quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Mais exames médicos

 


Desta vez, de cara metade. Rumo ao hospital, bem cedo, como convém. Preparar o necessário, não esquecer o acessório e devagar, muito devagar para não me cansar a perna, lá vamos nós. 

A vida é sempre para a frente. Não vale a pena pensar muito se se consegue ou não. É preferível bater palmas a nós próprios quando atingimos feitos não imagináveis. Hesito muito. Tenho medos que depois de feitas as coisas se desbloqueiam. 

A única hipótese é tentar! Vamos a isso.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Começo a acreditar

 


Estes dois últimos dias trouxeram-me maior mobilidade e menos dor.  Ainda não consigo sair sem muleta porque me canso e tenho medo de desequilíbrios. Próxima meta!

A fisioterapia tem feito muito e, pouco a pouco, vou deixando de sentir o pé dormente, vou caminhando cá por casa dando  voltas à sala todas as manhãs. 

Esta semana vou ao ginásio, tratar de assuntos de PT, horários e quejandos. Necessito ainda de alguma coragem mas tenho de começar. Penso que vai voltar a dor intensa e esse pensamento paralisa-me as ideias.

Tantos assuntos em pausa  e tão pouca capacidade de os resolver! Melhores dias chegarão!

Acredito!

Quando uma pessoa não tem juízo, o mundo é todo seu!

 


A mãe costumava sempre dizer esta frase quando alguém se excedia ou fazia algo que ia para além das normas estabelecidas com todas as consequências, normalmente negativas que daí resultavam! 

Queria dizer que as normas estabelecidas eram balizas ajuizadas para reger o mundo e que ultrapassá-las ou não as  cumprir daria  sempre  em asneira.

Quase todos os dias acordo com os ditos da mãe na cabeça! Coisas que já nem me lembrava e vêm do sono para me lembrarem que ela ainda está comigo em sonho. Até consigo ver a cara de desalento dela ao dizê-lo!

É bom, muito bom! 

Querida mãe!

domingo, 5 de outubro de 2025

Poupanças

 


Quando reservo algo, seja hotel ou alojamento local, perco algum tempo a pesquisar os melhores preços. Normalmente telefono para o hotel e pergunto o preço da estadia. Algumas vezes, torna-se a mais económica mas nem sempre. Logo de seguida procuro o booking que me traz bastantes descontos. Mais uma vez, foi a tarifa mais em conta. Vale de alguma coisa fazer sempre ou quase sempre as reservas através da plataforma. Menos 30 euros/noite.

É então altura de parar uns tempos e esperar. Não gosto de reservar logo, principalmente em épocas que já não são altas. Esta estadia prende-se com exames médicos que se iniciam muito cedo e já não vou tendo muita capacidade de iniciar uma viagem cerca das 5.30h da manhã, contando com o trânsito da hora de ponta. Vamos de véspera e, mesmo assim, conseguir  estar presente no hospital às 8.15H já vai ser penoso. Quanto mais perto estiver o hotel, melhor. Há comodidades que não se pagam. Usufruem-se.

Amanhã faço a reserva, não vão desmarcar os exames ou coisa que o valha. 

sábado, 4 de outubro de 2025

Redes sociais

 


Não sou viciada e não perco muito tempo nelas. 

De vez em quando, começo a seguir perfis que me dizem algo ou com quem posso aprender algo. Com o tempo, vão-se transformando em flops. Por incoerência, por ideias completamente retrógradas e com as quais não me identifico, por arrogância de quem as dirige, enfim gente que me causa algum desconforto. 

Podia escrever comentários de desacordo, fazer insultos (como muitos fazem) mas nunca faço isso. Esta manhã foi tempo de deixar de seguir uns quantos que simplesmente me irritam com a sua moralidade que é só para os outros. 

Tudo eliminado! Paz!

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Como resolvem os problemas que vão aparecendo?

 


Como clarificam a mente, relativizam, procuram soluções e as encontram?

Para mim foi e será sempre através da troca de ideias. Eu exponho e o outro vai dando dicas, relativizando, acrescentando o seu ponto de vista e, pouco a pouco, a montanha transforma-se em planície.

O blog serve um pouco esta função de clarificação mental.

Depois do post anterior, fui ao shopping, comprei pão, a revista do costume, planifiquei uma série de actividades,  andei imenso, fui à Escola e cheguei a casa cansada mas realizada. 

Logo a seguir a sessão diária de fisioterapia. O sol está aa ir embora mas hoje foi um dia produtivo dentro das limitações mentais e físicas que me atormentam. 

O blog começa assim a deixar de ser o "blog da recuperação da menos nova" para continuar a sua jovialidade focado na ânsia do futuro.

Coisas que não compreendo em mim

 


Estou saturada de estar em casa mas tenho medo de sair por aí, cair ou ter uma dor mais forte. Então mantenho-me pelos espaços que conheço bem.

Tenho imensas coisas para  estruturar. Não ser eu a fazer mas chamando alguém. A motivação para estas acções desapareceu. O armário necessita de arranjo e eu necessito de vontade de organizar coisas mesmo que sentada numa cadeira. 

Os dias passam por mim e só anseio não ter dores. 

Os percursos mais banais como ir ao shopping, ao supermercado, deixaram de fazer parte da minha rotina. Medo! Irracional mas, mesmo assim, medo que retira todo o prazer de ir.

O banho diário é uma odisseia. Pensar antes de colocar os pés, pensar como entrar e sair, pensar como me vestir sem muita dor. Vou descobrindo pouco a pouco o modo de me deitar sem dor,  o modo de minimizar a dor nocturna, o modo de minimizar as dores ao sentar e levantar. Estou uma expert. 

A fisioterapia continua diariamente. Cada vez com mais exercícios o que penso ser um bom sinal. 

Muita paciência para este tempo.

