quinta-feira, 11 de abril de 2024

Antes da Maria de Lurdes

Reserva Natural do Estuário do Tejo

Sem sombra de dúvidas, a pior ministra da educação foi a D. Maria de Lurdes Rodrigues!  Tive a oportunidade de a ouvir falar presencialmente e era tal o ódio aos professores que até o olhar da senhora se toldava. Acredito que tenha andado numa escola muito má e tenha sido muito mal tratada talvez até pelo seu mau feitio e modo de estar arrogante e de mal com a vida. Se a vejo em qualquer canal, mudo imediatamente.

O que é certo é que depois dela nunca mais nada foi igual. Não falo de dinheiro, de escalões, ou outro qualquer aspecto mais prático. Falo sobre a desvirtualização que, uma senhora e os seus acólitos, conseguiram fazer a uma classe até aí considerada por todos. Nunca me revi no modo como a senhora falava do nosso trabalho e como sempre dava a entender que os directores teriam que tratar os professores de rédea curta e pingalim na garupa. Eu ouvi de viva voz, não me contaram! E também ouvi os aplausos de alguns directores aos dislates da senhora. 

O que me choca ainda mais é o reconhecimento que a senhora teve após o ministério e os cargos que ocupou e ainda ocupa sempre ligados à educação de que pouco sabe. Até fico irritada quando falo nisto. 

A partir desta senhora, tudo mudou. Para pior, claro!

Todos os anos, antes deste descalabro, organizavam-se  encontros de Educação Ambiental sempre em capitais de distrito diferentes. Os professores pagavam uma parte, como a estadia e a  inscrição e  as câmaras municipais organizavam o programa, sempre muito rico e preenchido,  transversal a todas as áreas do saber.  Tínhamos experiências fantásticas que depois se reproduziam em sala de aula e davam ao professor uma grande bagagem em diferentes temas. Conheci, deste modo, aspectos do país que nunca conheceria,  empresas de renome que nos abriam as portas para visitas guiadas, áreas protegidas que, em visitas guiadas, nos mostravam a biodiversidade deste país tão rico. Em sala de aula todos estes conhecimentos eram aproveitados e trabalhados e os alunos ainda hoje falam dessas aulas com alguma saudade.

Era uma semana riquíssima em aquisição de saberes. Tudo acabou!

O investimento em educação de qualidade deixou de existir e a força moral e ministerial que os professores necessitam também. 

Muita pena. 

Ainda me alegro com alguns alunos que vou encontrando na escola com sorriso doce, boa educação e boa conversa.  Há, no entanto,
muitas situações que nunca deveriam existir ou ser permitidas. Obrigada D. Maria de Lurdes. 


Um comentário:

Anônimo disse...

Essa senhora,( sim, com letra minúscula ) é a principal responsável pelo estado em que
a educação se encontra actualmente. Não lhe perdoo o que fez às escolas, desde as mudanças que introduziu nos programas escolares à maneira como tratou os professires, passando à sociedade a ideia que seriam um bando de incompetentes que deviam ser metidos na ordem,ao escalar de comportamentos pouco aceitáveis dos discentes a quem ninguém ensina a ser cidadãos esclarecidos e respeitadores certos dos seus deveres e direitos. O país demorará a sarar do mal que provocou. Só pode ser uma pessoa de muito mal com a vida...