sábado, 3 de setembro de 2011

Pensamentos de fim de semana


Ontem encontrei uns amigos de longa data. Daqueles que só se vêem de vez em quando mas que estão sempre no nosso coração. A filha mais nova parte este Setembro para a universidade.
Partilhando alguns sentimentos de quando fiquei nessa situação, tenho agora a ideia formada de que foram tempos um pouco negros na minha vida.
De repente, parecia que a vida, tal como ela era, tinha acabado e à nossa frente era um escuro sem fim. Os momentos e os dias arrastavam-se e vivia-se para uma sexta que passava a correr agarrada a um fim de semana ainda mais veloz. Domingo à noite era a agonia.
Já não se podia viver a vida deles porque estavam longe e porque, cada vez mais, a independência da idade adulta se instalava, mas ainda não tinha rotinas que não os englobassem.
Demorou algum tempo até encontrarmos o nossso espaço, a nossa vida e os nossos momentos. Muito se modificou desde então. Os meus filhos têm uma vida perfeitamente independente, cheia de projectos e de rotinas que não passam por nós. Vivemos com a memórias dos tempos que passamos juntos e deliramos quando dizem que vêm para casa mas procuramos, em cada dia, mais tempo para as coisas que gostamos realmente de fazer e que nos fazem pessoas mais felizes. Cuidamos mais de nós.
Chegou o tempo de desfrutar da companhia dos meus filhos adultos, lindos por dentro e por fora, que conheço para além de mim e de ficar feliz com cada uma das suas conquistas. O seu dia a dia já não me necessita mas eu sei o quanto sou importante nas suas vidas.
Foi algo difícil chegar aqui mas só as coisas difíceis tem valor.

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