A seguir, vem o ginásio que começa e não terá fim! Assustador mas pensar que para muita gente é um modo de recreio e de convívio saudável  e que tenho de o transformar em tal para não se transformar em coisa negativa. É para repor músculo? Vamos lá então. 

Já estou por tudo!


quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Cansada da complexidade da vida

 


Gosto de gente simples, sem segundas intenções, de riso fácil e de encontros leves. Gosto de me sentir relaxada, alegre, sem grandes problemas para resolver. Cada dia que passa, tudo se torna mais complicado e mexe comigo e com o meu bem estar. Antes eram só problemas. Agora são montanhas. 

Sinto cansaço onde antes só havia desmotivação. Não vou porque não consigo. 

Cansada de dormir mal, de ter dores, de mão encontrar a compreensão de que tanto necessito. Cansada de dar sem nada receber. 

Dia mau? Talvez. Dia de concluir que necessito novo atestado médico, até ver!

Olhar por mim e para mim.  

Nunca devemos ser a personagem secundária numa história porque a história nunca é sobre a personagem secundária!

terça-feira, 30 de setembro de 2025

A gestão do património

 




Não deixar coisas por resolver para a próxima geração. Tenho procurado orientar tudo para que os filhos não tenham de decidir nada e tudo esteja resolvido. 

De vez em quando, assaltam-me pensamentos ilusórios de recuperar casas no meio da paisagem e viver lá tempos de férias com as minhas netas, mesmo sabendo que, ou elas não quererão ir, ou eu estarei com alguma maleita ou as duas hipóteses ao mesmo tempo. Há ainda a acrescentar que o campo me deprime. Não gosto de parar muito tempo a olhar serranias. Sei-as de cor! 

A melhor ideia é vender. Um nómada digital ficaria feliz numa das propriedades com 1,6 ha e uma casa de granito bem no centro do terreno, com dois andares. Tem um tanque de granito que transformado em piscina era um must. Uma paisagem de sonho. Era a nossa propriedade preferida porque o terreno é fértil, está próximo da aldeia, e tem imensa água. Mais tarde o  pai transformou-a em soito com belos castanheiros que em 2017 arderam quase todos. Depois, foi o tempo de reconstruir que já me coube a mim. Pouco a pouco, os castanheiros vão crescendo novamente, sendo amparados por quem sabe. 

Pensar numa solução sem chegar a nenhuma conclusão.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Aprender a investir


 Tenho dedicado o tempo em que a dor não aperta tanto para aprender mais e mais sobre investimentos e formas de não desvalorizar o dinheiro face  à inflação. Tenho espírito de jogadora, gosto do risco e não tenho medo de investir em produtos sem capital garantido. Sinto é que tenho de aprender mais e mais sobre estes produtos novos para não fundamentar as minhas escolhas nas opiniões dos meus gestores de conta. Passei um serão de duas horas a ouvir um expert em investimento em bolsa e aprendi muito mas não o suficiente. 

É necessário preparar a reforma. Sabemos que vamos ganhar menos e as despesas com a saúde vão aumentar. Se a estes dois factores se somar a ideia de que não posso recorrer com tranquilidade ao SNS sob pena de morrer antes que algo se resolva, está provado que a ideia de que devo cuidar muito bem das minhas poupanças é fundamental.

Os depósitos a prazo davam algum retorno no tempo dos meu avós e pais. Neste momento, não cobrem a inflação. Há que inovar. São temas de que gosto e que me dão gosto aprender. 

Vamos a isso. A reforma aproxima-se. As despesas com a saúde já se instalaram!

Coisas que invejo


 Dou por mim a olhar a rua e as pessoas passeando cães, andando a pares, rindo, apanhando coisas do chão, levando sacos, alegres e sem esforço. Neste momento, todas estas visões me causam uma inveja terrível porque eu não consigo, porque tenho dor e medo. 

Fisioterapeuta diz que em outras situações passei pelo mesmo estado de espírito até à cura total. Não me lembro mas vou acreditar porque necessito de alguma motivação.


domingo, 28 de setembro de 2025

Certezas

 


A minha vida adulta foi sempre pautada por abnegação e sacrifício. Se se podia gastar menos, gastava-se, à custa de algum trabalho extra que não me apetecia muito.  Pelos filhos eu fazia tudo e voltaria a fazer se fosse necessário. Também me sacrifiquei por outras pessoas que não valeram a pena  mas encaro  as situações como aprendizagem.

Agora chegou o tempo de zero sacrifícios. Bem basta o que basta. Se posso melhorar o meu dia a dia assim farei. Se custa dinheiro, paciência! Se posso ter mais conforto nas acções a realizar  vou ter direito a tudo. 

Contente por ter mudado o chip que me vai permitir usufruir de pequenos prazeres usuais na minha idade. Devia ter sido assim toda a vida mas já não vou a tempo. 

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

A insegurança que se instala com a doença

 


A dor é um factor crucial para gerar em cada um de nós uma insegurança que nos tolhe. E se não consigo? E se me dói para lá do suportável?  E se ficar em casa nestes dias for a melhor opção até me sentir mais forte?  E se não consigo conduzir? E, e , e ...

Hoje, acordei emocionalmente mais forte. Mais determinada a transformar esta rotina parva de considerar que não conseguia fazer nada. Muitas coisas não consigo mesmo e tenho dores horríveis mas não é sempre. Vou aproveitar os momentos em que me sinto melhor.

Decidi que tudo tinha de mudar. Já fui à farmácia, como alternativa à entrega ao domicílio. Levei muleta para me sustentar a insegurança. Fui de carro. Tive ainda alguma dificuldade em entrar e sair mas é a vida. 

Se eu não fizer por mim, ninguém fará. 

Força de vontade, resiliência, medo de uma recuperação lenta e infrutífera.

