Dias tramados estes em que não há tempo para respirar. No sábado despedimo-nos do Amaro. O sofrimento acabou. Depois, pouco a pouco, vamos pensando que tudo muda e voltamos a enfrentar a finitude de tudo o que damos como certo.
A ceia da consoada nunca mais vai ser igual mas, também o local deixou de ser o mesmo, lá mais para trás. Habituamo-nos a que tudo é igual, ano após ano, e, de repente, percebemos que há uma última vez para tudo e nunca nos apercebemos disso. Talvez seja bom ser assim. Não sei! O último Natal já não o passei com a família alargada. Passei-o no hospital. O meu último Natal, tal como o conhecemos durante 20 anos foi há dois anos! Tanto tempo!
Há agora que procurar outro lugar, outras rotinas, outros sentimentos. Há que ganhar coragem e navegar em mares desconhecidos!
Tudo isto custa. Tudo isto se faz com sofrimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário