sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Esta vida passa tão rápido!!


Ainda ontem foi o teu baptizado! Em Terras frias na mesma igreja de sempre. 
Depois, foi sempre a correr, tudo a acontecer, nós distraídos da vida, da importância das coisas e dos momentos, pensando quee tudo seria eterno. Mas a vida não é eterna e passa depressa. Um dia, estava frio e nevou nesse dia, (lembra-me agora) foste para Lisboa.
Aproveita bem a tua vida  como só tu o sabes fazer. Eu continuarei a aprender contigo como até agora. És muito bom conselheiro, sabias???


Despedida de solteiro


Hoje é o dia em que nos despedimos de ti como solteiro! É claro que na prática não diz nada mas o coração começa a formigar. Amanhã vais ter uma mulher linda à tua espera, uma companheira para a vida que me descansa a alma.
Hoje, vamos festejar os quatro no teu restaurante preferido. Vamos recordar todos estes anos que passámos a construir-vos e a amar-vos para que agora seja possível uma nova família. 
Tudo isto é intenso, (mais do que imaginava há uns tempos atrás), tudo isto nos abre o coração de uma forma dolorosa e doce, tudo isto faz vir ao de cima todos os sentimentos profundos de uma mãe. 
Amanhã será um grande dia!
A mãe continuará aqui. Eu e o meu coração onde entraste num dia chuvoso de Novembro para nunca mais saíres.
Hoje, sou só vidro quebradiço.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Momentos eternos


Aproxima-se um dia muito especial! O casamento de um filho é sempre um dia muito especial! As palavras esconderam-se, baralharam-se e nada sai. Gostava de partilhar a alegria, o momento único, o amor que coloquei na preparação da cerimónia, o quanto já imaginei tudo, 
Gostava de partilhar tudo o que sinto! Talvez amanhã a aproximação do dia desembrulhe as palavras, as faça aparecer para que eu as possa partilhar.
Hoje, não consigo!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Ontem, fui ver a mãe

 Os meus pais noutros tempos. A mãe ainda em recuperação da colocação de uma prótese. Éramos felizes sem o saber.

Talvez não devesse partilhar isto mas conheço tanta gente a sofrer com esta situação que talvez a partilha seja uma forma de exorcizar o medo. Mais o nosso que o deles.
Sentimentos profundos, recalcados, vêm ao de cima! Vê-la assim e não poder fazer nada! Começa uma frase e não consegue dizer o que pensa ou  o que sente. Resta só o afago, a mão na mão, os meus olhos nos olhos mortiços dela que se fecham devagarinho pela tarde adiante embalada pelas minhas conversas de uma vida que já não lhe diz nada. Falei, cantei e deixei-a a jantar rodeada pelas suas gentes, por todos aqueles que viveram a vida lado a lado e têm recordações comuns de outros tempos. As outros, os mais novos, (da minha idade), os cuidadores lembra-lhes a sensatez, a tenacidade, a verticalidade da mãe noutros tempos  e interrogam-se, em conversas comigo e olhando para  ela, onde também nós chegaremos.
Regressar ali é regressar um pouco à minha infância, às minhas amigas da escola primárias muitas delas agora a cuidar da minha mãe. É lembrar tardes soalheiras, brincadeiras e trabalhos de meninos que, sendo pouco, quem o perde é louco. Foi sempre assim por aquelas bandas. O trabalho como parte importante da vida. 
A mãe não olhou para mim quando saí. Ficou direita, à mesa de  jantar e eu morri um pouco ali. Continuei a morrer estrada fora, olhos na estrada e o coração lá longe, muito longe, noutros tempos em que o chegar era sempre a felicidade. 
Esta vida é tramada!


terça-feira, 18 de agosto de 2015

Tempo carregado



De coisas boas, menos boas e quase sem tempo para mim.A FESTA aproxima-se a passos largos e começo a ficar contente por rever amigos que vejo pouco e com quem gosto de estar. Pela primeira vez, sou a mãe do noivo (!) e isto acarreta outra responsabilidade na festa! Quero que todos se sintam bem  e recordem por muito tempo este dia de festa. Gosto de cuidar os pormenores, puxam por mim, pela minha criatividade e isso faz-me sentir viva. 
Gosto do coro que vai encantar na cerimónia. Vou emocionar-me por mais que tente não o fazer. Cantam tão Bem! Sei que vai ser uma cerimónia religiosa bonita, cheia de sentimento, e que o Padre Alberto vai chegar ao coração de cada um de nós como só ele sabe e tudo isto me enche de emoção.
Gosto de sentir os noivos felizes, preparados para mais uma etapa das suas vidas. Gosto da confiança com que enfrentam as diferenças, do humor que possuem e, acima de tudo, gosto de lhes sentir o grande amor que os une. 
Até lá, existe ainda a pintura do cabelo, as unhas, os pés,  a maquilhagem, as malas por fazer, as toiletes do dia seguinte,  os pormenores da festa, blá,blá, blá.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Faz hoje 5 anos que me morreste


E me deixaste esta saudade tão grande dentro de mim. No mesmo mês em que o teu neto mais velho se casa  e em que tu gostarias tanto de estar na  festa. Vais estar comigo nesse  dia PAi. Tu, o teu sorriso e a tua protecção. 
Sei que nos proteges e que olhas por nós mas tenho tantas saudades tuas!
Continuo ainda a conseguir ouvir a tua voz e isso reconforta-me.
5 anos sem te ver! 5 anos sem conversar contigo   e sem poder contar-te as novidades na minha vida como tu tanto gostavas!
Tenho tantas saudades tuas!! Continuo a amar-te tanto meu querido pai!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Será normal ter estas saudades tão grandes do mar?


Imagino as cores, sinto o barulho das ondas e este calor sufocante da terra onde vivo deprime-me ainda mais. À mente só chegam as imagens de Agostos passados frente ao mar, de piscinas calmas e livros abertos em páginas incertas.
É Agosto e só tenho trabalho pela frente. Nada de praia, de prazer ou de lazer. Afogo-me em cada contrariedade,  desespero em cada não. Estou de mal com a vida. É Agosto! O meu mês de eleição!

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O melhor da minha semana em imagens


Porque os momentos felizes não têm palavras e se sentem com o coração. Obrigada pela companhia.

domingo, 2 de agosto de 2015

Escolher os momentos bons para partilhar



A semana foi tramada! As histórias que eu tinha para contar! O choque, a degradação física e mental das pessoas que nos viram crescer.  A mãe cada vez mais dependente, mais criança nas suas reacções, na incapacidade de manter uma conversa, na aflição sem razão que a tortura. As noites quentes em que se pensa na vida, no que é viver e envelhecer, no que valorizar e, depois, sentir a respiração de filho mais velho mesmo ali ao lado e tudo parecer estar certo. O riso dele e a gratitude por o ter ali a ajudar com toda esta situação nova que de tão velha jã devia ter-se tornado hábito. Mas a demência da mãe nunca será um hábito e esperarei sempre, feita menina pequena, que ela regresse para mim e fale comigo da vida e se ria das desgraças como antigamente. 
Sei que nunca mais virá mas o meu coração esperará para sempre. 
Depois dos dias tristes, um jantar para recordar. 
 É esse o momento que me apetece partilhar. Tudo o resto, o sofrimento, o aperto do peito, fica  para mim!