Obrigada filho mais velho pelo puxão de orelhas que me dás todos os dias. É por amor, eu sei!

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Podcasts e pessoas interessantes

 


Quando se está quase preso em casa, aproveita-se o tempo, fazendo caminhadas pela casa, exercícios e, nos intervalos, ouvindo podcasts. Ontem estive uma hora a ouvir uma entrevista ao Ricardo Araújo Pereira (RAP). Confesso que gosto da personagem. Já disse aqui que gosto de homens inteligentes e ele é mesmo muito e com uma grande cultura. 

A páginas tantas, falando da avó, transmontana, emigrante no Brasil e regressada para Lisboa  e com quem passava as férias de Verão afirmou: a minha avó era um livro de auto-ajuda ao contrário!

Nestes tempos em que tanto se publicam livros de auto-ajuda, em que se tem medo do traumatismo nas crianças, da falta de auto-estima e de todas as sequelas que daí podem vir, o ser uma auto-ajuda ao contrário lembrou-me logo a minha mãe! Sempre que lhe contava alguma ideia minha a primeira reacção era: não, não. Não vais conseguir. Só com muito esforço e trabalho e mesmo assim...

Este discurso funcionava a 100% em mim. Ai não consigo? Então vais ver! E conseguia. Vá, quase sempre.

Tal como com a avó do RAP. 

Traumatizada? Nada!

Independente, apreço por alcançar metas, combativa, resiliente, tudo isto ficou da auto-ajuda ao contrário!

Obrigada, mãe!

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

A Casa ganha sempre à Escola

 


Ouvido hoje num podcast. Há anos que digo isto como professora e como mãe. Podemos ser muito bons profissionais, muito atentos, com muita vontade de mudar maneiras de pensar que pensamos não estarem certas no âmbito doa nossos padrões de vida e de sociedade mas esquecemos que o ninho criou os seus próprios padrões, as suas crenças, as suas balizas do bem e do mal e serão essas que acompanharão cada um de nós pela vida fora.

O saber científico é uma coisa, o saber emocional é outra completamente diferente. Tantas e tantas vezes eu ouvi: Ah, mas a minha mãe diz que não é assim! O meu pai não concorda nada com essa ideia!

 Não tenho a mínima dúvida que é essa opinião que ficará lá até ao fim!

Da minha experiência, vem a minha postura quanto à educação sexual nas escolas e à importância que, de repente, todos começaram a considerar que era grande. Nunca considerei! Dará um novo post!

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Prioridades

 


Cancelei todas as consultas marcadas porque exigiam de mim uma grande dose de sacrifício físico e não me apetecia penitência. Dar prioridade à fisioterapia. Foi hoje a primeira sessão. Ao princípio muito difícil mas hoje, da parte da tarde, ao repetir os exercícios, já me pareceram mais fáceis e com menos dor.

Dar tempo ao corpo para me dar respostas positivas. Abandonar trabalhos desnecessários. Desanuviar a mente e não me sentir culpada por não fazer nada de útil. é mesmo assim. Embora a minha mente ainda me fale de outras idades que tive, a realidade está aqui para me dizer que a força na coluna é nula e que necessita de muito exercício e muito trabalho lá mais para a frente. 

Aceitar. Dói psicologicamente e fisicamente mas só há este caminho.


segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Não há coincidências

 


Há muito que desejava ter uma consulta com determinado médico. Lista de espera ultra larga. Em alguns hospitais já nem aceita doentes novos. Não sei porquê, talvez intuição,  senti que podia ser uma boa oportunidade para mim e para a minha saúde. 

Marquei a consulta para junho de 2026! Na semana passada telefonei. Disseram-me para telefonar 2ª feira, dia de desistências. Acabo de conseguir uma consulta para 4ª feira! Cheia de ansiedade mas vai fazer-me bem! Gosto de novas abordagens.

Pensar agora como chegar lá e voltar sem muitas dores e incómodo.

Continuação

 


Assim andaram algum tempo, minha mãe fazendo que não lhe ligava e o meu pai cada vez mais incentivado e apaixonado. Veio o tempo da tropa. Rumou a Coimbra, ao quartel da rua da Sofia. 

Mal sabia ele que, anos mais tarde, haveria de ter naquela cidade duas casas e viveria ali ainda alguns anos da sua vida!

Sem saída para a sua história de amor, escreveu-lhe uma carta  dando-lhe conta do seu amor e das suas intenções de formar uma família com ela. Se a resposta fosse negativa nunca mais pensaria nela e acabaria tudo o que ainda não tinha começado oficialmente. Meteu no envelope outro já com selo para a resposta pretendida. 

Minha mãe recebeu a carta! Pasme-se, deu a ler a carta ao pai! Os dois, depois de ponderarem, resolveram dizer que sim ao pretendente. Rapaz trabalhador, bonito, acredito que a minha mãe se teria sentido muito feliz ao escrever a carta na volta do correio. 

A partir dali tudo foi fácil: comprometeram-se, casaram e ficaram juntos 60 e muitos anos. Foram sempre o meu modelo de amor! Grande equipa! O que um não tinha, o outro compensava.

Histórias de amor

 


Os meus pais eram pessoas muito diferentes um do outro mas amaram-se muito durante toda  a vida. Eram ainda primos e tinham as mesmas raízes. A minha mãe foi educada com mais esmero por uma mãe que não deixava nada ao acaso e o meu avô velava pelos bons costumes normalmente, nesse tempos, ligados à religião. Era um homem do regime como se dizia nessa altura.

O meu pai tinha mais irmãos, eram três rapazes com pouca diferença de idade, bonitos e que gostavam de viver a vida. Os pais não se preocupavam muito com a sua educação desde que trabalhassem e ajudassem no amealhar da casa que se queria farta. Gestos de carinho não existiam e minha avó paterna delegava totalmente a educação  dos filhos homens na figura paterna.

