Fomos dizer adeus, mais uma vez, a um ser querido, querido que nos prende o coração. Tenho dificuldade nestes momentos de dizer adeus. Habituei-me cedo demais aos abraços apertados, às ausências, à saudade que doía, à ansiedade dos regressos e à tristeza profunda das partidas. Mas o presente é diferente, as distâncias são mais curtas e o tempo de ausência também e tudo isto ajuda.
Faz hoje dois longos anos em que foi o transplante. Estavas neste momento já dentro da sala de operações. E nós estávamos cá fora sem saber o que fazer à nossa vida, suspensa nas mãos de uma equipa de médicos que vimos chegar noite dentro. Lembro-me de olhar para eles para verificar se tinham cara de gente que era capaz de te manter a vida. E mantiveram!
Hoje foi tempo de agradecer muito profundamente à vida. Apesar dos maus tempos, apesar dos desânimos, dos dias negros, dos dias mesmo muito pretos e dos dias em que a luz começou a ver-se lá ao longe.
Agradecer! A tudo e a todos!
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