quinta-feira, 26 de março de 2015

Sinto-me cansada


Que dias de trabalho tramados estes!
Uns que entram, outros que saem, falam, gritam, riem alto, perguntam, exigem respostas rápidas para os seus problemas, muitas coisas a fazer, a dizer, a decidir. Pais que esperam. Professores que vão, gente que  quer estar. Uns, muito tempo, outros, só um minuto ou dois. Alunos castigados que todos os dias mostram aos outros que trabalham. E bem! 
Mimos em forma de bolos deliciosos chegam como presente e cheiram a amizades que para mim são novas e sabem muito bem. Amêndoas de muitas cores que adoçam momentos mais stressantes.
Profissionais que dão o litro que querem fazer bem e para quem os alunos são pessoas a encaminhar. Comovem-me quase até às lágrimas!
Alunos com as suas vidas tramadas, enxotadas do caminho certo (?) pela vida e pelos dias menos bons. Alunos que lutam pelo futuro. Alunos que baixaram os braços numa inércia doente que custa a suportar. Alunos vivos e confiantes. Alunos que não lutam, que pararam à espera de um milagre que tarda em aparecer.
Eu, fragilizada, no meio de tudo isto. Querer fazer mais e melhor e já não conseguir. Pensar na casa sempre que o trabalho aperta. Pensar no nada.
Venha então a Páscoa. O tempo da Ressureição!

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