Gestos

A D. A. vem a minha casa todas as semanas para limpar e arrumar aquilo que eu deveria fazer mas que por falta de tempo não o faço. Senhora simpática, muito bem educada e muito boa pessoa. As duas temos filhos adultos e ao longo do tempo estabelecemos uma boa relação de amizade e de confiança. Encontro-a cá em casa enquanto almoço e conversamos sobre tudo e sobre nada. Sobre os grandes acontecimentos e sobre as pequenas coisas do dia a dia de cada uma. Entendemo-nos bem. Percebo o sacrifício que ela faz todas as semanas e tento facilitar-lhe a estadia cá em casa. Não exijo nada porque sei que ela só não faz quando não pode e a casa não é, nem nunca será, o mais importante da minha vida.
Hoje falou-se da ementa para o jantar. O dela seriam couves com feijão, prato típico da zona. Eu disse que gostava. Saiu cá de casa tarde. E há pouco, apresentou-se à minha porta com uma panela de couves com feijão para o meu jantar. Foi a casa, cozinhou e voltou para me oferecer uma parte do seu jantar.
Como fiquei? Muda e emocionada!