menos a minha mãe que quando me viu ao lado dela deu um sorriso de que ainda hoje me lembro.
O outro dia contei-lhe este episódio de que já não se lembrava. Disse-me que sempre foi o lema dela ajudar. Acredito que sim. Um coração de ouro e uma maneira de ser que sempre me agradou. Jogámos muitos jogos de ténis juntas, pelo calor tórrido da tarde nos campos de terra de Coimbra.
Já está reformada e o poder estar com ela está a fazer-me bem. É com estas nossas pessoas que contamos sempre mesmo que os anos e a distância tenham encurtado o contacto, os sentimentos continuam bem presentes.
Até já!
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