quarta-feira, 31 de julho de 2019

Família, amor, saudade


Sempre viveram longe de mim mas sempre muito perto dos nossos corações. O meu tio, irmão da minha mãe e a tia E., foram sempre uma referência muito grande na minha vida. Identifiquei-me sempre com a sua maneira de pensar, de estar e de ser. O tio viveu toda a sua vida com saudades da família alargada e o tempo que estava connosco era um tempo de qualidade a 100%. Falávamos muito, ríamos muito e a partida era sempre dolorosa. quando o Inverno chegava,  tentávamos saber uns dos outros pelo telefone todas as semanas. Sempre os senti perto quando precisei de uma palavra amiga e sempre que houve más notícias dadas pelo telefone chorei como uma criança sem me conseguir conter. 
Pouco a pouco,  o telefone foi ficando mais silencioso e os telefonemas mais curtos. A voz era a mesma mas, de vez em quando, uma pergunta fora do sítio dava para perceber que o raciocínio, sempre tão alinhado, estava a pregar-lhes partidas que eles tentavam disfarçar.  Resolveram que estavam muito velhos para voltar a ver-nos tendo de  fazer uma grande viagem. A doença instalou-se lentamente seguindo o caminho triste e negro que percorre a minha mãe há mais tempo e a afasta de nós.
Tenho saudades deles. Muitas mesmo! São parte dos meus ente queridos. 
Acordo a pensar neles e numa possível viagem até eles. Um tempo com eles, uma despedida dos tempos que foram e já não voltam. Será que gostavam? Será bom? Serei eu mais um problema que eles já sintam não conseguir ultrapassar sem esforço? Serei uma testemunha do seu declínio que eles não querem que seja? 
Gostava tanto de os tornar a ver! Vou mesmo seguir o que o coração me disser como aconselhava o pai sabiamente.

Armário dos agasalhos...done!


Demorou tempo e exigiu uma grande dose de paciência. Retirar tudo para fora, limpar o armário, verificar os casacos, parkas, sobretudos e afins e verificar se estava tudo em bom estado. Retirar algumas peças que já não uso há mais de dois anos (é a minha regra, lida algures há muito tempo) para serem recicladas para outras pessoas. 
Colocar anti traças porque estes seres vivos adoram lã e tecidos de boa qualidade.
Amanhã começo pelo armário do desporto que vou organizar para os dois para o início da próxima temporada.  Já que não os vences, junta-te a eles mas, já agora, de modo prático e elegante.
 Pelo meio, tenho ainda mil e uma echarpes e acessórios  para colocar em caixas organizados e ao abrigo do pó e das traças e de outros estragadores dos acessórios que amo.

Tanta coisa pendente!!


Tirei o dia para me livrar de tudo aquilo que já não faz sentido cá por casa. Arrumar, limpar e deitar fora. Sacos com roupas que irão ocupar outros corpos. Objectos que mudam de lugar. 
Necessidade de arranjar espaço numa casa cheia dele que, pouco a pouco, fomos ocupando futilmente. Sacos por todo o lado, armários arrumados, e uma certa leveza que me começa a assolar. 
Amanhã será o dia de sair de casa e resolver os assuntos pendentes e ainda outros que foram aparecendo hoje com as arrumações e transformações.
Férias são sinónimo de mudar de actividade, certo?

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Mês de Agosto


Regressei de uma semana de férias e percebi que muitos ainda não tinham partido! Este ano, devido às férias acumuladas,  comecei mais cedo! Foi muito bom!
Vejo-me agora com o Agosto à porta e eu aqui por casa em tarefas que já deviam estar prontas  há anos. Também descansa, também faz bem experimentar a bricolage mas, para mim, Agosto é tempo  de partir. Para cima, para baixo, ou para o lado! Tudo me está  a parecer estranho e preciso urgentemente de encontrar algo que me lembre  férias, lazer, praia e acabe com todo o tipo de rotinas.
Até sábado! Só mesmo até sábado. Por uma causa mesmo muito forte.

Uma semana cheia


De paz, de conversas boas, de compreensão, de descobertas gastronómicas, de sol, de descanso, de cabeça sem problemas, de boa comida, de dormir até me apetecer e de regressar como nova.
Obrigada por tudo se ter conjugado e ter sido possível acrescentar o meu baú de memórias boas.

sábado, 20 de julho de 2019

Um rio quase a chegar ao mar


Eram assim as nossas férias! Quando eu descansava e me tornava uma pessoa nova depois de uma semana. Areia muito branca e muito poucas preocupações. Ou apenas a juventude que tudo apaga e tudo relativiza. Era só o tempo feliz de estar ali. Dar grandes passeios pela praia, apanhar tesouros, ler, conversar, nadar, rir.
Pelo final da tarde, passeios a cavalo, só porque o pai gostava!
 Nada faltava. tínhamos tudo!

