quinta-feira, 19 de julho de 2012

Coisas que me irritam


Tenho consciência da educação conservadora que tive! Até em demasia em muitos aspectos! Tenho consciência das lutas que tive de travar comigo mesma para ser menos formatada, mais solta, menos importada com o que os outros pensarão de mim.
Mas, de uma maneira geral, tive uma grande educação. Os meus pais sempre me ensinaram a pensar pela minha cabeça mas, paralelamente ensinaram-me muito bem a diferença entre o certo e o errado, entre os comportamentos menos éticos e os que fazem de nós melhores pessoas.
Por tudo isto, tenho muita dificuldade em aceitar comportamentos de aparência e cinismo que visam unicamente satisfazer os objectivos próprios. Quando satisfeitos, voltam novamente ao egoísmo e à falta de carácter do costume. A mim ensinaram-me que a minha consciência e o que ela me segreda é o mais importante para me sentir bem comigo mesma. Havia até uma frase da minha mãe que me intrigava imenso quando criança. Quando fazia algo menos certo, ela atirava: Mete lá a mão na tua consciência!
E eu, que não sabia muito bem o que era a consciência, ainda ficava mais confusa com a hipótese de poder lá meter a mão e sentir o pulsar desse ente que devia comandar os meus actos!
De modo que só aceito na minha vida, à primeira impressão, pessoas que sinto que costumam consultar a consciência e são as mesmas para ela próprias e para os outros. Não se movem por objectivos mesquinhos e egoístas a maior parte das vezes, mas pelo que o seu coração e os seus valores lhes ditam.
E quando alguém assim se cruza no meu caminho, abre um arco íris no meu dia!
Não digo que foi hoje. Se fosse, não estaria a escrever este post. Hoje foi o contrário. E esbarrar com a mesquinhez dos humanamente pequeninos deixa-me sempre descrente e triste.
Amanhã será outro dia.

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