domingo, 12 de novembro de 2017

Coisas que me deprimem mas que são necessárias


A minha mãe e a minha avó guardavam religiosamente em gavetas reservadas para o efeito um sem número de apetrechos a levar para o hospital caso fossem internadas por uma qualquer doença súbita. Desde cuecas novas até ao roupão necessário, um de verão outro de inverno, chinelos de quarto, etc, etc. tudo estava programado, lavado e arrumado para qualquer eventualidade.
Para rir muito agora: também a minha caixa verde água está já pronta. Em todas as épocas de saldos nas lojas de roupa íntima, mais indicada para outras ocasiões, aproveito para comprar mais  qualquer coisa que ainda poderá fazer falta ao conforto que se deseja em qualquer hospital. Está cheia. Predomina o rosa (vá-se lá saber porquê) e tem peças, que se ainda estiver no meu juízo perfeito, me farão sentir muito bem. 
Velhice, previsão do que aí virá, um pouco de tudo. A minha caixa de hospital, de um verde água lindo de morrer, forrada a tecido,  está bem guardada e fechada.
Confesso que por vezes não cedo à tentação e vou lá buscar umas peças para usar só porque sim!

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