Esta foto foi tirada num fim de semana de Novembro num passeio pela montanha no meio do nada. Veredas e verde. Era o tempo das castanhas e estávamos felizes.
Nada fazia adivinhar que, o dia seguinte, haveria de ser o dia mais aflitivo da minha vida e que haveria de te ter nos braços pensando que me morrias ali. Só nós dois, como aqui na foto.
Um dia separa estas duas realidades. E cada vez que penso que se o que aconteceu no dia seguinte tivesse acontecido aqui, 24 horas antes num local onde nem uma maca chega, tu me morrerias nos braços sem salvação possível, todo o meu corpo estremece de horror. Ainda bem que foi de outro modo, perto de um hospital.
O futuro será o que tiver de ser. Estas aprendizagens dolorosas reforçam o que já todos sabem.
Não se pode prever nada.
Viver na corda bamba, confiando, porque só assim se pode sobreviver.
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