quarta-feira, 11 de maio de 2022

Novas rotinas e novo corpo

Os hábitos alimentares vêm a ser mudados há um ano. emagrecimento lento, perdendo apenas massa gorda. Gosto muito da minha  nutricionista e reconheço que a ciência destas coisas faz mesmo a  diferença. O meu corpo mudou, ficou mais leve e diferente ( para melhor). 

Sinto-me muito bem, não tenho fome, tenho mais energia e mais saúde. Foi um ano e vai ainda continuar por muito mais tempo. Penso até que nunca mais a deixarei de visitar. 

Muito lentamente, vou voltando ao que era antes e isso deixa-me feliz.

Ando muito mais rápido e não me canso. Ao nível do cérebro sinto maior criatividade, maior motivação e mais vontade de realizar tarefas há muito adiadas por falta de vontade. Estamos no bom caminho!

Dimensão humana da mudança


 




Reflexões sobre o digital na Educação



“Querer é poder”!

Esta afirmação serve para todas as situações da vida profissional e pessoal.

No entanto, há imensos entraves e dúvidas no que toca às mudanças relativas à utilização do digital em sala de aula.  Uns de origem emocional outros de origem técnica e outros ainda por falta de conhecimentos e de formação.

Somos de uma geração não digital, uma geração da palavra, do discurso, da aprendizagem passiva. Fomos fazendo a nossa aprendizagem ao longo de muitos anos mas sentindo que, mesmo com tanta ferramenta à disposição, o modo como tínhamos aprendido com os nossos velhos e bons professores ainda fazia sentido.

Em todos os percalços, em todas as falhas do sistema, em todas as falhas de internet, nós sentimos que estamos certos, que as nossas histórias e os nossos métodos seguríssimos nunca falharão!

Há então um dia em que ensaiamos aulas digitais, porque sabemos, porque experimentámos antes, porque estamos confiantes de que vai dar certo. E dá! E vemos alunos super entusiasmados, fazendo pesquisas, andando sozinhos, quando antes precisavam tanto de ajuda, trabalhando em grupo, tirando dúvidas uns aos outros e saímos daqueles espaços com a certeza que é o caminho certo.

Falta depois o tempo colaborativo. Tempo para pôr em comum. Tempo para construção, para reflexão, para aquisição de novas competências digitais.  Tudo parece uma roleta e os dias rolam entre tarefas classificatórias, semestres e avaliações, indisciplina que urge colmatar, problemas dos alunos que muitas das vezes são maiores que eles.  É o tempo deles mas é um tempo difícil onde não há espaço para nada. Interrogo-me muitas vezes que adultos sairão deste tumulto, destes dias cheios, destas famílias que procuram encontrar-se ,conhecer-se e olhar em frente mas ainda não conseguiram.

A mudança está dentro de nós, professores, alunos e pais. 

Vive em nós mas necessita de andar a par com um grau de exigência suficiente para não comprometer a aprendizagem.

Entre tanta ferramenta à nossa disposição é necessário tempo para conhecer e selecionar de acordo com os nossos objetivos. Trabalhar muito bem com os meios que escolhemos de modo a torná-los uma extensão de nós. 

Para tal, é necessário colaboração entre todos. Falta tempo  para tal. 

Mudança sim.  Criação de condições para tal, necessita-se.