Soube quando ia a chegar à escola e estes momentos ficam para sempre. Tinha um casaco desportivo verde da abercrombie de que gostava imenso e era de filho mais velho. Sentia-me bem e, de repente, o meu mundo, tal como o conhecia, morreu ali.
Voltei para trás, e viajei para CASA. Para o ninho que nunca mais o foi.
De vez em quando, tento vestir o casaco mas nunca mais consegui. Assim como a roupa dela com que fiquei. Está no roupeiro para eu, em dias mais negros, colar a minha cara a ela, cheirar e senti-la.
Hoje fui à missa por alma dela. Estavam 5 pessoas numa igreja linda, intimista e iluminada. Necessitava destes momentos com ela no pensamento e alguma solidão. Chorei de saudades e rezei para que esteja bem. Neste tempo todo, vieram à mente tantos momentos quotidianos, uns maus, outros muito bons e outros apenas de estar com ela e houve uma altura em que quase a senti a rezar ao meu lado, como fazíamos na igreja dos Olivais.
Já passaram três anos sem ti e continuo contigo no pensamento. De dia e de noite quando acordo pela madrugada a sonhar contigo numa história enredada e confusa onde o teu cuidar está sempre presente.
Querida mãe!
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