Quase a chegar aos sessenta, não me sinto velha! Tenho até imensa dificuldade em me imaginar idosa! Por dentro, na minha cabeça sou ainda tão mas tão jovem! Tanto sonho, tanta alegria escondida, tanta ilusão, tanta vontade de aprender, de partir para ver, de viver!
Sinto-me só mais madura quando aprecio a vida e as rotinas da geração dos meus filhos, tão diferentes da minha! Não com um sentido crítico mas até concluindo de que será uma geração que sabe aproveitar muito melhor a vida do que nós soubemos. Vivemos em demasia para o futuro, para nos instalarmos, seja lá isso o que for!
Nesses alturas de comparação, em que sinto já não poder voltar atrás, sinto-me a pertencer já a outro mundo e a outra realidade. É nesse ponto que a distância se alarga e percebo não poder pertencer a este núcleo que agora se forma. Estou fora!
De resto, embora adore ser avó e anseie ouvir uma vozinha a chamar-me assim, não me vejo como a minha avó Glória, vestido negro, avó dos pés à cabeça. Conseguirei, só por isso ser melhor avó que ela? Não sei! O futuro o dirá! Eu gostaria de deixar na minha neta tudo aquilo que a minha avó deixou em mim!
E embora não o sinta o que é certo é que os anos cá estão! E ainda bem!
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