domingo, 30 de novembro de 2014

Um dia muito bom


Com as pessoas que nos são queridas. Novamente a minha mãe cá em casa. Uma manhã para finalizar pormenores antes da chegada dos convidados. Filhos queridos que chegaram juntos e alegres. A descoberta de um assador de leitões que me deixou cliente. Umas batatas fritas divinais.
O crepitar das chamas na lareira que acompanhou uma tarde de conversas muito agradáveis. Recordações da Lena do tempo em que os meus filhos foram de tal maneira  amados por ela e pelo Quim  que criaram laços  tão fortes que nenhuma distância separará. Foi muito bom tê-la connosco e vê-la tão bem do alto dos seus 80 anos bem escondidos. A certeza de que o amor não necessita dos laços de  sangue para nascer.
Um  nascer de novos laços com uma nova família que me emociona. A alegria de ter a minha irmã comigo neste dia. O bom humor dela faz-me ver a vida de uma forma mais leve.
Um bocadinho do serão com os meus filhos. Os silêncios e os sorrisos, os abraços. Olhar para eles e sentir que já não posso amá-los mais do que os amo! Um amor profundo que me alimenta a alma.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sossegadita


Mas com a cabeça a mil. Sim, já sei que devia estar a ler livros de estudo, a relacionar factos científicos e a aprofundar os meus conhecimentos em ciências sociais.
Nada disso! Estou  contente e alegre a fazer listas de compras e a escrever todos os pormenores da festa de domingo. Bolo de anos encomendado. Leitão pronto a sair do forno às 12h. Convites feitos!
Por vezes, até me emociona esta minha organização!!
Há ainda os pormenores de acender a lareira logo pela manhã, programar umas entradas divinais  e organizar o tabuleiro para o café.
Eu gosto é disto!

Porque hoje é sexta!


E me aguarda um serão cheio de trabalho!! 
Depois, lá pela madrugada partir para mais uma viagem. Regressar no sábado pela tarde dentro. Comemorar mais um aniversário muito importante. Conviver à volta de uma mesa com iguarias ainda não pensadas. Esta parte boa irá acompanhar os intervalos do meu dia e fazer-me feliz.
Bom fim de semana.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Coisas que me irritam violentamente


« L’euthanasie peut être un bon choix pour les pauvres, qui en raison de leur pauvreté n’ont pas accès à l’aide médicale », telle est la « solution » du problème des patients démunis proposée par le nouveau Ministre de la Santé de Lituanie Rimante Šalaševičiūtė, entrée en fonctions début juin. Elle a immédiatement engagé une discussion sur la légalisation de l’euthanasie en Lituanie, et a déclaré dans une interview que la Lituanie n’étant pas un Etat social, les soins palliatifs n’étaient pas accessibles à tous. C’est pourquoi l’euthanasie peut être un bon choix pour des gens qui « ne veulent pas infliger à leurs proches le spectacle de leurs souffrances ».

Há notícias que. pelo seu absurdo, me levam a pensar se terão sido tiradas de um site cómico ou se será hoje dia 1 de abril!
A estupidez humana tem este efeito irritante em mim!
Sem comentários!


A dificuldade da língua portuguesa


Ontem:
Um aluno irado contra o professor.
- Porque ele disse que me enterrava e que eu é que abria  a cova para me enterrar.
- O professor disse isso?  (Já bastante intrigada com estas declarações em pessoa pouco levada a perder a calma e a dizer coisas a despropósito).

O professor que vem explicar o que aconteceu:
- O J. não queria limpar o que tinha sujado e eu disse-lhe - estás a cavar a tua sepultura com estas atitudes!

Hoje, chamei o aluno:
- Nunca ouviste a expressão - estás a cavar a tua sepultura?
- Eu não!
- Quer dizer que estás a tomar atitudes  que não te são favoráveis!
- Ai é? Quer dizer isso?
- Claro! foi o que te disse o professor ontem.
 -Pois foi! Fiquei mesmo muito irritado. Se soubesse o que queria dizer não me tinha enervado!