Mesma família ancestral, padrões educativos completamente diferentes.

Meu pai reparou na minha mãe muito cedo. Aparecia-lhe aos caminhos tentando falar com ela, fazer parte do caminho em conjunto mas ela, aparentemente, não correspondia. Tinha outros pretendentes e um deles aprendia a arte da alfaiataria em casa de meu avô. Ciúmes terríveis apoderavam-se do meu pai, principalmente quando soube que haveria uma representação de uma peça teatral onde minha mãe e o pretendente participavam. Meu pai ofereceu-se para montar o palco e, como pagamento, só queria um bilhete para assistir. 

O palco ficou bonito e na noite da representação quem controlava as entradas era o pretendente que, fazendo-se de desentendido, lhe disse que não tendo dinheiro nem bilhete não poderia assistir. Tentou mas não conseguiu. Regressou a casa furioso. Já no quarto, olhou para os fios eléctricos que lhe passavam perto da varanda. Uma ideia macabra tomou conta dele. Com um objecto não condutor, puxou com força os cabos até partirem e deixar toda a aldeia às escuras!

Saiu de casa e veio para o adro da aldeia ouvir todas as vozes de desilusão dos assistentes que voltavam a casa sem assistir à sessão.

Sentiu-se vingado. Não representou para mim, também não representou para mais ninguém. 

O que ele se ria, durante toda  vida, sempre que contava esta proeza!

Visita das minhas netas mais velhas

 


Foi um dia muito bom! Fazer do sacrifício força para fazer scones, pataniscas, listas de compras das frutas que adoram e tudo recompensado pelas vozinhas delas escada acima - olá vovó Lála, já não tens muleta? Estás melhor?

Saem os brinquedos do pai e tio  e por ali ficam, rindo, contando coisas engraçadas que me devolvem anos de vida. Fazemos planos para o futuro que queremos juntas e parece que a perna até me dói muito menos!

Têm piadas engraçadas! Os scones não ficaram com muito bom aspecto e eu prometia que para  próxima vez teria mais cuidado na medição do leite. E a Maria: olha entre o aspecto e o sabor é melhor conservar o sabor. Estão muito bons!

Filho mais velho ensinou-me  a realizar uns quantos exercícios para diminuir a dor no músculo e tenho cumprido. Muito eficazes!

Saudades deles!  

domingo, 21 de setembro de 2025

Mais lenta e difícil do que parecia

 


Esperava uma recuperação rápida e eficiente. Um músculo grande e manhoso resolver aborrecer os meus dias. Impede muitos movimentos, dói que se farta e a fisioterapia começa para  semana. Estou a ver esta cena pela segunda vez!

Depois, quando se entra na sala de espera do hospital e se vê tanta gente muito mais nova do que eu com movimentos presos, botas especiais nos dois pés, muletas e uma dificuldade imensa em se deslocar pensamos: vamos lá! Não é uma dor irritante e imensa no músculo que me vai deitar abaixo. 

Este é o meu pensamento pela manhã. Quando cai a noite, tudo fica muito mais negro, desaparece toda a esperança de recuperação e já só quero esticar-me com cuidado na cama, para não ter dores e tentar dormir!

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

É este o livro

 


"Porque ficamos doentes é um manual introdutório abrangente e indispensável sobre a resistência à insulina e como esta afecta praticamente todos os sistemas do corpo. Se quiser compreender a base subjacente à maior parte das doenças que assolam o mundo neste momento e saber como corrigi-la, este livro é para si."

Coisas feitas


 É bom começar os dias  pela realização de tarefas que trazemos em mente e incrementar certas rotinas que nos tornam mais fortes e resilientes. 

Primeira conversa com filho mais velho põe-me no sitio, logo, logo:  Nestes tempos mais próximos vais ter sempre dores. Que não sejam desculpas, fazer exercício, mexer-te e que todo este processo tenha sido um "abre olhos" para o teu futuro e para a tua qualidade de vida. Logo de seguida, telefonar para o ginásio e saber condições para um PT a tempo inteiro. Qual dor qual carapuça . É gemer e seguir! Feito.

Conversa com a fisioterapeuta já feita com início na segunda feira depois de terem saído os poucos pontos que tenho.

Exercícios cá em casa. Andar, não "à pato", como diz filho mais velho, mas apoiando primeiro o calcanhar e depois os dedos do pé.

Exercícios feitos, tempo para continuar a leitura e anotação de um livro que considero muito importante. Querida amiga Paula ofereceu-mo, depois de uma conversa em que lhe dei conta do quanto eu gostava de ter o livro e toda a informação nele contida, querido afilhado foi levantá-lo e minha irmã trouxe-o até mim. Científico, trata a a resistência à insulina como uma das principais causas das doenças crónicas e do envelhecimento e vou anotando tudo o que considero mais importante. Penso que irá alterar muitos dos meus hábitos. 

Para uma manhã ainda a meio, não está mal.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Coisas boas acontecem

 

Madrid - Numa noite animada!!

A presença da minha irmã na pós cirurgia cá em casa foi um doce tão bom!

Já disse muitas vezes que ela é o máximo mas nunca é demais repetir. Ajuda sem ruído, sem cobranças, com amor e cuidado como só ela sabe!

Foi hoje embora e a casa ficou vazia de alento e de optimismo!

É tão engraçada! Ensina-me ainda tanto no modo de ser e de estar e continua a ser a minha irmã mais velha que me chama mimada e me ensina que na vida temos de ter mais coragem eoptimismo nas situações!

 Sempre fui mimada, eu sei! Modificar-me depois dos 60? Talvez já não consiga!

Mimada até mais não por todos os que me rodeavam. Tão bom!

