Conhece o meu avô?
Acho que não. Como se chama?
É o padre João!😃
Não, não conheço.
Ele já morreu mas deixou lá em casa montes de bíblias e outros livros que eu ando a ler!
Acho que não. Como se chama?
É o padre João!😃
Não, não conheço.
Ele já morreu mas deixou lá em casa montes de bíblias e outros livros que eu ando a ler!
Os adultos, por vezes, entravam em modo maluqueira como aquele dia em que apenas comemos marisco, ao lanche assámos chouriços no álcool numa praia qualquer acompanhados de um bom champanhe e acabámos a noite num bailarico de aldeia.
A vida foi mudando. Cada uma das crianças de então já tem a sua família mas é tão bom quando se juntam todos novamente com as suas crianças e se vê a vida a evoluir no seu ritmo certo.
Saudades do Amaro que era, muitas vezes, a alma desta animação. Saudades dos risos felizes da minha mãe à porta da cozinha vendo a família toda reunida!
O meu pé, este fim de semana piorou. Doeu-me e comecei a antecipar cenários desastrosos. Vejo a vida a passar sem poder entrar no comboio, ou por isto ou por aquilo, continuo numa letargia que dá cabo de mim. Tanto projecto que não se concretiza e tanto medo de os imaginar e quando chegar o tempo certo já não ser capaz.
Começar a segunda feira com a ideia fixa de que tenho de me poupar seja lá isso o que for. Tanto a mente como o corpo.
Algumas conversas aborrecem-me e deprimem-me. Necessito a leveza de outros dias e a alegria que ficou pelo caminho. Muito pouco já me é familiar.
Sair da letargia e colocar um belo pedaço de carne a assar no forno com os temperos habituais da mãe. Talvez seja o melhor modo de começar.
Melhores dias virão.
Quando acontece algo, ou há situações que eu absorbo totalmente e com clareza, prefiro fazer-me de morta! Que é como quem diz, percebi, mas é melhor estar calada.
Não interessa que pensem que não alcancei, que pensem que não percebi, que pensem que sou um pouco tapada!
Vejo e sinto com muita facilidade. Possuo uma intuição acima da média e umas antenas emocionais sempre atentas.
Para a minha paz de espírito, o silêncio é a melhor arma.
Se me sentirem muito calada, nunca representará alheamento. Apenas mágoa, tristeza e sentimentos de injustiça.
Normalmente sou alegre, faladora, risonha e nada complicada. Nunca me passam pela cabeça jogos emocionais estranhos que dificultem a vida aos outros. Sou do bem!
Quem me conhece bem, sabe que sim! Só que perdi a paciência e o riso em situações que me são enormemente adversas. Desvio-me e deixo passar sem que nada me perturbe. Este jogo é difícil mas estou quase lá.
É sempre a parte em que a minha criatividade se centra.
Deixo uma das entradas do jantar de ontem que ficou deliciosa.
Numa travessa plana coloca-se burrata desfeita de modo a cobrir o fundo. Caramelizam-se fatias de pêra até ficarem douradas e colocam-se por cima da burrata. Acrescenta-se presunto fatiado muito fininho e folhas de rúcula. Rega-se com azeite. Se quiserem substituir o azeite por mel penso que também ficará bem.
Fácil e bonito.
Uma tábua de queijos com doce e frutas é sempre uma boa escolha. Também fiz.
Um bom pão, de preferência rústico. Um bom vinho.
Uma mesa bonita com toques de irreverência onde nada parece combinar mas fica bonita.
Gosto de cuidar!
Sem grandes gestos de ternura mas com uma sensibilidade, um acolhimento, uma grandeza de carácter que todos os dias me fazem falta.
Tinhas medo da morte e eu tinha muito medo de te perder. Até que partiste quase sem dar conta! Na véspera, ainda tentaste falar comigo mas eu não percebi e ainda hoje tenho pena de não ter percebido!
Ensinaste-me tanta coisa da vida mas a mais importante talvez fosse a de me rir de mim própria como tu te rias das desgraças tentando fintá-las e continuar em frente. Conseguias sempre!
Ensinaste-me a viver o presente quando se nos apresenta. Não é o momento certo? Não importa. Vamos viver. Aprendi contigo a felicidade das pequenas extravagâncias.
Ensinaste-me o valor do esforço, o valor do trabalho e a força de uma família.
Ensinaste-me a dedicação com que sempre te vi tratar a mãe no início da sua doença.
