sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Não me apetece estar aqui


Não tenho escrito. Não consigo.
Há dias e semanas em que achamos que tudo está contra nós e que não conseguimos que nos oiçam e que entendam as nossas razões. Assim se sinto. Depois da manifestação de 8, caiu um vazio emocional dentro de mim. Não me apetece trabalhar, não me apetece dar o máximo como sempre fiz. Então se quem manda em mim vem dizer para a televisão que o que eu queria era estar poucas horas na Escola e dar aulas em colégios e explicações, quem sou eu para dizer que, se calhar, não foi assim...
Que me arrenpendo muitas vezes de ter posto o meu trabalho à frente dos desejos da família, e do tempo para dois filhos pequenos.
Que motivos tenho para abdicar do meu tempo, dos meus fins de semana para tratar os assuntos dos meus alunos que passam para além dos muros da Escola? Que motivos tenho para me preocupar com a imagem da minha escola, quamdo a minha chefe vem à rua dizer que somos todos uns malandros preguiçosos?
Que motivos tenho para passar horas a elaborar projectos, a que ninguém me obriga, para que a tal dita Escola esteja mais apetrechada, mais atractiva, mais conducente ao sucesso que quero para os meus alunos?
Que motivos tenho para estar à frente de tantos projectos que fizeram a diferença para tantos alunos.
Que força me move, quando o meu chefe me derrota, me denigre perante todos, menospreza o meu trabalho de tantos anos?
Umas boas bases teóricas sobre o poder da liderança seriam uma boa leitura de cabeceira para tantos "chefes"!
Fica a sugestão.

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