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Notícias da minha cirurgia

 


Correu como o previsto! A recuperação é lenta mas hei-de lá chegar. 

O nervo ciático é tramado. Já não tenho muletas mas ainda dependo de algumas substâncias químicas para ficar sem dor. Cada vez em menor qualidade.

Se me deixei embalar por expectativas falsas? Deixei! 

Imaginei que saía do hospital e nem saberia o que era uma dor ciática. Continuo a saber, embora confinada a uma zona da perna. 

Já durmo bem, já não tomo medicamentos durante a noite.

Passinho a passinho!

O dia 14 de Setembro é um dia muito importante


 A querida Maria faz anos! O que ela adora fazer anos!

Pela primeira vez não pude estar presente! Coração triste mas imaginando a alegria dela e da família. 

Para o ano, se Deus quiser, vou estar lá com foguetes e tudo a que tenho direito. Eu e ela!

Tão doce, tão querida, a minha primeira neta iniciou uma nova etapa, muito mais feliz, na minha vida. Nunca lhe agradecerei totalmente por isso.  Tenho saudades do tempo em que a adormecia ao colo, olhinhos a fecharem-se e a abrirem-se enquanto eu cantava para ela. O sabor meigo de a ter no colo enquanto dormia a sesta, as saídas de mão dada, a alegria dela, os abraços meigos, tudo nela me traz saudades.

Também  espero  ainda muito do futuro, das conversas, de a sentir a crescer e a tornar-se adolescente, cómica, líder, aprumada, responsável, atenta ao outro e de tudo aquilo que a vida ainda nos reserva. 

Oxalá seja tudo assim como imagino e que a vida não me pregue partidas! 

Parabéns querida Maria! A tua beleza exterior é só metade de toda a tua beleza interior!

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Se estou com medo?

 


Sim. À medida que se aproxima o dia vou ficando cada vez mais ansiosa. Sinto que sempre que se entra num hospital se deixa a alma à porta e se começa a ser tratada como um corpo, sem sentimentos, sem anseios, sem pensamentos. Já me habituei mas sempre me incomoda e me transtorna. 

Somos carne deitada numa maca onde os profissionais darão o seu melhor. 

A sequência é sempre a mesma: ficar bem,  chegar à entrada, encontrar a alma e voltar a colocá-la dentro do corpo para começar novamente a ser eu. 

Todo este processo é stressante para mim, além da dor, do mal estar, do acordar da anestesia. 

Vai ser um dia duro. 

A vida não são só dias bons. 

O outro dia falava com alguém muito querido que me dizia não conseguir viver o dia a dia  sem algo no horizonte para concretizar e que lhe desse prazer. Tal e qual eu. 

Nestes dias mais parados,  já imaginei mil e um projectos a concretizar logo que fique bem! Só assim se aguenta. 

domingo, 7 de setembro de 2025

O tempo não corre a meu favor

 


Nova operação, desta vez para retirar uma hérnia da coluna que  estreita o canal do nervo ciático e me estragou quase todas as férias com dores. Agora está a piorar. Estou farta de estar em casa, farta de dores, farta da espera, farta de ter medo, farta de não conseguir ter o mínimo de controle sobre o estado da minha casa, farta de pensar, farta de acordar de noite com dores, farta do monte de comprimidos que tomo e me deixam enervada, farta de sentir inveja de todos os que encontro a andar normalmente pelas ruas sem necessitarem de muletas.

Aceitar, aceitar, desdramatizar. 

É difícil mas só já faltam dois dias!

sábado, 16 de agosto de 2025

Vou voltar ao ténis

 


Decisão tomada. Filho mais velho diz que já posso voltar e vou tentar.  O que eu gostava daquilo! O desgosto que tive quando deixei. Vou tentar conciliar hidro em suspensão e ténis. Preencher os princípios da noite no Inverno para que o serão não seja tão longo. O corpo agradece e a mente também.

A minha profissão é muito monótona do ponto de vista social. As conversas são sempre sobre alunos e seus problemas ou estratégias para superar algo  e pouco se fala de outros assuntos. 

Enriqueço a minha mente nestes grupos de adultos com histórias de vida e profissões variadas em que se conversa sobre imensos assuntos diferentes e se aprende imenso sobre tudo. Também ajuda a relativizar muitos dos nossos "grandes" problemas.

Começo em Setembro! Ainda bem que mantive a raquete e os equipamentos! A esperança é a última a morrer.

Começar devagar e logo vejo como me sinto.

Coisas boas

 

Podia ter um filho médico que tivesse escolhido a especialidade de dermatologia, ou outra qualquer de que eu não padecesse. 

Escolheu fisiatria numa hora iluminada! Tem sido o meu salvador! Mesmo fora de Portugal, por fotos com rabiscos  nos sítios onde tinha dor, lá veio o diagnóstico, a medicação e a necessidade urgente de uma ressonância.  A dor passou, o meu ânimo ficou melhor, a minha vontade de me levantar do sofá também aumentou, já fiz jantar, arrumei montes de coisas e falta fazer as malas para a nova ronda sossegadita de férias.

Há alguns problemas na minha vida que não vão passar porque não têm  solução mas este está em tratamento e faz-me sentir bem.

Obrigada filho, do fundo do coração! 

Esta dor estava a matar-me aos poucos. Hoje, já quase não andava.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Mas depois...

 


Começamos a pensar melhor em todo o bem que temos na vida, nas possibilidades que temos, na vantagem de ter uma casa junto ao mar para onde posso ir sempre que queira e sem grande esforço. Paralelamente, começo a desenhar projectos para Setembro, coisas que têm de ser feitas ou apenas sonhadas à espera de melhores dias. 

Sabemos que temos tudo e uma ou outra contrariedade que nos faz tropeçar nos planos já traçados. Que seja só isso. O que não tem remédio, já tirei da minha cabeça, já deixei de stressar a tentar mudar, já assimilei e já me habituei. Penso que essa parte foi a mais difícil. Agora é viver a vida, pensar em coisas que me entusiasmem e talvez a dor na perna passe mesmo. Fazer massagens, mexer os músculos que talvez seja por aí. 

Este Agosto não está fácil

 


Parece que tenho uma praga lançada contra mim! 

Era para partir para uma volta curta no dia 2. Cara metade caiu e parti muito mais tarde depois  de deixar tudo assegurado. Desapareceram as compras feitas já para o Natal, aproveitando os saldos. Ou seja: roubaram-me. Segundo a policia, coisa muito comum ultimamente para venderem para terem dinheiro para droga. 

Seguiu-se uma semana com covid. Não poder voltar a casa para ficar isolada e cara metade não ser infectado. 

Fiquei sem covid e sobressai agora uma dor insuportável numa perna que me tolhe os movimentos. É ciática mas pode ter sido desencadeada pela infeção.

Foi isto o meu Agosto até hoje. Vamos ver o que se segue. Tudo muito optimista. Eu, nem por isso.

É o que é mas enervante mesmo!

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Mais um aniversário!

Casa da praia - Peniche


Cara metade faz anos! Mais um ano é sempre uma boa notícia sejamos novos ou um pouco mais maduros.

A festa podia ser outra mas tem de ser adiada. Coisas da vida!

38 aniversários em conjunto. Alguns deles, com sala cheia e mesas bem decoradas, outros na praia com almoços só de marisco e champanhe  acabando em arraiais populares onde os adultos já tinham alguma dificuldade em pensar racionalmente. Ficaram na memória para sempre na geração mais nova e isso foi bom!

A maioria deles passada em diferentes países porque coincidiam com as férias de verão e com as nossas "peregrinações" por esses países fora a ver e a tentar conhecer o mundo. 

Hoje estamos os dois. Haveremos de arranjar um dia para celebrar. Existe sempre o tempo certo para tudo!

Parabéns!

15 anos sem te ver!

Era aqui que tu colocavas uma tábua entre duas dunas e ficavas horas ver o mar. Saudades!

Sentir-te, sinto-te todos os dias! Oiço a tua voz  e até sei o que dirias em certas situações. Sei também que estarias super feliz pelos teus netos. Eu iria contar-te o que fazem, o que planeiam e os teu olhos brilhariam como sempre fizeram com os meus planos e as minhas realizações. Oxalá que do outro lado tudo isto seja possível.

São boas pessoas, pai!

E eu? Olha vou andando tentando seguir o teu exemplo, rindo em conjunto com os meus irmãos, das tuas aventuras, das tuas piadas e da tua postura na vida!

Saudades imensas mas memórias de ti a top. 

Continuo a amar-te! Tanto!!

Para que servem as férias?

 


De repente, olhamos o espelho que nos reflecte e percebemos que fomos perdendo aprumo e já não gostamos muito do que vemos. No dia a dia passamos por ele sem ver bem e lá vamos para os afazeres. 

Nas férias, com tempo, começamos a traçar planos para que tudo mude. Algumas coisas já feitas. Muitos procedimentos ainda por fazer. Alterar estilos, mudar posturas, fazer mudanças e, lá para Setembro, estarei como eu gosto.

Nada de abandalhar o corpo e a mente porque será meio caminho andado para a instalação da mediocridade. Não quero e não vai ser assim.

Este ano não foi fácil. Nada fácil. Por vezes, nem sei como consegui seguir em frente. Mas cheguei.

É tempo de mudar. De dar um rumo diferente ao ser e ao parecer. 

Vamos a isso.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

O que são projectos quanto se passam os 60?

 


Têm de passar invariavelmente por manter o corpo e mente em bom funcionamento. OS grandiosos projectos deixam de existir para dar lugar ao sussurro do que nos anima e nos faz feliz em cada dia que nasce. 

Deitar os sentimentos de culpa para trás de nós e sentir que também temos direito a fazer, pensar e concretizar  tudo aquilo que nos anima a alma. 

Dominar o medo, que por estas idades começa a tolher-nos, dominar os pensamentos menos positivos que no impedem de agir e de partir. Tudo tem solução, tudo avança e não quero ser a única a ficar para trás. 

Partir sem  grandes planos, só sentindo a liberdade de ser eu e de merecer!


domingo, 3 de agosto de 2025

Palavras que encontro e fazem sentido

 


En el medio del odio me pareció que había dentro de mi un amor invencible.Em medio de las lágrimas me pareció que había dentro de mi una sonrisa invencible. En medio del caos me pareció que había dentro de mí una calma invencible.

Me di cuenta, a pesar de todo, que en medio del invierno había dentro de mí un verano invencible.Y eso me hace feliz. Porque no importa lo duro que el mundo empuje en mi contra, dentro de mí hay algo mejor empujando de vuelta.


El verano, 1953 - Albert Camus

terça-feira, 22 de julho de 2025

Reflexões

 


Uma das características que admiro numa pessoa é aceitar-se tal e qual é. Saber de onde veio, falar do seu passado sem vergonha,  sem se comparar a ninguém e perceber o quanto as suas origens o enriqueceram até chegar aqui. 

Não é necessário seu um pobrezinho (como antes se dizia) mas há por aí muita gente a tentar colocar-se em bicos de pés, a inventar para si e para os outros um passado que foi criado nas suas cabeças e nunca existiu. Tudo tão obvio por entre as vírgulas dos sues discursos supostamente polidos e cheios de pormenores estudados à pressa!

Acordem! O nosso passado somos nós. A nossa família é a nossa maior riqueza e o passaporte para uma vida cheia de sucesso. 

