quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Pessoas que fazem falta

 


O Doutor Octávio era o pai de um amigo de filho mais novo nos tempos em que ambos pertenciam à mesma equipa de basquete. Foram muitos jogos com os pais nas bancadas. Ele era o camara man.  Filmava o jogo todo talvez para depois verem os erros e emendarem.

Tinha muito boa impressão dele: muito calmo, muito sorridente, com conversas muito interessantes.

Só mais tarde vim a conhecer o seu percurso politico sempre ligado ao PSD. De vez em quando, encontrávamo-nos no supermercado! Sempre no supermercado e conversávamos nos corredores durante algum tempo. Falava do meu filho e dos dele, do que pensava da vida e de como o sistema politico tratava tanta gente muito competente e que ainda não estava em lugares de topo como deveria estar. Nada que eu não soubesse. Um dia, confessou-me que filho mais novo, naquela altura muito ligado ao partido,  não era bom para a vida politica - era uma boa pessoa e talvez não tivesse o jogo de matreirice necessária. 

De cada vez que era nomeado para novo cargo, eu alegrava-me. Há meses soube que estava doente. Um baque!

Faleceu ontem um homem bom, competente, amigo  e cortês. Era um ano mais velho que eu!


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