A importância da luz


Pensamentos procrastinantes ameaçavam o meu serão que queria de muito trabalho. Lembrei-me então de colocar um bonito candeeiro na minha mesa de trabalho, talvez me sentisse mais motivada!
Candeeiro rosa, novo,  bonito, mesmo ao meu lado.
E não é que deu resultado?
Um serão inteirinho de trabalho e menos problemas de consciência logo pela manhã.
Hoje, há mais!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Meu querido SNS


A foto não lembra doença! É só cara metade a apanhar sol na nossa praia deserta como ele adora!

Sempre afirmei que a maior perda que nos poderia trazer a crise seria o fim do Serviço Nacional de saúde tal como o conhecemos!
Ontem, tive um dia de hospitais em exames e mais exames com  cara metade. Como passei muito tempo nas salas de espera, primeiro num hospital público e depois num hospital privado, tive tempo para reflectir sobre a importância de ter confiança nos médicos que nos atendem, na certeza de que estamos nas melhores mãos quando estamos doentes. Nunca gostei de hospitais privados! Talvez tenha sido influenciada pelas ideias da minha mãe quando falava sobre as então "casas de saúde" onde se tudo corresse bem seriam óptimas mas, quando pudesse correr mal, o melhor era não ter tanta mordomia e ter a certeza que, mesmo nas  camas menos simpáticas dos hospitais públicos, haveria sempre médicos e máquinas mais competentes para nos salvarem a vida.
 Ao longo do tempo,  asssiti a muitas passagens dos meus pais pelo hospital de Coimbra. Sempre foram muito bem tratados. O meu pai entrava mal e saía bem disposto depois de uns dias de estabilização. Lidei com muitos profissionais de saúde para quem o doente tinha um nome e uma personalidade. Rimos juntos em algumas noites que passei pelo hospital pediátrrico quando filho mais velho ficava internado com asma. Aprendi a respeitar a grandeza e talvez alguma dureza com que viam a vida, a morte e os sentimentos. 
Tenho um profundo respeito por estes profissionais que todos os dias lidam com o que de mais frágil tem o ser humano, cada vez com menos condições para exercerem a sua profissão.
Ontem, chegámos ao hospital público às sete da manhã. Salas cheias de velhos debilitados tristes e solitários. A senhora que os atendia tratava-os pelo nome próprio e eles lá iam rindo da doença, da falta de equilibrio e de destreza que os anos lhes iam roubando. Entravam sisudos e saíam mais alegres na sua solidão e com um até breve.
No hospital privado nada faz lembrar doença. As senhoras da recepção têm fatos azuis a condizer com o lenço do pescoço e cheiram bem. Retira-se a senha que dá direito a ser atendido de acordo com o plim que cai no visor do monitor. Atenção redobrada para que não passe o nosso número e fiquemos perdidos porque ali ninguém conhece ninguém e somos simplesmente uma letra seguida do número que o monitor nos indica. Muitas máquinas novas, muita gente e pouca humanidade.  O que a máquina dá será o que o doente terá sem uma observação carinhosa, um gesto meigo, uma mão no ombro.
Olhando para outros países, como por exemplo os Estados Unidos, onde a  recuperação da saúde tem a ver com a nossa capacidade financeira, tenho muito medo que, um dia, no nosso país, tal venha acontecer.
Saber que se ficar doente e  entrar num Hospital Público  terei acesso a tudo o que de melhor existe e a médicos dos mais competentes do mundo é um luxo  de que quero continuar a usufruir.
Figas!

