Aceitar!! Aceitar!! Que os dias não serão nunca mais iguais.
Agora é outra fase que quero aproveitar.
Um adulto cheio de qualidades, meigo, trabalhador, bom profissional, responsável, muito bom pai, muito tudo.
Que venham muitos mais em que possa estar presente e a sentir-me feliz por estares por perto.
Falta o móvel novo para a entrada e espero-o com alguma ansiedade. A minha veia de decoradora ao rubro. Já com novas ideias na cabeça e pouco a pouco lá chegaremos.
Há depois aquela vontade enorme de modificar algo em mim própria, cortar o cabelo, fazer novo corte, arranjar novos modos de usar o que já tenho. Não tenho tido muito tempo mas a vontade continua cá.
Parece que a renovação é o mais importante e tem de ser concretizada. Fim de ano muito perto!
Será isso que me faz mexer? Ou apenas o facto do exercício físico me estar a dar uma genica imensa?
Apetece-me o mundo!
Estagnar é talvez a ultima coisa que vou fazer com a minha vida.
Começar devagar, planear, fazer listas, ter novas ideias.
Tão motivante!
Encontrei!!! Agora é só fazer a lista de tudo o que há para fazer e chamá-lo. De preferência, ainda esta semana.
Eu sabia que iria resolver o problema!!!!
Aprendi a calar os sentimentos. São meus, sei o que sinto, embora, por vezes, me sinta muito injustiçada mas é a vida e temos de seguir. Não me interessa nada o modo com interpretam as minhas acções. Só me interessa o que sinto, como amo e por que razão reajo de um modo e não de outro qualquer. Sei para onde caminho e tenho muita esperança num futuro que não vem longe.
Todo este texto para dizer que apesar de não responder, não quer dizer que não sinta e não me revolte interiormente. Ponho tudo em causa durante uns tempos mas depois volto à minha paz. E concluo sempre o mesmo: Não vale a pena o desgosto.
Daqui a 50 anos, ninguém cá está e tudo deixou de ter importância!! O que são 50 anos na escala do tempo geológico? NADA.
Viver a vida em paz e alegria. Aceitar a diferença, o modo de ser, as imperfeições e ser feliz mesmo assim!!
Ser do Bem!!
Antes, tudo o que entrava cá em casa, não saía mais. Já não é bem assim! Eu mudei, aprendi e o meu sentido estético foi mudando também. A perspectiva do futuro também se alterou. Muito!
Se necessito de destralhar? Não! Mas faz sentido para mim neste momento e isso é o importante. Talvez me arrependa mas a vida está sempre a mudar e a empurrar-nos para a frente. É por aí que eu quero ir!
Algumas dicas: entro sempre nas lojas da Purificacion Garcia e Adolfo Domingues. Gosto muito destas marcas mas normalmente são caras. Se procurar com atenção, lá pelo meio, não sei bem qual a razão, encontram-se peças bonitas a preços muito mais baixos. Quando encontro uma, não hesito. Sei que vai fazer a diferença. As minhas melhores peças são mesmo destas duas marcas.
Nos outlets aproveito para comprar meias diferentes e bonitas. São muito baratas principalmente as da calzedonia. No outlet do El Corte Inglês, com algum tempo para dar duas voltas e com muita atenção, encontram-se boas oportunidades. As minhas camisolas quentinhas da escorpion foram todas adquiridas lá.
Os pijamas compro sempre nos saldos finais da oysho.
Na Decénio encontro sempre camiseiros brancos de muito boa qualidade. Tem também algumas parcas diferentes que bem combinadas ficam bem.
Deixei de comprar na Bimba y Lola. Apenas um ou outro lenço que eu considere que combina bem com alguma peça que já tenha. Está muito massificado e há imensas imitações. Aproveito online as echarpes que são diferentes e muito quentinhas.
Com o tempo a quantidade de complementos foi crescendo mas há sempre um que combina na perfeição com o que tenho vestido e gosto desta praticidade.
Já consumi muito mais do que consumo agora. Tenho mais do que o suficiente. Não penso destralhar nenhuma destas peças porque simplesmente é uma ideia impossível. São mais de metade da minha vida!
A vida não se compadece daquilo que parece. A realidade impõe-se, o dia a dia, os desentendimentos, o tipo de educação que cada um teve, os olhos com que vê o mundo e até o sítio onde nasceu!!
O que conta é o produto final: dois filhos lindos, anos felizes a criá-los, a educá-los, a viver com eles tudo e mais alguma coisa.
Agora é o tempo do pousio. Talvez o tenha de apreciar mais!! Mesmo com as doenças, as incapacidades e o deixa andar talvez ainda recorde estes tempos como felizes e bons. É nesta imperfeição da vida e nesta visão desfocada das coisas que talvez esteja o improviso e a graça disto tudo.
Parabéns a nós.
Há depois o meu diabinho no outro lado do cérebro. Estás tão bem em casa! Para que vais agora com frio para a natação? Estás cansada, tiveste um dia longo e sempre te podes sentar no sofá e descansar.
Passa ao outro lado do cérebro que me lembra o quanto sou feliz a ouvir música boa, bem alto até lá chegar!
Mais uma desculpa mental: mas estiveste constipada e podes ficar pior! É melhor esperar mais um tempo! não tens a depilação impecavelmente feita!
O mais difícil é pegar na chave do carro e começar conduzir. Hoje vou!
