Na educação, ter espírito crítico e ter bom senso salvam, muitas vezes, situações menos claras.
A propósito das votações contra os telemóveis nas escolas o meu espírito crítico diz o seguinte:
Muito bem para os intervalos, para que conversem, para que adicionem competências emocionais e sociais, para que troquem ideias e para que consigam ser adolescentes aprendentes e sociais.
Muito bem ainda para quando utilizam os dispositivos para, sem o professor dar conta, estarem distraídos a ver a e enviar mensagens. Não imaginam o que eles conseguem digitar com o telemóvel no bolso!!!
Muito mal para as pretensões do ministério de educação de elevar a categoria digital ao nirvana. As escolas não têm recurso suficientes e os alunos trabalham com a internet da escola mas nos seus dispositivos em todos os documentos colocados no classroom, por exemplo. Não há nas escolas dispositivos para todos e apenas existem duas salas equipadas que têm de ser requisitadas. Em que ficamos?
Para mim, não faz diferença!! Sou doutro tempo! Sei estar em aulas apenas com uma caneta, um quadro, um livro e o caderno diário.
Duvido que para os docentes que entram isso seja assim tão fácil!
Entendam-se! Ministério versus Parlamento!
Como afirma Michael Fullan no seu livro "The new meaning of educacional change" - Suponha que nenhuma quantidade de conhecimento deixará totalmente clara qual ação deve ser tomada. As decisões de ação são uma combinação de conhecimento válido, considerações políticas, decisões no local e intuição. Um melhor conhecimento do processo de mudança melhorará a mistura de recursos dos quais extraímos, mas nunca representará e nunca deve representar a única base para a decisão.