Em que tantos sentimentos te enchem a mente que te calas e preferes não escrever nada. Dias em que parece que tudo o que pensamos devemos guardar para nós. Alimentar-nos das emoções e permanecer num limbo de palavras.
Dias em que o silêncio é a melhor modo de lidar com o olhar perdido da mãe e o seu corpo que já não sabe onde pertence. A casa deixou de fazer sentido e anda errante por espaços que já não conhece. Vive num labirinto que lhe causa medo. A mim, causa-me angústia e sempre que se perde e o olhar estaca no vazio, espero ansiosa que as paredes e as coisas se harmonizem e voltem novamente a fazer sentido. Porque só na ordem que conhecemos e na certeza de pertencer a algo podemos ser inteiros.
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