Ensinaste-me que não vale a pena olhar para trás porque a vida segue em frente e o futuro nos espera. Podia ter sido de outro modo o passado mas já se foi e todos tomámos más decisões na vida e o que interessa é o saldo final ser positivo.
Ensinaste-me o riso, ou por outra, o sorriso contido quando nos tinhas todos por perto.
Ensinaste-me que a inteligência é uma boa lente para dela se ver a vida! E tu eras tão inteligente!
Ensinaste-me o valor dos bons momentos juntos, os almoços, os passeios, a torrada e o galão na pastelaria da esquina. São cimento na minha relação eterna contigo.
Ensinaste-me a educar. Austero no que valia a pena e benevolente na banalidade das coisas diárias como quando te entregava as folhas dos gastos da casa de Coimbra que tu sabias serem falsos e forjados na véspera.
Vida dura a tua, pai! Tanto que te devo! Tanto que nem merecia!
Acredito que donde estás me guias os passos, me acompanhas e, muitas vezes, hás-de ter abanado a cabeça em sinal de discordância com os meus actos. Fazes- me falta para te confidenciar assuntos que me atormentam e eu sei que tu resolverias num instante com a tua sabedoria, no teu falar pausado e mestre.
Tenho saudades dos abraços que não te dei! Dos beijos que ficaram na intenção. Dos elogios que não saíram do pensamento. Agora já sabes PAI o quanto eu te amei em todos os dias da minha vida.
Homens e mulheres da Serra que vivem como granito escondendo a ternura que, sentem, os torna fracos!
É uma história que li imensas vezes aos meus filhos quando tinham a idade delas e ainda se mantém actual. Fala de honestidade, bondade, integridade, amor pelos outros e simpatia. Demonstra que não importa só o exterior, o ser veloz, esperto, bonito, para se ser maior mas que há outras qualidades menos visíveis mas muito mais importantes e que são reconhecidas por quem realmente interessa.
A Maria disse que ia ler para a irmã! É a vida a repetir-se, provando que o que é realmente importante nunca sai de moda nem fica antiquado.
Boas leituras meninas.
Afinal foram 40 anos a ensinar, a tentar mudar vidas e a ajudar a ver a luz no fundo do túnel. São outros tempos e novas mentalidades. A parentalidade, de um modo geral, está diferente, exigente, individualista, não sabe esperar e amparar.
É necessário tempo! Muito tempo! Deixar amadurecer o que ainda é embrião mas ensinando, dando o exemplo e acreditando que tudo é possível.
O tempo não está fácil. A volatilidade do mundo não ajuda mas continuo a acreditar numa série de princípios que continuam a estar actuais. É nesses que todos temos de nos focar.
Ao trabalho!
Gosto de hotéis com história, antigos conventos transformados em hotéis de cinco estrelas, pousadas, espaços de design contemporâneo tudo isto acompanhado por muito conforto e muitas mordomias.
Almoços e jantares prolongados, tempo de não fazer nada, aproveitando os mimos de massagens e SPAs com tudo a que tenho direito.
De cada vez que vou, sou transportada para outra dimensão, para o sentimento do belo e do bem feito.
Vou tentar ir mais vezes!
Voltar para casa é sempre a pior parte!
Olhando agora para a foto, não vejo nada disso mas foi o que foi e o que senti! Talvez escreva agora para que se percepcione a importância de educar a auto estima das crianças e jovens, transmitindo-lhes por palavras e acções os seus pontos fortes e de tudo aquilo de que serão capazes.
Foi uma aprendizagem a duras penas aquela que fui fazendo ao longo da vida. Tornei-me numa rocha, bem consciente daquilo que valho mas doeu muito e o caminho foi todo trilhado sozinha.
O quanto esta inferioridade influenciou a minha vida, deixo para mim. De onde ela veio, não sei dizer.
Fui uma criança alegre, viva e mimada. Na adolescência, os meios sociais em que vivi não contribuíram muito para a auto afirmação e o meio universitário muito menos. Alie-se a isto tudo uma paixão avassaladora, não correspondida e não entendida que se arrastou por tempo a mais.
A vida no seu melhor!
Muitas questões em mente. Muitas dúvidas. Muita amargura.
Há dias assim em que nada parece valer a pena. A única coisa que me move é pensar que estes dias ainda poderão vir a ser percecionados como dias felizes daqui a alguns anos.
Nada é sempre igual e, por vezes, tudo muda para pior.
