segunda-feira, 8 de abril de 2024

Chegar a casa de rastos


 Este ano, em trabalhos moderados, tenho imensas horas a acompanhar alunos com muitas dificuldades a Matemática. Entram uns e saem outros mas os problemas são quase sempre os mesmos: uma falta de concentração e de atenção fora do normal, um desinteresse por mudar nem que seja por 50 minutos e uma falta de bases alarmante.

Seis vezes seis?

300? Não distinguem a multiplicação da divisão e sem calculadora ficam completamente perdidos. 

Eu consumo-me nestas horas. Podia não o fazer, mas penso ser a minha obrigação. Dou dicas, zango-me quando não me ouvem,  parto sempre do mais simples para o mais complicado, ensino-os a tirar notas, a fazer registos e a resolver problemas com técnicas fáceis de colocar em prática. Tento facilitar as suas aquisições em todas estas horas para depois ser mais fácil dentro de aula e diminuírem, deste modo, as suas dificuldades. 

A maior inquietude deles? Quanto tempo falta para a aula terminar! 

Hei-de  chegar lá! Sei que sim!

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