Para pensar de uma forma mais profunda:
Sobre os abraços que quer dar mas de que esqueceu o modo e o tempo;
Sobre a incapacidade que se instala todos os dias;
Sobre o companheiro da vida que partiu e deixou uma saudade do tamanho das noites longas;
Sobre as rotinas que se extinguiram com a vida para dar lugar a outras mais tristes e solitárias;
Sobre o medo que desce impedindo os passos e os sonhos;
Sobre a melancolia do tempo que já passou;
Sobre a mente que se apaga sobre os dias que passam, rápido, cada vez mais rápido;
Sobre o amor que já não encontra a porta para se expressar;
Sobre as repetições constantes que preenchem os vazios deixados nas conversas;
Sobre o olhar vazio, parado, distante que pouco a pouco, devagarinho, se vai instalando mais e mais;
Sobre a amargura de vê-la assim a fugir de nós;
Sobre a confusão de sentimentos que baralha papeis e funções esquecendo quem é mãe e quem é filha;
Sobre o sentimento de perda, de tudo e de nada, que aparece nas minhas madrugadas;
Sobre o afastar lento mas eficaz de tudo o que conheci;
Sobre o tentar adiar a chegada, a todo o custo, a uma situação que não quero conhecer.
Sobre a minha MÃE...
Sobre a amargura e o desespero de a perder, como a conheci, a cada dia que passa!
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