Por vezes, questiono-me se ainda serei capaz de resolver todos os meus assuntos pendentes. Vou tentando todos os dias mas com uma imperfeição intolerante. Tudo demora mais tempo, a impaciência cresce e a solidão também.
Necessita-se ânimo e vontade de seguir.
Pesquisei alguns pormenores mas outros já os sei de cor e salteado. Falta só construir a pasta com um design bonito e colocar à disposição. Parece que não dá trabalho mas não é verdade.
Coisas bem feitas e com resultados vivem de marketing e de estratégia.
Optei por uma churrasqueira móvel. No Inverno vai para dentro de casa e diminui a corrosão. Nova experiência. Vamos ver se tenho o resultado esperado.
Dever cumprido. Falta acabar a remodelação das casas de banho, depois limpeza geral da Primavera e tudo pronto para a época do calor.
Dizem que ter projectos é um modo eficaz de nos mantermos vivos e não envelhecermos. Se for verdade, vou envelhecer muito lentamente. A minha cabeça não pára.
Gosto disto.
Para as que combatem em cenário de guerra ao lado dos homens. Para todas as que continuam a viver em casas destruídas por bombas que persistem em chamar lar.
Para as que vivem em campos de refugiados e continuam a acarinhar os filhos e família porque sabem que é o antídoto para a morte, a procurar comida e bens, a ter força todos os dias para seguir em frente.
Para as que vivem sem paz, encurraladas em relações tóxicas onde são maltratadas e diminuídas todos os dias, muitas vezes, acabando em morte.
Para as que sofrem doenças que não têm fim e perderam a esperança em dias melhores, com risos e alegria, e todos os dias sentem uma espada em cima da sua cabeça.
Para as que têm filhos com problemas e, mesmo assim, continuam a lutar por eles sempre e sempre, fazendo da tristeza força e sabendo que será até ao fim.
Para as que sofrem demência porque o cérebro lhes roubou a vida e a família, ficando apenas o corpo mirrado que persiste.
Para as que acordam todos os dias pensando que vai começar um pesadelo seja por que razão for.
Para as que não dormem para não acordarem para o pesadelo.
Para as que não têm dias de paz e todos são dias de "guerra".
Para as que perderam a esperança e não conseguem encontrar o sentido para a vida.
Para as solitárias que, sem família, se arrastam pelas ruas ao final da tarde, para não voltarem para casa.
Para todas nós, estes seres que parecem frágeis, mas são a força que move todo o mundo!!
Fiquei gelada! Agora que eu tinha redescoberto o prazer do ténis, depois de imensos anos sem jogar, que tinha comprado uma nova raquete, que tinha um grupo super simpático que fazia com que o cair da noite fosse mais leve e engraçado....pumba! Esqueça e ponha-se a fazer piscinas e a pensar na vida enquanto nada!
Esta coisa do avançar na idade é tramada!
Aconteceu que éramos os únicos hóspedes no solar o que permitiu que, de um modo muito especial, nos sentíssemos os donos daquilo tudo!! Foi tão engraçado passear pelo quintal, ladear a piscina, sentarmo-nos a admirar os salões majestosos e ouvir o chilrear dos pássaros no arvoredo. A senhora que nos veio receber avisou que ficávamos por nossa conta. Só apareceu no dia seguinte para servir o pequeno almoço.
Foi mesmo um fim de semana bom que ficou na memória!!
Viver deste modo teria sido tão, mas tão mais interessante!
Vivi os meus melhores tempos acreditando que muito do que me aparecia pela frente não o merecia. Havia sempre alguém que eu considerava melhor mesmo que agora, olhando para trás, me ria de mim própria e dos meus pensamentos parvos. Vivia angustiada, incrédula quando alguém me dizia o quanto me considerava e eu pensando sempre que zombava de mim!
Não usei calças durante toda a minha juventude porque achava que tinha um rabo muito gordo!!!! Não tenho, nem nunca tive! Nunca valorizei os meus olhos verdes porque os considerava banais! Não são!
E por aí em diante! Tão triste ter limitado a minha vida sem razão aparente!
Se duvidares, compra. Passado dois ou três anos não se notou nada e realizaste um gosto e sentiste uma grande satisfação pelo resultado.
Vivo assim. Idealizando ambientes e mudanças que desejo. Não sei bem ainda como concretizá-las mas, pouco a pouco, tudo vai ficando mais claro e grandes descobertas vão sendo realizadas. É necessário procurar, ir aos sítios certos, telefonar, questionar, pesquisar na internet, ver o que há de novo, perguntar a quem sabe e tudo vai ficando decidido.
