quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Por vezes penso que seria o melhor para mim!





Partir e recomeçar uma nova vida em frente ao Indico na ilha paradisíaca do Ibo no arquipélago das Quirimbas. Foi lá que nasceu quem comigo partilha a vida há quase 23 anos. Conheço mil histórias deste lugar e, apesar de nunca lá ter estado, sei de cor as ruas que vão dar à praia, os largos das brincadeiras, os ancoradouros sossegados onde só se ouve o mar. Navego em pequenos barcos por entre os mangais para chegar à ilha, com as mãos tocando a água quente. Sinto os cheiros adocicados do oriente e oiço os sons árabes que para ali vieram de outras paragens.
Não seria um sonho? Partir para construir algo do nada e não voltar. Enfrentar um desconhecido afectivo. Misturar-me noutra cultura. Por-me à prova. Libertar-me de convenções, de ter de saber fazer bem, de dar o máximo, das obrigações!
Era tão bom que o sonho se tornasse realidade!
Talvez um dia! Antes de eu ser demasiado velha para recomeços.
Eu tinha uma fazenda em África...

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