Coisas de mim que me irritam solenemente


Sei que tenho 15 dias para fazer um trabalho. Sei que o trabalho é moroso para ser bem feito. Sei que tenho de ler muito e pensar no que li. Sei que tenho de articular, tirar notas, organizar-me, começar a escrever, fazer esquemas de tudo o que tenho para registar.
Hoje é 3ª feira. Não tenho nada feito. Todas as noites luto com a minha inconsciência mas nada de pegar a sério em toda a bibliografia que me espera mesmo ao meu lado. Tarefas fúteis tomam o lugar de horas de esforço intelectual e todas as desculpas são boas para adiar  por mais um serão!
Não te emendes que não vale a pena! Sábado é o último dia e perspectivam-se umas madrugadas interessantes!

domingo, 23 de novembro de 2014

Selfies


Não resisto. Um espelho e aí vou eu! São fotos diferentes, que nos vão mostrando os nossos reflexos em diferentes locais e com diferentes sentimentos.
 Ontem, foi num lugar lindo, a preparar uma festa muito importante.

Um dia


Hei-de viver num país frio com mercados de Natal por onde me perderei todos os dias.
Um dia, hei-de passar Natais brancos e frios e poderei frequentar estes espaços com os que amo bebendo vinho quente e rindo alegremente.
Visitámos Colmar há muitos anos nas férias de Verão. Era lindo!  Eu e os meninos, ainda pequenos, tirámos imensas fotos entre ruas floridas e casas que pareciam de filme.
Hoje leio que tem um dos mais bonitos mercados de Natal!
 Quero ir!!!!

Por aqui


Um espaço lindo e um catering que promete. Festa marcada. Pensamentos muito bons no regresso a casa. Antever o futuro e tudo aquilo que gostávamos de concretizar.
 Assim Deus nos ajude.

sábado, 22 de novembro de 2014

28 anos!


Faz hoje 28 anos que prometemos um ao outro sermos fieis e estarmos presentes na saúde e na doença. 
Naquela altura não sabia o peso destas palavras.
Agora sei! Sei também que estarei ao teu lado SEMPRE!
Hoje, por ironia do destino, vamos preparar uma nova festa! Tanto ou mais importante que a de há 28 anos!
E a vida renova-se transforma-se e transforma-nos numa roda constante que continua a surpreender-me.


E sim! Foi um dia bonito! As rosas na cabeça foi uma paixão pelo meu lado romântico que nunca veio totalmente ao de cima. Pelo meu lado infantil e meigo que a vida foi apagando. O vestido saiu da minha cabeça e foi concretizado pela minha modista da altura. Senti-me linda!
Bom fim de semana.


Hoje, porque é um dia especial

Lembrei-me de Veneza!
Do quanto gostei de tudo o que por lá vivi. Apesar da chuva, havia sol dentro de mim!

Tempo que passa


Há uns dias chegámos à Serra por volta do meio dia para passar o fim de semana. Referir que naquela casa não há rede nem há televisão! Almoçámos, fizémos as camas, arrumámos os pertences para um fim de semana relaxante.
Saímos para um passeio pela montanha. Visitámos os soitos, apanhámos algumas castanhas, voltámos, fomos à mercearia, fizémos sopa para o jantar, voltámos a sair para o bar ali ao dobrar da esquina, tomámos café e demos dois dedos de conversa com quem lá estava, revemos primos que entretanto chegaram, soubemos de outros que já não vemos há muito tempo e voltámos para casa.
Mas nunca mais anoitece? Só 5 horas da tarde?  O que se passa? O tempo não passa?
De vez em quando é preciso parar, desligar e pensar no imenso  tempo  que passamos em frente das máquinas. Do tempo que podia ser aproveitado de forma mais saudável e mais participada.
A reter!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Dias em que o trabalho nos corta a alma


Ontem foi um deles. Casos de alunos e de famílias que nos absorvem completamente. Sentimentos avassaladores. Vontade de trazer connosco para casa todos estes meninos perdidos deles e do mundo. 
Sentimentos que se colam a nós e nos perseguem durante todas as horas do dia e da noite. Vontade de ser Deus. De poder dispor da vida destes meninos, dar-lhes um futuro, acalmar-lhes o sofrimento.
Famílias em crise. Mulheres sofredoras que se abrem comigo já a noite desceu há muito tempo. Mulheres que se culpam da culpa que não têm. Como gostava de lhes dar a calma de que necessitam para construírem um futuro para os seus filhos!
Coisas más. Coisas menos más. Vontade de continuar a lutar por eles. 
Sei que vou conseguir.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Coisas boas


