Quando comprei a casa onde vivo, tinha grande orgulho na minha sala cheia de luz, grande tamanho, grandes sacadas e uma varanda que a rodeava. Estava orgulhosa quando chegou o meu pai para a visita.
Ele olhou, gostou mas, lá para o meio da conversa, disse:
Sabes, esta sala é muito grande! Fazias bem em dividi-la ao meio com pladur. Colocavas uma porta grande e ficavas com uma sala de jantar e outra de estar com a respectiva lareira! Ficava mais aconchegante!
Sacrilégio! Tinha sido o tamanho da sala o que me tinha feita enamorar da casa. Poder ter todos à volta de uma grande mesa, numa sala cheia de luz.
O outro dia, sozinha no sofá da dita sala, comecei a olhar à volta e a pensar: e se eu dividisse a sala? Ficava muito mais acolhedora! Mais fácil de aquecer, e mais cosy. Depois lembrei-me do meu pai e da sua sugestão!
Querido pai! A vida a trazer a razão às tuas ideias! O tempo a colocar no lugar aquilo que antes parecia improvável!
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