Os meus dois irmãos têm sotaque beirão. Eu não tenho, não sei porquê! Talvez por não ter nenhuma queda para as línguas ou porque vivi e convivi lá menos tempo. Não é que me orgulhe disso mas eles têm grande orgulho no seu sotaque beirão que mostra a todos de onde são e quais os valores que os norteiam. 

Gosto de saber fazer coisas que ninguém sabe como amassar pão e cozê-lo no forno de lenha, temperar um cabrito e assá-lo no forno, cortar as batatas para as semear  e tirá-las da terra com todo o trabalho necessário pelo meio, fazer compotas para o Inverno, todos os procedimentos da matança do porco, plantar uma horta e tratar dela, matar lesmas com sal, colocar armadilhas para as toupeiras,  cortar feno para os animais, apanhar castanhas e nozes, e por aí adiante. Paralelamente, sei colocar uma mesa com todo o preceito,  receber pessoas e fazer festas à volta da mesa, cozinhar pratos complicados, decorar uma casa, gostar de estar rodeada de objectos de qualidade e de bom gosto. Profissionalmente, nada me impediu de assumir todos os cargos existentes num agrupamento, alguns deles bastante exigentes, de ser uma boa professora, de ter a capacidade de me dar a cada um dos meus alunos e perceber muito bem as suas vidas longe da escola. 

Ter uma vida rica não é para esconder! É para agradecer todas as oportunidades  de aprendizagem que esta condição nos trouxe. Viver 10 anos numa aldeia em que todos eram família e ter sido empurrada para uma escola de cidade, em zona nobre, onde não conhecia ninguém e todos os meus colegas tinham frequentado colégios e eram filhos de algumas das famílias mais influentes, tornou-me mais forte. Sobrevivi e aprendi. 

Ontem pensava nisto enquanto ouvia o nosso Presidente, filho família, vivendo sempre em cama de penas e não conhecendo e não conseguindo interagir com verdade com as pessoas que não são assim. É como se fosse um muro de incompreensão. Uma vida pobre do ponto de vista emocional que, apesar das grandes notas académicas, não lhe trouxe o conhecimento necessário do mundo e das coisas. O mesmo acontecia com Paulo Portas quando se via em feiras ou festas populares. Um ser fora da sua zona de conforto onde tudo o que fazia ou dizia, soava a falso. 

Montenegro está  noutro nível. Assume-se tal e qual como é. Sabe e tem orgulho nas suas raízes e isso nota-se. Sabe falar com todos, não tem medos está de bem com ele próprio. Gosto disto. 

Ser verdadeiro  é sempre a melhor opção.


segunda-feira, 21 de julho de 2025

Eu e os dentistas

 


Hoje tive mesmo de ir! Uma urgência num incisivo bastante visível necessitava de arranjo. Toda a manhã na mentalização. Ao almoço, telefonei à amiga que tinha tido uma boa experiência com médica dentista numa cidade próxima. Telefonei e, feliz acaso, estava a dar consultas.

Confesso que entrei no consultório a suar mas sem escapatória. 

Este medo horrível da cadeira do dentista ficou-me dos tempos de criança em que às mãos do Dr. Mineiro, em Gouveia, (nunca lhe esqueci o nome) aconteciam sessões de pura tortura. Acrescente-se que nunca tive bons dentes e em miúda tinha uma apetência por doces que não ajudou nada. 

Aos vinte e poucos encontrei, em Coimbra, um dentista super. Amigo do meu cunhado, mantivemos um contacto muito regular durante quase um ano. Ficou tudo lindo e limpo. Depois disso, a irracionalidade do medo foi tomando conta de mim. A última tentativa foi num consultório em Lisboa. Caminhei para lá cerca de cinco vezes para me tratarem um molar que, passado meio ano, caiu redondinho e arranjadinho com raiz incluída!!!!!

Já marquei nova consulta. Gostei da abordagem! Vai ser desta! Há males que vêm por bem. Este foi um deles!

domingo, 20 de julho de 2025

Como faço malas


 Num dos quartos da casa vou acumulando o que quero levar.

Desta vez, vão ser dois períodos diferentes que exigem dois tipos de roupa. 

Praia com roupa super informal, fatos de banho, saídas de praia, calças leves, chinelos, chapéu e pouco mais. Um casaco quente que o oeste nunca perdoa.

Para o outro período mais à frente há que levar roupas mais formais para visitas a monumentos, solares de outros tempos e um ou outro jantar formal. 

Vou fazendo combinações e fazendo rolinhos que sei que não vou vestir daquele modo. Nunca consegui e não vai ser agora. Apetecem-me sempre coisas diferentes que encarnem a personagem que quero ser naquele dia. 

Sempre admirei aquelas pessoas que colocam na cadeira, à noite, a roupa que vão vestir no dia seguinte! E vestem-na! Eu nunca conseguiria. É sempre tudo obra do momento, do que me passa pela cabeça enquanto tomo banho e do que me apetece tanto em cor como em design. 

Maneiras de ser!


Dois dias com neta mais nova!

 


Modelar o tempo pelos tempos dela! Absorver os sorrisos e os risos, dar muito mimo, muitos abraços, muitos afagos porque nos revigoram e nos fazem felizes. 

Dar-lhe a melhor parte de mim! Porque é assim que desejo! 

O mimo e a doçura enternecem-me. 

Hoje a casa está vazia e triste! Estou sem planos, com grande dificuldade em realizar tarefas. Olho para a cadeirinha dela e lá está. 

Até nova estadia querida neta!!

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Semana de exames e de consultas

 


Nunca mais acaba! O pior já foi. Amanhã ir com cara metade aos Lusíadas, fazer exames e consulta com ortopedista. Vir a correr para uma consulta com enfermeira e médica de família. Querem conhecer-me! Antes que fique sem apoio médico e me risquem o nome da lista, é melhor apresentar-me. 

Dia 18, colocar holter e ir retirá-lo a 19.

