Não conhecia pessoalmente a Inês. Conhecia-lhe os feitos, o bem que tocava, o bem que se estava a adaptar à nova cidade e o bom que foi vê-la no inicio do ano a concretizar o que tinha sonhado.
Ontem, ouvi a notícia de um desastre perto de mim e pedi que não fosse ninguém que eu conhecesse. Porque é doloroso e porque a alma já anda triste.
À noite, as más notícias foram chegando e fui-me apercebendo de quem era a Inês! Conheci-lhe o sorriso lindo na foto e vi nela os traços da mãe que partilha comigo o local de trabalho. A mãe que, na semana passada, me mostrava a foto da Inês que traz com ela e os olhos lhe sorriam de orgulho e de admiração por estas filha mais velha que trazia a luz com ela do alto dos seus 18 anos.
A Inês morreu numa estrada secundária enquanto a esperavam noutro local onde não chegou.
O meu coração esteve hoje todo o dia com a mãe Margarida. E por mais que pense não consigo atingir o tamanho da dor da perda!
Não devia ser possível um pai enterrar um filho!
Que à Inês, noutro local, lhe seja possível diminuir a intensidade da dor no coração dos que a amam.
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