Arriscar. Ontem, contratei pelo telefone uma empresa de limpeza. Gostei da conversa da gerente. Se não der e não for do meu agrado, logo se muda. A relação preço/qualidade é muito boa, não sabendo bem o que quererá dizer!! Terei de verificar e estar presente nas primeiras limpezas mas o risco tem destas coisas.
Viver no presente. Mesmo limitada nas saídas, manter o dia a dia cheio de pensamentos e de ideias. Só assim se continua a viver.
A pressa, para mim, não é inimiga da perfeição. É uma grande amiga dos meus dias e do meu poder criativo.
Combinam-se datas para trabalhos a realizar na casa da praia e fazem-se balanços de obras, tudo através de um simples telefonema. Escolhem-se móveis online e combina-se a entrega num curto espaço de tempo.
Rentabilizar está na ordem do dia.
Procuram-se novos produtos bancários e novas taxas de juro telefonando e tendo no computador os PDFs já organizados que cada banco põe ao dispor dos clientes.
Nestes tempos de mudança temos de equacionar a idade e o perfil de risco que temos e associá-los à tendência de descida das taxas de juro.
Gosto destes jogos matemáticos que obrigam a decisões rápidas para poder fintar a inflação.
Este móvel fotografei-o num club house de um empreendimento em Troia. Estava no sítio certo e acrescentava muito ao espaço. Claro que quem o colocou lá sabia o que fazia mas eu também posso ir aprendendo alguma coisa.
Tenho esperança de poder ainda transformar espaços e lugares em espaços que convidem a ficar e que sejam a minha cara e o meu estilo.
Ao trabalho!
Neste tempo em que estive mais parada comprei uma. Quase todos os dias a utilizo e ainda não me arrependi da compra.
Utilizo-a sempre que quero boas sopas porque ficam mesmo boas e saborosas e é fenomenal para massas.
Hoje experimentei uma trança com muito pouco açúcar, que além de bonita está super saborosa. Eu nunca teria paciência para bater esta massa e a bimby fez por mim em segundos. Depois, foi só deixar levedar, construir a trança, pincelar com gema de ovo e meter no forno. Sem esforço.
Neste momento da minha vida há muitas coisas que não posso realizar mas nada me proíbe que as sonhe. Preparo mentalmente as mudanças, pesquiso no Pinterest, arquivo, contacto quem me pode realizar os sonhos que tenho para aquele lugar.
Já começaram algumas obras mas ainda faltam pormenores e outros procedimentos para lá dos pormenores. Estou ainda na fase aprimorar pesquisas e fazer pastas de fotos com o que me agrada.
Imaginar, preparar, concretizar. O que eu adoro andar neste ambiente!
Opto pelo silêncio e, pouco a pouco, vou rodeando os problemas apresentados, e levando a água docemente ao moinho.
Tudo fica bem e eu poupei tempo, e aborrecimentos aos empatas. O mais importante, realizei o que considerava certo e me dava grande contentamento por estar a caminhar pela vereda certa.
Há sempre um modo inteligente de rodear problemas.
Acreditem, chama-se sabedoria da idade!
Nada como dois dias bons para tornar à essência.
Quando era jovem, era muito insegura. Física e emocionalmente. Talvez por falta de reforço positivo, tive sempre a minha auto estima muito baixa. Hoje, ao olhar para trás vejo que não havia razão para tal e aí está, para o demonstrar, o tanto que consegui e o tanto que realizei. Libertei-me da opinião dos outros à medida que fui caminhando e senti-me livre de fazer o que considero certo para mim.
Actualmente já nada me abala. Podem dizer o que quiserem. Tenho confiança em quem sou, o que valho e para onde caminho. Gosto de ser singular, de ter as minhas ideias e gosto muito de mim. Quando não gosto, melhoro. Tão simples quanto isto.
Os outros, são apenas os outros. Com os seus defeitos que se calhar não veem e ainda bem, e as suas qualidades que também terão com toda a certeza.
Tenho pena do tempo que desperdicei para ter a aprovação dos amigos que já não o são, e ainda pior, de dos apenas conhecidos que idolatrava porque os achava perfeitos!
Temos de cuidar da nossa singularidade, dos nossos traços que nos tornam únicos, dos nossos interesses e das nossas paixões.
Acreditar em nós e nas nossas capacidades. Ter orgulho em tudo o que somos e conseguimos. Reforçar os nossos gostos, fazer cada vez mais o que nos apaixona e não fazer fretes. Esse tempo já passou!