quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A realidade impõe-se


Tarde na escola. Um mau comportamento de uma aluna. Loira, de olhos azuis cobalto que me olhavam de soslaio.
-Mas por que razão gritas com os outros e tens atitudes de provocação e de má educação?
- Não sei!
- Queres que chame os teus pais para tomarem conhecimento do teu comportamento?
- Eu não tenho pais! Eu não tenho nada de bom! Eu não gosto de mim!
E, instantaneamente, me apeteceu protegê-la, mimá-la e acarinhá-la. Porque é terrível percorrer a vida sem o aconchego dos braços de uma mãe e sem os beijos de ternura de um pai.
Por ali ficámos a conversar. Sei que vou voltar a estar com ela e dar o máximo para que algo mude na sua alma.
Se começar a confiar nela e em todo o seu poder como ser humano, tudo o resto fará a diferença.
É só preciso fazê-la acreditar!
Mãos à obra!

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