Balanço sempre quando me apetece responder assertivamente ao que me vão dizendo, muitas das vezes de forma mal dizente e com intenções pouco cristãs. Tudo sinto, tudo vejo, mas sempre tive muita dificuldade em responder no mesmo tom, muitas das vezes jocoso, tentando sempre esconder sentimentos menos amáveis.
No calor da situação nunca me lembro da resposta certa, do sarcasmo merecido, da necessidade de colocar as pessoas no sítio a que pertencem. Erros de educação, não tenho dúvida. A mãe optava sempre pelo silêncio, embora, por vezes, a visse sofrer, logo de seguida. Exemplos que fui arquivando e me têm trazido muitas batalhas interiores. Paralelamente, tenho um sentido apurado para ler muito para além daquilo que é dito o que aumenta o meu sofrimento interior.
O meu maior problema é o depois. Normalmente quem provoca não quer saber de nós. Fica tudo igual e, se for necessário, a conversa continua onde se deixou muito lá atrás. Eu não consigo. Travo comigo mesma uma guerra surda, instala-se um rancor e um azedume que é difícil e moroso de finalizar.
Hoje li, não sei aonde que sempre que não digo o que penso ganho sofrimento interior e é mesmo verdade.
Agora já vou dizendo o que penso e relativizando, dando um pouco o beneficio da dúvida e das motivações que provocam estas atitudes nas pessoas, mas mesmo assim, prefiro o não confronto, o não entrar na situação.
Péssimo exemplo que dou. A melhorar para que todos melhorem comigo!
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