Descansar em Agosto! Dia 2 de Setembro, consulta de cardiologista com ecocardiograma e ECG. Ainda nesse dia levar cara metade a fazer análises. Dia 8, consulta de endocrinologia. Dia 23, consulta do pós operatório, em Coimbra.

Isto é o programado. Faltam ainda os imprevistos!!!!

Viva Agosto!! Viva!!

Novos projectos


 Nunca se é demasiado velho para se começar de novo. 

Ontem, aceitei um desafio que me deixa feliz. Gosto de me sentir desafiada. Gosto da motivação que isso me traz e das transformações que isso faz na minha vida diária. Manter a fasquia alta faz desanimar o senhor envelhecimento. Arrasta-o para longe de mim e isso é muito bom.

Estava mesmo, mesmo a necessitar de um desafio. Chegou na altura certa.

terça-feira, 15 de julho de 2025

Houve um tempo em que me arreliava

 


Um tempo em que qualquer maneira de ser que fosse muito diferente da minha e me destruísse as minhas expectativas, os meus prazeres ou momentos da minha felicidade, me irritavam sobremaneira. Desgastei-me com ditos, alguns mentirosos, com procedimentos, com actos que achava que não merecia.

Depois, sem fazer muito por isso, veio o tempo da aceitação. Sei que nunca irei mudar nada, que tudo continuará igual, ou por personalidade, ou por intencionalidade, e deixei de me importar. Tanto me dá que o rio corra para a direita como corra para a esquerda ou até resolva voltar a montante. Para mim, está tudo bem!

Cuidar do meu bem estar, porque sou uma pessoa com necessidades e gostos que a cada dia que passa se tornam mais urgentes. Fiz tudo o que pude. Sofri durante anos um desgaste enorme somatizado, muitas das vezes. 

Chegaram os dias de paz. Uma paz conseguida à custa de muita "guerra" interior.

Pensam assim? Pois muito bem! Podem continuar que a mim não me influenciará nunca mais. 

Mesmo que os pensamentos passem a acção, adapto-me porque o mundo não é perfeito. Eu não faria! Mas quem sou eu? Daqui a 30 anos ninguém saberá! Relativizar dá uma perspectiva muito sábia à minha maturidade.

Agora vou ali investigar uns assuntos que me interessam e da parte da tarde vou sair com amigas de longa data. 

É só mudar o chip! A qualquer momento da nossa vida. Tivera eu a sabedoria para o ter mudado muito antes!


segunda-feira, 14 de julho de 2025

Já em casa

 


Depois de 5 dias fora, procedimento cirúrgico pelo meio, algum stress, muito cuidada por quem me ama de verdade e já voltei. 

Tempo agora para arrumar tudo o que está a necessitar arrumo, incluindo o meu cérebro, traçar planos de melhoria e aceitar o dia a dia tal como se nos apresenta. Sentir  que não estamos sozinhos na luta e em muitas casas a vida também é silenciosa e tudo continua. 

Dar um novo rumo, reorganizar, aventurar-me, não ter medos paralisantes e tudo vai bater certo. 

A solidão combate-se. Dá muito trabalho e muita luta mas empodera saber que, mesmo só contando comigo, vai valer a pena ter amanhecido!!

terça-feira, 8 de julho de 2025

Tudo tratado

 


Ontem, foi dia de tomar resoluções. Muita hesitação, muita dúvida, muitos pensamentos novos que foi necessário burilar mas deu tudo certo.

Agora é altura de ir ali fazer uma procedimento cirúrgico, que espero seja de pequena monta, e voltar mais leve de preocupações. 

Há sempre um dia que se espera e sem se saber como chega. É sempre assim. Parece longínquo, mas logo, logo, aparece ao virar da esquina.

Vamos lá então!

domingo, 6 de julho de 2025

No final, tudo tem solução.

 


Apoquentam-me os cenários que traço no cérebro, as nuvens negras que tenho de desfazer, o modo de actuar se a situação A, B ou C acontecer.

Hoje acordei com a sensação de que tudo tem solução e todos têm maneiras de as resolver. Não sou especial e o melhor para mim é deixar andar. Programar o que posso e pensar que quem está vai resolver. Bem ou mais ou menos é o que terá que ser. Na volta tudo fica bem e eu martirizo-me numa altura em que apenas necessito de muita paz. Pensar em mim! Regra número um.

sábado, 5 de julho de 2025

Renovação da vida, do amor, do afecto.


Olho para esta foto e lembra-me a minha neta a querer um abraço, a tocar-me no braço para que eu lhe desse um abraço, tão, tão fofo e ela e eu tão felizes com ele com a mãozinha dela a bater-me no braço a mostrar por gestos o amor crescente entre nós. Como contigo meu filho mais novo! 

A vida a mostrar que tudo recomeça que tudo vale a pena e que o amor é sempre o motor do mundo e de nós próprios. 

Está tudo dentro de nós

 


Apesar dos avisos, da necessidade de sacrifício corporal para melhorar forma física, apesar de todos os meios postos ao seu alcance, falha o mais importante - a vontade.

Tudo pela rama. Tudo pelo menor esforço, um monte de desculpas e continua tudo na mesma etapa da corrida. Às vezes vem para trás, outras anda cinco passos para trás e dois para a frente.

Tudo isto me consome. Eu não sou assim. Quando é necessário temos de dar o máximo quando, ainda por cima, temos a consciência da fragilidade e das suas consequências a curto, médio prazo. 

Tentei hoje ao longo do dia fazer fisio a pares. Não consegui. 

O sofá é o pior inimigo. Sabemos, mas não combatemos.

Aceitar? Penso que já é a única solução.

Lembra-me logo a luta incessante de querido pai que se prolongou por alguns anos mas nunca virou as costas à luta. Respeito e grande admiração.