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Não tenho nada giro para vestir!


Tenho desinvestido muito ultimamente nesta área da minha rotina. Deixei de comprar, deixei de ir às compras. Não me apetece e penso que é só gastar dinheiro sem proveito! Já não tenho onde arrumar a roupa e demoro imenso tempo a procurar as peças de que de vez em quando me lembro que tenho ... algures.
Continuo é a ver as revistas com as tendências os adereços giros, as roupas giras de Verão.
Concluí que não tenho nada novo, nada giro e nada que me faça brilhar.
Olha filha tens de brilhar com luz interior porque a exterior, essa anda muito apagada ultimamente.
Novos tempos virão!

Coisas que aprendo


Depois de ver como os meus filhos organizavam a vida deles e se desfaziam do que consideravam a mais, numa onde de leveza que faz bem, resolvi que tinha chegado a hora de fazer o mesmo!
Comigo, tudo se torna mais difícil: sou mais velha, tenho coisas que convivem comigo há muitos anos e detenho com elas relações afectivas um pouco sem sentido! São só coisas!
Então, como quero mesmo, vai aos safanões! Há um serão em que resolvo desfazer-me dos sapatos que foram más compras, ou me apertam os pés, ou são desconfortáveis ou pura e simplesmente já não uso há mais de dois anos. Lá foram eles e alguém gostou muito de os encontrar! 
Mais um serão e irão as roupas que já não se vestem ou se vestiram muito poucas vezes. 
As carteiras de que gostei tanto e guardei religiosamente cheias de papel de jornal para não perderem a forma! Penso já nunca mais as voltar a levar comigo! 
Pouco a pouco a casa vai ficando mais leve e também mais vazia. 
Daqui a uns tempos, eu já me conheço, vou estar arrependidíssima do que ando agora a fazer mas já não haverá solução!

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Vamos para perto do sítio onde fomos felizes durante muitos anos


Já nada resta de nós desses tempos. Apenas as lembranças
. Se tenho pena? Imensa!
Também já não é a mesma coisa. Agora está na moda e os turistas tiraram a calma e a beleza ao lugar. Talvez já nem os peixes saltem nas bancas do mercadinho local! Férias com tempo de apreciar tudo o que a vida tinha de bom para nos oferecer.
Talvez por isso me recuso a voltar. Vamos para perto porque gosto dos cheiros, gosto do calor e gostava muito do dia em que íamos de excursão ao sítio para onde agora vamos. A estrada parecia longa mas não é! Quantas terras faltam? perguntavam vocês. E nós mentíamos porque a estrada era longa mas feliz, na maior parte das vezes. 
Desta vez não vai haver perguntas. Não vamos todos e a alegria das férias anda escondida algures não sei bem onde.
Terá a vida ainda alguma coisa boa e gratuita  para oferecer? 

domingo, 14 de julho de 2019

Com vontade de partir


E deixar para trás tudo o que me preocupa. O ano escolar acabou mas ainda tanto para fazer!
Burocracia aos molhos! Não há modo de diminuir. Sem paciência para este ministério português. No curso em Florença, só as portuguesas voltaram às escolas! Todos os outros docentes, de vários países da Europa, estavam de férias! E a pergunta impôs-se: que fazem na escola se não estão lá os alunos? 
Nem se consegue responder!
E o grande dilema é sempre este: alguém lê o que eu ainda hei-de escrever, já com algum esforço? Fará a diferença nalgum aspecto da vida escolar? Tenho para mim que não! Relatórios, constrangimentos, soluções, apontamentos, análises.... Para o ano tudo volta ao mesmo!
Desilusão!
Só me apetece partir!

sexta-feira, 12 de julho de 2019

De volta a casa


Depois de uma semana em Florença, passando por Pisa, Livorno, Siena, S. Gimignano, muita aprendizagem, um calor infernal, muitos quilómetros a andar a pé, muitos monumentos, muita história, muita beleza, alguns gelados (tão bons!!) muitas saladas, um grupo de três,  5 estrelas e o cansaço dos últimos dias foi bom regressar.
Segunda e terça feira trabalho intenso na escola e quarta feira novo curso em Lisboa, desta vez organizado pela Casa das Ciências. 900 professores espalhados por muitas salas, convidados com muito nível, workshops muito bons, um horário muito comprido que custou a cumprir. Já está. 
Novo regresso a casa. Desta vez para mais uma semana non stop de trabalho árduo. O fim de semana vai servir para adiantar o trabalho. Ainda muitas dúvidas para sanar na segunda feira. Tudo se fará. Acredito que sim!