Pensando melhor, verifico que fui muito influenciada pelos lugares que frequentei enquanto miúda e adolescente. Tudo me entrou olhos adentro de uma forma forte e marcante. Até aos 10 anos frequentava a casa de uma tia avó cheia de loiças alemãs, bonitas, douradas e clássicas todas expostas numa sala forrada de azulejos azuis que era um primor. A casa da minha professora, prima da minha avó, tinha um cheiro de coisa rara, com os seus bolinhos areados servidos com chá numa sala clássica. A casa do padre Samuel tinha uma sala de jantar cheia de loiças bonitas que reluzia nas grandes festas religiosas quando imensos padres conviviam à volta de uma mesa farta, iluminada por um lustre que lhe oferecia grandeza.
A sala de jantar da minha avó materna tinha um aparador com uma vitrine ao meio por onde se viam as loiças que saiam em dias de festa para alindar a mesa sempre com toalha de linho branca. Tinha também um lustre que lhe dava aconchego. Ligava à cozinha, com o seu fogão de lenha e os seus cheiros de boa comida, por uma grande porta.
Aos dez anos, já em Coimbra, comecei a frequentar diariamente a casa super clássica e chic da minha amiga. A mãe dela, a D. Cecília senhora muito boa e bonita, cultivava o bom gosto e a sala dela, em dias de festa, era para mim o paraíso. Uma lareira acesa, uma iluminação excelente, as paredes forradas a pinturas a óleo compradas em galerias. O que me ficou mais marcado? As loiças: os copos dos piquinhos como eu lhes chamava. Por que razão terei eu um serviço destes copos? O serviço de jantar em tons de azul. Não há vez nenhuma em que eu encontre algum sítio onde ainda existam que não me lembre desta velha amiga que tanto me ensinou.
Cá em casa, não há festa sem lareira acesa e sem jantares bem organizados e boa conversa. Fui vendo e sentindo. É deste sentir que nasceu o meu gosto pelo clássico, pelas coisas belas. Agora um pouco misturado, mas sabendo que a casa é ninho e que, embora os passarinhos filhos já não vivam cá, quando vierem quero que sintam o abraço das coisas e de tudo o que deixaram. Até eu não estar cá e serem as minhas netas a replicar estes sentimentos e memórias que eu agora tenho
A vida a acontecer.
Agora, antes da sua vinda, há que encontrar os objectos certos para lhe dar carisma e transformá-lo em meu!! Parece ridículo mas qualquer objecto, para ser nosso, tem de ter a nossa mão, a nossa imaginação, os objectos que adoramos e o nosso sentido estético que os que nos amam conhecem e reconhecem.
Estamos nesse projecto no meio de uma brutal constipação e de umas tantas preocupações!
Uma constipação fortíssima que me apanhou de surpresa. comprimidos para aliviar os sintomas e continuamos na vidinha. Levar o carro à revisão, respirar fundo, antes de pagar a conta, fazer compras para a casa, trabalhar, começar um novo projecto, enfim, a vida no seu melhor.
Preocupações que me afligem os dias e eu tento empurrar para a frente pensando que tudo se resolve mas, algumas coisas, não têm solução. Mesmo sabendo, vou metendo a cabeça na areia!
Gosto de ter a mente ocupada mas há dias em que só me apetece deitar, dormir e esquecer. Hoje é um desses dias. Não me apetece pensar nem racionalizar.
Daquelas notícias que coração de mãe sente e sabe que vão acontecer! Super feliz!
Ontem, quase o coração saía do peito. Hoje, já interiorizado!
Tão bom!
Sei que vai ser um dia bom. Que sejam assim todos os dias da tua vida!
Parabéns, pais!
Pouco a pouco fui-me dando conta do ser especial que tinha como filho! Tantos momentos felizes e tanta alegria que trouxe aos meus dias!
Meu querido filho mais velho! É um prazer olhar para ti a acariciar as tuas filhas ou a interagir e a contar as tuas coisas à tua mulher! Homem doce, meigo, com uma inteligência emocional que me comove, tem sempre a resposta que nos acalma e nos faz ver a vida de outro modo e acalma as nossas angústias.
Trabalhador, inteligente, perspicaz, seguro de si, empreendedor, muito bom profissional, com um sentido de humor muito dele e cómico, podia ficar aqui, por muito tempo, a descrever o que penso dele.
Apenas que a sua voz nas minhas manhãs faz valer a pena ter amanhecido.
Que a vida, ou só apenas Deus, te continue a abençoar!
Feliz aniversário querido filho!
Tudo pensado e organizado para a sua chegada. Aguarda apenas o transporte porque este, já é meu!
Não imaginam a alegria que me dão estas transformações com coisas que adoro, que penso serem impossíveis e depois se tornam realidade na minha vida. São coisas, eu sei! Mas que é que eu hei-de fazer se fico feliz? A vida também é isto!
Entre hoje e amanhã, começo a pensar no que arrumar na malinha pequenina para uma viagem curta mas cheia de coisas boas a acontecer brevemente.
Acreditar que vou conseguir colocar a net na bimby depois de várias tentativas falhadas por password errada.
Elaborar um presente especial que fique bonito e do qual eu me orgulhe. Idealizar mentalmente.
Em muitos anos, hoje foi o primeiro dia em que faltei junto às campas dos meus queridos familiares. Não me sinto triste porque já rezei por eles e sei que já não estão lá. Estão ainda todos junto de mim e do meu coração. No entanto hoje é um dia em que sinto mais fortemente a falta da família e tenho saudades do que era lá muito atrás. A vida modifica-se e aumenta a solidão.
É necessário combatê-la e não me deixar abater. Tanto ainda para concretizar.
Vamos lá então!!