O André esteve por casa uma noite e um dia durante a semana. E é tão bom tê-lo em casa!
O humor dele acompanha o meu pequeno almoço e faz-me rir baixinho no local de trabalho. Regressar a casa para o almoço tem uma nova luz. Ir ao supermercado e trazer todos os mimos de que gosta para que se sinta querido. Voltar a casa no final do dia para cozinhar e encher o saco de tudo aquilo que ele precisará nos próximos dias e o fará lembrar da mãe.
Levá-lo ao comboio e perceber, no regresso a casa, que a noite ficou muito mais escura.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Gosto de bons hoteis!


Ninguém é perfeito e confesso a minha necessidade de sair de casa e poder usufruir de sítios diferentes e luxuosos onde somos mimados e nos sentimos muito bem.
Ultimamente, tenho sentido falta de partir, porque a vida não tem permitido essa leveza de espírito que nos impele à aventura. Há  raízes e âncoras que nos prendem em casa e nos retiram o prazer da aventura.
Aguardam-se novos tempos! Fiquem com alguns dos locais que me fizeram sonhar.

domingo, 16 de novembro de 2014

Dar valor aos dias


Filhos em casa sexta feira à noite. Ligar o forno e fazer com que os aromas os façam sentir em casa. Arrumar tudo paras partir às 6.30 da manhã para o Porto. Uma manhã intensa de trabalho que me trouxe muita paz. Vá-se lá saber porquê! Talvez porque consegui ver com clareza o caminho que queria traçar. 
Regresso a casa já com a tarde a ir embora.
Receber sobrinha querida e amiga que chegaram para a Feira da Golegã. Abrir a mesa ao máximo (tão bom!), escolher uam toalha bonita  e tirar dos armários a porcelana diferente.
Jantar com tempo e com risos. Do outro lado da mesa, o riso do cara metade  faz.me dar graças em silêncio.
Dormir feliz com a casa em silêncio.
Acordar tarde. Cara metade e filho mais velho partiram para uma prova de Orientação (Ganhou o Campeonato Nacional!). 
Elaborar com cuidado e tempo um empadão de galinha do campo para o almoço que lembra outros tempos e outros lugares. 
Receber dois amigos de filho mais novo  com um chá de frutos vermelhos que me lembra outras paragens. 
Anoitece lá fora. Cá dentro vêem-se filmes e mentalizamo-nos para a partida e para a separação por mais uma semana. 
Bom regresso ao trabalho!


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Dias parados


Não! Não é sem trabalho! São dias em que o corpo se move de um lado para o outro mas a mente está parada lá atrás. Tem medo de pensar, de colocar hipóteses, de antever. Limita-se a discorrer sobre o trivial.  O que se janta, o que se compra, o que tem de se fazer agora.
Vive-se o momento e espera-se que o dia chegue ao fim tal e qual como começou.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O rio começa a voltar ao leito!


Depois das "cheias" avassaladoras que nos fazem pensar no sentido da vida tal como a pensamos na maioria dos dias. Depois do susto, da emergência, da respiração presa no peito.
De repente, uma situação de emergência levou  cara metade para uma cama de hospital de onde saiu hoje. 
Uma semana em que, mais uma vez, saí de mim para enfrentar os momentos dolorosos. Sentimentos à flor da pele e uma emoção incontida pelos filhos que Deus me ofereceu de mão beijada. Um agradecer constante e silencioso por cada abraço, por cada olhar e também pelos silêncios meigos de filho mais velho encurralado entre toda a ciência que tem e o que é preciso calar e saber dizer no momento certo.
O amor continua a enternecer-me até que as lágrimas caem.
E, nestes dias em que os quatro formámos novamente uma pinha, apesar de todo o sofrimento, entre as salas e as camas do hospital, a minha vida ganhou sentido e um sentimento de gratidão por tudo o que somos tomou conta de mim.
Cara metade está a chegar a CASA! O rio voltou ao leito! Nada mais interessa.