Os tios Tadeu viviam em Lisboa e eram comerciantes de sucesso. Eram solteiros e ricos o que lhes conferia uma aura de magia nos longínquos anos 50. Quando de férias na aldeia, os sobrinhos e sobrinhas visitavam-nos com um cerimonial imune ao tempo e ao progresso. Saíam os melhores serviços de porcelana onde era servido o chá e os bolinhos às senhoras sentadas em segunda fila enquanto os homens jogavam cartas e trocavam ideias até os tios precisarem de descanso.
De vez em quando os tios visitavam as propriedades na serra e faziam romaria à capela perdida nos montes. Os sobrinhos solícitos e mais habituados às chuvas e ventanias acompanhavam os tios nesses passeios. E os tios seguiam protegidos das enxurradas pelos cascos do burro, do frio cortante pelo cobertor e do medo dos grandes horizontes desconhecidos pelos passos dos sobrinhos que conheciam de cor cada pedra do chão que pisavam.
Outros tempos! Outras realidades?
De vez em quando os tios visitavam as propriedades na serra e faziam romaria à capela perdida nos montes. Os sobrinhos solícitos e mais habituados às chuvas e ventanias acompanhavam os tios nesses passeios. E os tios seguiam protegidos das enxurradas pelos cascos do burro, do frio cortante pelo cobertor e do medo dos grandes horizontes desconhecidos pelos passos dos sobrinhos que conheciam de cor cada pedra do chão que pisavam.
Outros tempos! Outras realidades?
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