Não somos felizes sozinhos. Não conseguimos!
Tive sempre a preocupação em educar os meus filhos em família alargada. Mesmo vivendo longe, passei férias e fins de semana junto com os meus pais para que eles se habituassem a amá-los e a admirá-los. Penso que consegui.
Nas tardes quentes de Verão convivíamos com os primos que vinham passar férias. Imensas histórias ficaram desses tempos e também uma grande relação.
Na casa de praia juntei a família muitas vezes, Levei os meus pais comigo, trouxe tios e é tão bom ainda agora rever as fotografias de todos juntos no meio do nevoeiro matinal a tomar o pequeno almoço em grande alvoroço ou a ter aulas de yoga no jardim com os vizinhos incrédulos a assistir. Ou aquela festa de anos maluca de cara metade em que só comemos marisco e acabámos o dia num arraial popular sabe-se lá onde! Ficou desse dia uma imagem marcante de gosto de viver do Amaro que infelizmente já não está entre nós. Deixou a memória de alegria de que tanto gostava.
Todas estas vivências com pessoas diferentes fizeram parte do que quis transmitir aos meus filhos: que a família é o bem mais precioso que temos e transportamos connosco pela vida fora. Somos diferentes, temos visões diferentes, mas estamos lá sempre que é necessário. Para além de tudo isso aprenderam, desde cedo, a diferença entre as pessoas, Aprenderam o respeito pelos mais velhos, a estar à mesa a ouvir conversas intermináveis e a terem a sensação de que pertencem a um núcleo que nunca os deixará sentirem-se sozinhos.
Família protege e ama acima de tudo.
Tive sempre esta máxima no meu coração e calcorreei muitos quilómetros para a concretizar!
Penso que valeu a pena.
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