O Albertino é um amigo de sempre que por acaso tem um restaurante muito conhecido a que deu o seu nome.
No domingo, organizado por um grupo de amigos, decorreu um grande almoço de homenagem a este homem que nunca deixou de ser ele próprio. Nem o dinheiro, nem a fama, nem o reconhecimento lhe retiraram o sorriso de Homem Bom que sempre foi e continua a ser. Sempre pronto para os que precisam dele, sempre bem disposto, sempre calmo, parece que a vida lhe tem acentuado unicamente as qualidades com que nasceu.
No meio de um discurso, alguém disse algo que me comoveu: Estamos aqui reunidos porque nós conhecemos o modo como viveste e o modo como cresceste e isso faz de nós um grupo de amigos muito especial. Por momentos, tudo ficou claro. É claro que aquela emoção que pairava no ar, vinha de muitos gestos conhecidos, de muitos momentos partilhados, de outros tempos que foram passando mas deixaram em nós recordações de amizade que nunca morrerão. Ali, à sombra das tílias, naquele adro tão familiar e olhando para todos os que ali estavam e me tratavam ainda pelo meu nome de menina, percebi que estava ali o meu lugar e a minha "casa".